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Biossegurança em Saúde
Bruna Ribeiro da Costa, Daniele dos Santos Rodrigues Siqueira, Raiane Eloá Rufino da Silva Alves
Tutora: Laura Vasconselhos
A IMPORTÂNCIA DO USO DO EPI EM SUPERMERCADO.
INTRODUÇÃO
Este trabalho foi desenvolvido comumente com pesquisas relacionadas ao uso de EPI’s na área de supermercados. Com o objetivo de demonstrar a real utilização e a fiscalização sobre o assunto.
Foram observadas três empresas distintas supermercadistas do Rio de Janeiro, onde junto aos funcionários, RH e equipe de segurança do trabalho foram colhidas informações pertinentes ao tema, com autorização dos supermercados, porém não nos foi permitido incluir ao trabalho o nome dos supermercados entrevistados, assim iremos representa-los como Mercados um, dois e três, para facilitar a compreensão dos dados apresentados.
Palavras chave: Acidente; treinamento; certificado.
1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.
Um ambiente saudável organizacional diminui a ausência do colaborador, por isso a segurança do trabalho na organização é um fator relevante que proporcionará a prevenção de acidentes, para isso é necessário treinamentos, reduzido malefícios ao empregador, fiscalizações, multas ou ate mesmo fechamento do estabelecimento.
Para Marras (2009, p. 213) “EPI é a sigla que identifica o equipamento de proteção individual utilizado pelo trabalhador com o objetivo de evitar acidentes no trabalho”.
No atual trabalho focado em supermercados, baseado pela CLT art. 167 da 6.514/1977, o equipamento de proteção somente poderá ser vendido com o Certificado de Aprovação do Ministério do Trabalho (CA). 
São exemplos de EPI direcionados e obrigatórios aos supermercados independente do porte, segundo Mattos e Másculo (2011, p.307) individual, são os “[...] jalecos, luvas, respiradores, óculos, máscaras, protetores faciais entre outros [...]
ACIDENTE DE TRABALHO.
	O risco de acidente trabalho no mercado são elevados dados aos diversos agentes perigosos, risco de choque elétrico, queda de altura, desabamentos de mantimentos, entre os diversos perigos destaca-se também, risco químicos como: gases, ácidos e outros.
Define-se como acidente de trabalho, de acordo com a LEI No 6.367/76 Art. 2º:
“Acidente do trabalho é aquele que ocorrer pelo exercício do trabalho a serviço da empresa, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte, ou perda, ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho.”
TREINAMENTO
De acordo com a NR 6.6.1 é de responsabilidade do empregador a entrega de EPIs, a orientação quanto uso, conservação e a cobrança de sua utilização correta, se por um lado o empregador possui incumbências, o trabalhador também deve zelar e utilizar os EPIs, conforme NR 6.7.1.
	A fim de atender ao MTE que dispõe sobre a obrigatoriedade do treinamento de forma técnica aos colaboradores que utilizem qualquer tipo de EPI, com objetivo de habilitar e orienta-los quanto a importância do uso correto, e por consequência do ensino a maior a segurança física.
CERTIFICADO DE APROVAÇÃO DE EPI’S
É de fundamental importância o conhecimento das leis, pois são diretrizes que ajudam na preservação da vida além do bem-estar dos funcionários, deve ser de conhecimento tanto do empregador, quanto do empregado as normas e a utilização dos EPI’s.
Correlacionado diretamente com o mercado temos NR12 – Está voltada a utilização de EPI’s ao uso de máquinas e equipamentos que possam causar algum dano a quem estar manuseando, equipamentos que são encontrados em vários setores de hipermercados ou supermercados, Panificação, confeitarias, restaurantes, açougues e outros. 
A NR6 , que é a norma regulamentadora do uso De EPI’s, a MTE/SIT nº 25, de 15 de outubro de 2001, publicada no Diário Oficial da União (D.O.U.) em 17 de outubro de 2001.
O equipamento de proteção individual de fabricação nacional ou importado só́ poderá́ ser posto à venda com a indicação do Certificado de Aprovação (C.A.) que é um certificado que atesta a qualidade e a eficácia do equipamento para aquele determinado uso.
De acordo com Rosso e Oliveira (2005) o C.A dos EPI’s deve ser regulamentado pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), onde deverá ser expedido pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho do MTE, uma vez que o mesmo vai atestar que os EPI’s estão em conformidade com as especificações no âmbito do Sistema Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (SINMETRO) para um determinado uso e assim com esta certificação é considerado apto para ser comercializado como EPI’s.
Como previsto na NR-6, para fins de comercialização, o C.A. concedido aos EPI’s tem validade de cinco anos, e quando houver a necessidade tendo uma justificativa, o órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho, poderá́ estabelecer novos prazos. 
