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Projeto de TCC

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Centro Universitário Leonardo da Vinci 
Curso Bacharelado em Serviço Social 
 
 
ANA PAULA SIGAS MELLO 
 
FLC5170SES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROJETO DE TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO: 
DEFASAGEM ESCOLAR E EDUCAÇÃO NÃO FORMAL: A Prática interventiva do 
serviço social como processo para superação das desigualdade 
socioeducacionais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GUAÍBA 
2022 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
ANA PAULA SIGAS MELLO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DEFASAGEM ESCOLAR E EDUCAÇÃO NÃO FORMAL: A Prática interventiva do 
serviço social como processo para superação das desigualdade socioeducacionais. 
 
 
 
 
O Projeto de Trabalho de Conclusão de Curso 
apresentado à disciplina de Projeto de TCC – do 
Curso de Serviço Social – do Centro 
Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI, 
como exigência parcial para a obtenção do título 
de Bacharel em Serviço Social. 
 
Nome do Tutor – Joceane de Lima Silva 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
LISTAS DE SIGLAS 
 
 
CRAS Centro de Referência da Assistência Social 
ECA Estatuto da Criança e Adolescente 
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística 
INEP Instituto Nacional de Estudo e Pesquisa Educacional 
LDB Lei de Diretrizes e Bases da Educação 
OSC Organização da Social Civil 
ONU Organização das Nações Unidas 
SCFV Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
 
 
GRÁFICOS 
 
 
 
GRÁFICO 1: ALUNOS DE 5 A 15 ANOS QUE NÃO FREQUENTAM ESCOLA, SEPARADO 
POR IDADE…………………………......................................................................................16 
 
 
GRÁFICO 2: EVASÃO ESCOLAR DE ENSINO FUNDAMENTAL E 
MÉDIO…………………...............................................................................................……..17 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
SUMÁRIO 
 
 
 
 
1. INTRODUÇÃO.............................................................................................................6 
 1.1 TRAJETÓRIA HISTÓRICA DAS ORGANIZAÇÕES DA SOCIEDADE CIVIL..............7 
 1.2 EDUCAÇÃO NÃO FORMAL NAS ORGANIZAÇÕES DA SOCIEDADE CIVIL..........10 
2. APRESENTAÇÃO DO TEMA.....................................................................................12 
3. PROBLEMATIZAÇÃO DO TEMA E A RELAÇÃO COM AS QUESTÕES 
SOCIAIS……………………………………………………………………………………..18 
4. JUSTIFICATIVA..........................................................................................................17 
5. OBJETIVOS DA PESQUISA.................................................................................…..18 
5.1 OBJETIVOS GERAL.............................................................................................18 
5.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS.................................................................................18 
6. METODOLOGIA DA PESQUISA................................................................................19 
REFERÊNCIAS..........................................................................................................20 
 APÊNDICES...............................................................................................................24 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
“Quando escrevo, não penso na literatura: penso em capturar 
coisas vivas.” Guimarães Rosa 
 
O presente estudo é um projeto de pesquisa acadêmica, elaborado para 
atender ao requisito de conclusão do Curso de Serviço Social. O estudo tem por 
objetivo de investigação a defasagem escolar dos usuários que pertence ao SCFV 
da Fundação fé e alegria do Brasil, mais especificamente na cidade de Porto 
Alegre/RS. Portanto, esta pesquisa se desenvolverá a partir das demandas 
observadas no campo de estágio, a fim de obter resultados satisfatórios, que 
possivelmente possam ser colocados em prática e consequentemente a obtenção 
de benefícios e garantia de direitos para o referido município. 
A fundação Fé e Alegria se entende por uma organização da sociedade civil, 
sem fins lucrativos, que promove processos educativos. É um equipamento do 
terceiro setor onde são ofertados serviços com objetivo de acolher, orientar e 
trabalhar o fortalecimento de vínculos de crianças e adolescentes em risco social, 
tendo como foco a Proteção Social Básica. 
O assistente social inserido neste espaço busca contribuir para a efetivação 
dos direitos legais dos usuários, realizando atendimentos, visitas domiciliares, 
relatórios, encaminhamentos, pareceres. Dentre estas, outras atribuições e 
competências do assistente social estão previstas no Código de Ética Profissional e 
na Lei De Regulamentação da Profissão. No entanto, o objetivo da pesquisa é 
identificar a causa que leva a defasagem escolar. Trazendo como problemática o 
seguinte tema: “Defasagem escolar e educação não formal: A prática interventiva do 
serviço social como processo para superação das desigualdades socioeducacional”. 
Diante disto, a contribuição do projeto a nível acadêmico e profissional, 
representa grande relevância, pois será possível executar as competências e 
habilidades adquiridas durante o período de curso. 
Por fim a intencionalidade desse trabalho é sugerir possíveis reflexões e 
acerca do Terceiro Setor e da atuação profissional para que haja uma contribuição 
do serviço social dentro do espaço ocupacional, onde o SCFV é um parceiro na 
7 
 
