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Centro Universitário Leonardo da Vinci Curso Bacharelado em Serviço Social ANA PAULA SIGAS MELLO FLC5170SES PROJETO DE TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO: DEFASAGEM ESCOLAR E EDUCAÇÃO NÃO FORMAL: A Prática interventiva do serviço social como processo para superação das desigualdade socioeducacionais. GUAÍBA 2022 2 ANA PAULA SIGAS MELLO DEFASAGEM ESCOLAR E EDUCAÇÃO NÃO FORMAL: A Prática interventiva do serviço social como processo para superação das desigualdade socioeducacionais. O Projeto de Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à disciplina de Projeto de TCC – do Curso de Serviço Social – do Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI, como exigência parcial para a obtenção do título de Bacharel em Serviço Social. Nome do Tutor – Joceane de Lima Silva 3 LISTAS DE SIGLAS CRAS Centro de Referência da Assistência Social ECA Estatuto da Criança e Adolescente IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística INEP Instituto Nacional de Estudo e Pesquisa Educacional LDB Lei de Diretrizes e Bases da Educação OSC Organização da Social Civil ONU Organização das Nações Unidas SCFV Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos 4 GRÁFICOS GRÁFICO 1: ALUNOS DE 5 A 15 ANOS QUE NÃO FREQUENTAM ESCOLA, SEPARADO POR IDADE…………………………......................................................................................16 GRÁFICO 2: EVASÃO ESCOLAR DE ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO…………………...............................................................................................……..17 5 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO.............................................................................................................6 1.1 TRAJETÓRIA HISTÓRICA DAS ORGANIZAÇÕES DA SOCIEDADE CIVIL..............7 1.2 EDUCAÇÃO NÃO FORMAL NAS ORGANIZAÇÕES DA SOCIEDADE CIVIL..........10 2. APRESENTAÇÃO DO TEMA.....................................................................................12 3. PROBLEMATIZAÇÃO DO TEMA E A RELAÇÃO COM AS QUESTÕES SOCIAIS……………………………………………………………………………………..18 4. JUSTIFICATIVA..........................................................................................................17 5. OBJETIVOS DA PESQUISA.................................................................................…..18 5.1 OBJETIVOS GERAL.............................................................................................18 5.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS.................................................................................18 6. METODOLOGIA DA PESQUISA................................................................................19 REFERÊNCIAS..........................................................................................................20 APÊNDICES...............................................................................................................24 6 1 INTRODUÇÃO “Quando escrevo, não penso na literatura: penso em capturar coisas vivas.” Guimarães Rosa O presente estudo é um projeto de pesquisa acadêmica, elaborado para atender ao requisito de conclusão do Curso de Serviço Social. O estudo tem por objetivo de investigação a defasagem escolar dos usuários que pertence ao SCFV da Fundação fé e alegria do Brasil, mais especificamente na cidade de Porto Alegre/RS. Portanto, esta pesquisa se desenvolverá a partir das demandas observadas no campo de estágio, a fim de obter resultados satisfatórios, que possivelmente possam ser colocados em prática e consequentemente a obtenção de benefícios e garantia de direitos para o referido município. A fundação Fé e Alegria se entende por uma organização da sociedade civil, sem fins lucrativos, que promove processos educativos. É um equipamento do terceiro setor onde são ofertados serviços com objetivo de acolher, orientar e trabalhar o fortalecimento de vínculos de crianças e adolescentes em risco social, tendo como foco a Proteção Social Básica. O assistente social inserido neste espaço busca contribuir para a efetivação dos direitos legais dos usuários, realizando atendimentos, visitas domiciliares, relatórios, encaminhamentos, pareceres. Dentre estas, outras atribuições e competências do assistente social estão previstas no Código de Ética Profissional e na Lei De Regulamentação da Profissão. No entanto, o objetivo da pesquisa é identificar a causa que leva a defasagem escolar. Trazendo como problemática o seguinte tema: “Defasagem escolar e educação não formal: A prática interventiva do serviço social como processo para superação das desigualdades socioeducacional”. Diante disto, a contribuição do projeto a nível acadêmico e profissional, representa grande relevância, pois será possível executar as competências e habilidades adquiridas durante o período de curso. Por fim a intencionalidade desse trabalho é sugerir possíveis reflexões e acerca do Terceiro Setor e da atuação profissional para que haja uma contribuição do serviço social dentro do espaço ocupacional, onde o SCFV é um parceiro na 7 garantia do acesso à educação, e trazemos sugestões de melhorias para a realidade escolar dos usuários. 