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APOSTILA - MEDICINA E SEGURANÇA DO TRABALHO

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Prévia do material em texto

Medicina e Segurança 
do Trabalho
Professor Mestre Rafael Delapria Dias dos Santos
#CURRÍCULO LATTES# 
 
Rafael Delapria Dias dos Santos 
 
• Graduado em Engenharia Mecânica - UNIOESTE 
• Graduado em Administração - FAPAN 
• Mestre em Bioenergia - Área de Concentração em Biocombustíveis - UNIOESTE 
• Pós-Graduado em Engenharia e Segurança do Trabalho - UEM 
• Pós-Graduado em Tecnologia Mecânica do Setor Sucroalcooleiro - UEM 
• Técnico em Segurança do Trabalho/SENAI 
• Pós-Graduando em MBA Gestão Executiva - Faculdade Integrado de Campo Mourão 
• Pós-Graduando em MBA Gestão Estratégica do Agronegócio - Faculdade Integrado de 
Campo Mourão 
 
Atua como Engenheiro Mecânico (Chefe do Departamento de Manutenção de Veículos 
- Setor de Transporte) na Coamo (Cooperativa Agroindustrial Mourãoense) - Campo 
Mourão - PR. (2013 - Atual). Já atuou como Subcoordenador e Professor do Curso de 
Pós-Graduação em Gestão da Produção Industrial - Lean Manufacturing - FCV, Maringá-
PR (2013 - 2018). Já atuou como professor: Cursos de Engenharia Civil e Produção - 
Faculdade Integrado - Campo Mourão. Experiência na área de Engenharia Mecânica, 
com ênfase em Engenharia de Manutenção, atuando principalmente nos seguintes 
temas: manutenção de sistemas industriais, manutenção de frota de veículos, 
engenharia mecânica, aderência ao orçamento de manutenção e Engenharia de 
segurança no trabalho 
 
• Link do Currículo na Plataforma Lattes: http://lattes.cnpq.br/1713203174684838 
 
 
#APRESENTAÇÃO# 
 
 Prezado(a) aluno(a), se você chegou até este ponto e está determinado a ir além 
começando mais esta disciplina, saiba que será uma grande jornada rumo aos seus 
objetivos. Nesta disciplina iremos começar aprendendo, na Unidade I, a história do 
surgimento do trabalho, para que possamos contextualizar o surgimento do acidente de 
trabalho e das doenças que podem acontecer no ambiente de trabalho. Feito a 
contextualização, veremos as legislações e normas regulamentadoras que definem e 
regem a medicina e segurança do trabalho, garantindo ao máximo o bem estar físico e 
psicológico do funcionário. 
Na segunda unidade iremos discutir sobre os equipamentos de proteção 
individual (EPI) e equipamentos de proteção coletiva (EPC), veremos quais os direitos e 
deveres que as normas regulamentadoras estabelecem, tanto para os empregados 
quanto para os empregadores, quando o assunto é equipamento de segurança. Ainda 
na segunda unidade iremos aprender sobre sinalização e definição de cores para 
ambiente de trabalho, além de ações e atitudes que ao serem tomadas, ajudam a evitar 
acidentes. 
Já na Unidade III estudaremos sobre a NR-10 (Norma regulamentadora para 
serviços elétricos) e NR-12 (Norma regulamentadora da segurança em máquinas, 
equipamentos e ferramentas). Discutiremos suas funções, sua implantação, suas 
particularidades e, na sequência, iremos aprender as atitudes corretas e necessários que 
deverão ser tomadas em caso de acidente com o auxílio do CAT (Comunicação de 
Acidente do Trabalho). 
Finalizaremos nossos estudos apresentando três organizações de grande 
importância: o SEMST (Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em 
Medicina do Trabalho), a CIPA (Comissão Interna de Prevenção a Acidentes) e o PCMAT 
(Programa de Condições e Meio Ambiente do Trabalho). 
Aproveito para reforçar o convite a você, para que juntos possamos traçar este 
caminho e concluir esta jornada de conhecimento e multiplicar os conhecimentos sobre 
tantos assuntos abordados em nosso material. 
 
 
 
UNIDADE I 
O AMBIENTE E AS DOENÇAS DO TRABALHO 
Professor Mestre Rafael Delapria Dias dos Santos 
 
Plano de Estudo: 
• Introdução e conceitos; 
• Legislação de segurança do trabalho; 
• Medicina no trabalho; 
• Acidentes e doenças do trabalho: princípios, regras e métodos de prevenção. 
 
Objetivos de Aprendizagem: 
• Conceituar e contextualizar o ambiente de trabalho e seus riscos; 
• Compreender os diferentes tipos de normas existentes; 
• Estabelecer a importância da prevenção de acidentes. 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
O trabalho existe desde o surgimento da humanidade e desde quando o 
homem adquire a consciência de risco, passa a existir métodos para prevenção de 
acidentes e doenças. Há relatos desde a época dos homens das cavernas com suas 
pinturas rupestres em caça, representando o risco do animal a ser caçado. Com o 
passar do tempo e com o advento da revolução industrial que intensificou ainda 
mais as jornadas de trabalho e aumentou a periculosidade do ambiente, passou-se 
a intensificar também as legislações de trabalho, surgindo, então, leis que proibiam 
o trabalho infantil e adequavam às mulheres, idosos e mulheres grávidas, de acordo 
com sua capacidade de produção. O tempo passou e surgiram normas específicas 
para cada tipo de trabalho com perigo presente, as chamadas Normas 
Regulamentadoras (NRs). Existem ainda as legislações que ditam as obrigações 
entre empregados e empregadores, para assegurar o bem-estar físico e mental de 
ambas as partes. A medicina no trabalho surgiu um pouco mais tarde do que a 
segurança, no entanto não deixa de ser menos importante. A medicina no trabalho 
garante ao funcionário sua plena capacidade de trabalhar, visando sempre 
diagnósticos precisos e justos para ambos os lados. Existem inúmeras atitudes que 
tanto a empresa, quanto o empregador devem tomar para evitar riscos de acidentes 
e doenças, e tudo isso veremos nesta apostila. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 INTRODUÇÃO E CONCEITOS 
 
De acordo Melo Júnior (2011), os direitos fundamentais do trabalhador 
objetivam fazer com que estes usufruam de uma boa qualidade de vida. Uma vez 
que não foi feita a ligação entre direitos humanos com qualidade de vida, foi 
necessário efetivar os direitos trabalhistas. Ao longo da história há vários relatos de 
abusos e exageros físicos de trabalhos que incentivaram e serviram de gatilho para 
a criação de diversas normas e leis trabalhistas. As doenças tidas como modernas, 
como stress, neurose e lesões por esforço repetitivo (LER), já há séculos são 
diagnosticadas em determinados serviços. 
Ferreira et. al (2012) afirmam que as preocupações mais antigas 
relacionadas à segurança do trabalho estão registradas em documentos egípcios. 
Por exemplo, há marcos que, no ano de 2360 a.C., uma insurreição geral por parte 
dos trabalhadores das minas exigia ao faraó melhores condições de vida dos 
escravos. 
Ainda de acordo Ferreira et. al. (2012), o império Romano também se 
preocupava com a segurança no trabalho, apresentando estudos de proteção 
médico-legal dos trabalhadores, chegando inclusive a elaborar leis para sua 
garantia. Foi no Império Romano a primeira vez em que trabalhadores utilizaram 
máscaras para evitar respirar poeira metálica. 
Após a primeira grande revolução industrial, que se iniciou na França e na 
Inglaterra, os problemas relacionados à saúde e segurança no trabalho se 
intensificaram uma vez que o trabalho humano se intensificou em condições 
desumanas de trabalho (MELO JUNIOR, 2011). 
A primeira vez que líderes e autoridades ordenaram que seus trabalhadores 
utilizassem equipamentos de segurança, segundo registros históricos, foi durante a 
idade média. Houve inclusive um levantamento das doenças causadas pelos 
trabalhos existentes, que mais tarde serviram como base para novos registros de 
segurança do trabalho durante o renascimento. Destacam-se nesse período: 
Samuel Stockausen, como pioneiro da inspeção médica no trabalho, e Bernardino 
Ramazzini, como sistematizador do conhecimento acumulado sobre segurança 
(FERREIRA et al. 2012). 
 
Ritti e Pinto (2016) relatam em sua obra que em 1779 já constavam em anais 
e congressos trabalhos com temas relacionados à medicina e saúde do trabalho. 
Em Milão, no mesmo ano, houve a função de uma sociedade que tinha como 
objetivo o bem-estar do trabalhador, uma vez que a revoluçãoindustrial passou a 
exigir esse cuidado. 
Ainda de acordo com Ritti e Pinto (2016), o movimento de prevenção tomou 
conta primeiro dos Estados Unidos, no início do século XX, enquanto que no resto 
do mundo (África, Ásia, Austrália e o resto da América) o movimento de prevenção 
nasceu logo após a fundação da organização internacional do trabalho (OIT), em 
1919. 
A OIT visava uniformizar questões trabalhistas relacionadas à escravidão, 
condições subumanas, limitação da jornada de trabalho, proteção à maternidade, 
trabalho noturno para mulheres, idade mínima para admissão de crianças e o 
trabalho noturno para menores (MELO JUNIOR, 2011). 
Em 1919, por meio do Decreto Legislativo nº 3.724 (BRASIL, 1919, p. 1013), 
implantaram-se serviços de medicina ocupacional com fiscalização por parte do 
governo nas empresas e indústrias. Essa fiscalização aumentou após a Segunda 
Guerra Mundial, uma vez que o senso humanitário cresceu com o fim da guerra. 
Ainda após a segunda guerra, foi assinada a Carta das Nações Unidas, em São 
Francisco, que previa a preservação das condições de vida das futuras gerações 
(PINHEIRO, 2012). 
Também após a segunda guerra mundial, em 1948, criou-se a Organização 
Mundial da Saúde (OMS) e com ela veio o conceito de que saúde é o completo 
bem-estar físico, mental e social, não somente a ausência de algum tipo de 
enfermidade ou doença. A OMS diz ainda que o gozo do grau máximo de saúde 
que se pode alcançar é um dos direitos fundamentais do trabalhador (MELO 
JUNIOR, 2011). 
Moraes (2011) diz que, no ano de 1948, a Assembleia Geral das Nações 
Unidas, aprova a Declaração Universal dos Direitos Humanos do Homem. A 
declaração garante ao trabalhador a aplicação das normas jurídicas relacionadas 
ao direito ao trabalho, à livre escolha de emprego, às condições justas e favoráveis 
de trabalho e à proteção contra ao desemprego; o direito ao repouso e ao lazer, 
 
limitação de horas de trabalho, férias periódicas remuneradas, além de padrão de 
vida capaz de assegurar a si e a sua família saúde e bem-estar. 
Ainda de acordo Moraes (2011), com a ânsia dos países de se reerguerem 
pós segunda guerra, houve uma série de problemas relacionados a acidentes e 
doenças no meio industrial. Era necessária a criação de novos meios de intervenção 
nas causas dos problemas. Em 1949, a Inglaterra deu início à pesquisa de 
ergonomia, com o objetivo de organizar o ambiente de trabalho com base na 
realidade do homem trabalhador. 
 
