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Principais Agravos em Saúde Bucal - SB Brasil 2010

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Qualquer estratégia para o controle da cárie deve, necessariamente, envolver o controle
dos fatores necessários e determinantes para o desenvolvimento da doença.
Água fluoretada e creme dental fluoretado têm indicação para todos os indivíduos.
Outros meios de utilização de fluoretos podem ser recomendados de acordo com as
necessidades de cada indivíduo.
Avaliação da prevalência e incidência da cárie → Índice CPOD (cariados, perdidos e
obturados) - soma dos dentes acometidos por lesões de cárie cavitadas, restaurados ou
extraídos devido à cárie.
Um indicador usado internacionalmente é o CPOD aos 12 anos de idade.
Os resultados dos levantamentos epidemiológicos nacionais mostram a redução na
prevalência de cárie no Brasil, porém com grandes variações de idade e entre regiões.
CÁRIE DENTÁRIA
Doença mais prevalente no mundo.
Não-infecciosa;
Não transmissível;
Açúcar-dependente;
Caráter biossocial.
É resultante da ação metabólica de microrganismos do biofilme dentário sobre as
superfícies dos dentes.
saúde bucal
PRINCIPAIS AGRAVOS EM
@resumosdeju
Microrganismos do
biofilme
Açúcar (fonte de
energia)
Produção de ácidos Desmineralização
dentária
Lesões iniciais de
cárie
Lesões iniciais de cárie - Manchas brancas ativas:
Opacas;
Porosas;
O processo pode ser inativado com a correta remoção do biofilme e
uso de fluoretos.
É um processo de desequilíbrio entre as ações de agressão e defesa sobre os tecidos de
sustentação e proteção do dente.
Principal determinante: biofilme dental.
Pode ter padrões variáveis de progressão.
Doença infecciosa.
Sinais: alterações de forma e função.
A normalidade do periodonto é definida por variáveis biológicas, que são mais coerentes
com a etiopatogenia da doença e permitem que usuários que em algum momento foram
portadores da doença e apresentem sequelas (como recessão e mobilidade) retornem ao
estado de saúde.
DOENÇA PERIODONTAL
12 anos 15 a 19 anos 35 a 44 anos 65 a 74 anos
75% 
50% 
25% 
0% 
EDENTULISMO
É resultante de diversos e complexos determinantes, como:
Precárias condições de vida;
Baixa oferta e cobertura dos serviços;
Modelo assistencial predominante de prática mutiladora.
Fatores de risco da doença cárie:
Fatores culturais e socioeconômicos;
Falta de acesso ao flúor;
Deficiente controle mecânico do biofilme dental;
Consumo frequente de açúcar;
Hipossalivação.
@resumosdeju
Resultados do SB Brasil 2010:
Problemas periodontais aumentam, de modo geral,
com a idade.
Indivíduos sem doença periodontal:
12 anos de idade: 63%
15 a 19 anos: 50,9%
35 a 44 anos: 17,8%
65 a 74: 1,8%
Cálculo e sangramento maiores em adolescentes.
Formas mais graves mais prevalentes em adultos
(19,4%).
Principais fatores de risco da doença periodontal:
Fatores culturais e socioeconômicos;
Diabetes;
Fumo;
Ausência de controle de placa;
Imunodepressão.
Perda parcial ou de todos os dentes.
Os resultados do SB Brasil 2003 e 2010 indicam que a perda precoce de dentes é grave e é
um persistente problema de saúde pública.
Resultados SB Brasil 2010:
15 a 19 anos:
10,3% necessitaram de próteses parciais em um maxilar;
3,4% nos dois maxilares;
Sem registros para a necessidade de próteses totais.
35 a 44 anos:
68,8% necessitaram de algum tipo de prótese, sendo 41,3% prótese parcial em um
maxilar;
1,0% necessitaram de prótese total em pelo menos um maxilar.
65 a 74 anos:
22,9% necessitaram de prótese total em pelo menos um maxilar;
15,4% de prótese total nos dois maxilares.
MALOCLUSÃO
Conjunto de anomalias dentofaciais que causam deformação ou impedem a função,
necessitando de tratamento.
3ª maior prevalência entre patologias bucais, ficando atrás apenas da cárie e doença
periodontal.
Inclui todos os desvios dos dentes e maxilares do alinhamento normal.
Diagnóstico → conhecer o desenvolvimento das dentições decídua e mista.
A maloclusão tem efeitos na estética e nas funções orofaciais, o que prejudica a qualidade
de vida do indivíduo.
Caracteriza-se pela má posição dentária anterior, geralmente com função muscular
normal. Assim, é comum observar apinhamentos, mordidas abertas, mordidas profundas,
biprotrusão, etc
Sistema de classificação das deformidades dentofaciais (Classificação de Angle) - Relação
anteroposterior dos primeiros molares permanentes:
Principais fatores de risco:
Baixa renda;
Baixa escolaridade;
Fator congênito;
Doença cárie dentária;
Doença periodontal;
Falta de acesso a tratamentos odontológicos básicos e
especializados.