1.1 Trajetória histórica das Organizações da sociedade civil As organizações da sociedade civil em seu uso mais tradicional é uma expressão que faz contraponto com o Estado. Sua primeira aparição surgiu nos anos 70 na América Latina sendo utilizada pela Organização das Nações Unidas - ONU e estava relacionada a igreja. No Brasil a inauguração da Santa Casa de Misericórdia em 1539 foi o marco histórico de chegada as OSC, porém somente na década de 90 tomou uma proporção de grande impacto com ações assistencialistas. Segundo o observatório do terceiro setor, OSC–ORGANIZAÇÃO DA SOCIEDADE CIVIL É considerada Organização da Sociedade Civil (OSC) toda e qualquer instituição que desenvolva projetos sociais com finalidade pública. Tais organizações também são classificadas como instituições do Terceiro Setor, uma vez que não têm fins econômicos. Esta expressão foi adotada pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), no início da década de 90 e significa a mesma coisa que ONG – termo que se tornou mais conhecido devido ao fato de ser utilizado pela ONU e pelo Banco Mundial. Essa idéia fomentou o exercício da cidadania de forma mais direta e autônoma, na medida em que a sociedade civil abriu um espaço maior de participação nas causas coletivas. Em termos jurídicos, segundo a legislação brasileira, o termo não é reconhecido. As OSC são de interesse público, a legislação que regula é a Lei nº 9.790 de 1999. Segundo pesquisa feita pelo IBGE o Brasil possui entre 236 mil e 781 mil e ONGs/OSC. Nos anos 70 e 80, o aumento expressivo das OSCs proporcionou e ajudou, ao mesmo tempo, no colapso da ditadura. O regime militar se firmou em raízes populistas, mas reduziam espaços para negociatas políticas em nome da ordem e segurança nacional. Fernandes diz que: ... democratização não se fez sob a égide da restauração. Em vez de voltar aos padrões anteriores, prosseguiu no caminho de desestruturação da herança populista. Abriu-se para novas competições políticas; promoveu a convocação de assembléias nacionais constituintes (...), e aderiu às estratégias neoliberais de política econômica. (FERNANDES, 1994, p.92-3) 8 Os anos 80 foram a famosa “década perdida” onde os índices de pobreza cresciam em disparada. O abandono do serviço público e a deterioraçãodeixavam o governo ao descrédito da classe política. Com a desresponsabilização do Estado com na questão social auxiliou no desenvolvimento das instituições privadas sem fins lucrativos. Aumenta, então, o campo de espaço de atuação do assistente social que passa a intervir. Isso se faz necessário pelo fato dessas instituições surgirem como forma de dar respostas as expressões da questão social, dessa forma sendo o(a) assistente social o(a) profissional que, na divisão sociotécnica do trabalho, se insere no contexto que busca mediar a relação capital versus trabalho (onde se encontra o cerne da questão social), os serviços prestados por essas instituições irão demandar a atuação de assistentes sociais, se configurando esse espaço como um dos campos de atuação profissional. (LINHARES, 2011, p. 7) O terceiro setor se caracterizou a partir da desistência do estado em manter a prestação de serviço social. Que, então, após esse contexto começaram a surgiram novos espaços de ocupação profissional se pautando em uma lógica de solidariedade e de corresponsabilidade, observando as expressões de questão social que anteriormente eram dever do estado. De acordo com Gohn (2011), após o período de regime militar, o poder público modifica as ações e as políticas sociais começam a tonar flexível o papel do Estado em relação às demandas da sociedade passando a responsabilidade de execução dos Programas Sociais, mas se mantendo no controle da gestão e recursos por intermédio de parcerias em projetos. Conforme Olak e Nascimento (2006) para intitular essas instituições sociais no Brasil são empregadas inúmeras terminologias, como, Terceiro Setor, Instituições sem Fins Lucrativos, Organizações Não Governamentais (ONGs), Organizações da Sociedade Civil, Instituições Beneficentes e Organizações Filantrópicas. Para Montaño (2002), o terceiro setor ao contrário do que divulgam as fundações, as corporações e o governo, constitui-se em um problema para a sociedade, cujos direitos cabem ao Estado suprir. Por sua vez, o poder público se onera das responsabilidades, tanto no âmbito político como no legal. Por meio das ONG’s, inverte os papéis reinaugurando as ultrapassadas ações assistencialistas. 