Em 1952, com a fundação da Comunidade Européia do Carvão e 
do Aço -CECA, as questões voltaram-se para a segurança e 
medicina do trabalho nos setores de carvão e aço, que até hoje 
estimula e financia projetos no setor. Na década de 60 inicia-se um 
movimento social renovado, revigorado e redimensionado marcado 
pelo questionamento do sentido da vida, o valor da liberdade, o 
significado do trabalho na vida, o uso do corpo, notadamente nos 
países industrializados como a Alemanha, França, Inglaterra, 
Estados Unidos e Itália (ESQUERDO, 2012, p. 11). 
 
Segundo Martins (2011), a empresa Farmitalia, localizada na Itália, iniciou 
um procedimento de conscientização de seus funcionários quanto ao perigo que 
produtos químicos representam, alinhados com seus técnicos para ajudar na 
detecção de problemas. 
 
1.1 A Medicina do Trabalho 
Para Melo Junior (2011), a medicina do trabalho ou, como também é 
conhecida, a medicina ocupacional é uma especialidade do ramo da medicina que 
se ocupa em estudar a preservação da saúde do trabalhador, sendo que o 
profissional da área deve avaliar a capacidade do candidato a realizar determinada 
função, sendo necessário realizar avaliações periódicas e expor os riscos 
ocupacionais a qual esse funcionário tem contato. A diferença da segurança e a 
saúde ocupacional é que esta é uma área que protege empregados, clientes, 
fornecedores e público em geral que possam ser afetados pelo ambiente de 
trabalho. 
 
2 LEGISLAÇÃO DE SEGURANÇA DO TRABALHO 
 
As Normas Regulamentadoras (NR) constituem um conjunto de obrigações, 
direitos e deveres que devem ser cumpridos tanto pelos empregados, quanto pelos 
empregadores, objetivando garantir trabalho seguro e sadio, prevenindo a 
ocorrência de doenças e acidentes de trabalho. Cabe ao Ministério do Trabalho 
tanto a elaboração, quanto a revisão das NR. 
A seguir encontram-se todas as normas (NRs) existentes, retiradas do site 
do Governo Federal de Inspeção do Trabalho (ENIT, 2018). 
 
NR-1 - Disposições gerais 
NR-2 - Inspeção prévia 
NR-3 - Embargo ou interdição 
NR-4 - Serviços especializados em 
engenharia de segurança e em medicina 
do trabalho 
NR-5 - Comissão interna de prevenção 
de acidentes 
NR-6 - Equipamento de proteção 
individual - EPI 
NR-7 - Programa de controle médico de 
saúde ocupacional 
NR-8 - Edificações 
NR-9 - Programa de prevenção de riscos 
ambientais 
NR-10 - Segurança em instalações e 
serviços em eletricidade 
NR-11 - Transporte, movimentação, 
armazenagem e manuseio de materiais 
NR-12 - Segurança no trabalho em 
máquinas e equipamentos 
NR-13 - Caldeiras, vasos de pressão e 
tubulações e tanques metálicos de 
armazenamento 
NR-14 - Fornos 
NR-15 - Atividades E operações 
insalubres 
NR-16 - Atividades E operações 
perigosas 
NR-17 - Ergonomia 
NR-18 - Condições E meio ambiente de 
trabalho na indústria da 
construção (texto vigente) 
NR-19 - Explosivos 
NR-20 - Segurança e saúde no trabalho 
com inflamáveis e combustíveis 
NR-21 - Trabalhos a céu aberto 
NR-22 - Segurança e saúde ocupacional 
na mineração 
NR-23 - Proteção contra incêndios 
NR-24 - Condições sanitárias e de 
conforto nos locais de trabalho 
 
NR-25 - Resíduos industriais 
NR-26 - Sinalização de segurança 
NR-27 - Registro profissional do técnico 
de segurança do trabalho (revogada) 
NR-28 - Fiscalização e penalidades 
NR-29 - Norma regulamentadora de 
segurança e saúde no trabalho portuário 
NR-30 - Segurança e saúde no trabalho 
aquaviário 
NR-31 - Segurança e saúde no trabalho 
na agricultura, pecuária silvicultura, 
exploração florestal e aquicultura 
Nr-32 - Segurança e saúde no trabalho 
em serviços de saúde 
NR-33 - Segurança e saúde nos 
trabalhos em espaços confinados 
NR-34 - Condições e meio ambiente de 
trabalho na indústria da construção, 
reparação e desmonte naval 
NR-35 - Trabalho em altura 
NR-36 - Segurança e saúde no trabalho 
em empresas de abate e processamento 
de carnes e derivados 
NR-37 - Segurança e saúde em 
plataformas de petróleo 
 
Lucena (2013) afirma que, para um bom entendimento e ordenamento das 
normas e regulamentações, faz-se necessárias as leis e legislações pertinentes ao 
assunto, que servem para garantir a sobrevivência e o bom convívio dos 
empregados e empregadores. 
De acordo Lucena (2013), a regulamentação da prevenção de acidentes no 
Brasil está prevista na consolidação das leis do trabalho (CLT) e o detalhamento 
das ações de prevenção estão dispostas nas NRs, normas das quais vem sendo 
escritas e alteradas a anos, sempre visando a atualização e a coesão com o 
trabalho e o trabalhador. 
A NR 1 (Disposições Gerais), disponível gratuitamente no site do Governo 
Federal, regulamenta à segurança e medicina do trabalho, criada em 1978 e última 
atualização em 2009. Vejamos agora o que a Norma diz (BRASIL, 2018): 
● As normas Regulamentadoras (NRs) são obrigatórias tanto para as 
empresas públicas quanto para as empresas privadas, bem como 
para os órgãos públicos dos Poderes Legislativos e Judiciários que 
possuam funcionários no regime CLT. 
https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-26.pdf
https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-35.pdf
 
● As diretrizes estabelecidas pelas Normas Regulamentadoras devem 
ser aplicadas e consideradas a todos (trabalhadores avulsos, 
entidades, empresas, sindicatos e demais categorias profissionais). 
● O seguimentodas Normas Regulamentadoras não desobriga as 
empresas e indústrias a seguires outras normas e leis estabelecidas 
por outros setores como códigos de obras, regulamentos sanitários, 
leis estaduais, leis municipais, entre outras. 
 
2.1 Definição De Termos (Retirada da NR-1) 
A. Empregador: empresa individual ou coletiva, que assume o risco da 
contratação efetiva de um empregado por meio de atividade 
econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviços. 
Além das empresas, inclui-se também ao grupo: profissionais liberais, 
associações e outras instituições que, mesmo sem fim lucrativo, 
possui trabalhadores como empregados; 
B. Empregado: pessoa física que assume a responsabilidade da 
prestação de serviço, cuja atividade não se assemelha a de 
empregador; 
C. Empresa: todo e qualquer estabelecimento, local de trabalho, canteiro 
de obra e outras que utilizam da mão de obra do empregador para 
atingir seus objetivos (podendo ser lucrativo ou não); 
D. Estabelecimento: são as diferentes unidades de uma empresa que 
apresentam diferentes funções e que se localizam em diferentes 
lugares, por exemplo: fábrica, refinaria, usina, escritório, loja, oficina, 
depósito, laboratório; 
E. Setor de serviço: é a menor unidade operacional estabelecida num 
mesmo ambiente; 
F. Canteiro de obra: é uma área de trabalho fixa (no entanto temporária) 
em que acontecem operações de apoio e execução à construção, 
demolição ou reparo de uma obra; 
 
G. Frente de trabalho: é uma área de trabalho móvel e temporária, onde 
atividades de apoio ao desenvolvimento são desenvolvidas, como 
demolição ou reparo de uma obra; 
H. Local de trabalho: a área onde são executados os trabalhos. 
 
2.2 Obrigações entre Empregador e Empregado (Retirado da NR-1) 
De acordo dados retirados do site do Ministério do Trabalho (2009), tanto 
empregados, quanto empregadores possuem certas obrigações referentes à 
segurança, vejamos a seguir: 
 
Cabe ao empregador: 
A) cumprir e fazer cumprir as disposições legais e regulamentadas 
relacionadas à segurança e medicina do trabalho; 
 B) elaborar ordens de serviço relacionadas ao assunto de segurança e 
medicina do trabalho, fazendo com que os empregados foquem nos 
seguintes objetivos: 
I - Prevenir atos inseguros no desempenho do trabalho; 
II - Divulgar as obrigações e proibições que os empregados devam 
conhecer e cumprir; 
III - Dar conhecimento aos empregados de que serão passíveis de 
punição, pelo descumprimento das ordens de serviço expedidas; 
 IV - Determinar os procedimentos que deverão ser adotados em caso 
de acidente do trabalho e doenças profissionais ou do trabalho; 
V - Adotar medidas determinadas pelo Ministério do trabalho (MTB); 
VI - Adotar medidas para eliminar ou neutralizar a insalubridade e as 
condições inseguras de trabalho. 
C) informar aos trabalhadores: 
I - Os riscos profissionais que possam originar-se nos locais de trabalho; 
II - Os meios para prevenir e limitar tais riscos e as medidas adotadas 
pela empresa; 
 
III - os resultados dos exames médicos e de exames complementares 
de diagnóstico aos quais os próprios trabalhadores forem submetidos; 
IV - Os resultados das avaliações ambientais realizadas nos locais de 
trabalho. 
D) permitir que representantes dos trabalhadores acompanhem a 
fiscalização dos preceitos legais e regulamentares sobre segurança e 
medicina do trabalho. 
 
Cabe ao empregado: 
A) cumprir as disposições legais e regulamentares sobre segurança e 
medicina do trabalho, inclusive as ordens de serviço expedidas pelo 
empregador; 
B) usar o EPI fornecido pelo empregador; 
C) submeter-se aos exames médicos previstos nas Normas 
Regulamentadoras - NR; 
D) colaborar com a empresa na aplicação das Normas Regulamentadoras - 
NR; 
 
Na norma consta ainda que caso o empregador, porventura, descumpra 
algum dos itens estabelecidos, acarretará em aplicação de penalidade (multa) 
prevista na legislação. 
 