Assim quando bater a fiscalização, caso algum equipamento esteja fora das normas o mesmo terá 12 meses para a regularização, sendo interditado o equipamento, ao término dos 12 meses será realizado uma nova vistoria, e caso não haja a regularização do equipamento, o estabelecimento receberá uma multa, o valor poderá ultrapassar até mesmo o valor do equipamento em questão. O estabelecimento além de ser atuado e o equipamento recolhido.
Realizamos uma entrevista, para levantar informações sobre o tema em destaque e verificar um quantitativo estimado sobre utilização, treinamentos e acidentes. Para isso foi consultadas três empresas do mesmo segmento de alimentação no varejo de supermercado em localidades diferentes, entrevistamos em torno de 20 colaboradores de cada supermercado.
 
2. RESULTADOS E DISCUSSÕES
De acordo com a pesquisa realizada no dia 21 de Abril de 2022, em mercados do RJ dos bairros de Mesquita, Nilópolis e Nova Iguaçu, podemos observar que o primeiro mercado em questão se saiu melhor em todos os aspectos. Mas ainda sim não se enquadrou cem por cento dentro das normas exigidas. É sempre bom mencionar que a CLT prevê que caso o colaborador se recuse a utilizar o EPI fornecido, o mesmo estará sujeito a punições. 
No quesito treinamento podemos constatar que ambos os mercados obtiveram resultado inferior ou igual a cinquenta por cento, mostrando a extrema necessidade de fiscalização nessa área, pois o treinamento poderiam evitar diversos acidentes, já que em um período curto de doze meses ambos os supermercados entrevistados, obtiveram acidentes em um percentual relativamente alto, em um curto período, pois ao certo seria não ter nenhum acidente.
Chegamos a conclusão de que falta fiscalização, e que os órgãos competentes deixam a desejar não cumprindo efetivamente o seu papel, porém os empregadores também deveriam fiscalizar e cobrar de seus funcionários o uso de EPI’s, para evitar danos físicos e psicológicos. Os empregadores deveriam oferecer no mínimo o treinamento exigido por lei, e uma reciclagem aos mais antigos, além de uma fiscalização interna ao uso dos equipamentos obrigatórios para evitar acidentes ou amenizar a gravidade do mesmo. 
3. REFERENCIAS 
MARRAS, J. P. Administração de recursos humanos: do operacional ao estratégico. 13. ed. São Paulo: Saraiva, 2009. 
MATTOS, U. A. O; MÁSCULO, F. S. (Org.). Higiene e segurança do trabalho. Rio de Janeiro: Elsevier/ Abepro, 2011. 
______.Lei nº 6.367, de 19 de outubro de 1976. Dispõe sobre o seguro de acidentes do trabalho a cargo do INPS, e dá outras providências. Disponível em: Acesso em: 26 de março 2022.
BRASIL. Ministério do Trabalho. Normas regulamentadoras. 2022. Disponível em <http://trabalho.gov.br/seguranca-e-saude-no-trabalho/normatizacao/normas-regulamentadoras>. Acesso em: 02 de abril 2022. 
______. Normatização. 2015. Disponível em: <http://trabalho.gov.br/seguranca-e-saude-no-trabalho/normatizacao>. Acesso em: 26 de março 2022.
______. Portaria GM n.º 3.214, de 08 de junho de 1978. NR 6- Disposições Gerais. Disponível em: <http://trabalho.gov.br/images/Documentos/SST/NR/ NR6.pdf>. Acesso em: 02 de março. 2022. 
SEIDEL, LEO ROBERTO. Equipamentosde Proteção Individual e Coletiva/
LÉO ROBERTO SEIDEL. Centro Universitário Leonardo da Vinci–Indaial, Grupo UNIASSELVI
BLOG, Segurança do Trabalho: https://safetytrab.com.br/blog/conheca-os-epis-para-mercado/ 28 de fevereiro de 2021.
ROSSO, Mariana Pelegrin Rovaris; OLIVEIRA, Samira Coral Félix de. A importância do treinamento técnico na construção civil, em atividades com riscos de quedas de altura. 2005. Disponível em: Acesso em: 28 fev. 2022.
NR12 – Norma Regulamentadora N. 12 – Equipamentos de Proteção Individual - EPI. Disponível em: Acesso em: 18 de abril. 2022.
CLEITON Rodrigo Cisz, Conscientização do uso de EPI’s, quanto a segurança pessoal e coletiva. 2015, 26p
Bruna Ribeiro da costa, Daniele dos S. Rodrigues, Raiane Eloá Rufino
Laura Vasconselos
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI- Nutrição ( 0034NTR) Pratica do Modulo I - 10/05/2022
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