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Apostila Saude Mental em Tempos de Pandemia (1)

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POLÍCIA CIVIL DE MINAS GERAIS 
ACADEMIA DE POLÍCIA CIVIL DE MINAS GERAIS 
 
 
 
 
 
 
CURSO LIVRE A DISTÂNCIA 
 
SAÚDE MENTAL EM TEMPOS DE PANDEMIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Administração: Dra. Cinara Maria Moreira Liberal 
Belo Horizonte – 2020 
3 
 
SAÚDE MENTAL EM TEMPOS DE PANDEMIA 
 
EQUIPE DIDÁTICO PEDAGÓGICA 
Coordenação Geral 
Dra. Cinara Maria Moreira Liberal 
 
Subcoordenação Geral 
Dr. Alcides Costa 
 
Coordenação Didático-Pedagógica 
Rita Rosa Nobre Mizerani 
 
Produção do Material: 
Polícia Civil de Minas Gerais 
 
Revisão e Edição: 
Divisão Psicopedagógica - Academia de Polícia Civil de Minas Gerais 
 
Conteudistas: 
Marcela Sena Braga 
Yara Vieira Lemos 
 
 
 
 
 
 
Reprodução Proibida 
4 
 
SUMÁRIO 
 
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................. 5 
2. UNIDADE I – HISTÓRICO ............................................................................. 6 
2.1 Etimologia e Definições ................................................................................ 6 
2.1.1 Influenza e Gripe ....................................................................................... 6 
2.1.2 Endemia, Epidemia e Pandemia ............................................................... 6 
2.2. As pandemias .............................................................................................. 9 
 
3. UNIDADE II – Coronavírus (SARS – Cov-2) ........................................... 15 
3.1 Principais Sintomas .................................................................................... 18 
3.2 Como se prevenir e evitar a transmissão para outras pessoas? ................ 19 
3.3 Máscaras .................................................................................................... 22 
3.4 Cuidados em Casa ..................................................................................... 26 
 
4. UNIDADE III – Saúde mental no tempo da pandemia COVID-19 .......... 28 
4.1 Isolamento e Quarentena ........................................................................... 30 
4.2 Infodemia .................................................................................................... 32 
4.3. Principais sinais de alerta sobre sintomas psiquiátricos e psicológicos .... 34 
4.4 Principais Transtornos Psiquiátricos .......................................................... 35 
 
5. UNIDADE IV - Meios de Proteção à Saúde Mental .................................. 39 
5.1 Recomendação de Proteção da Saúde Mental durante a Pandemia 
COVID-19, segundo recomendações da OMS/2020. ....................................... 39 
5.1.1 População Geral ...................................................................................... 39 
5.1.2 Cuidadores de Crianças .......................................................................... 40 
5.1.3. Idosos, cuidadores e pessoas com problemas de saúde ....................... 42 
5.1.4 Pessoas em isolamento .......................................................................... 43 
5.2 Manejo do estresse segundo a ONU – Nações Unidas (Brasil) ................. 44 
 
6. ONDE PROCURAR AJUDA? ...................................................................... 46 
 
7. REFERÊNCIAS ............................................................................................ 47 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
Muito além de um assunto restrito às cadeiras de ciências da saúde, a 
pandemia: 
“toca todos os domínios da sociedade e desorganiza a vida da cidade, a 
única que coloca os cadáveres na rua, que muda a tal ponto as 
mentalidades” (BLONDEAU: 1986, p.80). 
O momento de exceção que estamos vivendo agora não é exclusividade de 
nossa geração. A pandemia é uma certeza, só não sabemos quando ela acontecerá 
novamente, qual será sua dimensão e suas circunstâncias. Camus, em seu livro 
intitulado “A Peste” já dizia que: 
 “Os flagelos, na verdade, são uma coisa comum, mas é difícil acreditar 
neles quando se abatem sobre nós. Houve no mundo igual número de 
pestes e de guerras. E contudo as pestes, como as guerras, encontram 
sempre as pessoas igualmente desprevenidas” (CAMUS: 1947). 
A peste mostra como cada um se comporta diante de uma situação de 
restrição às liberdades individuais como o imposto pela guerra ou por uma epidemia. 
A peste, muito mais do que nos desafiar enquanto seres vivos, desnuda todas as 
fraquezas, insuficiências e problemas da nossa sociedade(CAMUS: 1947). 
Em tempos de pandemia, distanciamento social, quarentena, isolamento, 
interrupção de aulas e do comércio, interrupção de viagens, cancelamento de 
reuniões, festas e aniversários e, algumas vezes dos funerais, as pessoas veem sua 
rotina e seus planos mudarem drasticamente. 
A restrição à liberdade é comum e, em muitos casos, também é necessário 
fazer a gestão da escassez.Decisões delicadas, mudanças normativas frequentes, 
caracterizam de forma implacável esses períodos que desafiam a humanidade 
diante de agravos à saúde classificados como pandemias. 
Diante desse momento de exceção, diante das medidas de distanciamento 
social, alguns cuidados para manter sua saúde mental são importantes. Esse curso 
lhe dará algumas ferramentas que podem melhorar o seu dia a dia e a sua saúde 
mental em tempos de pandemia. 
 
6 
 
2. UNIDADE I – HISTÓRICO 
2.1 Etimologia e Definições 
2.1.1 Influenza e Gripe 
 
A palavra influenza, segundo Rezende (2009), é oriunda da língua italiana 
edesigna uma crendice popular de um flagelo (doença) causado por influência oculta 
dos céus, infligido por Deus à humanidade, como castigo por seus pecados. Surgiu 
no século XIV, o século da Peste Negra, a maior e mais mortífera de todas as 
epidemias da História. Outra possibilidade é que o termo influenza esteja 
relacionado à influência do tempo/clima uma vez que os surtos da influenza são 
mais frequentes no inverno, em italiano influenza di freddo. 
Gripe, de acordo com Rezende (2009) deriva da língua francesa 
grippe(aperto) e existe desde o século XIII. Foi empregada como termo médico a 
partir de 1743 e designa o início súbito de seus sintomas. Outra possibilidade é que 
tenha surgido da língua suíça-alemã grüppen, que significa acocorar-se, tremer de 
frio, estar mal. Passou para a língua portuguesa em 1881. 
Os termos gripe e influenza são tidos como sinônimos. Influenza está mais 
frequentemente presenteem documentos médicos. O termo gripe é mais presente na 
linguagem popular (REZENDE, 2009). Por outro lado, de acordo com Fuchs (2018), 
InfluenzaA, B e Cdesigna os tipos principais (gênero) de vírus causadores da gripe. 
2.1.2 Endemia, Epidemia e Pandemia 
 
De acordo com Gordis (2017), endemia é definida como a presença habitual 
de uma doença em determinada área geográfica. Epidemia é definida como a 
ocorrência de uma doença em uma comunidade ou região, excedendo claramente a 
expectativa normal, derivada de uma fonte comum de propagação. Por fim, 
pandemia é definida como uma epidemia de dimensões mundiais. 
7 
 
Figura 1. Representação gráfica da endemia e da epidemia. 
 