 
3 MEDICINA NO TRABALHO 
 
3.1 Introdução à Medicina no Trabalho 
O homem sempre apresentou uma ligação direta com o trabalho, saúde e 
doença e sempre reconheceu essa ligação, mesmo que de formas e meios 
indiretos. Essa ligação vem sendo representada por meio de obras (pinturas, textos, 
pensamentos etc.) desde os primórdios da história humana, no entanto, apesar de 
tão antiga a relação homem-trabalho-medicina, é relativamente recente as 
produções relacionadas ao tema (MELO JUNIOR, 2011). 
De acordo com Macedo (2008), Bernardino Ramazzini, nascido em 1633, é 
considerado o pai da medicina do trabalho, um médico italiano com grande 
participação na literatura a respeito do assunto. No livro As doenças dos 
trabalhadores, publicado em 1700, o médico descreve 54 profissões e relaciona as 
principais doenças de trabalho que cada uma das profissões pode vir a acarretar 
para que, desta forma, outros médicos conheçam as diferentes ocupações e 
passem a tratar seus pacientes de forma correta. 
A Revolução Industrial, iniciada na Inglaterra no século XVIII, 
desencadeando grandes transformações na vida das pessoas relacionadas a sua 
produção, a sua vivência e ao seu trabalho, logo, a transformação atingiu a forma 
de adoecer e a forma de morrer das pessoas, servindo de impulso para a efetivação 
da Medicina do Trabalho, que veio acompanhando as mudanças exigidas dos 
diferentes processos (ANAMT, 2017b). 
O termo “medicina do trabalho” pode ser definido como sendo uma 
especialidade médica, com a saúde dos trabalhadores em seu ambiente de 
trabalho. Tem por objetivo de prevenir doenças, acidentes de trabalho e promover 
a saúde e a qualidade de vida por meio de ações efetivas da medicina que são 
capazes de assegurar a promoção à saúde física e mental das pessoas (ANAMT, 
2017a). 
 
Melo Junior (2011) afirma ser amplo o campo de atuação da Medicina do 
Trabalho, sendo uma área que extrapola em relação às outras áreas da medicina. 
O autor apresenta em sua obra os seguintes campos de atuação: 
• Empresas com empregado nos Serviços Especializados de 
Engenharia de Segurança e de Medicina do Trabalho (SESMT); 
• Prestação de serviços técnicos, atuando na elaboração do programa 
de controle médico de saúde ocupacional (PCMSO); 
• Consultoria; 
• Na normalização e fiscalização das condições de saúde e segurança 
no trabalho desenvolvida pelo Ministério do Trabalho; 
• Na rede pública de serviços de saúde, no desenvolvimento das ações 
de saúde do trabalhador; 
• No setor de assessoria à saúde ocupacional dos sindicatos dos 
trabalhadores, nas organizações de trabalhadores e de 
empregadores; 
• Perícia Médica da Previdência Social, enquanto seguradora do 
Acidente do Trabalho (SAT); 
• Atuação junto ao Sistema Judiciário, como perito judicial em processos 
trabalhistas, ações cíveis e ações da Promotoria Pública; 
• Atividade docente na formação e capacitação profissional; 
• Atividade de investigação no campo das relações Saúde e Trabalho, 
nas instituições de Pesquisa; 
• Consultoria privada no campo da Saúde e Segurança no Trabalho. 
 
 
4 ACIDENTES E DOENÇAS DO TRABALHO: PRINCÍPIOS, REGRAS E 
MÉTODOS DE PREVENÇÃO 
 
Simões (2010) afirma que um acidente provocado em ambiente de trabalho 
ou a contração de uma determinada doença no ambiente de trabalho pode se tornar 
um fator extremamente negativo para a empresa, para o trabalhador e para a 
sociedade. 
O elevado custo e prejuízo que a sociedade, as empresas e os trabalhadores 
sofrem são divulgados anualmente e as taxas estão altas quando tratamos dos 
acidentes e doenças de trabalho registradas pelas estatísticas, uma vez que são 
considerados apenas os dados de trabalhos formais (SESI-SEBRAE, 2005). 
De acordo Melo Júnior (2011), o somatório das perdas é determinado e 
quantificado de acordo os danos causados à integridade física e mental do 
trabalhador, os prejuízos da empresa e os demaiscustos resultantes para a 
sociedade. 
 
4.1 Danos Causados ao Trabalhador 
A previdência Social é o órgão público responsável pelo registro de todo e 
qualquer tipo de acidente e doença de trabalho provocado nos funcionários, sejam 
estes públicos ou privados. O órgão revela anualmente uma grande quantidade de 
pessoas prematuras que são mortas ou se tornam incapazes de trabalhar após o 
acidente. Os funcionários que sobrevivem à tais acidentes, muitas vezes acabam 
carregando sequelas em suas vidas, não apenas físicas, mas também materiais, 
vejamos algumas delas levantadas por Sesi-Sebrae (2005): 
• Sofrimento físico e mental; 
• Cirurgias e remédios; 
• Próteses e assistência médica; 
• Fisioterapia e assistência psicológica; 
• Dependência de terceiros para acompanhamento e locomoção; 
• Diminuição do poder aquisitivo; 
 
• Desamparo à família; 
• Estigmatização do acidentado; 
• Desemprego; 
• Marginalização; 
• Depressão e traumas. 
 
 
4.2 Prejuízos da Empresa 
Ainda de acordo com a apostila educacional elaborada por SESI-SEBRAE 
(2005), as micro e pequenas empresas são as que mais sofrem os impactos das 
consequências dos acidentes e doenças, no entanto, nem sempre seus gerentes 
enxergam isso. 
Ainda de acordo a apostila, o custo total de um acidente é fornecido a partir 
da soma de duas parcelas, são elas: o custo direto, também conhecido como custo 
segurado (recolhimento mensal feito à previdência social), justamente para 
pagamentos de seguros contra acidentes do trabalho. Já a segunda parcela, de 
acordo Costa (2009), é referente ao custo indireto que o acidente causa, ou seja, a 
tudo aquilo que gera custo e não é segurado. Costas (2009) afirma ainda que a 
proporção de custo segurado para o não segurado é de 1 para 4, ou seja, a cada 1 
real gasto com o custo segurado, são gastos 4 com os custos não segurados. 
 
4.3 A Importância de Conhecer os Riscos 
Segundo o Ministério da Saúde (2016), os próprios locais de trabalho, de 
acordo com a natureza de atividades desenvolvidas e pelas características da 
organização, relações interpessoais, manipulação, exposição a diferentes tipos de 
riscos: físicos, químicos ou biológicos podem comprometer a atividade do 
funcionário envolvido a curto, médio ou longo prazo. 
No entanto, é importante dizer que nem sempre a presença de produtos 
químicos ou agentes nocivos nos locais de trabalho implicam necessariamente na 
existência de um perigo à saúde. A presença ou não do risco irá depender de 
diversos fatores, como a concentração, a forma de contaminação, a forma de 
manuseio, tempo de exposição, entre outros, sendo necessário sempre um bom 
estudo do local e levantamento de riscos para que se possa tomar as atitudes 
corretas (SESI-SEBRAE, 2005). 
De acordo o Ministério da Defesa (2020), a primeira medida a ser tomada 
caso aconteça um acidente de trabalho é procurar um médico e avisar a instituição 
do ocorrido. A lei exige que toda instituição preze pela segurança de seus 
 
funcionários e a conscientização e educação dos funcionários é a melhor forma de 
evitar acidentes. O site oficial do Ministério da defesa elaborou 15 dicas para evitar 
acidentes de trabalho, veja a seguir: 
● Utilize os Equipamentos de Proteção Individual (EPI); 
● Mantenha áreas de circulação desobstruídas; 
● Não obstrua o acesso aos equipamentos de emergências (macas, 
extintores etc.); 
● Informe ao superior imediato sobre a ocorrência de incidentes, para 
que se possa corrigir o problema e evitar futuros acidentes; 
● Não execute atividade para a qual não está habilitado; 
● Não improvise ferramentas. Solicite a compra de ferramentas 
adequadas à atividade; 
● Não faça brincadeiras durante o trabalho. Sua atenção deve ser 
voltada apenas para a atividade que está executando; 
● Oriente os novos colaboradores sobre os riscos das atividades; 
● Cuidado com tapetes em áreas de circulação; 
● Não retire os Equipamentos de Proteção Coletiva das máquinas e 
equipamentos. Eles protegem você e demais trabalhadores 
simultaneamente; 
● Não fume em locais proibidos. Procure os locais destinados para tal; 
● Evite a pressa, ela é “inimiga da perfeição”. Além de se expor ao nível 
de risco maior, seu trabalho não terá uma boa qualidade; 
● Confira sua máquina ou equipamento de trabalho antes de iniciar 
suas atividades, através do check list; 
● Ao sentar, verifique a firmeza e a posição das cadeiras; 
● Não deixe objetos caídos no chão. 
 
SAIBA MAIS 
O artigo O ensino da Medicina do Trabalho e a importância das visitas aos locais de 
trabalho, elaborado por médicos da área da saúde ocupacional, ressalta a 
importância do trabalho conjunto de profissionais da saúde com os profissionais da 
 
indústria. A seguir está o resumo do trabalho dos pesquisadores. A leitura do artigo 
é de suma importância para entender melhor o conteúdo estudado nesta apostila. 
“Este artigo enfatizou a importância das visitas nos locais de trabalho no ensino de 
medicina do trabalho para os estudantes de Medicina. Métodos: Foram analisados 
216 relatórios de visitas a pequenas, médias e grandes empresas de diferentes 
ramos de atividade e processos produtivos da região de Campinas, em São Paulo, 
Brasil. Por meio do método de análise de conteúdo, foram codificadas 
aprioristicamente algumas categorias: importância da anamnese ocupacional, 
significado das visitas, significado do trabalho no processo saúde-doença, 
percepção sobre as condições de trabalho e riscos à saúde, importância dos fatores 
de risco psicossociais e ergonômicos e medidas preventivas e uso de equipamento 
de proteção individual. Conclusões: O conteúdo dos relatórios das visitas, 
destacados no texto, demonstrou a importância desta atividade na formação de 
futuros profissionais”. 
 
Leia: LUCCA, S. R.; KITAMURA, S. O Ensino Da Medicina Do Trabalho E A Importância 
Das Visitas Aos Locais De Trabalho. Rev. Bras. Med. Trab., v. 10, n. 2, p. 41-8, 2012 
#SAIBA MAIS# 
 
REFLITA 
“Nenhum trabalho será tão urgente ou importante, que não possa ser planejado e 
executado com segurança” (Petrobras). 
#REFLITA# 
 
 
 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Nesta unidade estudamos como se deu o início da segurança do trabalho e 
como ela foi evoluindo com o passar dos anos, principalmente após a segunda 
grande guerra mundial, em que os países que participaram da guerra precisavam 
se reerguer e as indústrias não estavam dando muita atenção à segurança do 
trabalho. Foi quando se intensificou as normas e legislações para assegurar o bem-
estar dos funcionários. Estudamos também a função da medicina no trabalho, bem 
como as legislações que regem esse campo, que não são poucas. Vimos que cada 
tipo diferente de risco no trabalho apresenta uma norma regulamentadora diferente. 
Por fim, entramos em acidentes e doenças do trabalho e vimos uma série de dicas 
para evitará-los, garantindo a vida e a saúde física e mental do trabalhador. 
 