9 Nas palavras de Vera Peroni (2003) e Maria da G. Gonh (1999) as Ongs são uma alternativa ao mercado, porém não se afastam dos princípios neoliberais, no que diz respeito a reforma do Estado e execução de políticas públicas sociais. Gohn faz uma importante observação sobre o contexto político em relação às diferentes ONGs: Em síntese, estamos vivendo um novo momento na trajetória do associativismo brasileiro. Não podemos perder de vista que essas novas redes associativistas também estão contribuindo para o empower (empoderamento) dos setores populares em nossa sociedade, ainda que de forma muito pontual por trabalharem com projetos focalizados e tratarem os de mandatários excluídos como clientes de serviços sociais. Mas os problemas sociais são graves e necessitam respostas urgentes. Por isso o terceiro setor de perfil mais corporativo, estruturado com o apoio de grandes grupos ou companhias empresariais, atuando nas franjas da nova economia social, segundo as regras da economia de mercado, tende a predominar sobre os movimentos e as ONGs que trabalham de forma processual, com ênfase na capacidade da sociedade se organizar e defender seus interesses, na construção de novos atores sociais que representam distintos interesses e que atuam em defesa da cidadania. (GOHN, 2004, p.24-25) No discurso político em relação as ONGs, ela se configura como uma possibilidade de muitos segmentos da sociedade civil e aos movimentos sociais, tendo um caráter de complexidade e relação as inúmeras demandas atendidas. Quanto aos recursos das OSC são para desenvolver atividades em parceira com o Estado na grande maioria, são feitas doações de pessoas jurídicas e físicas para que as atividades aconteçam. No Brasil o terceiro setor está inserido em campos distintos que vão de associações de barros, fundações e clubes recreativos com suas características diferenciadas. Não é uma casualidade que várias ONG’s em meados de 1970, detinham não só financiamentos internacionais, como também o apoio de alas progressistas da igreja católica que repensou suas convicções em relação à organização da população para participar de movimentos e mobilizações conscientizadoras (GOHN, 2000). Considerando o que fora citado, é possível se ter um entendimento que as organizações do terceiro setor assumiram a coresponsabilidade social por transferência do estado. Desta forma, o subtópico a seguir busca levar o entendimento das organizações da sociedade civil e educação não formal. 10 1.2 Educação não formal nas organizações da sociedade civil Este capítulo tem o intuito abordar a educação não formal buscando conhecer as atribuições dos assistentes sociais no terceiro setor, demonstrando o enfrentamento das questões sociais e as instrumentalidades utilizadas a partir das demandas atendidas. O serviço social surgiu para dar respostas às necessidades sociais, através de seu exercício, em detrimento dos conflitos entre as classes antagônicas regidas pelo sistema capitalista que se produz e reproduz no processo de acumulação de capital e nas diferentes formas em que o Estado responde às diferentes conjunturas da Questão Social, por meio de políticas sociais, e são nesses campos que se legitimam os espaços sócio-ocupacionais dos/as assistentes sociais. Segundo Iamamoto, (2001,p.27) O Serviço Social tem na questão social a base de sua fundação como especialização do trabalho. Questão social apreendida como o conjunto das expressões das desigualdades da sociedade capitalista madura, que tem uma raiz comum: a produção social é cada vez mais coletiva, o trabalho torna-se mais amplamente social, enquanto a apropriação dos seus frutos mantém-se privada, monopolizada por uma parte da sociedade. Como foi visto, o Terceiro Setor vem com uma nova função a de “resolver” a Questão Social. A educação não-formal é um processo educativo que acontece fora do sistema formal de ensino, ou seja, não segue um currículo definido baseado diretrizes do MEC. Apresenta um caráter complementar à educação formal. Suas atividades educacionais são organizadas de forma flexível e tem objetivos claros e definidos. A educação não-formal possibilita aos educandos: • consciência e organização de como agir em grupos coletivos; • A construção e reconstrução de concepção (ões) de mundo e sobre o mundo; • contribuição para um sentimento de identidade com uma dada comunidade; • forma o