Dessa forma, para se definir uma condição como epidêmica ou endêmica é 
preciso estabelecer quais seriam os níveis usuais de ocorrência desse agravo à 
saúde na população de determinada área naquele período. Isso é obtido com a 
vigilância epidemiológica, através do levantamento do número de casos novos desse 
agravo em um período não epidêmico. No Brasil, a elevação do número de casos de 
dengue no período chuvoso do ano é comum, mas em alguns locais, onde ocorre 
aumento excessivo de casos, configura-se uma situação epidêmica (MOURA; 
ROCHA, 2012). 
Epidemias são influenciadas por diversos fatores que a condicionam ou a 
determinam tais como fatores econômicos, sociais, culturais, ecológicos, 
psicossociais e biológicos. De acordo com Moura e Rocha (2012), alguns desses 
fatorespodem ser modificados ou alterados por nós, outros dependem de 
características intrínsecas dos organismos responsáveis pela doença e de 
susceptibilidade individual. Mutação do agente infecioso e transmissibilidade do 
mesmo são fatores que não conseguimos influenciar. Alguns fatores se relacionam 
com o tipo de estrutura sócio política das diferentes localidades tais como miséria, 
8 
 
privações, habitações precárias, falta de saneamento básico, falta de água tratada, 
ocupação desordenada do território, hábitos de higiene, hábitos alimentares, higiene 
respiratória, poluição atmosférica, condições climáticas e ambientais, estresse, uso 
de drogas, falta de atividades e locais de lazer. 
Dessa forma as pandemias também atingirão as localidades com a mesma 
intensidade considerando os determinantes biológicos (susceptibilidade individual, 
características do agente transmissor, transmissibilidade e letalidade); e atingirão as 
diferentes localidades de forma desigual dependendo da resposta e da organização 
prévia de cada local, da rede de saúde pública, da desigualdade social (GORDIS, 
2017). 
Em todo caso, a pandemia caracteriza-se por um forte aumento de casos de 
uma dada enfermidade, gerando grandes impactos, seja por sua propagação 
territorial, seja pela gravidade das ocorrências, o que resulta em número expressivo 
de casos severos ou mortes (VENTURA, 2009). 
Trazendo os conceitos aprendidos para as síndromes respiratórias agudas 
graves (SRAG-hospitalizados) em pacientes hospitalizados no Brasil, no período 
compreendido entre 30/12/2018 a 29/06/2019 foram notificados 2.231 óbitos por 
SRAG, de acordo com o monitoramento realizado pela Secretaria de Vigilância em 
Saúde (Brasil (2019). 
 
Legenda: Distribuição dos óbitos por Síndrome Respiratória Aguda Grave segundo agente 
etiológico e semana epidemiológica no início dos sintomas no Brasil em 2019, de 30/12/2018 a 
29/06/2019, distribuídos nas 26 semanas epidemiológicas correspondentes. Fonte: Brasil (2019). 
 
Para se ter um critério de comparação, agora, na vigência da pandemia pelo 
coronavírus, de acordo com a World Health Organization (2020), tivemos desde o 
9 
 
primeiro caso confirmado no Brasil, em 25/02/2020, até a data de hoje, 21/04/2020 
(intervalo de 10 semanas), 2.462 mortes confirmadas para COVID-19. Ou seja, a 
letalidade por SRAG no Brasil, excedeu claramente a expectativa normal, derivada 
de uma fonte comum de propagação, o vírus SARS-CoV-2 (novo coronavírus), que 
causa a doença COVID-19. Considerando que se trata de uma epidemia de 
dimensões mundiais, temos aqui uma pandemia. 
 
Legenda: distribuição global dos casos confirmados e de óbitos pela COVID-19, atualizado 
em 21/04/2020. Fonte: World Health Organization (2020). 
 
Provavelmente hoje, no dia em que você está lendo essa apostila, o cenário 
deve estar diferente do exposto no gráfico acima. Que tal consultar o site e verificar 
a situação atualizada no mundo e nos diferentes países? É só clicar no link abaixo: 
 
https://covid19.who.int/ 
 
2.2. As pandemias 
 
Da mesma forma que os seres humanos se espalharam pelo mundo, assim 
também se espalharam as doenças infecciosas(AJVARI, 2008). Mesmo na era 
moderna, os surtos são quase constantes, embora nem todos os surtos atinjam um 
nível de pandemia, como o novo coronavírus. O cenário que estamos vivendo é 
semelhante ao que já ocorreu em outros momentosda humanidade. 
10 
 
A evolução das moradias verticais, a urbanização, o maior contato entre as 
pessoas, as aglomerações, as escolas, muito trouxeram de modernidade e 
oportunidades. No entanto, com a migração das comunidades agrárias, mais 
espaçosamente distribuidas no espaço, para as grandes cidades, muito 
concentradas, a a escala e a disseminação das doenças infeciosas aumentaram 
dramaticamente(AJVARI, 2011). 
O comércio global criou novas oportunidades para interações humanas e 
animais que aceleraram as epidemias. Quanto mais humanos civilizados se 
tornassem - com cidades maiores, rotas comerciais mais exóticas e maior contato 
com diferentes populações de pessoas, animais e ecossistemas - mais prováveis a 
ocorrência de pandemias(AJVARI, 2011). 
Muitas pandemias ocorreram ao longo da história da humanidade. Um registro 
gráfico facilita a compreensão desses fenômenos pandemicos, tão presentes na 
história. Os reais impactos da Covid-19 ainda não são previsíveis uma vez que se 
trata de uma pandemia em curso, podendo gerar diferentes cenários que ainda não 
conhecemos. 
 
11 
 
 
Legenda: as maiores pandemias que ocorreram ao longo da história. Fonte: World Economic Forum 
(2020). 
 
 
 
12 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Legenda: letalidade das pandemias ao longo da história. Fonte: Lepan (2020). 
 
13 
 
De acordo com a Sociedade Brasileira de Medicina Tropical (2020, a peste 
bubônica é causada pela bactéria Yersinia pestis com disseminação pelo contato 
com pulgas e roedores infectados. A doença, também denominada Peste Negra, 
assolou a Europa no século XIV, matando entre 75 e 200 milhões pessoas. Estima-
se que a doença pode ter reduzido a população mundial de 450 milhões de pessoas 
para 350 milhões. 
Nessa época teve início a quarentena, em um esforço para proteger as 
cidades costeiras das epidemias de peste. As autoridades portuárias, cautelosas, 
exigiram que os navios que chegassem à Veneza, dos portos infectados, ficassem 
ancorados por 40 dias antes do desembarque. Daí vem a origem da palavra 
quarentena do italiano quaranta giorni, ou 40 dias. 
A idumentária utilizada pelos médicos europeus à época da peste bulbônica 
era similar a que se utiliza hoje, com uma diferença, a região no nariz era preenchida 
por ervas para afugentar o miasma que se acreditava ser o transmissor da doença. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Legenda: Máscara utilizada por médicos. Fonte: German Museum of Medical History in Ingolstadt. 
Outra importante pandemia foi a da gripe espanhola, em 1918, de acordo com 
a Sociedade Brasileira de Medicina Tropical (2020). Estima-se que ela tenha tirado a 
14 
 
vida de entre 40 e 50 milhões de pessoas. Causada por um tipo de vírus influenza 
bastante letal. No Brasil teve impactos catastróficos e instaurou o terror no país. 
Tirou a vida do presidente eleito, Rodrigues Alves, paralisou o comércio, as escolas, 
cinemas, teatros, jardins, igrejas. 
O vírus teria vindo da Europa, a bordo do navio Demerara. O transatlântico 
desembarcou passageiros infectados no Recife, em Salvador e no Rio de Janeiro 
em setembro de 1918, exatamente no período que coincidiu com a onda mais letal 
da pandemia de gripe espanhola, a segunda onda. 
Os sintomas da doença eram similares com a Covid-19 e não havia 
medicação para tratamento. Matou seis vezes mais pessoas que a primeira guerra 
mundial (8,5 milhões). Há uma carência de estatísticas relativas ao impacto da 
Gripe Espanhola no Brasil. 
As interações criadas através do comércio e da vida urbana desempenham 
um papel central nas pandemias, mas não podemos esquecer do papel da natureza 
virulenta de determinadas doenças que indica a trajetória de uma pandemia. 
Diferentemente de outras épocas, agora é possível manter o distanciamento 
social para ajudar a reduzir a taxa de infecção, e com o mundo digital, é possível que 
as pessoas mantenham conexões e comércio como nunca antes. Isso difere 
enormemente o que estamos vivendo agora de outras pandemias. A evolução da 
educação à distância também permite que, mesmo diante dessa situação 
pandêmica, possamos continuar a aprender e a disseminar importantes informações. 
Muitas vezes a origem das pestes eram relacionadas a fatores religiosos, o 
que infelizmente gerava atrasos no real combate das pandemias. 
Felizmente, a compreensão da humanidade sobre as suas causas melhorou, 
resultandoem uma melhoria na resposta às pandemias modernas(SOCIEDADE 
BRASILEIRA DE MEDICINA TROPICAL, 2020). 
 