 
 
 
LEITURA COMPLEMENTAR 
 
Como sugestão de leitura complementar, deixo a Revista Brasileira de Saúde 
Ocupacional. Segue resumo descrito pela própria revista: 
A Revista Brasileira de Saúde Ocupacional (RBSO) é o periódico científico 
do campo da Saúde do Trabalhador publicado pela Fundacentro desde 1973. O 
percurso histórico, o desempenho atual, os desafios e as perspectivas futuras da 
RBSO são discutidos a partir de análise documental. A história da revista pode ser 
dividida em três períodos, começando durante o governo militar. No início, se 
constituiu em veículo de difusão de conhecimentos e da política de prevenção de 
acidentes, na qual a Fundacentro desempenhava papel central. No início dos anos 
80 abre-se espaço para publicações de caráter técnico científico, assim como o 
campo da Saúde do Trabalhador surge em suas páginas. Em 2005-6, um processo 
de reestruturação é implementado, assegurando política e estruturas editoriaisindependentes. Desde 2006, 139 artigos originais e nove dossiês temáticos foram 
publicados; a Revista está indexada em 9 bases; Qualis/CAPES B1 na área 
Interdisciplinar e B2 em Saúde coletiva, com tendência ascendente no Fator de 
Impacto SciELO e índice h5 no Google Scholar. 
 
Leia: FILHO, J. M. J., ALGRANTI, E. SAITO, C. A., GARCIA, E. G. Da Segurança e 
Medicina do Trabalho à Saúde do Trabalhador: história e desafios da revista brasileira 
de Saúde Ocupacional. São Paulo, 2015. 
 
 
 
 
 
LIVRO 
 
• Título: Segurança e Medicina do Trabalho 
• Autor: Equipe Atlas 
• Editora: Atlas 
• Sinopse: A obra Segurança e Medicina do Trabalho consolida décadas de 
tradição do Grupo Editorial Nacional Editora Atlas na publicação de livros jurídicos. 
Confiantes em superar os constantes desafios, entregamos ao público um material 
consistente, funcional e atualizado, com projeto gráfico prático e moderno, que 
permite a otimização na busca de informações. Trata-se de legislação 
criteriosamente selecionada e organizada para atender a estudantes, candidatos a 
concursos públicos, técnicos e profissionais do Direito e das mais diversas áreas do 
conhecimento. Este amplo material apresenta a seguinte estrutura: Normas 
Regulamentadoras – NRs 1 a 37ª Constituição Federal – Consolidação das Leis 
Trabalhistas –Súmulas selecionadas dos Tribunais, OJs e PNs do TST; Índice 
alfabético-remissivo unificado. Além disso, o GEN disponibiliza:• Acompanhamento 
legislativo online – destaque para informações sobre as normas de maior impacto 
nos principais ramos do Direito brasileiro, bem como aquelas que alterem os 
dispositivos legais contidos nesta obra, publicadas ao longo do ano;• E-book gratuito 
atualizado até 30-11-2019 – permite a consulta de todo o conteúdo em diferentes 
dispositivos, como tablet, smartphone e desktop;• Material suplementar para 
download – aos adquirentes da presente edição, é oferecido conteúdo online 
exclusivo e gratuito: o Convenções da OIT e normas selecionadas Questões de 
 
concursos Formulários editáveis Atualização até 30-11-2019• QR code – acesso 
fácil e prático de conteúdo interativo, oferecido ao profissional na prática das suas 
atividades: Tabelas dinâmicas o Calculadoras. 
 
FILME/VÍDEO 
 
• Título: Incontrolável 
• Ano: 2011 
• Sinopse: Uma grande locomotiva, sem tripulação, está fora de controle, e um 
descarrilamento não parece ser o maior problema. O trem está carregado de 
produtos químicos tóxicos e um acidente poderia destruir uma cidade, causando um 
desastre ambiental. A única esperança de parar o trem com segurança está nas 
mãos de um maquinista veterano e um jovem condutor, que arriscam suas vidas 
para salvar aqueles no caminho do trem desgovernado. 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
ANAMT. A especialidade. 2017a. Disponível em: 
https://www.anamt.org.br/portal/a-especialidade-o-que-e-a-medicina-do-trabalho/. 
Acesso em: 10 fev. 2020. 
 
ANAMT. História da medicina do trabalho. 2017b. Disponível em: 
https://www.anamt.org.br/portal/historia-da-medicina-do-trabalho/. Acesso em: 10 
fev. 2020. 
 
BRASIL. Decreto nº 3.724, de 15 de janeiro de 1919. Diário Oficial da República 
Federativa do brasil, Poder executivo, Brasilia, DF, 18 de jan de 1919. Seção 1, p. 
1013. 
 
BRASIL. ENIT. Normas Regulamentadoras. 2018. Disponível em: 
https://enit.trabalho.gov.br/portal/index.php/seguranca-e-saude-no-trabalho/sst-
menu/sst-normatizacao/sst-nr-portugues?View=default. Acesso em: 10 fev. 2020. 
 
BRASIL. Ministério da Defesa. Prevenção de Acidentes no Ambiente de 
Trabalho. 2020. Disponível em: 
https://www.marinha.mil.br/saudenaval/prevencao-de-acidentes-de-trabalho. 
Acesso em: 10 fev. 2020. 
 
BRASIL. Ministério da Saúde. Saúde e Segurança no Trabalho. 2016. Disponível 
em: http://bvsms.saude.gov.br/dicas-em-saude/2323-saude-e-seguranca-no-
trabalho. Acessado em: 10 fev. 2020. 
 
BRASIL. Ministério do Trabalho. NR-1 Disposições Gerais. 2009. Disponível em: 
http://trabalho.gov.br/images/Documentos/SST/NR/NR1.pdf. Acesso em: 10 fev. 
2020. 
 
COSTA, E. A., Segurança Do Trabalhador: acidente de trabalho. Rio de Janeiro: 
Universidade Candido Mendes AVM, Faculdade Integral - Pós-Graduação Lato 
Sensu, 2009. 
 
ESQUERDO, M. C. Segurança E Medicina Do Trabalho. Rio de Janeiro: 
Universidade Candido Mendes AVM, Faculdade Integral - Pós-Graduação Lato 
Sensu, 2012. 
 
FERREIRA, B. L. A., NETO, F. G. V., FRANCO. H. M. S. et. al. Segurança No 
Trabalho: Uma Visão Geral. Ciências Exatas e Tecnológicas, v. 1, n. 15, p. 95-
101, 2012. 
 
 
FILHO, J. M. J., ALGRANTI, E. SAITO, C. A., GARCIA, E. G. Da Segurança e 
Medicina do Trabalho à Saúde do Trabalhador: História e desafios da revista 
brasileira de Saúde Ocupacional. São Paulo, 2015. 
 
LUCENA, S. Apostila De Segurança Do Trabalho. Pernambuco: Universidade 
Federal de Pernambuco, 2013. 
 
MACEDO, R. B. Segurança, Saúde, Higiene e Medicina do Trabalho. Curitiba: 
IESDE Brasil, 2008. 
 
MARTINS, I. C. S. Segurança No Trabalho. Rio de Janeiro: Universidade 
Candido Mendes, AVM - Faculdade Integrada Pós-Graduação Lato Sensu, 2011. 
 
MELO JÚNIOR, A. S. M. O Ambiente e as doenças do trabalho. João Pessoa: 
IESP, 2011. 
 
MORAES, G. Normas Regulamentadoras Comentadas e Ilustradas - 
Legislação de Segurança e Saúde no Trabalho. Rio de Janeiro: Gerenciamento 
Verde Editora, 2011. 
 
PINHEIRO, C. S. Introdução À Segurança Do Trabalho. Barra da Estiva: 
Instituto de Formação - Cursos Técnicos Profissionalizantes, 2012. 
 
RITTI, H. F., PINTO, V. C. Os trabalhadores e a história do Prevencionismo. 
Brasil: e-TEC, 2016. 
 
SESI-SEBRAE. Dicas De Prevenção De Acidentes E Doenças No Trabalho. 
Brasília: Sebrae, 2005. 
 
SIMÕES, T. M. Medidas De Proteções Contra Acidentes Em Altura Na 
Construção Civil. 2010. 84 f. Monografia (Graduação em Engenharia Civil) - 
Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2010. 
 
 
 
UNIDADE II 
GERÊNCIA DE RISCOS 
Professor Mestre Rafael Delapria Dias dos Santos 
 
Plano de Estudo: 
• Equipamento de proteção individual e coletiva; 
• Análise de riscos; 
• Sinalização de segurança; 
• Prevenção e combate a incêndio; 
• Sinalização de segurança. 
 
Objetivos de Aprendizagem: 
• Contextualizar os diferentes tipos de equipamentos de proteção (EPI e EPC); 
• Compreender os tipos de sinalizadores; 
• Estabelecer a importância da análise de risco; 
• Explicar e estabelecer a importância de equipamentos contra incêndio. 
 
INTRODUÇÃO 
 
Olá, aluno(a)! Animado(a) para mais um momento de aprendizado? 
Nesta segunda apostila, começaremos aprendendo sobre equipamentos de 
proteção individual e equipamento de proteção coletivo (EPI e EPC, 
respectivamente), quais são, em qual ambiente é necessário ser usado, a norma 
que regulariza e comercializa esses equipamentos, além de discutirmos sobre os 
direitos e deveres do empregado e do empregador quando tratamos de EPIS. 
Veremos também como é realizada uma análise de risco, qual a sua 
importância para a empresa e quais as vantagens de realizar esse processo dentro 
da indústria. Na terceira parte iremos discutir sobre as diferentes cores que são 
utilizadas como sinalizadores de segurança. Você sabia que cada cor possui uma 
função específica? Veremos exemplos de aplicação de cada uma. 
Para encerrar, iremos entrar no tópico de prevenção e combate ao incêndio. 
Aprenderemos atitudes que devem ser tomadas para prevenir incêndios e atitudes 
que devem ser tomadas caso um incêndio venha a acontecer. Finalizaremos a 
nossa segunda unidade ressaltando a importância do fator humano numa empresa 
quando tratamos de acidentes de trabalho e incêndio. 
Preparado(a)? Então, vamos juntos para mais uma unidade! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL E COLETIVA 
 
A Portaria MTB n° 3214, de 08 de julho de 1978, em sua Norma 
Regulamentadora – NR 06, estabelece que a empresa tem por obrigação o 
fornecimento gratuito de equipamentosde segurança individual (EPI) aos seus 
funcionários (BRASIL, 2010). 
Peixoto (2011) alerta a preocupação que funcionários e empresas devem ter 
ao receber um EPI. É necessário que haja o Certificado de Aprovação, sem o qual 
o EPI não deve ser utilizado. 
Faz parte da responsabilidade da empresa vistoriar, controlar e disciplinar o 
uso dos equipamentos fornecidos aos seus funcionários, cabendo-lhe a aplicação 
das punições previstas em lei para aquele que se recusar a usá-los ou para a 
empresa que não cumprir com o seu papel (SAUDAX, 2018). 
 É dever do funcionário utilizar de forma correta o EPI fornecido pela empresa 
e zelar por sua conservação e bom estado. É considerado equipamento de proteção 
todo e qualquer equipamento fabricado em série ou desenvolvido para casos 
específicos, com a função de garantir a proteção, saúde e integridade física do 
trabalhador (PEIXOTO, 2011). 
 