indivíduo para a vida e suas adversidades (e não apenas capacita-o para entrar no mercado de trabalho); • quando presente em programas com crianças ou jovens adolescentes a educação não-formal resgata o sentimento de valorização de si próprio (o que a mídia e os manuais de auto-ajuda denominam, simplificadamente, como a autoestima); ou seja dá condições aos indivíduos para desenvolverem sentimentos de auto-valorização, de rejeição dos preconceitos que lhes são dirigidos, o desejo de lutarem para ser reconhecidos como iguais (enquanto seres 11 humanos), dentro de suas diferenças (raciais, étnicas, religiosas, culturais, etc.); • os indivíduos adquirem conhecimento de sua própria prática, os indivíduos aprendem a ler e interpretar o mundo que os cerca (GOHN, 2006, p.30). A educação informal acontece de forma contínua, tem intencionalidade na vida dos usuários, nas vivências, seja com a família, com os amigos e a partir dela acontece o desenvolvimento dos atores sociais. A metodologia da educação não-formal é trabalhada de acordo com as necessidades da região atendida. O método se ancora na problematização da vida cotidiana. “Os conteúdos emergem a partir dos temas que se colocam como necessidades, carências, desafios,obstáculos ou ações empreendedoras a serem realizadas [...] são construídos no processo” (GOHN, 2006, p.32). O objetivo do terceiro setor vai além da caridade, conforme diz Arango (2002), citado por Falcão (2004). Desta forma, as organizações da sociedade civil que estão inseridas na educação não formal acabam sendo um complemento a educação formal, se trabalha as potencialidades dos educandos. A autora Maria da Glória GOHN (2010, p.16), define educação não formal: [...] educação formal, aquela que é recebida na escola, regulamentada e normatizada por leis, um conjunto de práticas que se organizam em matérias e disciplinas; a educação informal, aquela que os indivíduos assimilam pela família, pelo local onde nascem, religião que professam ou por meio do pertencimento a uma região, território e classe social da família; e a educação não formal, que tem um campo próprio, embora possa se articular com as duas anteriores. No Brasil, a Lei de Diretrizes e Bases para a Educação Nacional (LDBEN), de 1996, insere a educação não formal em seu escopo, define educação como “processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais”, (art. 1º, LDBEN, 1996). Ao observarmos as diferenças entre a educação não formal e a formal, é importante salientar que uma não substitui a outra, ambas se complementam, são locais onde o educando se desenvolve de maneira cidadã, ampliam seus horizontes e saberes através de um ambiente formador, que possuem características diferentes da escola e possui um potencial tão educativo quanto à mesma. Não é apenas um 12 espaço físico diferente, trata-se do desenvolvimento de ações sob formatos diferentes. Na educação não formal levado em consideração que a troca de conhecimentos entre os educandos é mais importante do que o conhecimento a uma só pessoa, como é imposto na educação formal, onde conhecimento se detém na figura do professor. A educação não formal busca resultados para desenvolver em diferentes eixos, como o cognitivo, físico, psíquico e outros. A importância dos/as assistentes sociais no Terceiro Setor e na educação não formal mostrou-se de extrema importância, pois suas ações são pautadas nas políticas públicas bem como na luta por garantia de direitos sociais e consolidação do projeto ético-político, se mostram são relevantes para a legitimação teórica, ética e técnica da profissão. O que explicitado até aqui vem evidenciando e trazendo à tona todos os desafios do exercício profissional. Ressaltasse aqui a relevância da educação não-formal, se apresentando como forma complementar de promover a formação humana, de forma dinâmica e construindo conhecimento, onde se desenvolvem laços de afetividades e sentimento de pertencimento ao grupo e à comunidade. Assim, a perspectiva foi de compreender a importância da atuação do assistente social nesse eixo tão importante que é a educação não formal, houve a oportunidade de uma construção do pensamento crítico. Desta maneira conseguimos identificar o quanto o terceiro setor pode e tem contribuído no desenvolvimento social, onde assume um papel prioritário na consolidação das políticas públicas. 2. APRESENTAÇÃO DO TEMA O tema do projeto de trabalho de conclusão de curso foi elaborado a partir do levantamento demandas, no campo de estágio de serviço social na fundação Fé e Alegria do Brasil, de Porto Alegre, onde se entende por uma organização da sociedade civil, sem fins lucrativos, que promove processos educativos. É um equipamento do terceiro setor onde são ofertados serviços com objetivo de acolher, orientar e trabalhar o fortalecimento de vínculos de crianças e adolescentes em risco social. 