 
 
 
 
 
 
15 
 
3. UNIDADE II – Coronavírus (SARS – Cov-2) 
 
Hoje estamos vivenciando uma pandemia causada pelo vírus SARS-CoV-2. 
Os primeiros casos da doença, denominada de COVID-19, surgiram na China, no 
final do ano de 2019. Em todo o mundo já são 2.074.529 casos confirmados e cerca 
de 139,378 mortes pela doença (atualizado em 17/04/2020). 
 
Legenda: número total de infectados, número de infectados ativos, número de infectados curados, 
número de óbitos e taxa de letalidade. Fonte: La Nacion (2020). 
Todo vírus precisa de auxílio de um ser vivo para se reproduzir. Os vírus são 
constituídos de apenas seu material genético, seja DNA, seja RNA. Ao contrário de 
bactérias, não possuem a capacidade para reprodução. Para fazê-lo, invadem uma 
célula de um organismo vivo (animal ou vegetal) para copiar seu próprio material 
genético e construir novos vírus. As células invadidas formam inúmeros novos vírus 
iguais ao invasor (AJVARI, 2008). 
16 
 
O Brasil mostra 2.347 mortes em decorrência do novo coronavírus e 36.599 
casos confirmados, de acordo com a atualização em 18/04/2020 da Secretaria de 
Vigilância em saúde (BRASIL, 2020). 
Legenda: Painel do Coronavírus no Brasil. Fonte: Brasil (2020). 
 
Uma das frentes de atuação no mundo para combater ao novo coronavirus é 
a adesão das pessoas às políticas para retardar a propagação do vírus, como por 
exemplo, o distanciamento social. 
A COVID-19 é uma doença infecciosa causada por um coronavírus recém 
descoberto (o novo coronavírus, como vamos chamá-lo nesse curso), cujo nome 
científico é SARS-CoV-2. Trata-se de um vírus da família dos Coronavírus (CoV), 
que já são conhecidos desde meados da década de 60. São vírus da mesma família 
da Síndrome Respiratória Aguda (SARS – SARS-CoV) e da Síndrome Respiratória 
do Oriente Médio (MERS – MERS-CoV). Segundo a Organização Mundial de Saúde. 
O nome é devido às espículas na em sua superfície que lembram uma coroa, do 
latim corona (SOCIEDADE BRASILEIRA DE INFECTOLOGIA, 2020). 
17 
 
Os coronavírus estão por toda parte. Eles são a segunda principal causa de 
resfriado comum (após rinovírus) e, até as últimas décadas, raramente causavam 
doenças mais graves em humanos do que o resfriado comum.Os coronavírus são 
uma grande família viral que causam infecções respiratórias em seres humanos e 
em animais. 
A primeira vez que esse agente infeccioso foi identificado em humanos e 
isolado foi em 1937. Sua descrição como coronavírus aconteceu em 1965, quando a 
análise de perfil na microscopia revelou essa aparência em forma de coroa. Os tipos 
mais comuns de coronavírus que infectam humanos são o Alpha coronavírus 229E e 
NL63, o Beta coronavírus OC43 e o HKU1(SOCIEDADE BRASILEIRA DE 
INFECTOLOGIA, 2020). Ainda há outros coronavírus, com maior gravidade, o 
SARS-CoV(que causa síndrome respiratória aguda grave), o MERS-CoV(que causa 
síndrome respiratória do Oriente Médio) e agora o SARS-CoV-2 (o novo coronavírus 
que causa a doença COVID-19). 
O novo coronavírus é o sétimo dessa grande família de vírus capazes de 
infectar humanos, sua nova variante foi, inicialmente identificada de forma isolada na 
china em 07/01/2020. Sua identificação aconteceu em investigação epidemiológica 
após uma série de casos diferentes de problemas respiratórios de causa 
desconhecida, com o primeiro caso registrado em 31/12/2019 na cidade de Wuhan 
na China.Acredita-se que a fonte primária do novo coronavírus seja animal, e ter em 
morcegos a sua origem assim como a SARS-CoV e o MERS-CoV(WORLD HEALTH 
ORGANIZATION, 2020). 
De acordo coma a Organização Pan-americana da Saúde (2020), em 11 de 
março de 2020, a COVID-19 foi caracterizada pela OMS como uma pandemia. O 
termo “pandemia” se refere à distribuição geográfica de uma doença e não à sua 
gravidade. A designação reconhece que, no momento, existem surtos de COVID-19 
em vários países e regiões do mundo. 
O novo coronavírusé extremamente transmissível. Isso ocorre, 
principalmente, por gotículas de saliva ou secreção nasal quando uma pessoa 
infectada tosse ou espirra, por isso é importante que você pratique etiqueta 
respiratória (por exemplo, tossindo em um cotovelo flexionado). 
18 
 
Legenda: aerossol derivado de um espirro ilustrando a importância da realização da higiene 
respiratória. Fonte: foto de James Gathany. 
No momento, não existem vacinas ou tratamentos específicos para o COVID-
19. No entanto, existem muitos ensaios clínicos e frentes de trabalho em andamento 
avaliando possíveis tratamentos. (ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICA DA SAÚDE, 
2020). 
3.1 Principais Sintomas 
A maioria das pessoas infectadas com o vírus COVID-19 experimentará 
doença respiratória leve a moderada e se recuperará sem a necessidade de 
tratamento especial. Os idosos e aqueles com problemas médicos subjacentes, 
como doenças cardiovasculares, diabetes, doenças respiratórias crônicas e câncer, 
têm mais probabilidade de desenvolver a forma grave da doença (WORLD HEALTH 
ORGANIZATION, 2020). 
Os sintomas podem variar desde um resfriado simples até uma pneumonia 
severa. Pode haver perda repentina parcial do olfato (hiposmia) ou total (anosmia) e 
paladar, antes do início dos clássicos sintomas, que podem ou não sobrevir, tais 
como tosse seca, febre alta, calafrios, dores no corpo edificuldade para respirar. 
19 
 
Poucas pessoas relatam diarreia, náusea ou coriza. Pessoas com febre, tosse ou 
dificuldade em respirar devem chamar seu médico ou procurar atendimento médico. 
Sua transmissão se dá por contato próximo através do toque do aperto de 
mão, gotículas de saliva, espirro, tosse, catarro, objetos ou superfícies contaminadas 
como celulares, mesas, maçanetas, brinquedos, teclados de computador etc. 
(WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2020). 
Legenda: sintomas da Covid-19. Fonte: Foto de Andrea Piacquadio 
3.2 Como se prevenir e evitar a transmissão para outras pessoas? 
De acordo com a Organização Pan-americana da Saúde (2020) a melhor 
maneira de prevenir e desacelerar a transmissão é estar bem informado sobre a 
COVID-19. Proteja-se e a outros de infecções lavando as mãos com água e sabão 
ou, na ausência desses, usando álcool gel com frequência. Evite tocar no seu rosto. 
 