1.1 Equipamentos de Proteção Coletiva - EPC 
Equipamentos de proteção coletiva, como o próprio nome já sugere, servem 
para proteger mais de uma pessoa ao mesmo tempo. São equipamentos instalados 
no local de trabalho, como exaustores, ventiladores, paredes acústicas e térmicas, 
luzes de emergência, extintores, alarmes, entre outros (GOVERNO DO ESTADO 
DO CEARÁ, 2018). 
 
1.2 Equipamento de Proteção Individual - EPI 
Todo e qualquer equipamento, dispositivo ou produto de uso individual que 
possui a função de proteção de ricos que os funcionários possam estar sujeitos, 
ameaçando sua saúde e integridade física (GOVERNO DO ESTADO DO CEARÁ, 
2018). 
 Independentemente de o EPI ser simples, conjugado, produzido no Brasil ou 
no exterior, o equipamento só poderá ser comercializado se possuir o Certificado 
de Aprovação (CA), expedido pelo órgão nacional competente, localizado dentro do 
Ministério do Trabalho e Emprego (EDITORA SARAIVA, 2018). 
Todo EPI deverá, por obrigação, apresentar as seguintes características de 
forma bem visível: o nome comercial da empresa fabricante, o lote de fabricação e 
o número do CA; em caso de EPI importado, deverá apresentar também o nome do 
importador, o lote de fabricação e o número do CA (OLIVEIRA, 2017). 
Podemos considerar como exemplos de EPI as máscaras de proteção 
respiratória, proteção auricular, luvas, óculos de segurança, calçado de segurança, 
jaleco de couro, entre outros, como ilustra a Figura 1. 
 
Figura 1 – Ilustrações de EPIs 
 
Fonte: adaptado de Peixoto (2011). 
 
Além dos equipamentos de proteção individual, destinados a uma única 
função, temos também os EPIs conjugados que possuem vários dispositivos, já de 
fábrica, para a proteção de mais de um tipo de risco de acidente que possa ocorrer 
de forma simultânea. Um exemplo clássico de EPI conjugado é o capacete com 
proteção auricular embutida (PEIXOTO, 2011). 
A Norma Regulamentadora de Equipamentos de Proteção (NR-6) traz em 
seu texto as responsabilidades do empregador e responsabilidades do empregado, 
referentes ao uso do EPI, vejamos a seguir: 
 
1.3 Responsabilidades do Empregador 
Conforme estabelece a NR 6, cabe ao empregador, em relação aos 
Equipamentos de Proteção Individual: 
● Adquirir o adequado ao risco de cada atividade; 
● Exigir seu uso; 
● Fornecer ao trabalhador somente o aprovado pelo órgão nacional 
competente em matéria de segurança e saúde no trabalho; 
● Orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, guarda e 
conservação; 
● Substituir imediatamente, quando danificado ou extraviado; 
● Responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica; 
● Comunicar ao MTE qualquer irregularidade observada; 
● Registrar o seu fornecimento ao trabalhador, podendo ser adotados 
livros, fichas ou sistema eletrônico. 
 
1.4 Responsabilidades do Empregado 
● Usar, utilizando-o apenas para a finalidade a que se destina; 
● Responsabilizar-se pela guarda e conservação; 
● Comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio 
para uso; 
● Cumprir as determinações do empregador sobre o uso adequado. 
 
2 ANÁLISE DE RISCOS 
 
Análise de risco possui como objetivo a minimização de ameaças presentes 
no ambiente de trabalho. É simplesmente o processo realizado para mapear os 
riscos existentes no ambiente de trabalho (UNIFAL, 2018). 
Em outras palavras, a análise de risco na segurança do trabalho tem como 
objetivo reportar os possíveis ricos em cada uma das etapas/setores que uma 
empresa possui, bem como sugerir e implantar processos e procedimentos 
necessários para a eliminação do risco e aumentar a saúde dos trabalhadores 
(VIANA; ALVES; JERÔNIMO, 2012). 
Para Oliveira, Oliveira e Almeida (2010), a Análise de Risco tem como 
objetivo identificar os ricos presentes na empresa e promover a boa prática de 
medidas relacionadas à segurança de trabalho por meio do conhecimento, 
treinamento e capacitação. 
Segundo Prometal (2018), a Análise de risco pode também auxiliar em outras 
ferramentas de riscos, aumentando a segurança do ambiente, uma vez que é 
através da análise de riscos que é elaborado o Programa de Proteção de Riscos 
Ambientais (PPRA), o Mapa de Risco, o Programa de Controle Médico de Saúde 
Ocupacional (PCMSO), o Programa de Conservação Auditiva (PCA) entre outros. 
A análise de risco é um processo que pode ser dividido em qualitativo ou 
quantitativo, e o processo escolhido irá depender dos objetivos e metas traçadas 
pela empresa. No processo qualitativo da análise de riscos o objetivo é determinar 
onde estão os riscos no ambiente de trabalho, porém não tem o foco na mensuração 
da intensidade do risco, ao contrário da análise quantitativa, que determina a 
quantidade do risco presente (PROMETAL, 2018). 
 
2.1 Análise de Riscos Qualitativa 
A análise qualitativa tem como objetivo apontar onde estão localizados os 
riscos e quais são esses riscos presentes dentro do local de trabalho. É comum 
identificar esses ricos em grupos com diferentes cores, que identificam as seguintes 
https://www.prometalepis.com.br/blog/apr-analise-preliminar-de-risco/
categorias: risco físico, risco químico, risco biológico e risco ergonômico (CIPA-
USP, 2018). 
A Secretária do Estado da Saúde define, com exemplos, cada um desses 
riscos, vejamos a seguir: 
a) Riscos físicos: ruído, vibrações, radiações ionizantes, radiações não 
ionizantes, frio, calor, pressões anormais, umidade e temperaturas 
extremas. 
b) Riscos químicos: poeiras, fumos metálicos, névoas, neblinas, gases, 
vapores e substâncias químicas no geral. 
c) Riscos biológicos: vírus, bactérias, protozoários, fungos, parasitas, 
bacilos e animais peçonhentos. 
d) Riscos ergonômicos: esforço físico intenso, levantamento manual de 
peso, exigência de postura inadequada, monotonia e repetitividade, 
imposição de ritmos excessivos, trabalho em turno diurno e noturno, 
jornada de trabalho prolongada, situações causadoras de estresse 
físico e/ou psíquico e controle rígido de produtividade. 
e) Riscos de acidentes: arranjo físico inadequado, máquinas e 
equipamentos sem a devida proteção, ferramentas inadequadas ou 
defeituosas, iluminação inadequada, eletricidade, probabilidade de 
incêndio ou explosão, armazenamento inadequado, picadas de 
insetos, cobras e aranhas e outras situações de risco que contribuem 
para acidentes. 
 
2.2 Análise de Riscos Quantitativa 
Mata (2019) explica que a análise de riscos quantitativa objetiva fazer um 
levantamento da quantidade, frequência e intensidade de todos os riscos mapeados 
pela análise qualitativa. Tem como objetivo produzir dados estatísticos que apontem 
as principais e mais recorrentes ameaças do local de trabalho. 
Camargo (2011) descreve as etapas do processo de análise de riscos: 
● Etapa 1 – Caracterização do empreendimento; 
● Etapa 2 – Identificação dos riscos (Análise Qualitativa); 
● Etapa 3 – Projeção/Estimativas dos riscos (frequência e 
consequências – Análise Quantitativa); 
● Etapa 4 – Avaliação dasEstimativas realizadas; 
● Etapa 5 – Administração dos riscos (ação a ser aplicada); 
● Etapa 6 – Monitoramento dos Riscos (padronização e melhoria 
contínua). 
 
3 SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA 
 
A Norma Regulamentadora – NR 26, disponível no site do Ministério do 
Trabalho, tem como objetivo estabelecer as cores que devem ser usadas em 
ambientes de trabalho para prevenir acidentes, identificar equipamentos de 
segurança, delimitando áreas de perigo, identificando as canalizações empregadas 
nas indústrias para a condução de líquidos e gases e advertindo contra riscos 
(BRASIL, 2011). A Figura 2 ilustra as cores que a norma regulamenta e a seguir 
poder ver o que cada cor indica. 
 
Figura 2 – Cores estabelecidas pela NR-26 
 
Fonte: adaptado de Peixoto (2011). 
 
Vejamos agora as definições de cada cor e sua utilidade, retirado da NR-26 
(BRASIL, 2011). 
 
3.1 Vermelho 
O vermelho deverá ser usado para diferenciar e indicar equipamentos e 
dispositivos de proteção e combate a incêndio. Por ser de pouca visibilidade, 
quando comparado com a cor amarela, a cor vermelha não é usada na indústria 
para assinalar perigo. É empregado para identificar: 
• Caixa de alarme de incêndio. 
• Hidrantes. 
• Bombas de incêndio. 
• Sirene de alarme de incêndio. 
• Caixas com cobertores para abafar chamas. 
• Extintores e sua localização. 
• Indicação de extintores (visível à distância, dentro da área de uso 
do extintor). 
• Localização de mangueiras de incêndio (a cor deve ser usada no 
carretel, suporte, moldura de caixa ou nicho). 
• Baldes de areia ou água para extinção de incêndio. 
• Tubulações, válvulas e hastes do sistema de aspersão de água. 
• Transporte com equipamentos de combate a incêndio. 
 • Portas de saídas de emergência. 
 • Rede de água para incêndio (Sprinklers). 
• Mangueiras de acetileno (solda oxiacetilênica) 
 
A cor vermelha é usada excepcionalmente com sentido de advertência de 
perigo: 
• Nas luzes a serem colocadas em barricadas, tapumes de construções 
e quaisquer outras obstruções temporárias. 
• Em botões interruptores de circuitos elétricos para paradas de 
emergência. 
 
3.2 Amarelo 
O amarelo deverá ser empregado para indicar “Cuidado!”. É empregado para 
identificar: 
• Partes baixas de escadas portáteis. 
 • Corrimões, parapeitos, pisos e partes inferiores de escadas que 
apresentem risco. 
• Espelhos de degraus de escadas. 
• Bordos desguarnecidos de aberturas no solo (poço, entradas 
subterrâneas etc.) e de plataformas que não possam ter corrimões. 
• Bordas horizontais de portas de elevadores que se fecham 
verticalmente. 
• Faixas no piso da entrada de elevadores e plataformas de 
carregamento. 
• Meios-fios em que haja necessidade de chamar atenção. 
• Paredes de fundo de corredores sem saída. 
• Vigas colocadas à baixa altura. 
• Cabines, caçambas e gatos-de-pontes-rolantes, guindastes, 
escavadeiras etc. 
• Equipamentos de transportes e manipulação de material, tais como: 
empilhadeiras, tratores industriais, pontes-rolantes, vagonetes, 
reboques etc. 
• Fundos de letreiros e avisos de advertência. 
• Pilares, vigas, postes, colunas e partes salientes da estrutura e 
equipamentos em que se possa esbarrar. 
• Cavaletes, porteiras e lanças de cancelas. 
• Bandeiras como sinal de advertência (combinado ao preto). 
• Comandos e equipamentos suspensos que ofereçam risco. 
• Para-choques para veículos de transportes pesados, com listras pretas 
e amarelas. 
• Listras (verticais ou inclinadas) e quadrados pretos serão usados sobre 
o amarelo quando houver necessidade de melhorar a visibilidade da 
sinalização. 
 