13 Na educação formal, entre outros objetivos destacam-se os relativos ao ensino e aprendizagem de conteúdos historicamente sistematizados, normatizados por leis, dentre os quais se destacam o de formar o indivíduo como um cidadão ativo, desenvolver habilidades e competências várias, desenvolver a criatividade, percepção, motricidade etc. (GONH, 2006, p. 25) Segundo a autora a educação promove e desenvolve habilidades, potencialidades, raciocino lógico, a criatividade para que a criança e adolescentes tenha uma percepção e trabalhe constantemente um amadurecimento e preparo para a vida. Amaro (1997) lembra que Educadores e Assistentes Sociais dividem disputas similares, e a escola como a base para enfrentá-los. Precisasse traças intervenções voltadas aos problemas sociais que atingem forma negativa na atuação do aluno e com isso o educador pedagógico pede auxílio ao Assistente Social. Desta forma, pode-se afirmar: O campo educacional torna-se para o assistente social hoje não apenas um futuro campo de trabalho, mas sim um componente concreto do seu trabalho em diferentes áreas de atuação que precisa ser desvelado, visto que encerra a possibilidade de uma ampliação teórica, política, instrumental da sua própria atuação profissional e de sua vinculação às lutas sociais que expressam na esfera da cultura e do trabalho, centrais nesta passagem de milênio (ALMEIDA, 2000, p.74). As demandas atendidas são: abordagem de rua, de acordo com a Tipificação Nacional de Serviços Socioassistenciais (2009), o serviço especializado em abordagem social é ofertado de forma continuada e programada com a finalidade de assegurar trabalho social de abordagem e busca ativa que identifique, nos territórios, a incidência de situações de risco pessoal e social, por violação de direitos, como: trabalho infantil, exploração sexual de crianças e adolescentes, situação de rua, uso abusivo de crack e outras drogas, dentre outras. A abordagem social acontece da seguinte forma: mapeamento do Território, visitas domiciliares, acompanhamento familiar (individual e coletivo), atendimentos (individual e grupal), encaminhamento para os serviços da rede socioassistencial, projetos educativos que são atividades de carácter preventivo nos espaços de educação social (SCFV) e educação formal (escolas regulares), referentes à erradicação do trabalho infantil. E o serviço de convivência e fortalecimento de vínculos- SCFV, tratasse de um conjunto de serviços realizados em grupos, de acordo com o seu ciclo de vida, e que busca complementar o trabalho social com famílias e prevenir a ocorrência de situações de risco social. 14 A educação não formal, na Fundação Fé e Alegria, é uma prática de compromisso com questões que se tornam mais importantes para um determinado grupo, no entanto, é preciso se ter a clareza que é um espaço de convivência para as crianças e adolescentes que contribui e possibilita de ter o acesso à cultura, ao esporte, ao lazer, a profissionalização como uma ferramenta preventiva a combater a violência e as outras formas de vulnerabilidade social. É importante que essa proposta de educação não formal funcione como espaço e prática de vivência social, que reforce o contato com o coletivo e estabeleça laços de afetividade com esses sujeitos. (...) As atividades de educação não formal precisam ser vivenciadas com prazer em um local agradável, que permita movimentar-se, expandir-se e improvisar, possibilitando oportunidades de troca de experiências. (SIMSON, PARK, FERNANDES, 2001. p. 03). Tendo em vista a partir do que foi observado, pensando, explorando e trabalhando em campo de estágio, a escolha da demanda sobre “Defasagem escolar e educação não forma: A prática interventiva do serviço social como processo para superação das desigualdades socioeducacionais” não foi por acaso. Com o aumento expressivo das demandas por conta do Covid-19 as famílias atendidas pela fundação estão vivendo em um momento em que lhes foi tirado o emprego, em que muito eram vendedores ambulantesem eventos que ocorriam na ARENA do Grêmio e hoje, grande parte, vivem apenas da reciclagem. Muitas famílias atendidas pela Fé e Alegria são compostas por mães solo e sequer recebe um salário digno para garantir suas subsistências, o que ocasiona a evasão escolar, pois muitas dessas crianças e jovens precisam ficar em casa para ajudar a cuidar dos irmão, ou então saem em busca de materiais recicláveis para vender e, consequentemente, auxiliam a complementar a renda familiar o que ocasiona no desgaste físico, dependência química, atraso das atividades escolares ou evasão, transtornos psicológicos e traumas. 