20 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Legenda: medidas para prevenir e conter o coronavírus. Fonte: Foto de Anna Shvets 
Para se prevenir e conter o coronavírus é fundamental entender como ele é 
transmitido, sempre atentando para a busca de informações de fontes confiáveis. De 
acordo com o Ministério da Saúde (BRASIL, 2020), a transmissão da COVID-19 
acontece de uma pessoa doente para outra ou por contato próximo por meio de: 
• Toque do aperto de mão; 
• Gotículas de saliva; 
• Espirro; 
• Tosse; 
• Catarro; 
• Objetos ou superfícies contaminadas, como celulares, mesas, maçanetas, 
brinquedos, teclados de computador etc. 
21 
 
Agora que sabemos como é que o novo coronavírus é transmitido, podemos 
focar em tomar medidas preventivas no âmbito individual e coletivo. Mas, o que é 
mesmo que eu devo fazer? Como posso contribuir para minimizar esse grave 
problema de saúde pública? As principais recomendações para você se prevenir da 
COVID-19 da Organização Pan-americana da Saúde (2020) são: 
• Lave as mãos com água e sabão ou higienizador à base de álcool, para matar 
vírus que podem estar nas suas mãos. 
• Mantenha pelo menos 1 metro de distância entre você e qualquer pessoa que 
esteja tossindo ou espirrando. 
• Quando alguém tosse ou espirra, pulveriza pequenas gotas líquidas do nariz 
ou da boca, que podem conter vírus. Se você estiver muito próximo, poderá 
inspirar as gotículas – inclusive do vírus da COVID-19 se a pessoa que tossir 
tiver a doença. 
• Evite tocar nos olhos, nariz e boca. As mãos tocam muitas superfícies e 
podem ser infectadaspor vírus. Uma vez contaminadas, as mãos podem 
transferir o vírus para os olhos, nariz ou boca. A partir daí, o vírus pode entrar 
no corpo da pessoa e deixá-la doente. 
• Certifique-se de que você e as pessoas ao seu redor seguem uma boa 
higiene respiratória. Isso significa cobrir a boca e o nariz com a parte interna 
do cotovelo ou lenço quando tossir ou espirrar (em seguida, descarte o lenço 
usado imediatamente). Gotículas espalham vírus. Ao seguir uma boa higiene 
respiratória, você protege as pessoas ao seu redor contra vírus responsáveis 
por resfriado, gripe e COVID-19. 
• Fique em casa se não se sentir bem. Se você tiver febre, tosse e dificuldade 
em respirar, procure atendimento médico. Siga as instruções da sua 
autoridade sanitária nacional ou local, porque elas sempre terão as 
informações mais atualizadas sobre a situação em sua área. 
• Áreas afetadas são países, áreas, províncias ou cidades onde há transmissão 
contínua - não áreas com apenas casos importados. Os viajantes que 
retornam das áreas afetadas devem monitorar seus sintomas por 14 dias e 
seguir os protocolos nacionais dos países receptores; e se ocorrerem 
sintomas, devem entrar em contato com um médico e informar sobre o 
histórico de viagem e os sintomas. 
22 
 
De acordo com o Ministério da Saúde (BRASIL, 2020), as principais medidas 
preventivas para a COVID-19 são: 
• Lave com frequência as mãos até a altura dos punhos, com água e sabão, 
ou então higienize com álcool em gel 70%. 
• Ao tossir ou espirrar, cubra nariz e boca com lenço ou com o braço, e não 
com as mãos. 
• Evite tocar olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas. 
• Ao tocar, lave sempre as mãos como já indicado. 
• Mantenha uma distância mínima de cerca de 2 metros de qualquer pessoa 
tossindo ou espirrando. 
• Evite abraços, beijos e apertos de mãos. Adote um comportamento 
amigável sem contato físico, mas sempre com um sorriso no rosto. 
• Higienize com frequência o celular e os brinquedos das crianças. 
• Não compartilhe objetos de uso pessoal, como talheres, toalhas, pratos e 
copos. 
• Mantenha os ambientes limpos e bem ventilados. 
• Evite circulação desnecessária. Se puder, fique em casa. 
• Se estiver doente, evite contato físico com outras pessoas, principalmente 
idosos e doentes crônicos, e fique em casa até melhorar. 
• Durma bem e tenha uma alimentação saudável. 
• Utilize máscaras caseiras ou artesanais feitas de tecido em situações de 
saída de sua residência. 
3.3 Máscaras 
As máscaras N95 e as máscaras cirúrgicas devem ser utilizadas pelos 
profissionais da saúde e pelos profissionais em atendimento, e para os profissionais 
das diferentes da linha de frente em contato próximo, prolongadocom possíveis 
fontes de contágio.Verifique no seu serviço, qual é o Equipamento de Proteção 
Individual indicado para cada tarefa que irá realizar. Por exemplo, para o profissional 
da segurança pública há um guia de medidas preventivas da SENASP que está 
disponível nos materiais complementares desse curso. 
23 
 
Fora do atendimento ambulatorial e/ou hospitalar, na vida diária, se você ou 
algum desses profissionais precisar sair de casa, ir às compras, é recomendável e, 
recentemente, é obrigatório em nosso Estado, o uso de máscaras caseiras. Não há 
máscaras descartáveis para todos, mas a máscara caseira há. É possível fazer uma 
na sua casa mesmo, ou adquirir de costureiras profissionais. As máscaras, além de 
te proteger, protegem também quem está perto de você, reduzindo a dispersão de 
gotículas de saliva e aerossol (DATO; HOSTLER; HAHN, 2006). O uso de máscaras, 
além de te proteger, são uma forma de solidariedade ao próximo. 
Há diferenças de efetividade entre as máscaras caseiras, dependendo do tipo 
de tecido utilizado e da quantidade de camadas sobrepostas. A maior parte das 
máscaras caseiras, com duas camadas, foi capaz de capturar ao menos 50% das 
partículas virais. (DAVIES; THOMPSON; GIRI; KAFATOS; WALKER; BENNETT, 
2013). 
 
Legenda: Captura de partículas menores que o coronavírus por máscaras caseiras. Fonte: 
Davies, Thompson, Giri, Kafatos, Walker e Bennett (2013). 
 
24 
 
Dessa forma, de acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária 
(BRASIL, 2020), as máscaras faciais caseiras não fornecem proteção total contra 
infecções, mas reduzem sua incidência. Em situações pandêmicas, como a que 
estamos vivendo, pequenas medidas para reduzir transmissões têm grande impacto, 
sobretudo quando são combinadas com as medidas preventivas necessárias já 
estudadas como a higienização das mãos e a etiqueta respiratória. 
As máscaras de uso não profissional (máscaras caseiras) não são máscaras 
cirúrgicas ou respiradores N-95. Esses são suprimentos essenciais que devem 
continuar reservados para os profissionais de saúde e outros socorristas, conforme 
recomendado nas orientações atuais do Ministério da Saúde (BRASIL, 2020). 
Agora que você já entendeu a importância dessa medida adicional de proteção 
referente ao uso de máscaras caseiras, algumas regras são importantes para você 
fazer o bom uso da máscara caseira, de acordo com a Agência Nacional de 
Vigilância Sanitária (BRASIL, 2020): 
• A máscara é de uso individual e não deve ser compartilhada. 
• Deve-se destinar o material profissional (máscaras cirúrgicas e do tipo N95 ou 
equivalente) para: pacientes com a COVID-19, profissionais de saúde e 
outros profissionais de linha de frente em contato próximo e prolongado com 
possíveis fontes de contágio. 
• Na confecção ou na escolha de sua máscara devem ser evitados os tecidos 
que possam irritar a pele, como poliéster puro e outros sintéticos, o que faz a 
recomendação recair preferencialmente por tecidos que tenham praticamente 
algodão na sua composição. 
• As medidas de higiene e a limpeza das máscaras não profissionais em tecido 
e a eliminação periódica das máscaras descartáveis são ações importantes 
de combate à transmissão da infecção. 
• Fazer a adequada higienização das mãos com água e sabonete ou com 
preparação alcoólica a 70%. 
• Mesmo de máscara, mantenha distância de mais de1 (um) metro de outra 
pessoa. 
• Usar uma máscara pode ser “uma medida adicional de proteção para quem 
precisa sair de casa. 
25 
 
• Antes de colocar a máscara no rosto deve-se: assegurar que a máscara está 
em condições de uso (limpa e sem rupturas). 
• Fazer a adequada higienização da mão com água e sabonete ou com 
preparação alcoólica a 70%/ (cubra todas as superfícies de suas mãos e 
esfregue-as juntas até que se sintam secas). 
• Tomar cuidado para não tocar na máscara, se tocar a máscara, deve executar 
imediatamente a higiene das mãos. 
• Cobrir totalmente a boca e nariz, sem deixar espaços nas laterais. 
• Manter o conforto e espaço para a respiração. 
• Evitar uso de batom ou outra maquiagem ou base durante o uso da máscara. 
• Não utilizar a máscara por longo tempo (máximo de 3 horas). 
• Trocar após esse período e sempre que tiver úmida, com sujeira 
aparente,danificada ou se houverdificuldade para respirar. 
• Higienizaras mãoscomágua esabonete ou preparação alcoólica a 70% ao 
chegar em casa. Retirea máscara e coloque para lavar. 
• Repita os procedimentos de higienização das mãosapós a retirada da 
máscara. 
• Não compartilhe a sua máscara, ainda que ela esteja lavada. 
• A máscara deve ser lavada separadamente de outras roupas. 
• Lavar previamente com água corrente e sabão neutro, deixar de molho em 
uma solução de água com água sanitária (1 colher diluída em 1 litro de água) 
ou outro desinfetante equivalente de 20 a 30 minutos, enxaguar bem em água 
corrente, para remover qualquer resíduo de desinfetante. 
• Evite torcer a máscara com força e deixe-a secar. Passar com ferro quente. 
• Garanta que sua máscara não apresente danos (menos ajuste, deformação, 
desgaste etc.), ou você precisará substitui-la. 
 
