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TCC - Ivan Martinez (Saúde Mental)

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2
UNIVERSIDADE FAVENI
PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE MENTAL
IVAN LUCAS MARTINEZ
CLASSIFICAÇÃO DE RISCO E CUIDADOS DE ENFERMAGEM EM SAÚDE MENTAL
São Paulo, SP
2022
UNIVERSIDADE FAVENI
PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE MENTAL
IVAN LUCAS MARTINEZ
CLASSIFICAÇÃO DE RISCO E CUIDADOS DE ENFERMAGEM EM SAÚDE MENTAL
Trabalho de Conclusão de Curso submetido à Universidade FAVENI como parte dos requisitos necessários para a obtenção do título de Saúde Mental
São Paulo, SP
2022
IVAN LUCAS MARTINEZ
CLASSIFICAÇÃO DE RISCO E CUIDADOS DE ENFERMAGEM EM SAÚDE MENTAL
Declaro que sou autor deste Trabalho de Conclusão de Curso. Declaro também que ele foi por mim elaborado e integralmente redigido, não tendo sido copiado ou extraído, seja parcial ou integralmente, de forma ilícita de nenhuma fonte além daquelas públicas consultadas e corretamente referenciadas ao longo do trabalho ou daqueles cujos dados resultaram de investigações empíricas por mim realizadas para fins de produção deste trabalho.
Assim, declaro, demonstrando minha plena consciência dos seus efeitos civis, penais e administrativos, e assumindo total responsabilidade caso se configure o crime de plágio ou violação aos direitos autorais. (Consulte a 3ª Cláusula, § 4º, do Contrato de Prestação de Serviços).
São Paulo, SP
2022
AGRADECIMENTOS 
Em primeiro lugar, a Deus, que me guiou nesta jornada, possibilitando que meus objetivos fossem alcançados. Por ter permitido que eu tivesse saúde e determinação, que me concedeu sabedoria e discernimento. 
Aos meus familiares, por terem me incentivado nos momentos difíceis, por terem me ajudado e apoiado. 
Aos meus amigos, que estiveram ao meu lado e me apoiaram.
A instituição de ensino FAVENI, pelo fornecimento de dados e materiais de qualidade, pelo suporte e pela estrutura digital adequada para minha formação.
“Dificuldades e obstáculos são fontes valiosas de saúde e força para qualquer sociedade.”
Albert Einstein
RESUMO
O objetivo deste trabalho é realizar uma sistematização da classificação de risco à saúde mental, visando destacar os aspectos positivos e negativos do processo. Além disso, é necessário esclarecer a postura dos profissionais de saúde nessas situações, pois se trata de uma situação extremamente delicada. A pandemia do novo coronavírus (COVID-19) é a maior emergência de saúde pública enfrentada pela comunidade internacional em décadas. Portanto, o maior impacto é na saúde mental da população em geral e dos profissionais de saúde. O desenvolvimento de transtornos psiquiátricos tem aumentado significativamente, dentre os quais podemos destacar: transtornos alimentares, transtornos de ansiedade, transtornos relacionados ao estresse e depressão. Existem alguns fatores que influenciam o desenvolvimento da doença mental, dentre os quais podemos destacar: Confinamento; conflito doméstico e violência doméstica; mudanças nos hábitos alimentares; inseguranças relacionadas à moradia; medo de infecção e cuidados com familiares; solidão, incerteza e insegurança; evasão escolar e interrupções no aprendizado; falta de acesso a serviços de saúde e serviços sociais; atividade física inadequada; alterações nos hábitos de sono; atividades de lazer insuficientes. Este tema foi escolhido pela necessidade de compreender e conhecer a importância dos sistemas de classificação de risco em saúde mental, pois um atendimento ágil e eficiente com a assistência certa pode salvar vidas. A coleta de dados é realizada por meio de documentos oficiais do governo e artigos recentes que passarão pelos critérios de avaliação.
Palavras-chaves: Classificação de Risco; Saúde Mental; Doenças Mentais; Cuidados de Enfermagem.
ABSTRACT