3. PROBLEMATIZAÇÃO DO TEMA E A RELAÇÃO COM A QUESTÃO SOCIAL. A evasão/defasagem escolar é um problema histórico e que vem de anos, e atinge sem piedade a vida de crianças e jovens. A educação no Brasil é um direito de todos garantido em lei, através da Constituição Federal de 1988, da LDB 9394/96 15 e do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA, 1990). O fato de estar garantido em lei não significa que seja um ensino de qualidade, pois temos ainda elevados índices de evasão e repetência nas escolas públicas brasileiras. A Constituição Brasileira estabelece no Art. 205 que “a educação, é direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho”. Muito se fala sobre o ensino falho e fracassado na escola, mas é necessário compreender sua dimensão, existem inúmeros motivos que levam a evasão e defasagem escolar. Segundo Patto, A reprovação e a evasão escolar são: um fracasso produzido no dia a dia da vida na escola e na produção deste fracasso está envolvido aspectos estruturais e funcionais do sistema educacional, concepções de ensino e de trabalho e preconceitos e estereótipos sobre a sua clientela mais pobre. Estes preconceitos, no entanto, longe de serem umas características apenas dos educadores que se encontram nas escolas, estão disseminados na literatura educacional há muitas décadas, enquanto discurso ideológico, ao se pretender neutro e objetivo, participa de forma decisiva na produção das dificuldades de escolarização das crianças das classes popular (PATTO, p. 59, 1997) Fornari (2010) afirma que a evasão escolar é um problema social e com isso ocasiona a exclusão do aluno assim como acometem no desenvolvimento quanto indivíduo e cidadão. Ferreira (2011) assegura que os pais também são os causadores da evasão escolar pelo desinteresse em acompanhar a vida escolar, por consequência influencia no meio social simplesmente pelo fato de ter trabalhos incompatíveis com os horários de estudos, envolvimento com tráficos e bullying entre alunos. Pereira (2019, p.6) destaca: A repetência escolar ou reprovação está relacionada aos vários fatores de natureza socioeconômicos, a organização escolar, condições de vida, físicas e psicológicas, características individuais do aluno, condições familiares, o corpo docente e a interação professor – aluno, mas entre causas citadas, a mais decisiva foi o fato de que a escola, na sua organização curricular e metodológica, não estar preparada para utilizar procedimentos didático adequados para trabalhar com as crianças pobres. Com isso, a autor afirma que o não passar de ano, está relacionada a vários fatores a escola, no entanto precisa desenvolver estratégias que façam o aluno permanecer no seu interior, adequando-a as suas necessidades e promovendo o desenvolvimento intelectual do mesmo. 16 Nos últimos anos, o Brasil vinha avançando, de forma lenta, no acesso de crianças e adolescentes à educação. Com a pandemia da Covid-19 o País regrediu duas décadas. No final de 2020, mais de 5 milhões de crianças não tiveram acesso à educação no Brasil. Desses, mais de 40% eram crianças de 6 a 10 anos de idade, etapa em que a escolarização estava universalizada antes da Covid-19. É o demonstra o estudo lançado pelo UNICEF, em parceria com o Cenpec Educação o tema é “Cenário da Exclusão Escolar no Brasil – um alerta sobre os impactos da pandemia da Covid-19 na Educação”. Após uma breve pesquisa no site do INEP sobre evasão e defasagem social, obtive dados alarmantes. Gráfico 01- Alunos de 5 a 17 anos que não frequentam a escola, separado por idade. Fonte: Inep, Censo Escolar 2021. No gráfico fica exposto, a nível Brasil, e separado por idade, podemos observar a quantidade de crianças e adolescentes que não frequentam a escola. 17 São números assustadores 1,4 milhão sem ter a garantia de igualdade de condições para o acesso e permanência na educação básica. Gráfico 02- Evasão escolar de ensino fundamental e médio. Fonte: Inep, Censo Escolar 2019. No gráfico exposto retrata uma situação de elevada evasão, contudo após a pandemia Covid-19 tende a ser ainda a piorar o aumento de evasão escolar. Segundo o a comissão do senado, Esse panorama negativo trazido pela crise pandêmica já demonstra sinais de piora nos indicadores educacionais. Pesquisa de fluência leitora com 250 mil alunos de 10 redes estaduais evidenciou que, em 2021, 73% dos alunos avaliados, pertencentes aos primeiros anos do ensino fundamental, são classificados como pré-leitores, ou seja, não conseguem ler ou leem no máximo nove palavras num intervalo de um minuto. Destaque-se que o percentual de alunos no perfil pré-leitor cresceu significativamente, passando de 52%, em 2019, para 73% em 2021. Os números de evasão escolar também pioraram no corrente ano: cerca de 244 mil crianças e adolescentes entre 6 e 14 anos estavam fora da escola no segundo trimestre de 2021, aumento de 171% em relação ao mesmo período de 2019 (159 mil)23. (Comissão de educação, cultura e esporte. Senado pag 36) Diante do exposto, fica evidente o quanto é necessário averiguar o motivo para que nossos educandos estão em defasagem escolar, analisando principalmente os impactos que têm causado na vida de cada usuário, buscando reduzir as estatísticas relacionadas a evasão escolar. 