3.3 Branco 
O branco será empregado em: 
• Passarelas e corredores de circulação, por meio de faixas (localização 
e largura). 
• Direção e circulação, por meio de sinais. 
• Localização e coletores de resíduos. 
• Localização de bebedouros. 
• Áreas em torno dos equipamentos de socorro de urgência, de combate 
a incêndio ou outros equipamentos de emergência. 
• Áreas destinadas à armazenagem. 
• Zonas de segurança.
3.4 Preto 
O preto é empregado para indicar as canalizações de inflamáveis e 
combustíveis de alta viscosidade (exemplo: óleo lubrificante, asfalto, óleo 
combustível, alcatrão, piche etc.). 
 
3.5 Azul 
O azul será utilizado para indicar “Cuidado!”. Empregado em barreiras e 
bandeirolas de advertência a serem localizadas nos pontos de comando, de partida 
ou fontes de energia dos equipamentos. Será também empregado em: 
• Canalizações de ar comprimido. 
• Prevenção contra movimento acidental de qualquer equipamento em 
manutenção. 
• Avisos colocados no ponto de arranque ou fontes de potência. 
 
3.6 Verde 
O verde caracteriza “Segurança”. Deverá ser empregado para identificar: 
• Canalizações de água. 
 • Caixas de equipamentos de socorro de urgência. 
• Caixas contendo máscaras contra gases. 
• Chuveiros de segurança. 
• Macas. 
• Fontes lavadoras de olhos. 
• Quadros para exposição de cartazes, boletins, avisos de segurança etc. 
• Porta de entrada de salas de curativos de urgência. 
• Localização de EPI. 
• Caixas contendo EPI. 
• Emblemas de segurança. 
3.7 Laranja 
O laranja deverá ser empregado para identificar canalizações contendo: 
• Partes móveis de máquinas e equipamentos. 
• Partes internas das guardas de máquinas que possam ser removidas 
ou abertas. 
• Faces internas de caixas protetoras de dispositivos elétricos. 
• Faces externas de polias e engrenagens. 
• Dispositivos de corte, bordas de serras e prensas. 
• Botões de arranque de segurança. 
 
3.8 Púrpura 
A cor púrpura deverá ser usada para indicar os perigos provenientes das 
radiações eletromagnéticas penetrantes de partículas nucleares. É utilizada em: 
• Portas e aberturas que dão acesso a locais onde se manipulam ou 
armazenam materiais radioativos ou materiais contaminados pela 
radioatividade. 
• Locais onde tenham sido enterrados materiais e equipamentos 
contaminados. 
• Recipientes de materiais radioativos ou refugos de materiais e 
equipamentos contaminados. 
• Sinais luminosos para indicar equipamentos produtores de radiações 
eletromagnéticas penetrantes e partículas nucleares. 
 
3.9 Lilás 
O lilás deverá ser usado para indicar canalizações que contenham elementos 
químicos de característica básica. Refinarias de petróleo normalmente utilizam o 
lilás para a identificação de lubrificantes. 
 
3.10 Cinza 
Deverá ser empregado: 
• O cinza claro para identificar canalizações em vácuo. 
• O cinza escuro para identificar eletrodutos. 
 
3.11 Alumínio 
O alumínio será utilizado em canalizações contendo gases liquefeitos, 
inflamáveis e combustíveis de baixa viscosidade (exemplo: óleo diesel, gasolina, 
querosene, óleo lubrificante etc.). 
 
3.12 Marrom 
O marrom pode ser adotado para identificar qualquer fluído não identificável 
pelas demais cores 
As cores mais comumente usadas são: vermelho, amarelo, azul, verde e 
laranja, de forma resumida, temos: 
● Vermelho → PERIGO 
● Amarelo → CUIDADO 
● Azul → AVISOS 
● Verde → SEGURANÇA 
● Laranja → ATENÇÃO 
 
4 PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIO. SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA 
 
SMUL (2018) explica que fogo nada mais é que uma reação química e tem 
como produto a liberação apenas de calor ou calor + luz. Para que a combustão 
seja efetuada, é necessária a presença de três elementos: o primeiro é o 
combustível (aquilo que será queimado), o segundo é o calor (aquele que dá início 
ao fogo) e o terceiro é o oxigênio (conhecido como comburente). Comumente, 
encontramos os três elementos em locais de trabalho. O primeiro elemento pode 
ser madeira, papel, tecido, álcool, entre outros. A fonte de calor que dará início ao 
fogo pode ser a eletricidade, lâmpada, cigarro, maçarico etc. E o oxigênio está 
presente em todo lugar. 
 
4.1 Técnicas de Prevenção de Incêndio 
Robert(2015) diz que a proteção começa com medidas internas, ou seja, 
partindo do bom senso da empresa e dos trabalhadores com pequenas medidas 
paliativas. No entanto, existem algumas maneiras básicas de evitar, combater e 
eliminar focos de possíveis incêndios, o autor cita algumas dessas maneiras: 
• Armazenamento de material: se possível, manter a substância 
inflamável longe de fontes quentes de comburente. Manter no local 
de trabalho a menor quantidade de inflamáveis, deixando apenas os 
essenciais ao trabalho. Possuir um depósito fechado, porém com 
ventilação, para armazenamento de produtos inflamáveis e, se 
possível, longe da área de trabalho. Além de proibir que se fume nas 
áreas de armazenamento de produtos inflamáveis; 
• Manutenção adequada; 
• Instalação elétrica apropriada (não deixar fiação exposta ou fios 
descascados, uma vez que podem produzir faíscas por meio de curto 
circuito); 
• Instalações elétricas bem projetadas; 
• Pisos anti faísca; 
• Manutenção de equipamentos: para evitar o atrito e o aquecimento 
dos equipamentos, é fundamental manter uma boa manutenção e 
lubrificação. 
• Ordem e limpeza: evitar deixar lixo acumulado pelos corretos 
(estopas, papéis, latas de óleo etc.), pois são produtos que podem 
dar início a chama. 
• Instalação de para-raios: todas as edificações devem possuir o 
sistema de para-raios. 
 
4.2 Combate a Incêndios 
Ferreira e Peixoto (2015) relatam que mesmo que medidas de prevenção 
sejam adequadas, é necessário também possuir o conhecimento de como combater 
o fogo, caso uma das medidas de prevenção venha a falhar. Os autores dizem que 
o início do incêndio é mais fácil de controlar e quanto mais rápido o ataque às 
chamas, maior a possibilidade de apagar. Como existem diversas formas de 
começar um incêndio e diversos materiais inflamáveis, é necessário tomar cuidado 
com a forma que você irá combater esse fogo, pois uma medida errada pode acabar 
aumentando e espalhando ainda mais o fogo. Veja a seguir alguns tipos de 
equipamentos utilizados para combater incêndios. 
 
4.2.1 Extintores 
a) Extintor de espuma. 
b) Extintor de água pressurizada: o agente extintor é a água. 
c) Extintor de gás carbônico. 
d) Extintor de pó químico seco. 
 
Cada tipo de extintor é indicado para um tipo de incêndio diferente, como 
explica a Figura 3. 
 
Figura 3 – Classe do fogo e extintor adequado 
 
Fonte: adaptado de Peixoto (2011). 
 
4.2.2 Hidrantes e chuveiros automáticos 
Os sistemas de combate a incêndio, como hidrantes, chuveiros automáticos 
e semelhantes, são equipamentos que devem ser estudados e estar previstos 
dentro de projetos de engenharia (ROBERT, 2015). 
 
4.2.3 A importância do fator humano 
SMUL (2018) destaca a importância o fator “homem”. Empresas que 
possuem mais de 50 funcionários devem possuir uma brigada de emergência contra 
incêndios. Os integrantes são funcionários da própria empresa que possuem como 
obrigação eliminar riscos de incêndio, além de verificar condições inseguras. O 
grupo deve ser constituído preferencialmente por membros dos setores de 
manutenção e supervisão e todos os funcionários devem receber treinamento 
constante para aprenderem a lidar com as mais diversas situações, como: 
• Saber localizar, de imediato, o equipamento de combate ao fogo; 
• Usar um extintor; 
• Engatar mangueiras e acionar o sistema de hidrantes; 
• Controlar o sistema de “sprinklers” (chuveiros automáticos contra fogo); 
 • Conhecer as instalações e os diferentes tipos de risco da empresa; 
• Conhecer as saídas de emergência. 
 
SAIBA MAIS 
Você sabia que quem sofre acidente de trabalho também tem direitos trabalhistas? 
Caso o acidente tenha deixado algum tipo de lesão que deixe o trabalhador 
afastado, a empresa irá pagar os primeiros 15 dias, depois de 15 dias a 
responsabilidade passa a ser do INSS que pagará ao funcionário o benefício devido 
(em regra, auxílio doença). Todo funcionário (registrado ou não), desde que seja 
segurado, tem direito a receber o benefício previdenciário. 
Após receber alta médica do INSS, o empregado deve retornar ao trabalho e não 
poderá ser dispensado do serviço sem justa causa pelo prazo mínimo de 12 meses, 
contados a partir do dia da alta médica. 
 
Veja o texto completo no site: 
https://eieiri.jusbrasil.com.br/artigos/456663772/sofri-um-acidente-de-trabalho-
quais-sao-os-meus-direitos 
#SAIBA MAIS# 
 
REFLITA 
“Os acidentes são acidentes apenas para ingênuos” (Geoge Santayana). 
#REFLITA# 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Finalizamos mais uma unidade. Na primeira parte aprendemos o que são 
EPIs e EPCs e qual a sua importância para o ambiente de trabalho. Vimos que a 
empresa tem como obrigação fornecer EPIS (luvas, colete, óculos de proteção, 
capacete, protetores auriculares, entre outros) para seus funcionários e vimos 
também que é dever do empregado utilizar de forma correta e prezar por seus 
dispositivos. 
Aprendemos a importância do processo de análise de risco e quais etapas 
constituem o processo (1 - caracterização da empresa, 2 - identificação do risco; 3 
- estimativa dos riscos; 4 - avaliação das estimativas; 5 - administração dos riscos 
e 6 - monitoramento dos ricos). 
Na terceira parte aprendemos a importância das cores para a sinalização de 
segurança, vimos que existem 12 cores básicas estabelecidas pela norma 
regulamentadora NR-26 que determina cada nicho de diferentes perigos, avisos e 
cuidados a serem seguidos. Por fim, encerramos nossa jornada discutindo a 
respeito da prevenção e combate a incêndio e sinalização de segurança. 
Aprendemos sobre técnicas de prevenção, sobre diferentes tipos de equipamentos 
para apagar incêndios e em quais casos cada um deve ser usado. Finalizamos 
discutindo como prevenir e evitar acidentes relacionados a fogo. 
 