The purpose of this is to perform a health risk classification of the work system, focusing on the positive aspects and on the process. In addition, a posture of health professionals is necessary in situations, as it is an extremely delicate situation. The novel coronavirus (COVID-19) pandemic is the biggest public health emergency faced by the international community in decades. Therefore, the greatest impact is on the mental health of the general population and health professionals. The development of psychiatric disorders has increased significantly, among which we can highlight eating disorders, anxiety disorders, stress-related disorders and depression. There are some mental factors that define the development of the disease: domestic conflict and domestic violence; changes in eating habits; related to residence; fear of infection and family care; certainty, uncertainty and truancy and not learning; lack of access to health and social services; physical activity; changes in sleep habits; insufficient leisure activities. This theme was chosen due to the need to understand and know the importance of risk classification systems in mental health, since an agile and efficient service with the right assistance can save lives. Data collection is carried out through official government documents and recent articles that will go through the evaluation data.
Keywords: Risk Classification; Mental health; Mental ilnesess; Nursing care.
LISTA DE TABELA E FIGURAS
Quadro 1 – Escala de Glasgow	18
Figura 1 - Fluxograma do processo de classificação de risco	20
Figura 2 – Fluxograma das práticas que um enfermeiro deve ter.	26
Figura 3 - Fluxo de atendimento no CAPS com novo fluxograma. Redenção, CE, 2016	28
ABREVIATURAS
ACCR – Acolhimento com Classificação de Risco
APS - Atenção Primária a Saúde
CAPS - Centro de Atenção Psicossocial
RAPS - Rede de Atenção Psicossocial
PA – Frequência arterial
FC – Frequência cardíaca
FR – Frequência respiratória
TAX – Temperatura axilar
HGT – Hemoglucoteste
UBS – Unidade Básica de Saúde
ERMS - Equipe de Referência de Saúde Mental
ESF - Estratégia Saúde da Família
SRT - Serviço Residencial Terapêutico
SUMÁRIO
1	INTRODUÇÃO	11
2	JUSTIFICATIVA	13
3	OBJETIVOS	14
4	METODOLOGIA	15
5	REFERENCIAL TEÓRICO	16
5.1 AVALIAÇÃO EM SAÚDE MENTAL	16
5.2 CLASSIFICAÇÃO DE RISCO EM SAÚDE MENTAL	19
5.3 CUIDADOS DE ENFERMAGEM EM SAÚDE MENTAL	24
5.4 SERVIÇOS DE SAÚDE EM SAÚDE MENTAL E AS ATRIBUIÇÕES DO ENFERMEIRO	27
6	CONSIDERAÇÕES FINAIS	30
7	REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS	31
1 INTRODUÇÃO
O presente trabalho enfatiza a importância da classificação de risco em saúde mental, ressaltando uma análise crítica do processo e suas implicações clínicas, éticas e sociopolíticas. O sistema de classificação de risco à saúde mental é baseado nos princípios da Lei nº 10.216, de 6 de abril de 2001, que regulamenta a proteção e os direitos das pessoas com transtornos mentais e reestrutura o modelo de atenção à saúde mental.
No ano de 2020, vivenciamos uma das maiores crises mundiais em décadas, uma pandemia que desestabilizou os pilares da sociedade: saúde, economia e educação. A incidência de doenças mentais entre a população em geral e os profissionais de saúde aumentou desde o início do bloqueio. Portanto, os fatores que influenciam o desenvolvimento de transtornos mentais são cuidadosamente considerados: Estresse; ansiedade; medo; insegurança; isolamento social; conflito doméstico e violência doméstica; situação econômica; mudanças de hábitos; atividades de lazer insuficientes. À medida que aumenta o número de casos em desenvolvimento de doença mental, deve haver uma ferramenta que possa categorizar o nível de risco de cada caso e garantir suporte adequado para todos, priorizando os casos mais graves. A triagem ocorre durante o atendimento personalizado, respeitando a singularidade do indivíduo e levando em consideração aspectos como antecedentes familiares e vulnerabilidade social na determinação do risco/gravidade. Além disso, o serviço deve ser realizado em um ambiente seguro e tranquilo.
Os cuidados que um profissional de saúde deve ter são essenciais para o tratamento de um indivíduo. Porque uma assistência de qualidade, pensada para dar suporte adequado e respeitar a singularidadedo paciente, será um fator determinante na recuperação. Dito isso, os enfermeiros devem observar que a recepção dos pacientes é caracterizada pela empatia, pois as conversas podem identificar possíveis motivos de queixas. A doença mental não recebe a gravidade e a atenção que merece, levando a uma resposta negativa ao cuidado e, portanto, ao tratamento. Uma vez que um paciente entra no pronto-socorro após uma crise e não é bem atendido na recepção ou durante o processo, há uma reação negativa ao suporte prestado, levando à transmissão de informações potencialmente prejudiciais na batalha contra o aumento nos casos de suicídio. Porque quando esse paciente transmitir a informação sobre a experiência negativa que teve, outras pessoas com problemas semelhantes e que precisam de ajuda, ficaram receosas de buscarem suporte e serem atendidas da mesma forma.