18 4. JUSTIFICATIVA Abordar a atuação do Serviço Social no campo da Política Educacional é fundamental para compreender a importância do assistente social para a garantia e defesa do direito à educação de qualidade. Nesse sentido, a educação não formal inseridas no terceiro setor é um local de socialização de crianças e adolescentes, é permeada por expressões da “questão social”, que é o objeto de atuação do assistente social. Se faz necessário pontuar ainda, de forma mais geral, elementos centrais constituidores dessa temática, tais como: o cenário da exclusão educacional no Brasil, a contribuição do serviço social trazendo a educação não formal como uma aliada a prática interventiva focada no resgaste dos educandos e trazendo como centralidade a importância do retorno a escola. E, por fim, uma experiência de estágio obrigatório em Serviço Social ocorrida na Fundação Fé e Alegre, que contextualiza a ação de assistentes sociais no enfrentamento da “questão social” no espaço SCFV onde se trabalha com crianças e adolescentes a educação não formal cujo projeto de transformação está nos setores mais empobrecidos da cidade, embasando-se nos valores de justiça, participação e igualdade. Acreditam que a educação, inclusive em sua dimensão escolarizada, é a estratégia fundamental para alcançar uma sociedade justa, fraterna e democrática. As visões da fundação Fé e Alegria é que se possa construir, de forma coletiva, um mundo onde todas as pessoas possam desenvolver todas as suas capacidades e viver com dignidade. 5. OBJETIVOS DA PESQUISA A seguir serão apresentados os objetivos da pesquisa a partir do que foi observado, pensando, explorado e trabalhado no campo de estágio. 5.1 OBJETIVO GERAL Promoção de novos conhecimentos com as definiçõesde situação-problema, além de estimular as famílias o acompanhamento dos filhos na escola. 5.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS • Auxiliar os usuários no conhecimento do exercício das políticas públicas. 19 • Desenvolver a importância de acompanhar a vida escolar das crianças, uma vez que a intencionalidade é erradicar a defasagem e a evasão escolar. • Contribuir para que as famílias conheçam mais sobre direitos e deveres da criança e, mais importante, passar a acompanhar a vida escolar, a cuidar do crescimento físico, emocional e intelectual deles demonstrando afeto e amor. • Promover e construir uma teia gigante baseada na força, na perseverança, mostrar o quanto coragem para mudar é importante, demostrar também de maneira compassiva que sim, existem imperfeições e elas estão ali para serem trabalhadas. 6. METODOLOGIA DE PESQUISA A metodologia escolhida foi entrevista individuais, quando o projeto de intervenção foi elaborado foram observando os protocolos sanitários de contaminação por covid19, havia cogitado a possibilidade de fazer grupos focais e rodas de conversar para trabalhar com os usuários, porém com o aumento de contaminação do novo corona vírus houve troca de metodologia para que seja garantido a segurança de todos os participantes do projeto de intervenção. Também aconteceram alterações na forma de aplicação do projeto, pois não haverá tempo hábil para alcançar os objetivos que inicialmente foram propostos. No entanto, ocorrerão as atividades de forma individual, a escolha dos participantes aconteceu em conjunto com os educadores social, foram selecionadas 6 turmas e nelas foram indicados 10 participantes de cada totalizando 30 participantes que estão em defasagem escolar. Após a definição dos educandos foi disponibilizado uma sala onde aconteceu as entrevistas de forma individual. Quantos aos questionários aplicados nas entrevistas, o supervisor avaliou as perguntas e autorizou a utilização na pesquisa exploratória, porém não acompanhou as entrevistas. Das ações: Primeira ação: Foi feito uma pesquisa exploratória com uma finalidade de compreender a realidade dos usuários e como se sentem em relação a escola e em casa. 20 Como salienta Piana apud de Gil (2000, p.43) A pesquisa inicia-se pela fase exploratória, que