 
 
26 
 
3.4 Cuidados em Casa 
 Nessa época depandemia é preciso redobrar os cuidados de higiene da sua 
casa. Algumas medidas de arquitetura hospitalar podem ser aplicadas ao seu 
ambiente residencial para tornar o seu ambiente ainda mais protegido. 
Legenda: Representação gráfica da área de transição. Todas as entradas e saídas da residência 
deverão ser centralizadas nesta porta. Fonte: Grupo de Estudos em Arquitetura e Engenharia 
Hospitalar (2020) 
A área externa à residência, como corredores do seu edifício, deve ser 
considerada área contaminada e, a área interna deverá ser considerada área 
vulnerável. O tapete da área externa de sua residência pode ser eliminado uma vez 
que irá acumular partículas virais e sujeira. Você pode substituí-lo por um pano 
úmido com uma solução de água sanitária diluída (2 colheres para 1 litro de água). 
Troque o pano diariamente. Escolha uma porta única de entrada e de saída de sua 
casa e estabeleça uma área de transição em suas proximidades, no exterior ou no 
interior da sua casa. 
 De acordo com o Grupo de Estudos em Arquitetura e Engenharia Hospitalar 
(2020) para definir a área de transição você pode afixar fita crepe no chão 
demarcando a área. Nesse local deve haver mobiliário de apoio, caixa para sapatos, 
porta papel toalha ou similar, porta bolsas, porta chaves, apoio para álcool gel, álcool 
líquido 70% ou lavatório. 
27 
 
 Ao chegar em casa, na área de transição, higienize seus sapatos com água 
sanitária (2 colheres para 1 litro de água) ou álcool líquido 70% e os coloque no 
porta sapato da área de transição. Estabeleça, preferencialmente, somente um par 
de sapatos para saída de casa durante a pandemia. Caso seja possível utilize uma 
bolsa lavável durante esse período também, por exemplo como as sacolas de 
supermercado reutilizáveis. 
 Retire seus documentos plastificados e todos os demais itens da bolsa e os 
higienize com álcool 70%. Prefira higienizar o seu celular com álcool absoluto. Ainda 
na área de transição, após higienização de seu sapato, retire toda a sua roupa, 
inclusive a máscara facial e coloque em um saco plástico para ser lavada após 
molho em água sanitária diluída (na proporção de 2 colheres de água sanitária para 
1 litro de água). Imediatamente após sair da área de transição, tome banho, lave os 
seus cabelos. Não se esqueça, caso tenha feito compras, todos os itens adquiridos 
devem ser higienizados também! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Legenda: Como manusear e utilizar os alimentos de forma adequada. Fonte: Ministério da Saúde, 
Brasil (2020). 
28 
 
4. UNIDADE III – Saúde mental no tempo da pandemia COVID-19 
 
Ter saúde mental em tempos de modificações abruptas do cotidiano é 
fundamental para a sobrevivência. Muitos ainda pensam, que o que é de mais 
importante, diante da pandemia COVID-19, está nos esforços na preservação da 
vida. Mas para que isso ocorra, ainda é preciso manter a calma. Por isso a 
Organização Mundial de Saúde emitiu vários alertas sobre modos de existir diante 
da pandemia do coronavírus. A chave para conseguirmos superar esse desafio a 
curto, médio e longo prazo está nos recursos que se pode desenvolver para 
preservar a integridade física e mental (SILVAet al, 2020). 
 
Legenda: os impactos do isolamento social. Fonte: Foto de Demeter Attila 
O desespero muitas vezes nos leva a tomar atitudes imprecisas e que nos 
coloca em risco. No começo da pandemia, com o alerta do isolamento social, muitas 
pessoas correram em várias direções, algumas foram para os serviços de saúde 
enquanto outras aos supermercados e farmácias. O comportamento, inicialmente, 
29 
 
fora motivado pelo medo e pelas incertezas sobre o que poderia vir a acontecer 
(SILVAet al, 2020). 
Ao longo do tempo, estudos científicos foram sendo publicados mostrando 
como é o funcionamento da curva de infectividade do vírus, a sua letalidade, as 
pessoas que preenchem os critérios de maior risco. Estudos ainda estão sendo 
desenvolvidos para a identificação de estratégias epidemiológicas e tratamentos, 
como por exemplo, o desenvolvimento de vacinas. Os esforços científicos, políticos 
e humanitários estão todos direcionados para o enfrentamento deste grande desafio 
pelo qual passamos. No entanto, é necessário reiterar que as intervenções 
comportamentais podem ser medidas simples e eficazes na promoção da melhoria 
do bem-estar social e também da diminuição da propagação da COVID-2019. Para 
isso é necessário expor e compreender como nos comportamos diante de fatores 
estressores. Dois desses que vem sendo descrito em literatura científica é o medo e 
o estigma. 
“O surto da síndrome respiratória aguda é um problema global de saúde pública. O 
medo e o estigma estão crescendo devido à desinformação e a rumores infundados. 
Como comunidade global, precisamos de solidariedade, em vez de estigma, para 
limitar a propagação da doença causada pelo COVID-19. Informações abertas e 
transparentes sobre o surto ao público e avisos administrativos das autoridades para 
todos os países são necessários para reduzir o medo e a discriminação” (CHEN; 
REN; 2020). 
O medo da doença (de se expor ao contágio, de adoecer e da morte), os 
efeitos da quarentena, do isolamento, distanciamento social, e os efeitos potenciais 
da desaceleração econômica causam impacto psicológico de forma às vezes 
imprevisível. A rotina diária foi interrompida. Para muitos o trabalho passou a ser 
restrito em casa, ou para milhões o trabalho se tornou escasso. As crianças e 
adolescentes pararam de ir à escola, existindo relato de pais frustrados em não 
conseguir conciliares seus afazeres laborais, domésticos com os pacotes de 
educação de seus filhos. Relatos de casais que já não estavam se relacionando 
muito bem, intensificarem brigas e conflitos. É um momento que não é possível ir ao 
cinema, ao restaurante, desfrutar de um abraço de um amigo, como se diz: 
espairecer. Estamos em constante estado de alerta. Dentre tantos motivos, eclode 
os sentimentos de frustração, de raiva, medo. A angústia por vezes invade o 
30 
 