 
LEITURA COMPLEMENTAR 
 
Como sugestão de leitura complementar, indico a notícia (caso real) de um 
acidente que aconteceu na Bahia, em 2017. Segundo a notícia, a empresa não 
forneceu cinto de segurança, além de não ter fornecido o treinamento pertinente 
para o exercício da atividade em instalações elétricas, nos termos da NR-10 do 
Ministério do Trabalho e Emprego. A empresa foi condenada a pagar uma multa de 
25 mil reais. 
 
Link da notícia: https://g1.globo.com/ba/bahia/noticia/empresa-e-condenada-a-
pagar-r-25-mil-por-acidente-que-deixou-funcionario-paraplegico-na-bahia.ghtml 
 
 
 
 
LIVRO 
 
• Título: Segurança e Medicina do Trabalho - 24ª Edição 
• Autor: Editora Saraiva 
• Editora: Saraiva 
• Sinopse: A obra Segurança e Medicina do Trabalho vem para atender plenamente 
o acadêmico de Direito e mais especificamente os interessados em segurança e 
medicina do trabalho (técnicos, engenheiros e médicos), estudantes e professores 
de cursos técnico-profissionalizantes da rede oficial e particular, entre outros. Reúne 
as Normas Regulamentadoras 1 a 37, acompanhadas de dispositivos da 
Constituição Federal e CLT, bem como da legislação complementar pertinente, 
súmulas, orientações jurisprudenciais e precedentes normativos. Apresenta projeto 
gráfico moderno, colorido, com tarjas laterais e índice alfabético-remissivo geral, 
organizado de forma simples e eficiente. Destaques desta edição: 
- Atualizações nas NRs 1, 3, 5, 9, 10, 12, 13, 16, 20, 22, 24, 28, 32, 33, 34 e 35. 
- Conselho Nacional do Trabalho (Decreto n. 9.944, de 30/07/2019). 
- Embargos e Interdições (Portaria n. 1.069, de 23/09/2019). 
 
 
 
FILME/VÍDEO 
 
• Título: Silkwood - O Retrato de uma Coragem 
• Ano: 1983 
• Sinopse: Baseado na história real de Karen Silkwood, uma funcionária de uma 
fábrica de componentes nucleares. Quando Karen passa a perceber as práticas 
inseguras no seu local de trabalho, ela decide denunciar as violações da empresa. 
Na tentativa de dar continuidade à sua investigação, ela acaba descobrindo mais 
do que os proprietários esperavam e agora a sua vidapode estar em risco. 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. Secretaria de Inspeção do Trabalho. 
Departamento de Segurança e Saúde no Trabalho. Equipamento De Proteção 
Individual - EPI: NR-6 comentada. Brasília: SIT/DSST, 2010. 
 
BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. Secretaria de Inspeção do Trabalho. 
Departamento de Segurança e Saúde no Trabalho. Sinalização De Segurança: 
NR-26 comentada. Brasília: SIT/DSST, 2011. 
 
CAMARGO, W. Gestão da Segurança do Trabalho. Curitiba: e-Tec Brasil. 
Instituto Federal do Paraná, 2011. 
 
CIPA-USP. Mapa De Riscos De Acidentes Do Trabalho. 2018. Disponível em: 
https://www.cipa.fmrp.usp.br/Html/MapaRisco.htm. Acesso em: 12 fev. 2020. 
 
EDITORA SARAIVA. Segurança e Medicina do Trabalho. 23. ed. São Paulo: 
Saraiva, 2018. 
 
FERREIRA, L. S., PEIXOTO, N. H. Segurança do Trabalho I. Santa Maria: e-Tec 
Brasil. Colégio Técnico Industrial, 2015. 
 
G1. Empresa é condenada a pagar R$ 25 mil por acidente que deixou 
funcionário paraplégico na Bahia. 2017. Disponível em: 
https://g1.globo.com/ba/bahia/noticia/empresa-e-condenada-a-pagar-r-25-mil-por-
acidente-que-deixou-funcionario-paraplegico-na-bahia.ghtml. Acesso em: 12 fev. 
2020. 
 
GOVERNO DO ESTADO DO CEARÁ. Higiene E Segurança No Trabalho. 
Ceará: Estola Estadual de Educação Profissional - EEEP, 2018. 
 
LEIRI, E. Y. Sofri um acidente de trabalho. Quais são os meus direitos? 2017. 
Disponível em: https://eieiri.jusbrasil.com.br/artigos/456663772/sofri-um-acidente-
de-trabalho-quais-sao-os-meus-direitos. Acesso em: 12 fev. 2020. 
 
MATA, B. Análise de Riscos: Segurança no ambiente de trabalho. 2019. 
Disponível em: https://fluxoconsultoria.poli.ufrj.br/blog/quimica-alimentos/analise-
de-riscos-seguranca-de-trabalho/. Acesso em: 12 fev. 2020. 
 
OLIVEIRA, O. J., OLIVEIRA, A. B. ALMEIDA, E. A. Gestão da segurança e 
saúde no trabalho em uma empresa produtora de baterias automotivas: um 
estudo para identificar boas práticas. Produção, Bauru, v. 20, n. 3, p. 481-490, 
2010. 
 
OLIVEIRA, U. R. Legislação De Segurança Do Trabalho: Textos Selecionados. 
São Paulo: Saraiva , 2017. 
 
PEIXOTO, N. H. Segurança Do Trabalho. Santa Maria: e-TEC Brasil - Colégio 
Técnico Industrial - UFSM, 2011. 
 
PROMETAL. O que é análise de risco? 2018. Disponível em: 
https://www.prometalepis.com.br/blog/apr-analise-preliminar-de-risco/. Acesso em: 
12 fev. 2020. 
 
ROBERT, L. Fundamentos da Higiene e Segurança no Trabalho. Cuiabá: e-
TEC Brasil. Universidade Federal do Mato Grosso, 2015. 
 
SAUDAX. Laudo Técnico de Insalubridade e Periculosidade - Incluso o 
LTCAT. Cascavel: Prefeitura Municipal de Cascavel, 2018. 
 
SECRETÁRIA DE ESTADO DA SAÚDE. Mapa De Risco. Disponível em: 
www.saude.sp.gov.br/resources/crh/gadi/qvt/material-de-
apoio/riscos_ambientais.pdf. Acesso em: 12 fev. 2020. 
 
SMUL. Prevenção e combate a incêndio: Caderno técnico de 
conscientização. Secretária Municipal de Urbanismo e Licenciamento: Prefeitura 
Municipal de São Paulo, 2018. 
 
UNIFAL. Riscos ambientais, o que são? 2018. Disponível em: 
https://www.unifal-mg.edu.br/riscosambientais/riscosambientais. Acesso em: 12 
fev. 2020. 
 
VIANA, M. G. P., ALVES, C. S., JERÔNIMO, C. E. M. Análise preliminar de riscos 
na atividade de acabamento e revestimento externo de um edifício. Revista 
Monografias Ambientas, v. 12, n. 3, p. 3289-3298, 2012. 
 
 
 
UNIDADE III 
PREVENÇÃO E CONTROLE DE RISCOS EM MÁQUINAS, EQUIPAMENTOS E 
INSTALAÇÕES 
Professor Mestre Rafael Delapria Dias dos Santos 
 
Plano de Estudo: 
• Serviços de eletricidade; 
• Segurança de máquinas, equipamentos e ferramentas; 
• CAT - Comunicação de Acidente do Trabalho; 
• Investigação de acidentes; 
• Ergonomia. 
 
Objetivos de Aprendizagem: 
• Conceituar a NR-10; 
• Contextualizar a NR-12; 
• Compreender a importância do CAT; 
• Estabelecer a importância da investigação de acidentes; 
• Estabelecer a importância da ergonomia. 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
Na terceira unidade faremos uma caminhada mais aprofunda pelas normas 
NR-10, referente a serviços elétricos, e NR-12, referente à segurança em máquinas, 
equipamentos e ferramentas. Em ambos os casos veremos dicas e conselhos do 
que deve ser feito e do que não deve ser feito. Veremos como implementar a 
segurança e o que devemos fazer caso algo dê errado. 
Na sequência, já continuando o gancho do acidente dos tópicos anteriores, 
trabalharemos com a ferramenta Comunicação de Acidente do Trabalho (CAT). 
Veremos de quem é a obrigação de realizar a comunicação pós acidente e como 
proceder quando um acidente acontecer. Estudaremos também como devem ser 
realizadas as investigações que acontecem em caso de acidentes de trabalho, 
nesse tópico serão fornecidas dicas de como proceder e será introduzido também 
o diagrama de Ishikawa (causa e efeito) para a implantação das soluções 
encontradas durante a investigação do acidente. 
Por fim, para finalizar nossa Unidade III, iremos estudar um pouco sobre a 
ergonomia, da onde surgiu e onde se aplica. 
Preparado(a) para mais essa jornada? 
 
 
 
1 SERVIÇOS EM ELETRICIDADE 
 
A NR-10, cujo título é: Segurança em Instalações e Serviços em 
Eletricidade, estabelece normas e condições mínimas de segurança de trabalho em 
serviços com eletricidade envolvida, seja de forma direta ou indireta (SESI, 2008). 
A NR-10 tem sua existência jurídica garantida pelos artigos 179 a 181 da 
CLT e abrange desde a geração de energia, até distribuição e consumo de energia 
elétrica, inclui inúmeras etapas que constam com a elaboração de projetos, 
construção e montagem de projetos, operações relacionadas, como manutenção e 
instalação, entre diversos outros (PEREIRA, 2015). 
 
1.1 Objetivo da NR-10 
A NR-10, como já dito, possui como objetivo estabelecer os requisitos 
mínimos de operação de trabalho, visando a implantação, controles e sistemas 
preventivos, visando a máxima segurança e saúde dos trabalhadores envolvidos 
com eletricidade (FIRJAN-SENAI, 2020). 
 
1.2 Medidas de Controle Prioritárias 
De forma prioritária, as medidas de proteção coletiva compreendem: a 
desenergização elétrica; isolação das partes vivas, barreiras, sinalizações, sistemas 
de seccionamento automático de alimentação, bloqueio do religamento automático 
e outras medidas disponíveis no item 10.2.8.2 da NR-10. Além das medidas de 
proteção coletiva já citadas, temos ainda o aterramento das instalações elétricas 
que deve ser realizado de acordo com as normas e regulamentos estabelecidos por 
órgãos competentes e na sua ausência, devem ser seguidas as normas 
internacionais (BARROS et al. 2017; BOTELHO; FIGUEIREDO, 2017). 
 