consiste em uma caracterização do problema, do objeto, dos pressupostos, das teorias e do percurso metodológico. Não busca resolver de imediato o problema, mas caracterizá-lo a partir de uma visão geral, aproximativa do objeto pesquisado. Tal fase fez-se necessária por se tratar de “um tema pouco explorado, tornando-se difícil sobre ele formular hipóteses precisas e operacionalizáveis”. No entanto, a pesquisa inicia de objetivos exploratórios mais amplos que fornecem foco para o estudo. A intencionalidade é entender e mapear os problemas a serem trabalhados. As entrevistas com o público-alvo, foram feitas no período em que estão am atividades no SCFV. O critério utilizado na escolha da pesquisa se deu pelo grande número de defasagem escolar das crianças e adolescentes, sempre foi uma realidade, porém com a pandemia houve um aumento significante nas evasões e defasagem. Segunda ação: Será proposto uma roda de conversa com as famílias dos educandos com a intencionalidade de que haja uma conscientização da importância do acompanhamento família na vida escolar das crianças e adolescentes. A Intencionalidade de dividir as ações em dois momentos é para que se possa obter melhores resultados nas intervenções e problemáticas identificadas no levantamento de demandas. REFERÊNCIAS AMARO, Sarita Teresinha Alves. Serviço Social na escola: o encontro da realidade com a educação. Porto Alegre: Sagra Luzzatto, 1997. ALMEIDA, Ney Luiz Teixeira. O Serviço Social na educação. In: Revista Inscrita, nº 6. Brasília, 2000. BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília: Senado Federal, 1988.Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm Acesso em : 22 de abril 2022. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm 21 BRASIL. Lei no 9.790, de 23 de março de 1999. Dispõe sobre a qualificação de pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, como Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público, institui e disciplina o Termo de Parceria, e dá outras providências. Brasília, DF Cenário da Exclusão Escolar no Brasil – um alerta sobre os impactos da pandemia da Covid-19 na Educação”. Disponível em: https://www.unicef.org/brazil/media/14026/file/cenario-da-exclusao-escolar-no- brasil.pdf Acesso em : 22 de abril 2022. Comissão de educação, cultura e esporte. 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Contabilidade para Entidades Sem Fins Lucrativos: Terceiro Setor. São Paulo: Atlas, 2006 PATTO, Maria Helena Souza. A produção do fracasso escolar: histórias de submissão e rebeldia, 1987. Disponível em: https://pt.scribd.com/document/484020584/371732568-PATTO-Maria-Helena-Souza- A-Producao-de-Fracasso-Escolar-Historias-de-Submissao-e-Rebeldia-pdf Acesso em : 22 de abril 2022. PERONI, VERA. Política educacional e papel do Estado no Brasil dos anos 1990. São Paulo, Xamã, 2003 PEREIRA, Michele Cezareti. Evasão escolar: causas e desafios. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 04, Ed. 02, Vol. 01, pp. 36-51. fev.2019. 30 Disponível em: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/wp- content/uploads/kalins-pdf/singles/evasao-escolar.pdf Acesso em: 22 de abril. 2022. PEREIRA, Michele Cezareti. Evasão escolar: causas e desafios. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 04, Ed. 02, Vol. 01, pp. 36-51. fev.2019. PIANA, MC. 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Solicitamos sua contribuição, respondendo-o a fim de que se possa efetuar a análise dos dados. 1- Idade: 2- Com quem moram? 3- Quantos irmãos: ( ) 1 a 3 ( ) 4 a 6 ( ) mais que 7 irmão 4- Os pais trabalham? Caso sim, fica com quem? 5- Qual serie você está? Vai a aula com frequência? _________________________________________________________ 6- O que você mais gosta na escola? _________________________________________________________ 7- O que você não gosta na escola? _________________________________________________________ 8- Qual a maior dificuldade que você tem em relação aos estudos? _________________________________________________________ 9- O que te motiva a ir para a escola? _________________________________________________________ 10-Quem te ajuda nas atividades escolares? _________________________________________________________ 11- O que tu mais gostas do SCFV (PROJETO) ofertado pela Fé e Alegria de Porto Alegre? _________________________________________________________ 12-O que tu achas que precisa melhorar do SCFV(PROJETO) ofertado pela Fé e Alegria de Porto Alegre? _________________________________________________________ 13-Como você se vê na vida adulta? _________________________________________________________ 14-Q u a l t e u m
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