Teoria Ambientalista de Florence Nightingale e COVID 19

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1. Teoria Ambientalista:
Em meio a Guerra na Criméia em 1854, Florence Nightingale desenvolvia sua teoria, chamada: Teoria Ambientalista. Sua teoria define que o ambiente influencia grandemente na recuperação do paciente. Para ela, o ser humano é um ser integrante à natureza, que possui um poder restaurador, contribuindo ou impedindo a sua própria recuperação e bem estar. Ela afirma que havendo um equilíbrio entre o meio ambiente e o ser humano, possa ocorrer uma melhora no estado de saúde de uma pessoa. Sua teoria sugere que os fatores principais e ideais para a organização do ambiente são: a ventilação, a iluminação, a limpeza, alimentação, os odores e os ruídos. 
As principais teses de Florence para uma consciência crítica em relação a arte do cuidar se basearam em cinco pontos considerados por ela essencial, sendo eles: ar puro, água limpa, drenagem eficiênte, limpeza e luz.
No Brasil, essa teoria chegou no início do século XX, juntamente com os problemas sanitários que vieram com o crescimento urbano deosrganizado das grandes cidades. A Teoria Ambientalista chega por meio da fundação Rockfeller, diante da necessidade da discussão sobre a saúde ser um problema nacional.
2. Reportagem: 
O Brasil se viu em um grande desafio em 2020 com a chegada de um surto de pneumonia relacionado à uma nova espécie de coronavírus, o SARS-CoV-2 (Covid-19), com um alto potêncial de disseminação e contágio. Dentre às me- didas prevenção e proteção à Covid-19, tem-se o uso de máscaras, a etiqueta respiratória (ato de cobrir o nariz e a boca com um lenço de papel quando tossir ou espirrar, descartando o papel no lixo), a higienização frequente das mãos, a manutenção de ambientes limpos e arejados, a necessidade de evitar aglomerações e o isolamento de pacientes contaminados. O ato de lavar as mãos com água e sabão e fazer uso do Álcool em gel em meio a esse cenário teve suma importância no quesito de evitar espalhar o vírus à outras pessoas, evitando também outros tipos de infecções. Infelizmemente, milhares de pessoas já viviam em péssimas condições de vida. No Nordeste estima-se que em 2020 haviam cerca de 11 milhões de pessoas sem fornecimento de água. Pesquisas feitas pelo IBGE apontam que em 2018 cerca de 74,2 milhões de brasileiros viviam em áreas sem coleta de esgoto e 11,6 milhões viviam em imóveis com lotação máxima. De acordo com essas afirmações, nota-se que é perceptível a dificuldade em relação a adequação às medidas de prevenção orientadas pela OMS. 
3. Correlação com a Teoria Ambientalista:
Quando estabelecemos uma relação com o cenário mundial na Covid-19 e o contexto histórico de controle e prevenção de doenças, é notória a influência da Teoria Ambientalista de Florence Nightingale. No contexto da pandemia, a higiene precisou ser bastante reforçada, sendo o Covid-19 de rápida disseminação, que resultou no aumento significativo de trabalhadores responsáveis pela desinfecção e higienização, levando em conta a necessidade de uma repetição exaustiva das medidas de higiene. Essas medidas fortalecem essas afirmações de Florence no que remete à necessidade de eliminação de germes e manter o ambiente limpo, com administração apropriada da residência e ressaltando a importância da lavagem contínua das mãos. De acordo com a ciência de Florence Nightingale: ‘’a moradia deve permitir a entrada do ar externo igual para todos os cômodos. (...) Água quando não é pura e o esgoto mal canalizado são fontes de contaminação, levando à transmissão de doenças e epidemias’’. Entretanto, como observado na reportagem, milhões de brasileiros vivem em condições precárias em seus domicílios, impossibillitando o cumprimento dessas recomendações. O pensamento desenvolvido de Florence Nightingale contribuiu e ainda contribui para o cuidado em saúde nos dias atuais, tanto no ambiente hospitalar, quanto no cuidado em uma pandemia. Na situação da epidemia da Covid-19, as ações de Florence em relação ao ambientes saudáveis, arejados, iluminados, com necessidade de higiene, organização do cuidar e separação dos mais afetados, reafirmaram mais uma vez a importância da sua contribuição para a prevenção de doenças e de um cuidado integral e efetivo.