Classe I: relação anteroposterior normal entre mandíbula e maxila;
cúspide MV do 1º molar permanente oclui no sulco vestibular do 1º
molar inferior permanente.
Classe II: relação distal da mandíbula em relação à maxila; cúspide
MV do 1º molar superior permanente oclui anteriormente ao sulco
vestibular do 1º molar inferior permanente.
Classe II divisão I: incisivos superiores projetados p/ vestibular.
@resumosdeju
O termo subdivisão é utilizado quando a relação incorreta é unilateral.
Dentro de cada grupo de maloclusão, podem ser encontrados vários problemas, que
podem aparecer isolados ou concomitantes:
1 - Mordida cruzada;
2 - Mordida aberta;
3 - Sobremordida profunda;
4 - Sobressaliência aumentada;
5 - Apinhamentos dentais;
6 - Perdas dentais precoces;
7 - Hábitos bucais deletérios.
Resultados do SB Brasil 2010:
Crianças de 5 anos:
77,1% apresentaram oclusão classe I;
68,3% apresentaram características normais de sobressaliência;
3,0% apresentaram mordida cruzada anterior;
12,1% apresentaram mordida aberta anterior;
19,3% apresentaram mordida cruzada posterior.
Crianças de 12 anos:
37,7% apresentaram problemas de oclusão, destes, 20% eram mais brandos.
11,2% tiveram maloclusão severa;
6,5% tiveram maloclusão muito severa.
15 a 19 anos:
35,6% apresentaram alguma malocusão, destes, 6,2% na forma severa e 9,1% na
forma mais severa.
Na maioria das vezes, a maloclusão não provém de uma única patologia específica.
Resulta da interação de vários fatores ambientais e congênitos durante o
desenvolvimento:
Classe II divisão II: incisivos centrais superiores verticalizados
ou lingualizados e incisivos laterais vestibularizados.
Sobremordida exagerada. Função muscular normal.
Classe III: relação mesial da mandíbula em relação à maxila;
cúspide MV do 1º molar superior permanente oclui posteriormente
ao sulco vestibular do 1º molar inferior permanente. Pode haver
compensação dentária com incisivos superiores vestibularizados e
os inferiores retroinclinados.
É comum haver sobremordida acentuada e overjet acentuado. Função
muscular anormal.
@resumosdeju
Hereditariedade (padrões de crescimento dentofaciais);
Defeitos de desenvolvimento de origem desconhecida;
Enfermidades sistêmicas (distúrbios endócrinos, síndromes);
Enfermidades locais (obstrução nasal, tumores, doença periodontal);
Traumatismo pré e pós-natais;
Agente físicos (exodontia prematura de decíduos, alimentação);
Hábitos nocivos (sucção de bicos, de dedos, de lábio, onicofagia);
Deficiências nutricionais e má-nutrição;
Fatores culturais e socioeconômicos.
Os tumores malignos da cavidade oral (de língua, assoalho da boca, gengiva, palato e
outros locais da boca) têm associação o hábito de fumar ou mastigar tabaco e com o
consumo de álcool.
Câncer bucal em indivíduos não expostos ao álcool e ao tabaco → papilomavírus humano
(HPV) 16 e 18.
Cânceres de orofaringe e tonsilas → etiologia associada ao álcool e tabaco, mas também
pode ser relacionada ao HPV.
Infecção pelo HPV, em mucosa genital ou oral:
Subclínica;
Lesões benignas (verrugas comuns, condilomas, papilomas) - Causadas por HPV de
baixo risco.
HPV de alto risco é o principal agente etiológico do carcinoma cervical de células
escamosas.
O HPV é transmitido facilmente por meio do contato direto pele a pele ou pele-mucosa.
Cada genótipo do HPV tem seu tropismo por determinado tecido.
Os dados epidemiológicos recentes sugerem que as mudanças significativas na prevalência
do HPV podem ser devido às mudanças nos hábitos sexuais, especialmente entre os jovens
→ necessidade de ações de educação sexual e programas de vacinaçãona AB.
O câncer de boca é uma denominação que inclui os cânceres de lábio e de cavidade oral
(mucosa bucal, gengivas, palato duro, língua e assoalho da boca) e está entre as principais
causas de óbito por neoplasias.
Mais de 50% dos casos é diagnosticado em estágios avançados da doença.
O câncer de boca é uma doença que pode ser prevenida de forma simples → promoção à
saúde, aumento do acesso aos serviços de saúde e diagnóstico precoce. 
Epidemiologia:
Acomete o sexo masculino de forma mais intensa;
70% dos casos são diagnosticados em maiores de 50 anos;
Localização preferencial: assoalho da boca e língua;
Tipo histológico mais frequente: carcinoma de células escamosas.
ALTERAÇÕES DOS TECIDOS MOLES E CÂNCER BUCAL
FLUOROSE DENTÁRIA
Principais fatores de risco:
Fatores culturais e socioeconômicos;
Tabagismo (cachimbos, hábito de mascar fumo);
Etilismo;
Exposição à radiação solar;
Deficiência imunológica (adquirida ou congênita);
Uso crônico de álcool e tabaco.