O Acolhimento com Classificação de Risco (ACCR) é uma ferramenta humana destinada a reestruturar e reorganizar a prática de enfermagem, trazendo novo significado e valor para o avanço da ação humanizada e compartilhada. Em tese, a ferramenta poderia ampliar a resolutividade dos casos ao incorporar critérios de avaliação de risco que levem em conta todas as complexidades dos fenômenos de saúde/doença, o nível de angústia para o usuário e sua família, priorizar o atendimento ao longo do tempo, diminuindo o número de mortes evitáveis, sequelas e internações. A missão dessa ferramenta é acolher o cidadão e garantir um melhor acesso aos serviços de urgência/emergência, além de humanizar, agilizar e otimizar o atendimento. Visto que, é necessário classificar os casos mediante protocolo, as queixas dos usuários que necessitam dos atendimentos de urgência/emergência, visando identificar os que necessitam de atendimento médico mediato ou imediato. Além de construir os fluxos de atendimento na urgência/emergência considerando todos os serviços da rede de assistência à saúde. Outras ferramentas que podemos destacar é a Atenção Primária a Saúde (APS) e o Centro de Atenção Psicossocial (CAPS). 
A Atenção Primária a Saúde (APS) é o primeiro nível de atenção em saúde e se caracteriza por um conjunto de ações de saúde, no campo individual e coletivo, que traz a promoção e a proteção da saúde, além de prevenir agravos, providenciar o diagnóstico, tratamento e reabilitação do indivíduo. Também atua na redução de danos e na manutenção da saúde, visando desenvolver uma atenção integral que cause um impacto positivo na situação de saúde das coletividades.
O Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) possui diferentes modalidades, porém cada uma delas constituem os pontos de atenção estratégicos da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS). Basicamente, são serviços de saúde de caráter aberto e comunitário constituído por uma equipe multiprofissional e que atua no conceito interdisciplinar, realizando prioritariamente atendimento às pessoas com sofrimento ou transtorno mental. Incluindo aquelas com necessidades decorrentes do uso de álcool e outras drogas, seja em situações de crise ou nos processos de reabilitação psicossocial.
2 JUSTIFICATIVA
A doença mental é uma das maiores preocupações de saúde durante a pandemia. Após o início da quarentena, houve um aumento de suicídios devido ao isolamento social, falta de emprego e violência doméstica. O isolamento social dificulta a terapia individual e em grupo, o que é extremamente prejudicial para a recuperação do paciente, pois a terapia é o seu momento de falar sobre todas as suas lesões, contratempos e traumas, e de ouvir outras pessoas que estão passando por momentos semelhantes aos seus.
Em alguns casos, pode-se perceber que os profissionais de saúde não estão preparados para atender pacientes em crise. Falta de empatia, compreensão, paciência e atenção especial ao servir. Podemos observar que em alguns casos os pacientes chegam ao pronto-socorro com lesões leves nos membros superiores, na cabeça e até no tórax, mas essas lesões não são levadas a sério. O paciente recebeu a medicação e voltou para casa sem qualquer apoio verbal ou físico. Por isso, pequenos detalhes são importantes e merecem atenção, pois ferimentos leves podem se transformar em automutilação grave e o paciente pode morrer, o que pode ser evitado com apoio e tratamento adequado.
Outro problema extremamente grave é o desenvolvimento de doenças mentais nos profissionais de saúde. Atualmente, estamos enfrentando a pior emergência de saúde pública que a comunidade internacional enfrentou em décadas. Como resultado, os profissionais de saúde estão sob pressão e estresse inimagináveis ​​devido à perda de pacientes, amigos e familiares e à exposição constante a um vírus que causou tantas mortes. Portanto, é fundamental fornecer suporte eficiente e flexível a esses profissionais de saúde, pois eles estão na linha de frente da batalha contra o COVID-19. Sabendo disto, podemos perceber a importância do sistema de classificação de risco e o acolhimento social para o diagnóstico, tratamento e reabilitação do paciente.