garantia do acesso à educação, e trazemos sugestões de melhorias para a realidade 
escolar dos usuários. 
1.1 Trajetória histórica das Organizações da sociedade civil 
As organizações da sociedade civil em seu uso mais tradicional é uma 
expressão que faz contraponto com o Estado. Sua primeira aparição surgiu nos 
anos 70 na América Latina sendo utilizada pela Organização das Nações Unidas -
ONU e estava relacionada a igreja. No Brasil a inauguração da Santa Casa de 
Misericórdia em 1539 foi o marco histórico de chegada as OSC, porém somente na 
década de 90 tomou uma proporção de grande impacto com ações assistencialistas. 
 
Segundo o observatório do terceiro setor, 
 
OSC–ORGANIZAÇÃO DA SOCIEDADE CIVIL 
É considerada Organização da Sociedade Civil (OSC) toda e qualquer 
instituição que desenvolva projetos sociais com finalidade pública. Tais 
organizações também são classificadas como instituições do Terceiro Setor, 
uma vez que não têm fins econômicos. Esta expressão foi adotada pelo 
Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), no início da década de 90 
e significa a mesma coisa que ONG – termo que se tornou mais conhecido 
devido ao fato de ser utilizado pela ONU e pelo Banco Mundial. Essa idéia 
fomentou o exercício da cidadania de forma mais direta e autônoma, na 
medida em que a sociedade civil abriu um espaço maior de participação nas 
causas coletivas. Em termos jurídicos, segundo a legislação brasileira, o 
termo não é reconhecido. 
 
As OSC são de interesse público, a legislação que regula é a Lei nº 9.790 de 
1999. Segundo pesquisa feita pelo IBGE o Brasil possui entre 236 mil e 781 mil e 
ONGs/OSC. 
Nos anos 70 e 80, o aumento expressivo das OSCs proporcionou e ajudou, 
ao mesmo tempo, no colapso da ditadura. O regime militar se firmou em raízes 
populistas, mas reduziam espaços para negociatas políticas em nome da ordem e 
segurança nacional. 
Fernandes diz que: 
 
... democratização não se fez sob a égide da restauração. Em vez 
de voltar aos padrões anteriores, prosseguiu no caminho de 
desestruturação da herança populista. Abriu-se para novas competições 
políticas; promoveu a convocação de assembléias nacionais constituintes 
(...), e aderiu às estratégias neoliberais de política econômica. 
(FERNANDES, 1994, p.92-3) 
8 
 
Os anos 80 foram a famosa “década perdida” onde os índices de pobreza 
cresciam em disparada. O abandono do serviço público e a deterioraçãodeixavam o 
governo ao descrédito da classe política. 
Com a desresponsabilização do Estado com na questão social auxiliou no 
desenvolvimento das instituições privadas sem fins lucrativos. Aumenta, então, o 
campo de espaço de atuação do assistente social que passa a intervir. 
 
Isso se faz necessário pelo fato dessas instituições surgirem como 
forma de dar respostas as expressões da questão social, dessa forma 
sendo o(a) assistente social o(a) profissional que, na divisão sociotécnica do 
trabalho, se insere no contexto que busca mediar a relação capital versus 
trabalho (onde se encontra o cerne da questão social), os serviços 
prestados por essas instituições irão demandar a atuação de assistentes 
sociais, se configurando esse espaço como um dos campos de atuação 
profissional. (LINHARES, 2011, p. 7) 
 
O terceiro setor se caracterizou a partir da desistência do estado em manter a 
prestação de serviço social. Que, então, após esse contexto começaram a surgiram 
novos espaços de ocupação profissional se pautando em uma lógica de 
solidariedade e de corresponsabilidade, observando as expressões de questão 
social que anteriormente eram dever do estado. 
De acordo com Gohn (2011), após o período de regime militar, o poder 
público modifica as ações e as políticas sociais começam a tonar flexível o papel do 
Estado em relação às demandas da sociedade passando a responsabilidade de 
execução dos Programas Sociais, mas se mantendo no controle da gestão e 
recursos por intermédio de parcerias em projetos. 
Conforme Olak e Nascimento (2006) para intitular essas instituições sociais 
no Brasil são empregadas inúmeras terminologias, como, Terceiro Setor, Instituições 
sem Fins Lucrativos, Organizações Não Governamentais (ONGs), Organizações da 
Sociedade Civil, Instituições Beneficentes e Organizações Filantrópicas. 
Para Montaño (2002), o terceiro setor ao contrário do que divulgam as 
fundações, as corporações e o governo, constitui-se em um problema para a 
sociedade, cujos direitos cabem ao Estado suprir. Por sua vez, o poder público se 
onera das responsabilidades, tanto no âmbito político como no legal. Por meio das 
ONG’s, inverte os papéis reinaugurando as ultrapassadas ações assistencialistas. 
9 
 