pensamento, que se acelera ao movimentar reflexões sobre a trajetória da vida. 
Como ela poderia ter sido, como está e como poderia ser possível mudar o caminho 
até então traçado. Somos então, tomados pela pandemia da ansiedade, da angústia 
entre outros sintomas psicológicos e psiquiátricos. 
4.1 Isolamento e Quarentena 
Há diferenças nos conceitos dos dois termos, quarentena e isolamento social. 
Quarentena é a separação e restrição de movimento de pessoas que foram 
potencialmente expostas a uma doença contagiosa, e assim se restringem à sua 
casa para verificar se estão doentes e reduzir riscos de infectar outras pessoas. 
Definição que difere de isolamento, que é a separação de uma pessoa que já está 
diagnosticada e precisa se isolar das outras pessoas que não estão doentes 
(BROOKS et al., 2020). São termos intercambiáveis usados em diferentes contextos 
ao longo da história, no entanto ambos, culminam no isolamento social / 
distanciamento social que é a causa atual de grande impacto psicológico a curto, 
médio e longo prazo. 
A questão principal é que a liberdade, ir e vir, sempre foram um dos hábitos 
humanos mais fortes, e respeitar o isolamento social envolve alocar recursos 
mentais para controlar esse imperativo(SILVAet al, 2020). No mundo moderno, 
viagens globais generalizadas e tráfego intenso em cidades com muitos infectados 
têm sido as principais rotas de disseminação do vírus. Após qualquer viagem, os 
indivíduos são forçados a se auto isolar, independentemente dos sintomas. A 
liberdade passa a ser restrita através de implementações de leis governamentais e 
campanhas que envolvam a própria conscientização em manter-se em isolamento 
social. 
Essa restrição de mobilidade e contato social, a crescente preocupação com 
os recursos financeiros em declínio, a necessidade de atenção e cuidados 
constantes para não infectar os outros e aterrível perspectiva de não saber por 
quanto tempo essas medidas permanecerão em vigor, tudo isso causa angústia. 
Outras fontes de frustração incluem o adiamento de projetos pessoais, como viagens 
e mudança de casa, bem como a suspensão de atividades ocupacionais, entre 
outros (SILVAet al, 2020). 
31 
 
Em revisão na literatura sobre o impacto psicológico da quarentena, foram 
analisados 24 artigos realizados em outros momentos de epidemia, sendo que os 
principais sintomas se relacionavam aos quadros de ansiedade, raiva, dificuldades 
de concentração, reação aguda ao estresse e algum tempo depois (3 anos) 
Transtorno de Estresse Pós traumático (TEPT) em profissionais da saúde (BROOKS 
et al., 2020). Os fatores estressores de maior impacto foram: duração da 
quarentena, medo de infecção, frustração e tédio, suplementos inadequados, e 
informação inadequada. Segundo os autores, o maior tempo de duração da 
quarentena associou-se à pior impacto psicológico, com maior prevalência de 
pessoas que desenvolveram TEPT. O confinamento, a perda da rotina habitual e a 
redução de contato social e físico causaram tédio, frustração, sensação de estar 
isolado do mundo. Ter suplementos insuficientes como água, comida, roupa e 
acomodação também foram fontes de frustração e associado à ansiedade e raiva 
até 4-6 meses depois do fim. Com relação à inadequação, a informação será 
descrita adiante com a terminologia de “infodemia”. 
Durante esse período de restrição social é preciso ficar atento aos sintomas 
de ansiedade, como taquicardia, sudorese, insônia, inquietação. Sentimentos como 
raiva, tédio, angústia podem aparecer e de forma imediata o comportamento pode se 
voltar para o uso excessivo de bebida alcoólica, tabaco e outras substâncias de uso 
lícito ou ilícito. Indicativos de maior prevalência de reação aguda ao estresse e 
estresse pós traumático estão associados ao evento da pandemia COVID-19. 
Pessoas que já fazem tratamento médico psiquiátrico devem manter o tratamento, 
assegurar a quantidade suficiente de medicamentos, pois também ter transtorno 
psiquiátrico prévio é um fator de risco para a sua agudização ou piora clínica como 
consequência do impacto do isolamento social. 
Segundo BROOKS et al (2020), é importante ter em mente de que a 
quarentena é um fato que ajuda as outras pessoas a se manterem segura, 
reforçando o sentimento de altruísmo na população e entre a comunidade. É um 
comportamento que mantem aqueles particularmente vulneráveis como os que são 
muito jovens, idosos ou com condições médicas subjacentes seguros. Ademais, é 
importante observar a presença de sintomas psiquiátrico de início imediato, no 
médio e no longo prazo. 
32 
 
4.2 Infodemia 
Outra epidemia junto ao COVID-19 também surgiu: a desinformação. Em um 
mundo globalizado, as informações se espalham através de inúmeras plataformas, 
desde a mídia sociais a aplicativos no celular. Se outrora, cartas demoravam meses 
para chegar ao seu destinatário, no mundo atual, as informações demoram 
milésimos de segundo e chegam não a somente um destinatário, mas a milhões de 
pessoas ao redor do globo. 
Na conferência de Segurança realizada em Munique no dia 15 de fevereiro de 
2010, o diretor geral da OMS, Tedros Adhanom disse imediatamente após ter 
declarado Emergência de Saúde Pública Internacional de que “não estamos apenas 
combatendo uma epidemia; estamos lutando contra uma infodemia”. Por esse 
motivo, a OMS lançou uma plataforma, chamada “Rede de Informação da OMS para 
Epidemias - EPI-WIN” com o objetivo de usar uma série de amplificadores para 
compartilhar informações personalizadas com grupos-alvos específicos. Sylvie 
Briand, diretora do Gerenciamento de Riscos Infecciosos no Programa de 
Emergências em Saúde da OMS e arquiteta da estratégia ao combate da Infodemia 
disse ao The Lancet (Zaracostas, J; 2020) que o fenômeno da Infodemia é 
conhecido desde a idade média, por que todo surto é acompanhado de informação, 
mas também de desinformação, ou dos “rumores”. Mas que a mídia social amplifica 
esse fenômeno: “o que está em jogo durante um surto é garantir que as pessoas 
façam a coisa certa para controlar a doença ou mitigar seu impacto. Portanto não é 
apenas informação para as pessoas, mas garantir que as pessoas sejam informadas 
a agir de maneira adequada”. Uma das providências que foram tomadas, é a de que 
quando uma pessoa utiliza alguma plataforma de busca e coloca os nomes para 
“coronavírus”; “COVID-19” ou outros termos relacionados, são direcionadas 
diretamente a uma fonte confiável. 
 
 
 
 
33 
 
Em estudo publicado por Cinelli et al (2020) citam o exemplo na Itália sobre 
como a Infodemia pode expor as pessoas ao perigo e até a acelerar o processo 
epidêmico influenciando na fragmentação do comportamento de um coletivo. O 
exemplo utilizado foi quando a CNN antecipou um boato sobre o possível bloqueio 
da região norte da Itália, publicando horas antes da comunicação oficial do Primeiro 
Ministro Italiano, isso fez com que várias pessoas se desesperassem, superlotassem 
trens e aeroportos para escapar dessa região antes do bloqueio, interrompendo a 
iniciativa do governo em conter a epidemia e potencialmente aumentando o contágio 
entre essas pessoas. Este exemplo, mostra como as informações são propagadas 
sem serem intermediadas por profissionais especializados e como chegam ao 
público geral e como isso altera o comportamento das pessoas causando diversos 
movimentos oriundos do pânico. 
Legenda: infodemia. Fonte: Foto de pixel2013—2364555. 
No entanto, mesmo que existem medidas que estão sendo tomadas, existe 
um claro descompasso nas mídias ditas científicas com as mídias sociais. O público 
leigo que não tem formação técnica em saúde, por vezes, se perde diante de tanta 
desinformação e rumores. Para isso, as duas fontes deveriam trabalhar de forma 
mais equiparadas. 
34 
 
Ainda é um processo, mas serve de alerta para o cuidado necessário ao 
escolher as fontes de informação que se lê, para evitar acentuação do medo, 
ansiedade, tristeza e do pânico. O nosso comportamento é consequência de como 
nos impactamos com as emoções. 
4.3. Principais sinais de alerta sobre sintomas psiquiátricos e psicológicos 
a) Sinais Físicos 
• Falta de ar (na ausência de um resfriado comum ou outro problema 
respiratório. 
• Dor de cabeça 
• Dores musculares / tensão muscular 
• Dores em geral sem causa aparente 
• Aumentos dos batimentos cardíacos 
• Alterações drásticas do apetite e do sono (falta ou excesso). 
• Má digestão 
• Sensação de queimação ou peso no estômago (WEIDE et al; 2020) 
 
b) Sinais emocionais 
• Humor deprimido 
• Desânimo 
• Aumento da irritabilidade 
• Oscilações bruscas de humor 
• Pensamentos repetitivos que atrapalham a rotina 
• Pensamentos repetitivos de fundo muito existenciais 
• Falta de sentimento, como uma indiferença afetiva. (WEIDE et al; 2020) 
 
c) Sinais comportamentais 
• Atitudes involuntárias, muito reativas, sem pensar 
• Aumento do impulso 
• Discussões e perda de paciência com as pessoas 
35 
 
• Agitação 
• Violência 
• Agressividade 
• Aumento dos conflitos interpessoais (WEIDE et al; 2020) 
 
� Distorções Cognitivas 
 
Pensamentos automáticos, por vezes involuntários, baseados em interpretações de 
situações do dia-a-dia que podem trazer consequências para a vida ou sofrimento 
desnecessário. 
 