3 OBJETIVOS
a. OBJETIVO GERAL
Analisar o sistema de classificação de risco em saúde mental e evidenciar os cuidados de enfermagem em saúde mental.
b. OBJETIVO ESPECÍFICO
Visando atingir o objetivo principal, alguns objetivos específicos são requeridos, entre eles:
· Evidenciar as etapas do processo de avaliação em saúde mental.
· Evidenciar os critérios utilizados para a classificação de risco.
· Evidenciar os cuidados de enfermagem em saúde mental.
· Evidenciar os instrumentos utilizados para o diagnóstico, tratamento e reabilitação do paciente.
· Evidenciar os benefícios das terapias individuais e coletivas.
4 METODOLOGIA
O presente trabalho será desenvolvido com base na revisão de literatura. A pesquisa foi realizada utilizando palavras-chaves pré-selecionadas e combinadas, tais como: “Saúde mental”, “Classificação de risco”, “Enfermagem” e “Cuidados”. As ferramentas de busca utilizadas são o Google Acadêmico, portal da Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo e revistas eletrônicas. Os motivos de exclusão dos artigos foram: Não preenchiam os critérios de elegibilidade; revisões narrativas ou sistemáticas; ausência de dados a serem extraídos; resultados redundantes ou repetidos; ano de publicação.
5 REFERENCIAL TEÓRICO
5.1 AVALIAÇÃO EM SAÚDE MENTAL
	O atendimento individualizado é a base do processo de avaliação da saúde mental e requer registros médicos adequados, incluindo histórico de saúde física e estado mental e comportamental do paciente. Além disso, avaliações de saúde física são necessárias para identificar sinais de violência, abuso e automutilação e, com base nessa análise, orientar as pessoas a tomarem medidas preventivas. As operações acima devem ser realizadas com o consentimento do paciente, tanto quanto possível.
	Após completar a avaliação de saúde física e fazer o diagnóstico diferencial, a avaliação de saúde mental deve incluir as seguintes informações, que podem ser coletadas do paciente e/ou familiar/responsável:
· Anamnese
- Queixa principal: é o sintoma principal, o motivo que levou o paciente a buscar ajuda profissional. Existem três perguntas fundamentais nesse momento, sendo elas: Quando? Por quê? Como começou?
- Antecedentes de condições mentais e comportamentais: são problemas semelhantes que ocorreram no passado, como por exemplo: Internações psiquiátricas; medicações prescritas para condições de sofrimento mental; tentativas de suicídio; uso de tabaco, álcool e outras substâncias.
- Histórico clínico: são os problemas de saúde física e os medicamentos usados. Além disso, é necessário saber a lista dos medicamentos atuais, alergias medicamentosas e doenças que podem estar associadas.
- Histórico familiar: é utilizado para identificar possíveis condições mentais e comportamentais semelhantes nos membros da família do paciente.
- Histórico psicossocial: são fatores de estresse recentes, métodos de confrontação e apoio social; função social; informações básicas como local de residência,nível de escolaridade, história de trabalho, estado civil, número e idade dos filhos (se houver), renda, estrutura doméstica e condições e qualidade de vida.
· Exame físico
- Para efetuar uma avaliação física eficiente é necessário se atentar em alguns detalhes cruciais, sendo eles: Pressão arterial (PA); frequência cardíaca (FC); frequência respiratória; temperatura axilar (TAX); hemoglucoteste (HGT); informações sobre fatores de risco: sedentarismo, alimentação incorreta, tabagismo, uso abusivo de álcool ou outras substâncias, comportamentos de risco e doenças crônicas. Além disso, é necessário saber se existe condições clínicas associadas ao quadro psiquiátrico.
· Exame psíquico
- Neste momento é realizado a escala de Glasgow, um procedimento utilizado para determinar o nível de consciência da pessoa através da observação do seu comportamento. Dentre as características avaliadas, podemos destacar: Discurso/linguagem, humor, sensopercepção, inteligência, crítica de morbidade, entre outros fatores.
· Hipótese diagnóstica
- Consiste na sugestão de um diagnóstico com base nas informações clínicas (anamnese) e em outros exames complementares (exame físico e psíquico). As hipóteses diagnósticas servem para concluir uma consulta e consequentemente guiar a conduta que deve ser utilizada.
· Conduta terapêutica
- Consiste em uma sequência de modalidades terapêuticas adotadas no tratamento dos casos.
	