Nas palavras de Vera Peroni (2003) e Maria da G. Gonh (1999) as Ongs são 
uma alternativa ao mercado, porém não se afastam dos princípios neoliberais, no 
que diz respeito a reforma do Estado e execução de políticas públicas sociais. 
Gohn faz uma importante observação sobre o contexto político em relação às 
diferentes ONGs: 
Em síntese, estamos vivendo um novo momento na trajetória do 
associativismo brasileiro. Não podemos perder de vista que essas novas 
redes associativistas também estão contribuindo para o empower 
(empoderamento) dos setores populares em nossa sociedade, ainda que de 
forma muito pontual por trabalharem com projetos focalizados e tratarem os 
de mandatários excluídos como clientes de serviços sociais. Mas os 
problemas sociais são graves e necessitam respostas urgentes. Por isso o 
terceiro setor de perfil mais corporativo, estruturado com o apoio de grandes 
grupos ou companhias empresariais, atuando nas franjas da nova economia 
social, segundo as regras da economia de mercado, tende a predominar 
sobre os movimentos e as ONGs que trabalham de forma processual, com 
ênfase na capacidade da sociedade se organizar e defender seus 
interesses, na construção de novos atores sociais que representam distintos 
interesses e que atuam em defesa da cidadania. (GOHN, 2004, p.24-25) 
 
No discurso político em relação as ONGs, ela se configura como uma 
possibilidade de muitos segmentos da sociedade civil e aos movimentos sociais, 
tendo um caráter de complexidade e relação as inúmeras demandas atendidas. 
Quanto aos recursos das OSC são para desenvolver atividades em parceira 
com o Estado na grande maioria, são feitas doações de pessoas jurídicas e físicas 
para que as atividades aconteçam. 
No Brasil o terceiro setor está inserido em campos distintos que vão de 
associações de barros, fundações e clubes recreativos com suas características 
diferenciadas. 
Não é uma casualidade que várias ONG’s em meados de 1970, detinham não 
só financiamentos internacionais, como também o apoio de alas progressistas da 
igreja católica que repensou suas convicções em relação à organização da 
população para participar de movimentos e mobilizações conscientizadoras (GOHN, 
2000). 
Considerando o que fora citado, é possível se ter um entendimento que as 
organizações do terceiro setor assumiram a coresponsabilidade social por 
transferência do estado. Desta forma, o subtópico a seguir busca levar o 
entendimento das organizações da sociedade civil e educação não formal. 
 
10 
 
1.2 Educação não formal nas organizações da sociedade civil 
Este capítulo tem o intuito abordar a educação não formal buscando conhecer 
as atribuições dos assistentes sociais no terceiro setor, demonstrando o 
enfrentamento das questões sociais e as instrumentalidades utilizadas a partir das 
demandas atendidas. 
O serviço social surgiu para dar respostas às necessidades sociais, através 
de seu exercício, em detrimento dos conflitos entre as classes antagônicas regidas 
pelo sistema capitalista que se produz e reproduz no processo de acumulação de 
capital e nas diferentes formas em que o Estado responde às diferentes conjunturas 
da Questão Social, por meio de políticas sociais, e são nesses campos que se 
legitimam os espaços sócio-ocupacionais dos/as assistentes sociais. 
Segundo Iamamoto, (2001,p.27) 
O Serviço Social tem na questão social a base de sua fundação 
como especialização do trabalho. Questão social apreendida como o 
conjunto das expressões das desigualdades da sociedade capitalista 
madura, que tem uma raiz comum: a produção social é cada vez mais 
coletiva, o trabalho torna-se mais amplamente social, enquanto a 
apropriação dos seus frutos mantém-se privada, monopolizada por uma 
parte da sociedade. 
 