Como reflete em artigo editorial Silva et al (2020): 
 
“Deixar de encontrar um amigo, visitar um parente, fazer uma atividade que traz 
ganho imediato, mas que envolva risco é crucial neste momento. Para manter essa 
decisão hedonista e imediatista, distorções cognitivas ficam disponíveis para o 
desserviço. “Não acontecerá comigo”, “não estou no grupo de risco”, “ainda não 
estamos na fase mais perigosa”. Destacar as crenças e as distorções cognitivas 
como na abordagem de pandemias já vem sendo abordado eminiciativas de saúde 
pública.” 
 
4.4 Principais Transtornos Psiquiátricos 
 
A) Transtorno de Ansiedade Generalizada (Critérios do DSM-5) 
 
a. Ansiedade e preocupação excessivas, ocorrendo na maioria dos dias por pelo 
menos seis meses e relacionada a inúmeros eventos ou atividades (p.ex. trabalho e 
desempenho escolar). 
b. A preocupação é difícil de controlar. 
c. A ansiedade e a preocupação estão associados a três (ou mais) dos seguintes 
sintomas (com pelo menos alguns sintomas estando presente na maioria dos dias 
nos últimos seis meses): 
• inquietação ou sensação de estar no limite; 
36 
 
• cansar-se facilmente; 
• dificuldade de concentração; 
• irritabilidade; 
• tensão muscular; 
• distúrbios do sono (dificuldade de iniciar ou manter o sono e sensação sono não 
satisfatório). 
d. Os sintomas físicos, preocupação ou ansiedade causam sofrimento clinicamente 
significante ou incapacidade em atividades sociais, ocupacionais ou outras. 
e. O transtorno não pode ser atribuído a: uma condição médica geral, uso de 
substâncias ou outro transtorno mental. 
 
B) Ataques de Pânico (Critérios do DSM-5) 
 
a. Ataques de pânico recorrentes e inesperados. Um ataque de pânico é um surto 
abrupto de medo intenso ou desconforto intenso que alcança um pico em minutos 
e durante o qual ocorrem quatro (ou mais) dos seguintes sintomas: 
Nota: O surto abrupto pode ocorrer a partir de um estado calmo ou de um estado 
ansioso. 
1. Palpitações, coração acelerado, taquicardia. 
2. Sudorese. 
3. Tremores ou abalos. 
4. Sensações de falta de ar ou sufocamento. 
5. Sensações de asfixia. 
6. Dor ou desconforto torácico. 
7. Náusea ou desconforto abdominal. 
8. Sensação de tontura, instabilidade, vertigem ou desmaio. 
9. Calafrios ou ondas de calor. 
10. Parestesias (anestesia ou sensações de formigamento). 
11. Desrealização (sensações de irrealidade) ou despersonalização 
(sensação de estar distanciado de si mesmo). 
12. Medo de perder o controle ou “enlouquecer”. 
13. Medo de morrer. 
b. Pelo menos um dos ataques foi seguido de um mês (ou mais) de uma ou de 
ambas as seguintes características: 
37 
 
1. Apreensão ou preocupação persistente acerca de ataques de pânico 
adicionais ou sobre suas consequências (p. ex., perder o controle, ter um 
ataque cardíaco, “enlouquecer”). 
2. Uma mudança desadaptativa significativa no comportamento relacionada 
aos ataques (p. ex., comportamentos que têm por finalidade evitar ter ataques 
de pânico, como a esquiva de exercícios ou situações desconhecidas). 
c. A perturbação não é consequência dos efeitos psicológicos de uma substância (p. 
ex., droga de abuso, medicamento) ou de outra condição médica (p. ex., 
hipertireoidismo, doenças cardiopulmonares). 
 
C) Transtorno Depressivo Maior (Critérios do DSM-5) 
 
a. Cinco (ou mais) dos seguintes sintomas estiveram presentes durante o mesmo 
período de duas semanas e representam uma mudança em relação ao 
funcionamento anterior; pelo menos um dos sintomas é (1) humor deprimido ou (2) 
perda de interesse ou prazer. 
1. Humor deprimido na maior parte do dia, quase todos os dias, conforme 
indicado por relato subjetivo (p. ex., sente-se triste, vazio, sem esperança) ou 
por observação feita por outras pessoas (p. ex., parece choroso). (Nota: Em 
crianças e adolescentes, pode ser humor irritável.) 
2. Acentuada diminuição do interesse ou prazer em todas ou quase todas as 
atividades na maior parte do dia, quase todos os dias (indicada por relato 
subjetivo ou observação feita por outras pessoas). 
3. Perda ou ganho significativo de peso sem estar fazendo dieta (p. ex., uma 
alteração de mais de 5% do peso corporal em um mês), ou redução ou 
aumento do apetite quase todos os dias. (Nota: Em crianças, considerar o 
insucesso em obter o ganho de peso esperado.) 
4. Insônia ou hipersonia quase todos os dias. 
5. Agitação ou retardo psicomotor quase todos os dias (observáveis por 
outras pessoas, não meramente sensações subjetivas de inquietação ou de 
estar mais lento). 
6. Fadiga ou perda de energia quase todos os dias. 
38 
 
7. Sentimentos de inutilidade ou culpa excessiva ou inapropriada (que podem 
ser delirantes) quase todos os dias (não meramente autorrecriminação ou 
culpa por estar doente). 
 8. Capacidade diminuída para pensar ou se concentrar, ou indecisão, quase 
todos os dias (por relato subjetivo ou observação feita por outras pessoas). 
9. Pensamentos recorrentes de morte (não somente medo de morrer), 
ideação suicida recorrente sem um plano específico, uma tentativa de suicídio 
ou plano específico para cometer suicídio. 
 
b. Os sintomas causam sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no 
funcionamento social, profissional ou em outras áreas importantes da vida do 
indivíduo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
39 
 
5. UNIDADE IV - Meios de Proteção à Saúde Mental 
5.1 Recomendação de Proteção da Saúde Mental durante a Pandemia COVID-
19, segundo recomendações da OMS/2020. 
5.1.1 População Geral 
1.Demonstre empatia com todos os afetados em qualquer país. As pessoas 
infectadas não fizeram nada errado e merecem nosso apoio, compaixão e 
gentileza. 
2. Não se refira às pessoas com a doença como “casos de covid-19” ou 
“vítimas”, “famílias de covid-19”, “adoentados” etc. Eles são “pessoas com covid-
19 ou que estão em tratamento, ou se recuperando” e depois de recuperados 
continuarão sua vida normal em família, no trabalho e com seus entes queridos. 
É importante separar a pessoa e a sua identidade do vírus em si para reduzir o 
estigma. 
3. Reduza a leitura ou o contato com notícias que podem causar ansiedade ou 
estresse. Busque informação apenas de fontes fidedignas e dê passos práticos 
para preparar seus planos, proteger-se e a sua família. Informe-se com os fatos 
e não os boatos ou as informações erradas. E busque essas notícias em 
intervalos regulares do website da Organização Mundial da Saúde, das 
autoridades locais para que possa fazer a diferença entre boato e fato. Os fatos 
ajudam a minimizar o medo. 
4. Projeta a si próprio e apoie os outros ajudando-os em seus momentos de 
necessidade. A assistência a outros em seu momento de carência pode ajudar a 
quem recebe o apoio como a quem dá o auxílio. Um exemplo: telefone para 
seus vizinhos ou pessoas em sua comunidade que precisam de assistência 
extra. Atuando juntos como uma comunidade pode ajudar a criar solidariedade e 
a enfrentar o covid-19 em união. 
40 
 