	Variáveis
	Escore
	Abertura ocular
	Espontânea
	4
	
	Quando estimulado pela voz
	3
	
	Quando estimulado pela dor
	2
	
	Ausente
	1
	
	Não aplicável (edema ou hematoma que possibilita a abertura dos olhos)
	-
	Resposta verbal
	Orientada
	5
	
	Confusa
	4
	
	Apenas palavras
	3
	
	Apenas sons/gemidos
	2
	
	Sem resposta
	1
	
	Não aplicável (pacientes intubados
	-
	Resposta motora
	Obedece a ordens
	6
	
	Localiza a dor/estímulo
	5
	
	Flexão normal
	4
	
	Flexão anormal
	3
	
	Extensão anormal
	2
	
	Ausência de resposta
	1
Quadro 1 – Escala de Glasgow
Resultados:
- Pacientes com pontuações próximas ao número máximo (15) apresentam um nível de consciência normal.
- Pontuações inferiores a 8 são considerados casos de coma, sendo os casos mais severos e com maior urgência de tratamento.
- Pontuações iguais a 3 significam morte cerebral, porém, é necessário avaliar outros paramentos, para confirmação.
5.2 CLASSIFICAÇÃO DE RISCO EM SAÚDE MENTAL
· A construção do Protocolo de Classificação de Risco à Saúde Mental foi influenciada pelo Protocolo de Manchester. Ou seja, um protocolo que define a sequência do atendimento médico com base na gravidade do caso. Ou seja, quanto mais grave a condição, mais rápido o paciente pode ser tratado. A classificação dos níveis de risco para a saúde mental é codificada por cores da seguinte forma:
· Vermelho: Consiste no atendimento imediato, devido ao alto grau de gravidade. São condições em que o paciente apresenta risco de morte ou sinais de deterioração do quadro clínico que ameaçam a própria vida ou de terceiros.
· Laranja: Consiste nas condições que ameaçam de forma significativa à vida do paciente, necessitando de intervenção médica rápida. Possui riscos significativos a saúde do indivíduo.
· Amarelo: Consiste em casos de gravidade moderada. Ou seja, são condições que podem evoluir para um caso mais grave, se não forem atendidas rapidamente.
· Verde: São condições que apresentam indícios de complicações.
· Azul: São condições não agudas, não urgentes ou problemas crônicos, sem alteração dos sinais vitais.
Recomenda-se que deve-se encaminhar os casos classificados como Amarelo, Verde e Azul aos serviços de saúde responsáveis pelos territórios de origem dos pacientes, sendo eles: Unidades Básicas de Saúde (UBS), Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) e Ambulatórios de Saúde mental. Como também estarão responsabilizados pelo acompanhamento contínuo dos pacientes.
Figura 1 - Fluxograma do processo de classificação de risco
	Para classificar o grau de gravidade de um caso, é necessário recorrer aos qualificadores. São ferramentas utilizadas no intuito de analisar e determinar o grau de severidade do paciente, de acordo com o comportamento, estado físico e psíquico do indivíduo. Portanto é fundamental prestar muita atenção no momento do atendimento, para saber reconhecer e evidenciar os fatos, com o objetivo de fornecer um atendimento rápido e eficiente.
· Vermelho
O vermelho simboliza a emergência, ou seja, uma condição grave que coloca a vida do paciente em risco, direcionando o atendimento clínico e/ou especializado imediato. Os qualificadores necessários para determinar se o paciente se enquadra na categoria vermelha são:
- Tentativa de suicídio em qualquer circunstância;
- Episódio depressivo grave com ou sem sintomas psicóticos associados à tendência suicida, podendo apresentar planejamento ou histórico anterior de tentativa de suicídio;
- Episódios de Mania (geralmente estão relacionados com o transtorno de bipolaridade) com ou sem sintomas psicóticos associados ao comportamento inadequado com risco para si e outros indivíduos;
- Autonegligência grave com doenças clínicas associadas; 
- Intoxicação aguda por substâncias psicoativas, que acabam se tornando nocivas ao serem consumidas de forma incorreta e desenfreada. Exemplo: Álcool, drogas e medicamentos;
- Quadro psicótico com delírios, alucinações, alteração do comportamento, que podem estar associados a confusão mental, ansiedade e impulsividade com risco para si e outros indivíduos;
- Episódio de autoagressividade apresentando risco de morte elevado. Exemplo: Automutilação, ingestão de objetos cortantes, cutting e lesões;
- Episódio de agitação psicomotora e agressividade, com planejamento e/ou histórico de tentativa de suicídio ou homicídio;
- Quadro de alcoolismo ou dependência química a outras drogas com sinais de agitação e agressividade, além de possuir tentativas falhas ao tratamento extra-hospitalar, contendo um risco psicossocial elevado.
· Laranja
- Quadro depressivo grave com ou sem sintomas psicóticos, apresentando tendências suicidas sem planejamento, além de não ter apoio sociofamiliar que possibilite tratamento extra-hospitalar;
- Quadro psicótico agudo, sem sinais de agitação psicomotora e agressividade, além de não possuir apoio sociofamiliar;
- Autonegligência grave;
- Quadro de alcoolismo ou dependência química a outras substâncias com sinais de abstinência leve ou moderada. O paciente não consegue se abster da substância com programa de tratamento extra-hospitalar, apresentando risco social;
- Resistência à abordagem ambulatorial e especializada;
- Episódios conversivos/dissociativos, com alteração aguda do comportamento, apresentando risco à própria integridade e de outros indivíduos;
- Determinações judiciais.
· Amarelo
- Quadro depressivo moderado com ou sem tendências suicidas, além de possuir apoio sociofamiliar que possibilite tratamento extra-hospitalar;
