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Dinossauros 
com penas
Professor Me Marcos Pedro
DINOSSAUROS COM PENAS
Embora muitos pesquisadores falem desses animais como se os houvessem visto, na verdade o que temos é uma abundância de fósseis, interpretações e especulações.
Talvez jamais cheguemos a conhecer certas características dos dinossauros:
“Qual era a cor?” ou 
Como era o sexo desses animais que dominaram a Terra durante cerca de 160 milhões de anos?”
Algumas décadas atrás, os dinossauros eram vistos (todos eles) como animais lentos, estúpidos e escamosos, de movimentos quase robóticos e cérebro do tamanho de uma noz, incapazes de cuidar de suas crias.
Até que começaram a soprar novos ares paleontológicos, fazendo com que novas ideias ganhassem força: os dinossauros eram dotados de certa inteligência, não eram tão pesados, talvez até fossem criaturas sociais e de sangue quente.
Quem sabe alguns deles não fossem traiçoeiros e sanguinários, máquinas de matar perfeitas de um ponto de vista evolutivo.
O curioso é que, muito tempo atrás, suspeitava-se que os dinossauros fossem cobertos de penas.
Para sermos precisos, desde 1861, um ano após a publicação de A origem das espécies, de Charles Darwin, quando trabalhadores encontraram na Alemanha, no local hoje conhecido como sítio paleontológico Solnhofen, ossos fossilizados de um animal estranho com penas e do tamanho de um pavão.
Era um Archaeopteryx (“pena antiga”), espécie que teria vivido 150 milhões de anos atrás.
Estudos paleontológicos recentes revelaram que o Archaeopteryx era, na verdade, um dinossauro com penas.
CEMITÉRIO DE DINOSAUROS
Assim como os Estados Unidos e a China, a Argentina é um dos países do mundo onde mais dinossauros fora descobertos.
Entre as últimas descobertas, estão o Austroraptor, uma espécie carnívora que viveu na Patagônia há 70 milhões de anos, Bicentenaria argentina, um dinossauro caçador que viveu na atual região de Rio Negro, e o Eoabelisaurus mefi, um carnívoro com mais ou menos 6 metros de largura encontrado em Chubut.
Os restos do primeiros exemplares de dinossauros com penas vieram à luz na China em meados dos anos 1990: 
espécies com nomes estranhos, como Sinosauropteryx, Protarchaeopteryx, Dilong e Ornithomimus, impuseram uma nova imagem, um look diferente.
Desde então, as reconstruções de dinossauros realizadas por paleoartistas são ricas em penas.
Novas pistas surgiram em 2001 – dessa vez, presas no âmbar.
As portas do passado voltavam a se abrir:
naquelas cápsulas do tempo, pedaços de resina solidificada que conservaram no interior conteúdos biológicos como plantas e isentos durante milhões de anos;
Os paleontólogos da Universidade de Alberta (Canadá) encontraram onze penas de dinossauros com cerca de 85 milhões de anos.
A descoberta, realizada em um depósito de carvão, mostra que esses animais se adaptaram ao meio em transformação desenvolvendo uma penugem especializada para o voo e a natação subaquática.
Outros pesquisadores, contudo, acreditavam que as penas não surgiram para o voo, mas para ajuda-los a manter o equilíbrio enquanto corriam ou para cortejar as fêmeas, como fazem os pavões-reais de hoje.
Os dinossauros também eram galanteadores.
Ainda assim, mais que um adorno estético, as pena são a chave para compreendermos a razão, por mais surpreendente que seja, por que os dinossauros não desapareceram.
Os dinossauros continuam entre nós.
Como explica o paleontólogo argentino Ricardo N. Martinez, a famosa extinção dos dinossauros não foi total.
Certas linhagens de dinossauros não se esvaíram: são as aves de hoje.
Estritamente falando, as aves são dinossauros.
Desde o avestruz até a galinha que comemos com purê ou batatas assadas.
“Sempre se fala, por um lado, da era dos dinossauros que dominaram a Terra durante 160 milhões de anos e, por outro, da era dos mamíferos, que começou no final do Cenozoico”, conta Martinez.
“E na realidade, hoje em dia há 9.600 espécies de aves no mundo. E apenas 4.500 espécies de mamíferos. Continuamos vivendo na era dos dinossauros.”
Assim como nós, seres humanos, somos primatas e assim como as baleias são mamíferos, apesar do seu “corpo de peixe”, o beija-flor, o rouxinol, o avestruz, o pardal e o mais formoso dos cisnes são todos dinossauros do grupo dos terópodos.
Cada vez que vemos uma pomba em uma praça, estamos vendo o descendente longínquo de um tiranossauro rex.
“Se quisermos aprender mais sobre os dinossauros, precisamos criar um: isso pode nos ajudar a saber mais sobre a evolução, o desenvolvimento e até mesmo contribuir para avanços médicos importantes.”
Jack Horner,
paleontólogo norte-americano.
CRONOLOGIA:
1677 – Um estranho osso foi recuperado em uma mina próxima a Oxford, na Inglaterra. À época, foi interpretado como um “resto petrificado de elefante ou gigante humano”.
1763 – O naturalista inglês Richard Brookes descreveu o fóssil encontrado em 1677, que batizou de Scrotum humanum por sua semelhança com as genitais masculinas. A Comissão Internacional de Nomenclatura Zoológica descartou esse nome e o batizou de Megalosaurus bucklandi. 
1822 – O geólogo inglês Gideon Mantell descobriu os restos de um iguanodonte.
1852 – Charles Dickens mencionou o Megalosaurus no primeiro parágrafo do seu romance A casa soturna.
1873 – Teve início a chamada “guerra dos ossos” entre os paleontólogos norte-americanos Edward Cope e Othniel Marsh. Houve episódios de espionagem, roubo, fraude, sabotagem, destruição de fósseis e ataques pessoais.
1929 - O paleontólogo alemão Friedrich von Huene encontrou os restos do Antarctosaurus wichmanianus na província de Rio Negro, na Argentina.
1987 – Foram descobertos ossos fossilizados do Argentinosaurus huinculensis em Chubut. É o maior dinossauro do mundo.
Século XXI – O paleontólogo norte-americano Peter Dodson estima que existiram cerca de 1.850 gêneros de dinossauros, dos quais apenas 30% foram descritos. O pesquisador prevê que 75% dos gêneros ainda não descobertos serão encontrados no período de 60 a 100 anos. Em 140 anos, chegaremos a 90%. Ou seja, os paleontólogos de dinossauros terão trabalho pelo menos até o século XXII ou XXIII.
Em poucas palavras:
A imagem que tínhamos dos dinossauros mudou drasticamente nos últimos vinte anos.