Como foi visto, o Terceiro Setor vem com uma nova função a de “resolver” a 
Questão Social. 
A educação não-formal é um processo educativo que acontece fora do 
sistema formal de ensino, ou seja, não segue um currículo definido baseado 
diretrizes do MEC. Apresenta um caráter complementar à educação formal. Suas 
atividades educacionais são organizadas de forma flexível e tem objetivos claros e 
definidos. 
A educação não-formal possibilita aos educandos: 
 
• consciência e organização de como agir em grupos coletivos; • A 
construção e reconstrução de concepção (ões) de mundo e sobre o mundo; 
• contribuição para um sentimento de identidade com uma dada 
comunidade; • forma o indivíduo para a vida e suas adversidades (e não 
apenas capacita-o para entrar no mercado de trabalho); • quando presente 
em programas com crianças ou jovens adolescentes a educação não-formal 
resgata o sentimento de valorização de si próprio (o que a mídia e os 
manuais de auto-ajuda denominam, simplificadamente, como a autoestima); 
ou seja dá condições aos indivíduos para desenvolverem sentimentos de 
auto-valorização, de rejeição dos preconceitos que lhes são dirigidos, o 
desejo de lutarem para ser reconhecidos como iguais (enquanto seres 
11 
 
humanos), dentro de suas diferenças (raciais, étnicas, religiosas, culturais, 
etc.); • os indivíduos adquirem conhecimento de sua própria prática, os 
indivíduos aprendem a ler e interpretar o mundo que os cerca (GOHN, 
2006, p.30). 
 
A educação informal acontece de forma contínua, tem intencionalidade na 
vida dos usuários, nas vivências, seja com a família, com os amigos e a partir dela 
acontece o desenvolvimento dos atores sociais. 
A metodologia da educação não-formal é trabalhada de acordo com as 
necessidades da região atendida. O método se ancora na problematização da vida 
cotidiana. “Os conteúdos emergem a partir dos temas que se colocam como 
necessidades, carências, desafios,obstáculos ou ações empreendedoras a serem 
realizadas [...] são construídos no processo” (GOHN, 2006, p.32). 
O objetivo do terceiro setor vai além da caridade, conforme diz Arango (2002), 
citado por Falcão (2004). Desta forma, as organizações da sociedade civil que estão 
inseridas na educação não formal acabam sendo um complemento a educação 
formal, se trabalha as potencialidades dos educandos. 
A autora Maria da Glória GOHN (2010, p.16), define educação não formal: 
 
 [...] educação formal, aquela que é recebida na escola, 
regulamentada e normatizada por leis, um conjunto de práticas que se 
organizam em matérias e disciplinas; a educação informal, aquela que os 
indivíduos assimilam pela família, pelo local onde nascem, religião que 
professam ou por meio do pertencimento a uma região, território e classe 
social da família; e a educação não formal, que tem um campo próprio, 
embora possa se articular com as duas anteriores. 
 
No Brasil, a Lei de Diretrizes e Bases para a Educação Nacional (LDBEN), de 
1996, insere a educação não formal em seu escopo, define educação como 
“processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, 
no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e 
organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais”, (art. 1º, LDBEN, 
1996). 
Ao observarmos as diferenças entre a educação não formal e a formal, é 
importante salientar que uma não substitui a outra, ambas se complementam, são 
locais onde o educando se desenvolve de maneira cidadã, ampliam seus horizontes 
e saberes através de um ambiente formador, que possuem características diferentes 
da escola e possui um potencial tão educativo quanto à mesma. Não é apenas um 
12 
 
espaço físico diferente, trata-se do desenvolvimento de ações sob formatos 
diferentes. 
Na educação não formal levado em consideração que a troca de 
conhecimentos entre os educandos é mais importante do que o conhecimento a uma 
só pessoa, como é imposto na educação formal, onde conhecimento se detém na 
figura do professor. A educação não formal busca resultados para desenvolver em 
diferentes eixos, como o cognitivo, físico, psíquico e outros. 
A importância dos/as assistentes sociais no Terceiro Setor e na educação não 
formal mostrou-se de extrema importância, pois suas ações são pautadas nas 
políticas públicas bem como na luta por garantia de direitos sociais e consolidação 
do projeto ético-político, se mostram são relevantes para a legitimação teórica, ética 
e técnica da profissão. O que explicitado até aqui vem evidenciando e trazendo à 
tona todos os desafios do exercício profissional. 
Ressaltasse aqui a relevância da educação não-formal, se apresentando 
como forma complementar de promover a formação humana, de forma dinâmica e 
construindo conhecimento, onde se desenvolvem laços de afetividades e sentimento 
de pertencimento ao grupo e à comunidade. 
Assim, a perspectiva foi de compreender a importância da atuação do 
assistente social nesse eixo tão importante que é a educação não formal, houve a 
oportunidade de uma construção do pensamento crítico. 
Desta maneira conseguimos identificar o quanto o terceiro setor pode e tem 
contribuído no desenvolvimento social, onde assume um papel prioritário na 
consolidação das políticas públicas. 
 