- Quadro psicótico agudo, sem sinais de agitação psicomotora e agressividade, além de possuir apoio sociofamiliar que possibilite tratamento extra hospitalar;
- Quadro de alcoolismo ou dependência química a outras substâncias, apresentando sinais leves de abstinência. O paciente consegue participar do programa de tratamento especializado ambulatorial;
- Histórico psiquiátrico anterior com tendência suicida ou homicida, além de ter sido internado antecipadamente.
· Verde
- Síndromes depressivas leves;
- Transtorno afetivo bipolar, apresentando episódio depressivo ou maníaco sem risco para si e outros indivíduos;
- Quadros de insônia;
- Síndromes conversivas/dissociativas sem risco para si e outros indivíduos;
- Sintomas psicossomáticos, crises de ansiedade;
- Episódios de uso nocivo/abusivo de álcool ou outras substâncias psicoativas;
- Luto.
· Azul
São situações inespecíficas, síndromes, sinais ou sintomas que não são considerados urgentes, visando direcionar para acompanhamento na Atenção Primária ou Especializada.
- Condições psiquiátricas crônicas estabilizadas;
- Manutenção do acompanhamento ambulatorialmultiprofissional para pacientes com transtornos mentais crônicos que utilizam medicações estabilizadoras;
- Pacientes que necessitam solicitar ou trocar suas receitas médicas e laudos médicos;
- Pacientes que necessitam de orientação e apoio familiar.
A internação é uma medida excepcional e só deve ser acionada após o esgotamento dos recursos extra-hospitalares. Para autorizar a internação é necessário possuir um laudo médico individual circunstanciado descrevendo os motivos que levaram a essa decisão. Portanto é essencial que esse laudo seja atual e relate o estado de saúde em que se encontra o paciente para quem se solicita a vaga de internação, de modo a auxiliar a tomada de decisão do médico regulador. 
Além disso, é crucial apresentar uma avaliação interdisciplinar que descreva as medidas terapêuticas de abordagem do caso até o presente momento, esse documento é emitido pelo CAPS do município de residência do paciente. Em municípios que não possuam o CAPS, a avaliação interdisciplinar poderá ser emitida pela Equipe de Referência de Saúde Mental (ERMS) ou equipe da Atenção Básica de Saúde do município.
A internação em saúde mental possui três modalidades que podem ser definidas como:
· Internação voluntária: Tem o consentimento do paciente;
· Internação involuntária: Não possui o consentimento do paciente, se dá a pedido de terceiros;
· Internação compulsória: Ela é determinada por uma ação judicial. Nesse caso, o juiz competente levará em conta as condições de segurança do estabelecimento, quanto à salvaguarda do paciente, dos demais internados e funcionários. Essa modalidade também deve passar pelo processo de avaliação conforme os critérios (laudo médico circunstanciado), com o objetivo de garantir equidade no acesso aos serviços.
No caso das internações de crianças e adolescentes, além das demais legislações cabíveis, deve-se considerar o disposto no Estatuto da Criança e do Adolescente, especialmente o disposto no artigo 12:
Os estabelecimentos de atendimento à saúde, inclusive as unidades neonatais, de terapia intensiva e de cuidados intermediários, deverão proporcionar condições para a permanência em tempo integral de um dos pais ou responsável, nos casos de internação de criança ou adolescente. (Redação dada pela Lei nº 13.257, de 2016).
5.3 CUIDADOS DE ENFERMAGEM EM SAÚDE MENTAL
	Cabe ao enfermeiro cuidados de enfermagem de maior complexidade técnica e que necessitam de conhecimentos científicos específicos, além de possuir a capacidade de tomar decisões imediatas. Dentre as competências, podemos destacar:
1. É necessário estabelecer um relacionamento terapêutico no qual o enfermeiro cuida do paciente no atendimento de suas necessidades;
2. É responsável pela programação e gerenciamento dos planos de cuidados para usuários com transtornos mentais leves ou severos e persistentes;
3. É necessário realizar atendimento individual e/ou em grupo com os pacientes em sofrimento mental e seus familiares. Além disso, é responsável pela condução e coordenação dos grupos terapêuticos;
4. É crucial promover o vínculo terapêutico, sendo atencioso e empático com o paciente e familiares durante as ações de enfermagem;
5. É necessário promover ações para o desenvolvimento do processo de reabilitação psicossocial. Além disso, é importante participar da regulação do acesso aos leitos de acolhimento noturno, com base em critérios clínicos e psicossociais.
6. É necessário realizar um registro escrito, individualizado e sistemático, no prontuário, contendo os dados relevantes da permanência do paciente;
As ações do enfermeiro devem começar com uma entrevista, perguntando e ouvindo cuidadosamente as necessidades do paciente, história de vida, cultura, processo de doença, problemas emocionais e angústias. Além de conversar e orientar a família, é necessário um diálogo com o paciente para orientá-lo. É crucial ganhar a confiança do paciente para que ele possa expressar com sinceridade suas preocupações. O enfermeiro deve estimular o paciente a tomar suas próprias decisões e conscientizá-lo de suas capacidades, limitações e habilidades ainda a serem descobertas. Além disso, é importante compreender que as pessoas com doença mental são indivíduos ativos, ou seja, seus pensamentos e desejos devem ser respeitados e considerados o máximo possível. É importante ressaltar que o atendimento do enfermeiro deve ser humanizado e personalizado, tendo como base o respeito e a empatia, pois o paciente não busca apenas a solução de um problema de saúde, mas também alívio e conforto pessoal. Portanto qualquer descuido durante o atendimento, poderá agravar o quadro do paciente, fazendo com que ele se retraia e se recuse a colaborar com o tratamento e a terapia (CARRARA et all., 2015).