É resultante da ingestão crônica de flúor durante o
desenvolvimento dental, que se manifesta como mudanças
visíveis de opacidade do esmalte devido a alterações no
processo de mineralização.
@resumosdeju
TRAUMATISMO DENTOALVEOLAR
Lesão traumática que acomete estruturas dentárias e de seu periodonto.
Restritas aos tecidos moles:
Envolvimento de estrutura dentária ou osso alveolar:
Têm grande impacto na qualidade de vida da criança e do adolescente: limitações ao
morder ou falar, comprometimento da estética e problemas psicológicos no convívio social.
Podem ocorrer em ambiente escolar, áreas de lazer, na própria residência das pessoas.
CONCUSSÃO SUBLUXAÇÃO EXTRUSÃO LUXAÇÃO LATERAL INTRUSÃO AVULSÃO
Grau das alterações → dose de fluoreto + tempo de duração da dose.
Aspectos clínicos: desde linhas opacas brancas finas cruzando transversalmente o longo
eixo da coroa do dente até áreas de esmalte gravemente hipomineralizadas, que se
rompem, e o esmalte restante fica pigmentado.
A pigmentação é pós-eruptiva, por causa da maior porosidade do esmalte fluorótico, mas
essa maior permeabilidade não tem nenhuma relação com o aumento de risco de cárie.
Fluorose dentária leve: apenas alterações estéticas → pigmentação branca no esmalte.
Fluorose dentária moderada e severa: alterações estéticas, morfológicas e funcionais →
manchas brancas, amarelas ou marrons e defeitos estruturais no esmalte.
Resultados do SB Brasil 2010:
Prevalência média de flurose dentária de 16,7% em crianças de 12 anos:
10,8% muito leve;
4,3% leve;
1,5% moderada.
A maior prevalência foi observada na Região Sudeste (19,1%) e a menor na Região
Norte (10,4%).
Principal fator de risco: alta ingestão de produtos com flúor antes dos 6 anos de idade.
@resumosdeju
TRINCA DE ESMALTE FRATURA DE ESMALTE FRATURA DE ESMALTE E DENTINASEM EXPOSIÇÃO PULPAR
FRATURA DE ESMALTE E DENTINA
COM EXPOSIÇÃO PULPAR
FRATURA RADICULARFRATURAS CORONORRADICULARES
SEM EXPOSIÇÃO PULPAR
FRATURAS CORONORRADICULARES
COM EXPOSIÇÃO PULPAR
FRATURA ALVEOLAR
Resultados do SB Brasil 2010:
Prevalência de traumatismo dentário nos incisivos aos 12 anos: 20,5%;
As lesões mais prevalentes foram:
Fraturas de esmalte (aproximadamente 16,5%);
Fraturas de esmalte e dentina (aproximadamente 4%).
Principais fatores de risco para os traumatismos dentários:
Características individuais:
Condições físicas: trespasse horizontal acentuado e hipotonia
labial;
Condições comportamentais: uso dos dentes para prender ou
cortar objetos; personalidade hiperativa; 
Falta de uso de proteção contra acidentes.
EROSÃO: resulta da perda patológica, localizada e crônica de estrutura dentária, através
da quelação por ácidos não bacterianos.
Epidemiologia: estudo mostrou prevalência em crianças e adolescentes (8 a 19 anos) de
aproximadamente 30%.
Fatores de risco: 
Fatores associados à dieta (consumo de frutas cítricas, energéticos e refrigerantes);
Redução do fluxo salivar;
Refluxo gastroesofageal;
Bulimia;
Exposição a ambientes com substâncias ácidas.
DOR OROFACIAL E DISFUNÇÃO TEMPOROMANDIBULAR: dor orofacial é a dor associada ao
tecidos moles e mineralizados da cabeça e pescoço, e uma das causas mais comuns é a
disfunção temporomandibular (DTM).
A DTM é definida como um conjunto de distúrbios que envolvem os músculos
mastigatórios, a articulação temporomandibular e as estruturas associadas.
Em geral, as DTM decorrem de doenças benignas, em diversos níveis de complexidade.
Epidemiologia: um estudo brasileiro verificou que 25,7% dos pacientes de uma clínica
odontológica apresentavam algum tipo de dor orofacial.
Sinais e sintomas podem estar presentes em crianças, mas a prevalência é maior
em adultos.
Principais fatores de risco da DTM: 
Trauma;
Fatores psicossociais (depressão, ansiedade, estresse pós-trauma);
Fatores anatômicos (esqueléticos);
Doenças sistêmicas (degenerativas, infecciosas, metabólicas, neoplásicas,
vasculares, neurológicas e reumatológicas);
Doenças locais (alteração na viscosidade do líquido sinovial, pressão intra-articular
aumentada, estresse oxidativo, etc.);
Genéticos.
OUTROS AGRAVOS
@resumosdeju
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. A
saúde bucal no Sistema Único de Saúde [recurso eletrônico] / Ministério da Saúde, Secretaria de
Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. – Brasília: Ministério da Saúde, 2018. 350 p.

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