2. APRESENTAÇÃO DO TEMA 
O tema do projeto de trabalho de conclusão de curso foi elaborado a partir do 
levantamento demandas, no campo de estágio de serviço social na fundação Fé e 
Alegria do Brasil, de Porto Alegre, onde se entende por uma organização da 
sociedade civil, sem fins lucrativos, que promove processos educativos. É um 
equipamento do terceiro setor onde são ofertados serviços com objetivo de acolher, 
orientar e trabalhar o fortalecimento de vínculos de crianças e adolescentes em risco 
social. 
13 
 
Na educação formal, entre outros objetivos destacam-se os relativos 
ao ensino e aprendizagem de conteúdos historicamente sistematizados, 
normatizados por leis, dentre os quais se destacam o de formar o indivíduo 
como um cidadão ativo, desenvolver habilidades e competências várias, 
desenvolver a criatividade, percepção, motricidade etc. (GONH, 2006, p. 25) 
 
Segundo a autora a educação promove e desenvolve habilidades, 
potencialidades, raciocino lógico, a criatividade para que a criança e adolescentes 
tenha uma percepção e trabalhe constantemente um amadurecimento e preparo 
para a vida. 
Amaro (1997) lembra que Educadores e Assistentes Sociais dividem disputas 
similares, e a escola como a base para enfrentá-los. Precisasse traças intervenções 
voltadas aos problemas sociais que atingem forma negativa na atuação do aluno e 
com isso o educador pedagógico pede auxílio ao Assistente Social. Desta forma, 
pode-se afirmar: 
O campo educacional torna-se para o assistente social hoje não 
apenas um futuro campo de trabalho, mas sim um componente concreto do 
seu trabalho em diferentes áreas de atuação que precisa ser desvelado, 
visto que encerra a possibilidade de uma ampliação teórica, política, 
instrumental da sua própria atuação profissional e de sua vinculação às 
lutas sociais que expressam na esfera da cultura e do trabalho, centrais 
nesta passagem de milênio (ALMEIDA, 2000, p.74). 
 
As demandas atendidas são: abordagem de rua, de acordo com a Tipificação 
Nacional de Serviços Socioassistenciais (2009), o serviço especializado em 
abordagem social é ofertado de forma continuada e programada com a finalidade de 
assegurar trabalho social de abordagem e busca ativa que identifique, nos territórios, 
a incidência de situações de risco pessoal e social, por violação de direitos, como: 
trabalho infantil, exploração sexual de crianças e adolescentes, situação de rua, uso 
abusivo de crack e outras drogas, dentre outras. A abordagem social acontece da 
seguinte forma: mapeamento do Território, visitas domiciliares, acompanhamento 
familiar (individual e coletivo), atendimentos (individual e grupal), encaminhamento 
para os serviços da rede socioassistencial, projetos educativos que são atividades 
de carácter preventivo nos espaços de educação social (SCFV) e educação formal 
(escolas regulares), referentes à erradicação do trabalho infantil. 
E o serviço de convivência e fortalecimento de vínculos- SCFV, tratasse de 
um conjunto de serviços realizados em grupos, de acordo com o seu ciclo de vida, e 
que busca complementar o trabalho social com famílias e prevenir a ocorrência de 
situações de risco social. 
14 
 
A educação não formal, na Fundação Fé e Alegria, é uma prática de 
compromisso com questões que se tornam mais importantes para um determinado 
grupo, no entanto, é preciso se ter a clareza que é um espaço de convivência para 
as crianças e adolescentes que contribui e possibilita de ter o acesso à cultura, ao 
esporte, ao lazer, a profissionalização como uma ferramenta preventiva a combater 
a violência e as outras formas de vulnerabilidade social. 
 
É importante que essa proposta de educação não formal funcione 
como espaço e prática de vivência social, que reforce o contato com o 
coletivo e estabeleça laços de afetividade com esses sujeitos. (...) As 
atividades de educação não formal precisam ser vivenciadas com prazer em 
um local agradável, que permita movimentar-se, expandir-se e improvisar, 
possibilitando oportunidades de troca de experiências. (SIMSON, PARK, 
FERNANDES, 2001. p. 03). 
 