O atendimento humanizado acontece quando há:
· Ética profissional;
· Tratamento individualizado;
· Cuidado realizado com empatia, atenção e acolhimento integral;
· Escuta atenta e diferenciada, com olhar sensível para as questões humanas;
· Respeito à intimidade e às diferenças;
· Comunicação eficiente que permite a troca de informações;
· Confiança, segurança e apoio;
· Infraestrutura adequada.
RESOLUÇÃO COFEN Nº 599/2018: Art. 2º Para atuação em Equipe de Enfermagem em Saúde Mental e Psiquiatria, o Enfermeiro deverá, preferencialmente, ter pós-graduação em Saúde Mental, Enfermagem Psiquiátrica ou Atenção Psicossocial, de acordo com a legislação educacional brasileira.
A reintegração na sociedade é um processo fundamental de recuperação do paciente. Inclui práticas de restabelecimento dos vínculos da vida social, superação da insegurança, restauração da vida familiar e acesso a programas voltados à geração de renda, especialização e engajamento comunitário. Essa modalidade de tratamento proporciona aos pacientes diversos benefícios, a saber: redução da ansiedade e irritabilidade, aumento da autoestima e memória, reintegração social, bem-estar e melhora do funcionamento mental, cognitivo e emocional. (SANCHES; VECCHIA, 2018).
Dentre as atividades realizadas durante a reinserção social, podemos destacar a utilização da música e atividades artísticas. O projeto busca promover a saúde mental, a partir da importância das relações interpessoais e da música como instrumento auxiliar no processo do tratamento. Os participantes se reúnem e sugerem músicas para serem apresentadas. Em seguida, é elaborado um repertório musical de acordo com as sugestões dos pacientes, deixando claro que não se trata de um curso de música e que a participação na execução das músicas não passaria por nenhum critério avaliativo rítmico ou harmônico. Durante a apresentação, utilizam-se violão, pandeiro, chocalho e instrumentos de percussão, que são distribuídos entre os participantes que se sentem à vontade para participar. Portanto, é um projeto benéfico que respeita o espaço e a individualidade do paciente, reintroduzindo-o à sociedade (BATISTA; FERREIRA, 2015).
Devido a sensibilidade dos pacientes e a complexidade dos casos, esse processo requer do enfermeiro práticas fundamentais para o desenvolvimento do paciente. É necessário ser altamente capacitado para atuar nesta área, exigindo um preparo constante, com o objetivo de desenvolver as habilidades necessárias para impedir que o seu trabalho diário com pacientes com transtornos mentais influencie negativamente na sua vida pessoal. Na figura abaixo será esclarecido as práticas que um enfermeiro deve ter.
Figura 2 – Fluxograma das práticas que um enfermeiro deve ter.
É necessário compreender que cada caso possui sua exclusividade, sendo assim, é essencial compreender as necessidades do paciente, para enfim analisar as melhores possibilidades e determinar o tratamento mais adequado garantindo um atendimento de qualidade.
5.4 SERVIÇOS DE SAÚDE EM SAÚDE MENTAL E AS ATRIBUIÇÕES DO ENFERMEIRO
· CAPS:
Tem como objetivo oferecer atendimento à população, realizando acompanhamento clínico, possibilitando a reinserção social do paciente através do acesso ao trabalho, lazer, exercício dos direitos civis e fortalecimento delaços familiares e comunitários.
 Dentre as funções do CAPS, podemos destacar:
- Prestação de atendimento clínico em regime de atenção diária, evitando as internações em hospitais psiquiátricos;
- Acolhimento das pessoas que possuem transtornos mentais graves e persistentes, visando preservar e fortificar os laços sociais do paciente em seu território;
- Acolhimento das pessoas que possuem necessidades decorrentes do uso de álcool e outras substâncias;
- Promove a reinserção social das pessoas com transtornos mentais por meio de ações intersetoriais;
- É responsável por regular a porta de entrada da rede de assistência em saúde mental na sua área de atuação;
- Fornece suporte a atenção à saúde mental na rede básica;
- É responsável por organizar a rede de atenção às pessoas com transtornos mentais nos municípios.
No CAPS, o enfermeiro poderá atuar em diferentes tipos de atividades terapêuticas, por exemplo: Psicoterapia individual ou em grupo, oficinas terapêuticas, atividades comunitárias, atividades artísticas, além de orientar e acompanhar o uso de medicamentos, prestando atendimento aos familiares e visitas domiciliares. Portanto o CAPS possibilita um melhor desenvolvimento da autonomia, cidadania e o melhoramento da qualidade de vida do paciente (SOUZA; AFONSO, 2015).
Figura 3 - Fluxo de atendimento no CAPS com novo fluxograma. Redenção, CE, 2016
· APS – ESF:
A estratégia de Saúde da Família é um modelo assistencial da Atenção Básica, que se baseia no trabalho de equipes multiprofissionais em um território, desenvolvendo ações de saúde a partir do conhecimento da realidade local e das necessidades da população (COELHO et all., 2015). O modelo da ESF possui inúmeros objetivos, dentre eles podemos destacar:
· Contribuir com a aproximação da unidade de saúde das famílias;
· Promover o acesso aos serviços;
· Contribuir com a formação de vínculos entre os pacientes e a equipe;
· Busca aumentar a resolução dos problemas de saúde mais comuns, gerando maior impacto na situação de saúde local.
Nesse caso, a enfermagem se aplica nas ações de promoção e educação para saúde, de prevenção e recuperação. O enfermeiro será responsável pelas visitas domiciliares, consultas de enfermagem, atendimento ambulatorial e levantamento de casos, encaminhamentos e entrega de medicação, além de atuar na gestão das equipes, dos recursos e dos casos.
· SRT:
São residências localizadas na cidade, formadas com o intuito de corresponder às necessidades de moradia de pessoas portadoras de transtornos mentais graves que foram afastadas de hospitais psiquiátricos, podendo ser institucionalizada ou não. O suporte interdisciplinar deverá considerar a individualidade de cada um dos moradores, e não apenas nos projetos e ações voltadas para o coletivo. O acompanhamento a um morador deve continuar, mesmo que ele mude de endereço ou eventualmente seja hospitalizado (PINHEIRO et al., 2017).
	Dentre as atribuições do enfermeiro, podemos destacar:
· O enfermeiro é responsável pelo acompanhamento do morador, estando presente nos mais variados momentos de sua vida;
· O enfermeiro pode ser visto como um modelo de identificação aos moradores, auxiliando no resgate da autoestima e da capacidade de gerenciar atos de vida cotidiana;
· É responsável por auxiliar o morador a organizar sua vida, assumindo responsabilidades junto e com o indivíduo;
· O enfermeiro deve perceber, reforçar e desenvolver a capacidade criativa do paciente;
· Hospital x Hospital psiquiátrico
No hospital, a atuação do enfermeiro terá como foco a recuperação psicossocial do paciente, realizando atividades assistenciais diretas e indiretas. São ações individuais e coletivas em diferentes intervenções terapêuticas que visam ao desenvolvimento da autonomia do paciente. Essas modalidades de tratamento trazem diversos benefícios, a saber: redução da ansiedade e irritabilidade do paciente, aumento da autoestima e da memória, reintegração à sociedade, sensação de bem-estar e melhora do funcionamento cognitivo, psicológico e emocional do paciente.
Nos hospitais psiquiátricos, as modalidades de tratamento utilizadas estão diretamente relacionadas ao tratamento clínico, terapêutico e farmacológico. Portanto, as funções do enfermeiro concentram-se principalmente na contenção verbal, química ou mecânica do paciente, reduzindo a relação interpessoal entre o enfermeiro e o paciente e adotando medidas de monitoramento. Sendo assim, é uma assistência de enfermagem que prioriza problemas físicos e clínicos dos pacientes, e observação e controle do ambiente terapêutico.
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Atualmente, são muitos os serviços responsáveis ​​por promover a saúde, facilitar o acesso e manter o acompanhamento contínuo do paciente. Esses recursos são fundamentais para manter a saúde mental das populações, incluindo os profissionais de saúde, durante uma pandemia. Sabemos que para cuidar adequadamente do paciente é preciso respeito, compreensão e escuta para construir o vínculo entre enfermeiro e usuário. Portanto, é fundamental utilizar um cuidado humanizado e personalizado que respeite a singularidade de cada paciente.
Verifica-se que o apoio familiar é um fator importante na cura individual e na reinserção social, por isso é necessário desenvolver vínculos de respeito e confiança com os familiares, a fim de trabalhar em conjunto para o pleno desenvolvimento do paciente. Vale ressaltar que a evolução do paciente não depende apenas dos profissionais de saúde, mas também da família e amigos queridos, bem como da vontade do paciente.
 Os enfermeiros se envolvem em atividades valiosas e gratificantes com o paciente, incentivando-o a tomar suas próprias decisões, desenvolver suas habilidades cognitivas e mentais e acompanhá-lo nos diferentes momentos de sua vida, demonstrando suas habilidades e ajudando-o a reparar suas deficiências. • Uma vez estabelecido um vínculo de respeito e compreensão entre o enfermeiro e o paciente, é possível dar continuidade ao tratamento do indivíduo. Portanto, existem diversas modalidades terapêuticas que podem ser utilizadas, sejam elas de caráter artístico, comunicativo e comunitário, portanto são práticas que salientam a importância das relações interpessoais. Destaca-se os benefícios dessas atividades, bem como a redução do estresse e ansiedade, sensação de bem-estar e conforto emocional.
No entanto, é importante compreender que nem todos estão preparados para atuar na área da saúde mental devido às demandas dos serviços de emergência. Alguns profissionais dizem sentir-se angustiados e desconfortáveis ​​em diferentes situações, pois sentem que não são competentes o suficiente para cuidar desses pacientes, levando a uma assistência ineficaz e, portanto, potencialmente agravando o quadro do paciente. Deve-se ter cuidado na classificação dos riscos, pois é necessário ouvir atentamente as queixas dos pacientes, suas histórias de vida e as causas de seu sofrimento para classificá-los corretamente para um atendimento rápido e eficaz. Concebido para o orientar sobre o tratamento que corresponde ao seu caso.
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