1.3 Medidas de Proteção Individual 
Em serviços e trabalhos envolvendo instalações elétricas, cuja proteção 
coletiva seja inviável ou insuficiente para conter todos os riscos envolvidos faz-se 
necessário ainda a utilização de equipamentos de proteção individual (EPI), já 
 
estudados e disponíveis na NR-6. As vestimentas de trabalho devem ser adequadas 
(botas de plástico, luvas e óculos de proteção, entre outros), é necessário que os 
EPIs contemplem a condutibilidade elétrica, a inflamabilidade e a influência 
eletromagnética, sendo proibido o uso de adornos pessoais (pulseiras, anéis, 
brincos, correntes e semelhantes) nas proximidades e execução do trabalho 
(BRASIL, 2016a). 
 
1.4 EPIs Obrigatórios da NR-10 
Entre os equipamentos de proteção individual previstos para assegurar a 
integridade física do trabalhador que executa serviços elétricos, temos: capacete 
classe B, óculos com proteção contra a radiação de Raios Ultravioleta A (UVA) e 
Raios Ultravioleta B (UVB), as luvas e mangas isolantes de borracha, os calçados 
de segurança com solado de borracha isolante e a vestimenta condutiva de 
segurança (para trabalhos em linha viva) e vestimenta resistente ao arco elétrico. 
Há ainda outros equipamentos que podem ser aplicados dependendo do serviço a 
ser executado, podemos citar: luvas decobertura (usadas acima da luva de 
borracha), máscaras respiradoras, cinto de segurança, entre outros (SENAI, 2008). 
Os calçados de segurança indicados para uso em serviços com eletricidade 
têm seu certificado de aprovação (CA) emitido pelo Ministério do Trabalho, sendo 
essa a forma de caracterizar o equipamento de forma correta. Existem calçados que 
atendem apenas a norma de segurança para eletricidade, existem calçados que 
atendem apenas a norma de segurança para trabalhos mecânicos (com bico de 
metal) e existem calçados que atendem as duas normas ao mesmo tempo, ou seja, 
possuem a biqueira (de aço) e, mesmo assim, são resistentes à eletricidade. Em 
caso de dúvida, é recomendado o contato com o fabricante ou com o laboratório 
credenciado que realizou o ensaio de proteção (SENAI, 2018). 
 
1.5 Profissionais Qualificados para Trabalhar com a NR-10 
A exigência da qualificação dos funcionários para executar trabalhos que 
envolvam a eletricidade encontra-se amparada na própria CLT, em seu artigo 180 
(Decreto-Lei n. 5.452 de 01/05/1943), que diz: “Somente profissional qualificado 
https://books.google.com.br/books?id=h_-cDwAAQBAJ&pg=PT6&lpg=PT6&dq=As+medidas+de+prote%C3%A7%C3%A3o+coletiva+compreendem,+prioritariamente,+a+desenergiza%C3%A7%C3%A3o+el%C3%A9trica+conforme+estabelece+esta+NR+e,+na+sua+impossibilidade,+o+emprego+de+tens%C3%A3o+de+seguran%C3%A7a.&source=bl&ots=N1C6QBy3S3&sig=ACfU3U3jt91GQBIc47Ha38v8OjOdXNXTJA&hl=pt-BR&sa=X&ved=2ahUKEwjWjsnMw-3nAhWid98KHdQsD1cQ6AEwCnoECAgQAQ#v=onepage&q=As%20medidas%20de%20prote%C3%A7%C3%A3o%20coletiva%20compreendem%2C%20prioritariamente%2C%20a%20desenergiza%C3%A7%C3%A3o%20el%C3%A9trica%20conforme%20estabelece%20esta%20NR%20e%2C%20na%20sua%20impossibilidade%2C%20o%20emprego%20de%20tens%C3%A3o%20de%20seguran%C3%A7a.&f=false
 
poderá instalar, operar, inspecionar ou reparar instalações elétricas” (BRASIL, 
2016a). 
Logo, a qualificação deve acontecer por meio de cursos reguladores, 
autorizados e reconhecimentos pelo Ministérios da Educação e Cultura (MEC), com 
carga horária aprovada, mediante comprovação de exames avaliativos, 
estabelecidos pelo Sistema Oficial de Ensino (SENAI, 2008). 
 
 
2 SEGURANÇA EM MÁQUINAS, EQUIPAMENTOS E FERRAMENTAS 
 
A Norma Regulamentadora 12, intitulada Máquinas e Equipamentos, 
estabelece as regulamentações de segurança e higiene do trabalho a serem 
seguidas pelas empresas em instalações, operações e manutenção de máquinas e 
equipamentos, com o objetivo de evitar acidentes no trabalho. A NR-12 é uma 
norma assegurada pelos artigos 184 a 186 da CLT (ARAÚJO, 2012). 
 
2.1 Cuidados Especiais com as Máquinas e os Equipamentos com 
Dispositivos de Acionamento e Parada 
Céspede e Rocha (2018) elencam alguns itens importantes relacionados 
aos cuidados especiais com máquinas e equipamentos com dispositivos de 
acionamento e parada: 
• Seja acionado ou desligado pelo operador na sua posição de trabalho; 
• Não se localize na zona perigosa da máquina ou do equipamento; 
• Possa ser acionado ou desligado, em caso de emergência, por outra 
pessoa que não seja o operador; 
• Não possa ser acionado ou desligado, involuntariamente, pelo 
operador, ou de qualquer outra forma acidental; 
• Não acarrete riscos adicionais. 
 
2.2 Cuidados Especiais com as Máquinas e Equipamentos com Acionamento 
Repetitivo 
A NR-12 estabelece que máquinas e equipamentos com acionamento 
repetitivo e que não possuem proteção adequada oferecem riscos ao operador e às 
pessoas que possam estar próximas das máquinas. O dispositivo de segurança 
deve evitar o acionamento e não efetivamente o contato com as partes perigosas, 
como contato com prensas, cortadores, rolamentos entre outros (SCHNEIDER, 
2011). 
 
https://books.google.com.br/books?id=_Mo9pnYcLxYC&pg=PA338&lpg=PA338&dq=A+Norma+Regulamentadora+12,+cujo+t%C3%ADtulo+%C3%A9+M%C3%A1quinas+e+Equipamentos,+estabelece+as+medidas+prevencionistas+de+seguran%C3%A7a+e+higiene+do+trabalho+a+serem+adotadas+na+instala%C3%A7%C3%A3&source=bl&ots=ZX2V6UVIvV&sig=ACfU3U2rU-ZV8aREGbAu8QHJiU54Dxr3lA&hl=pt-BR&sa=X&ved=2ahUKEwiGyovRxu3nAhXrguAKHTdCBeoQ6AEwA3oECAwQAQ#v=onepage&q=A%20Norma%20Regulamentadora%2012%2C%20cujo%20t%C3%ADtulo%20%C3%A9%20M%C3%A1quinas%20e%20Equipamentos%2C%20estabelece%20as%20medidas%20prevencionistas%20de%20seguran%C3%A7a%20e%20higiene%20do%20trabalho%20a%20serem%20adotadas%20na%20instala%C3%A7%C3%A3&f=false
 
2.3 Mecanismos de Segurança que Podem Existir nas Máquinas e 
Equipamentos 
João Neto e Almeida (2018) exemplificam alguns possíveis mecanismos de 
segurança que podem existir nas máquinas e equipamentos de segurança, 
vejamos: 
•Comando bimanual: o acionamento da máquina é realizado com ambas 
as mãos; 
• Feixes de luz (dispositivos de células fotoelétricas): se a mão 
ultrapassar os feixes de luz, a máquina para de funcionar, 
automaticamente; 
• Enclausuramento ou barreiras: protege o trabalhador por causa do 
tamanho, da posição ou do formato da abertura para alimentação da 
máquina; 
• Corte automático: a máquina para quando alguém ou algo entra na zona 
de perigo; 
• Dispositivo para afastar as mãos: operado por cabo de aço, é preso aos 
pulsos do operador ou aos seus braços, para afastar suas mãos quando 
estas se encontrarem na zona perigosa. 
 
Pimentel (2009) lembra que reparos, limpezas, setup, ajustes, inspeção ou 
qualquer outra atividade semelhante só poderão ser realizadas em máquinas e 
equipamentos com elementos rotativos e sistemas de transmissão se ela estiver 
parada, salvo em casos cujo movimento seja indispensável para sua realização. 
 
2.4 Cuidados Especiais no Uso de Ferramentas e Equipamentos Manuais 
Muitos acidentes que acontecem na empresa são devido ao uso incorreto 
ou inadequado de ferramentas e equipamentos, como, por exemplo: a troca da 
chave de boca ajustável pela chave de porca fixa. Sesi (2008) cita alguns cuidados 
especiais que podem evitar acidentes: 
• Ferramentas de impacto (martelos, talhadeiras e marretas): devem 
possuir como material em sua cabeça o aço ou algum outro tipo material 
 
metálico. Há casos em que são elaborados com bronze ou outro 
material antifaiscante para a utilização em ambiente com risco de 
explosão. Além disso, as cabeças de martelos devem estar bem fixadas 
para que não se soltem, causando lesões ou acidentes. 
• Ferramentas com pontas afiadas (facas, machados e serrotes): devem 
ser mantidas afiadas. O risco de lesões é maior com ferramentas cegas 
do que com as afiadas. O transporte deve ser realizado em cinturões 
de couro; 
• Ferramentas elétricas: nunca se deve remover as proteções coletivas 
usadas nas lâminas dos serrotes, lixadeiras, esmerilhadeiras e 
amoladores, pois as ferramentas elétricas implicam em maiores riscos 
que as ferramentas manuais. 
 
Teixeira (2017) descreve alguns cuidados básicos, porém essenciais, a 
serem tomados no local de trabalho e nos equipamentos durante o serviço de 
manutenção, como a utilização correta de sinalização de advertência em botões de 
acionamento e placas sinalizando trabalho em andamento ou máquinas com 
problemas. 
 
2.5 Medidas para Evitar Acidentes Durante os Trabalhos de Manutenção de 
Máquinas e Equipamentos 
O trabalho de manutenção de máquinas e equipamentos é essencial, pois 
pode prever e corrigir falhas, melhorando o desempenho da máquina, no entanto o 
trabalho de manutenção pode apresentar riscos. Por exemplo, ao colocar placas de 
cuidado próximas ao ambiente de manutenção, elas podem cair ou alguém pode 
retirar por engano, por isso é recomendado que o interruptor seja travado, para que, 
desta forma, não haja a chance real de ligar o sistema/máquina com esta em 
manutenção (ARAÚJO, 2014). 
 
 
3 COMUNICAÇÃO DE ACIDENTE DO TRABALHO - CAT 
 
Segundo o site do INSS (2019), a Comunicação de Acidente de Trabalho 
(CAT) é um documento emitido para o reconhecimento de acidentes de trabalho ou 
até mesmo de doenças ocupacionais.

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