Tendo em vista a partir do que foi observado, pensando, explorando e 
trabalhando em campo de estágio, a escolha da demanda sobre “Defasagem 
escolar e educação não forma: A prática interventiva do serviço social como 
processo para superação das desigualdades socioeducacionais” não foi por acaso. 
Com o aumento expressivo das demandas por conta do Covid-19 as famílias 
atendidas pela fundação estão vivendo em um momento em que lhes foi tirado o 
emprego, em que muito eram vendedores ambulantesem eventos que ocorriam na 
ARENA do Grêmio e hoje, grande parte, vivem apenas da reciclagem. Muitas 
famílias atendidas pela Fé e Alegria são compostas por mães solo e sequer recebe 
um salário digno para garantir suas subsistências, o que ocasiona a evasão escolar, 
pois muitas dessas crianças e jovens precisam ficar em casa para ajudar a cuidar 
dos irmão, ou então saem em busca de materiais recicláveis para vender e, 
consequentemente, auxiliam a complementar a renda familiar o que ocasiona no 
desgaste físico, dependência química, atraso das atividades escolares ou evasão, 
transtornos psicológicos e traumas. 
 
3. PROBLEMATIZAÇÃO DO TEMA E A RELAÇÃO COM A QUESTÃO SOCIAL. 
A evasão/defasagem escolar é um problema histórico e que vem de anos, e 
atinge sem piedade a vida de crianças e jovens. A educação no Brasil é um direito 
de todos garantido em lei, através da Constituição Federal de 1988, da LDB 9394/96 
15 
 
e do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA, 1990). O fato de estar garantido 
em lei não significa que seja um ensino de qualidade, pois temos ainda elevados 
índices de evasão e repetência nas escolas públicas brasileiras. A Constituição 
Brasileira estabelece no Art. 205 que “a educação, é direito de todos e dever do 
Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, 
visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da 
cidadania e sua qualificação para o trabalho”. Muito se fala sobre o ensino falho e 
fracassado na escola, mas é necessário compreender sua dimensão, existem 
inúmeros motivos que levam a evasão e defasagem escolar. 
Segundo Patto, 
A reprovação e a evasão escolar são: um fracasso produzido no dia 
a dia da vida na escola e na produção deste fracasso está envolvido 
aspectos estruturais e funcionais do sistema educacional, concepções de 
ensino e de trabalho e preconceitos e estereótipos sobre a sua clientela 
mais pobre. Estes preconceitos, no entanto, longe de serem umas 
características apenas dos educadores que se encontram nas escolas, 
estão disseminados na literatura educacional há muitas décadas, enquanto 
discurso ideológico, ao se pretender neutro e objetivo, participa de forma 
decisiva na produção das dificuldades de escolarização das crianças das 
classes popular (PATTO, p. 59, 1997) 
 
Fornari (2010) afirma que a evasão escolar é um problema social e com isso 
ocasiona a exclusão do aluno assim como acometem no desenvolvimento quanto 
indivíduo e cidadão. 
Ferreira (2011) assegura que os pais também são os causadores da evasão 
escolar pelo desinteresse em acompanhar a vida escolar, por consequência 
influencia no meio social simplesmente pelo fato de ter trabalhos incompatíveis com 
os horários de estudos, envolvimento com tráficos e bullying entre alunos. 
Pereira (2019, p.6) destaca: 
 
A repetência escolar ou reprovação está relacionada aos vários 
fatores de natureza socioeconômicos, a organização escolar, condições de 
vida, físicas e psicológicas, características individuais do aluno, condições 
familiares, o corpo docente e a interação professor – aluno, mas entre 
causas citadas, a mais decisiva foi o fato de que a escola, na sua 
organização curricular e metodológica, não estar preparada para utilizar 
procedimentos didático adequados para trabalhar com as crianças pobres. 
 
Com isso, a autor afirma que o não passar de ano, está relacionada a vários 
fatores a escola, no entanto precisa desenvolver estratégias que façam o aluno 
permanecer no seu interior, adequando-a as suas necessidades e promovendo o 
desenvolvimento intelectual do mesmo. 
16 
 
Nos últimos anos, o Brasil vinha avançando, de forma lenta, no acesso de 
crianças e adolescentes à educação. Com a pandemia da Covid-19 o País regrediu 
duas décadas. 
No final de 2020, mais de 5 milhões de crianças não tiveram acesso à 
educação no Brasil. Desses, mais de 40% eram crianças de 6 a 10 anos de idade, 
etapa em que a escolarização estava universalizada antes da Covid-19. É o 
demonstra o estudo lançado pelo UNICEF, em parceria com o Cenpec Educação o 
tema é “Cenário da Exclusão Escolar no Brasil – um alerta sobre os impactos da 
pandemia da Covid-19 na Educação”. 
Após uma breve pesquisa no site do INEP sobre evasão e defasagem social, 
obtive dados alarmantes. 
 