5. Crie oportunidades para ampliar histórias positivas e úteis e imagens positivas 
de pessoas na sua área que tiveram o covid-19. Por exemplo, experiências de 
pessoas que se recuperaram da doença ou que apoiaram um ente querido e 
estão dispostas a contar como foi. 
6. Homenageie e aprecie o trabalho dos cuidadores e dos agentes de saúde que 
estão apoiando os afetados pelo novo coronavírus em sua região. Reconheça o 
papel deles para salvar vidas e manter todos seguros. 
5.1.2 Cuidadores de Crianças 
Legenda: mãe e filho felizes. Fonte: Foto de tung256--4583107 
7. Ajude as crianças a expressarem, de forma positiva, seus medos e 
ansiedades. Cada criança tem sua própria maneira de fazê-lo. Algumas vezes, 
a atividade criativa, jogos e desenhos podem ajudar. As crianças se sentem 
melhor e mais aliviadas quando podem comunicar os sentimentos num ambiente 
de apoio. 
41 
 
8. Mantenha as crianças perto de seus pais e familiares caso seja seguro para 
elas. Evite a separação deles. Caso uma criança tenha que ser retirada de seus 
pais ou tutores, assegure-se de que ela será cuidada por outra fonte como 
assistentes sociais ou equivalentes e cheque a situação da criança 
regularmente. Ainda mais, certifique-se de que durante o tempo da separação o 
contato com os pais ou tutores seja feito duas vezes ao dia por chamadas de 
vídeo ou outra forma apropriada à idade da criança (por exemplo,mídia social 
dependendo da idade). 
9. Mantenha as rotinas familiares sempre que possível e crie novas rotinas 
principalmente com as crianças em casa. Pense em atividades lúdicas e 
pedagógicas para fazer com elas. Sempre que possível, incentive as crianças a 
continuarem brincando e se sociabilizando com os outros, mesmo que somente 
na família por causa do distanciamento social no momento. 
10. Em estresses e crises é normal para a criança buscar mais os pais e 
exigirem mais deles. Fale com seus filhos sobre o covid-19 de forma honesta e 
apropriada à idade deles. Se eles tiverem preocupações, o fato de falar sobre 
elas pode ajudar a baixar a ansiedade das crianças. Elas observam os pais, as 
emoções no ar e tiram daí seus mecanismos para lidar com as próprias 
emoções da melhor forma nesses momentos difíceis. 
42 
 
5.1.3. Idosos, cuidadores e pessoas com problemas de saúde 
 
Fonte: idosa em frente à janela. Foto de Andrea Piacquadio 
11. Idosos, especialmente em isolamento social e aqueles com problemas 
cognitivos como demência podem se tornar ansiosos, estressados, com raiva, 
agitados e distanciados durante a quarentena. Ofereça a eles apoio emocional 
por meio de redes familiares ou de agentes de saúde. 
12. Partilhe fatos simples sobre o que está acontecendo com informações claras 
a respeito da redução de riscos e infecções em palavras compreensíveis para 
quem tem barreiras de entendimento. Repita a informação sempre que 
necessário. As instruções precisam ser claras, concisas e respeitar o estilo do 
paciente. Talvez seja útil colocar a informação em escrito ou em pinturas e 
figuras. Envolva a família e outras redes de apoio no fornecimento das notícias e 
de medidas de prevenção como a lavagem de mãos. 
13. Se você tem alguma doença ou síndrome, certifique-se de que seus 
medicamentos estão disponíveis para uso. Ative ainda seu grupo de amigos 
para pedir ajuda caso necessário. 
43 
 
14. Esteja preparado e informado, com antecedência, de como buscar ajuda, 
como chamar um taxi, ter comida entregue em casa ou pedir ajuda médica. E 
providencie medicamentos para duas semanas, caso necessário. 
15. Aprenda exercícios físicos simples para fazer em casa todos os dias durante 
o isolamento e a quarentena para não reduzir a mobilidade. 
16. Mantenha rotinas e tarefas regulares sempre que possível e crie novas num 
ambiente diferente. Entre elas atividades diárias, limpeza, canto, pinturas e 
outras. Ajude outros, vizinhos, amigos, crianças e pessoas em hospitais 
combatendo o covid-19, sempre que for Seguro, claro. Mantenha o contato com 
os entes queridos ainda que por telefone. 
5.1.4 Pessoas em isolamento 
 
 
 
 
 
 
 
 
Legenda: mulher em isolamento social. Fonte: Foto de cottonbro 
 
44 
 
17. Fique em contato e mantenha sua rede de amigos e conhecidos, ainda que 
isolado tente ao máximo manter sua rotina e crie novas. Se as autoridades de 
saúde recomendaram distância física para conter o surto, você pode manter a 
proximidade digital com e-mails, redes sociais, telefone, teleconferências etc. 
18. Durante esse período de estresse, esteja atento a seus sentimentos e 
demandas internas. Envolva-se com atividades saudáveis e aproveite para 
relaxar. O exercício constante, o sono regular e uma dieta balanceada ajudam. 
Mantenha tudo em perspectiva. Os agentes de saúde em todos os países estão 
atuando para que os mais afetados pela pandemia recebam assistência e 
cuidados. 
19. Uma enxurrada constante de notícias sobre o surto pode levar qualquer um 
à ansiedade e ao estresse. Siga as notícias confiáveis e evite boatos e “fake 
news” que vão somente causar mais desconforto e dissabor. 
 
5.2 Manejo do estresse segundo a ONU – Nações Unidas (Brasil) 
 
45 
 
Legenda: representação artística do cérebro humano. Fonte: Foto de ElisaRiva 
 Estabeleça uma rotina: acordar no mesmo horário, vestir-se e começar seu 
trabalho ou suas atividades. Siga os horários de trabalho com eventuais pausas e 
desconecte-se ao final do período. 
Divirta-se: evitar o tédio e reduzir a ansiedade planeje atividades de lazer e 
higiene mental. Há muitos recursos disponíveis na internet como visitas virtuais a 
museus, concertos, filmes, encontros com amigos por meio de aplicativos.Não se 
esqueça do sol! 
Atenção com crianças e adolescentes: pode ser um momento para disfrutar 
em família, e a importância de mantê-los ocupados e cuidar da sua e da saúde 
deles. 
Peça ajuda: cuidado com sentimentos de desespero, raiva, frustração, fadiga, 
pensamento de morte, e de desesperança. 
Solidariedade: ajudar as outras pessoas. 
Espiritualidade: mantenha-a ativa! 
Evite: álcool, drogas, evite isolar-se, o contato social com outras pessoas tem 
efeitos protetores com a saúde mental. Evite o estigma. 
Mindfulness: práticas de meditação / atenção plena. 
Altruísmo: não se esquecer que o distanciamento social protege você e 
também protege as outras pessoas. 
 
 
 
 
 
46 
 
6. ONDE PROCURAR AJUDA? 
 
Legenda: mente humana. Fonte: Foto de Geralt 
 
Atualmente existe uma rede de profissionais da área da saúde mental, psicólogos e 
psiquiatras, com autorização para manejo clínico online. Atendimentos tem sido 
realizados de forma que é possível manejar o caso clínico intervir, orientar e 
prescrever via plataformas disponíveis na internet. Casos de maior gravidade podem 
ser orientados a ir aos hospitais clínicos e psiquiátricos assim CERSAM e CAPS, 
continuam em funcionamento. 
- Disque saúde – 136 
- Centro de Valorização da Vida – 188 
- Central de Atendimento à Mulher – 180 
 
 
47 
 
7. REFERÊNCIAS 
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