 Gráfico 01- Alunos de 5 a 17 anos que não frequentam a escola, separado 
por idade. 
 
Fonte: Inep, Censo Escolar 2021. 
No gráfico fica exposto, a nível Brasil, e separado por idade, podemos 
observar a quantidade de crianças e adolescentes que não frequentam a escola. 
17 
 
São números assustadores 1,4 milhão sem ter a garantia de igualdade de condições 
para o acesso e permanência na educação básica. 
 
Gráfico 02- Evasão escolar de ensino fundamental e médio. 
 
Fonte: Inep, Censo Escolar 2019. 
No gráfico exposto retrata uma situação de elevada evasão, contudo após a 
pandemia Covid-19 tende a ser ainda a piorar o aumento de evasão escolar. 
Segundo o a comissão do senado, 
Esse panorama negativo trazido pela crise pandêmica já demonstra 
sinais de piora nos indicadores educacionais. Pesquisa de fluência leitora 
com 250 mil alunos de 10 redes estaduais evidenciou que, em 2021, 73% 
dos alunos avaliados, pertencentes aos primeiros anos do ensino 
fundamental, são classificados como pré-leitores, ou seja, não conseguem 
ler ou leem no máximo nove palavras num intervalo de um minuto. 
Destaque-se que o percentual de alunos no perfil pré-leitor cresceu 
significativamente, passando de 52%, em 2019, para 73% em 2021. Os 
números de evasão escolar também pioraram no corrente ano: cerca de 
244 mil crianças e adolescentes entre 6 e 14 anos estavam fora da escola 
no segundo trimestre de 2021, aumento de 171% em relação ao mesmo 
período de 2019 (159 mil)23. (Comissão de educação, cultura e esporte. 
Senado pag 36) 
 
Diante do exposto, fica evidente o quanto é necessário averiguar o motivo 
para que nossos educandos estão em defasagem escolar, analisando 
principalmente os impactos que têm causado na vida de cada usuário, buscando 
reduzir as estatísticas relacionadas a evasão escolar. 
 
18 
 
4. JUSTIFICATIVA 
Abordar a atuação do Serviço Social no campo da Política Educacional é 
fundamental para compreender a importância do assistente social para a garantia e 
defesa do direito à educação de qualidade. Nesse sentido, a educação não formal 
inseridas no terceiro setor é um local de socialização de crianças e adolescentes, é 
permeada por expressões da “questão social”, que é o objeto de atuação do 
assistente social. Se faz necessário pontuar ainda, de forma mais geral, elementos 
centrais constituidores dessa temática, tais como: o cenário da exclusão educacional 
no Brasil, a contribuição do serviço social trazendo a educação não formal como 
uma aliada a prática interventiva focada no resgaste dos educandos e trazendo 
como centralidade a importância do retorno a escola. E, por fim, uma experiência de 
estágio obrigatório em Serviço Social ocorrida na Fundação Fé e Alegre, que 
contextualiza a ação de assistentes sociais no enfrentamento da “questão social” no 
espaço SCFV onde se trabalha com crianças e adolescentes a educação não formal 
cujo projeto de transformação está nos setores mais empobrecidos da cidade, 
embasando-se nos valores de justiça, participação e igualdade. Acreditam que a 
educação, inclusive em sua dimensão escolarizada, é a estratégia fundamental para 
alcançar uma sociedade justa, fraterna e democrática. As visões da fundação Fé e 
Alegria é que se possa construir, de forma coletiva, um mundo onde todas as 
pessoas possam desenvolver todas as suas capacidades e viver com dignidade. 
 
5. OBJETIVOS DA PESQUISA 
 
A seguir serão apresentados os objetivos da pesquisa a partir do que foi 
observado, pensando, explorado e trabalhado no campo de estágio. 
5.1 OBJETIVO GERAL 
Promoção de novos conhecimentos com as definiçõesde situação-problema, 
além de estimular as famílias o acompanhamento dos filhos na escola. 
5.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 
• Auxiliar os usuários no conhecimento do exercício das políticas 
públicas. 
19 
 
• Desenvolver a importância de acompanhar a vida escolar das crianças, 
uma vez que a intencionalidade é erradicar a defasagem e a evasão escolar. 
• Contribuir para que as famílias conheçam mais sobre direitos e 
deveres da criança e, mais importante, passar a acompanhar a vida escolar, a cuidar 
do crescimento físico, emocional e intelectual deles demonstrando afeto e amor. 
• Promover e construir uma teia gigante baseada na força, na 
perseverança, mostrar o quanto coragem para mudar é importante, demostrar 
também de maneira compassiva que sim, existem imperfeições e elas estão ali para 
serem trabalhadas. 
 
6. METODOLOGIA DE PESQUISA 
A metodologia escolhida foi entrevista individuais, quando o projeto de 
intervenção foi elaborado foram observando os protocolos sanitários de 
contaminação por covid19, havia cogitado a possibilidade de fazer grupos focais e 
rodas de conversar para trabalhar com os usuários, porém com o aumento de 
contaminação do novo corona vírus houve troca de metodologia para que seja 
garantido a segurança de todos os participantes do projeto de intervenção. Também 
aconteceram alterações na forma de aplicação do projeto, pois não haverá tempo 
hábil para alcançar os objetivos que inicialmente foram propostos. 
No entanto, ocorrerão as atividades de forma individual, a escolha dos 
participantes aconteceu em conjunto com os educadores social, foram selecionadas 
6 turmas e nelas foram indicados 10 participantes de cada totalizando 30 
participantes que estão em defasagem escolar. Após a definição dos educandos foi 
disponibilizado uma sala onde aconteceu as entrevistas de forma individual. Quantos 
aos questionários aplicados nas entrevistas, o supervisor avaliou as perguntas e 
autorizou a utilização na pesquisa exploratória, porém não acompanhou as 
entrevistas. 
 
Das ações: 
Primeira ação: Foi feito uma pesquisa exploratória com uma finalidade de 
compreender a realidade dos usuários e como se sentem em relação a escola e em 
casa. 
20 
 
Como salienta Piana apud de Gil (2000, p.43) 
A pesquisa inicia-se pela fase exploratória, que consiste em uma 
caracterização do problema, do objeto, dos pressupostos, das teorias e do 
percurso metodológico. Não busca resolver de imediato o problema, mas 
caracterizá-lo a partir de uma visão geral, aproximativa do objeto 
pesquisado. Tal fase fez-se necessária por se tratar de “um tema pouco 
explorado, tornando-se difícil sobre ele formular hipóteses precisas e 
operacionalizáveis”. 
 
No entanto, a pesquisa inicia de objetivos exploratórios mais amplos que 
fornecem foco para o estudo. A intencionalidade é entender e mapear os problemas 
a serem trabalhados. 
As entrevistas com o público-alvo, foram feitas no período em que estão am 
atividades no SCFV. O critério utilizado na escolha da pesquisa se deu pelo grande 
número de defasagem escolar das crianças e adolescentes, sempre foi uma 
realidade, porém com a pandemia houve um aumento significante nas evasões e 
defasagem. 
 
Segunda ação: Será proposto uma roda de conversa com as famílias dos 
educandos com a intencionalidade de que haja uma conscientização da importância 
do acompanhamento família na vida escolar das crianças e adolescentes. 
 
A Intencionalidade de dividir as ações em dois momentos é para que se 
possa obter melhores resultados nas intervenções e problemáticas identificadas no 
levantamento de demandas. 
 
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APÊNDICE 
O presente Questionário faz parte de uma pesquisa sobre “Defasagem escolar e 
educação não formal: A prática interventiva do serviço social como processo 
para superação das desigualdades socioeducacional.”, acontecera vila 
FARRAPOS/RS, com os educandos que pertence ao SCFV DA FUNDAÇÃO FÉ E 
ALEGRIA DE PORTO ALEGRE. Solicitamos sua contribuição, respondendo-o a fim 
de que se possa efetuar a análise dos dados. 
 
1- Idade: 
 
2- Com quem moram? 
 
3- Quantos irmãos: ( ) 1 a 3 ( ) 4 a 6 ( ) mais que 7 irmão 
 
4- Os pais trabalham? Caso sim, fica com quem? 
 
5- Qual serie você está? Vai a aula com frequência? 
_________________________________________________________ 
 
6- O que você mais gosta na escola? 
_________________________________________________________ 
 
7- O que você não gosta na escola? 
_________________________________________________________ 
 
8- Qual a maior dificuldade que você tem em relação aos estudos? 
_________________________________________________________ 
 
9- O que te motiva a ir para a escola? 
_________________________________________________________ 
10-Quem te ajuda nas atividades escolares? 
_________________________________________________________ 
 
11- O que tu mais gostas do SCFV (PROJETO) ofertado pela Fé e Alegria de Porto 
Alegre? _________________________________________________________ 
 
12-O que tu achas que precisa melhorar do SCFV(PROJETO) ofertado pela Fé e Alegria 
de Porto Alegre? 
_________________________________________________________ 
13-Como você se vê na vida adulta? 
_________________________________________________________ 
 
14-Q
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