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DIREITO PENAL IV

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DIREITO PENAL IV - PARTE ESPECIAL
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DOS CRIMES CONTRA A DIGNIDADE SEXUAL
Estupro
 Art. 213 - Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso:
Pena - reclusão, de 6 (seis) a 10 (dez) anos.
§ 1º Se da conduta resulta lesão corporal de natureza grave ou se a vítima é menor de 18 (dezoito) ou maior de 14 (catorze) anos:
Pena - reclusão, de 8 (oito) a 12 (doze) anos.
§ 2º Se da conduta resulta morte:
Pena - reclusão, de 12 (doze) a 30 (trinta) anos
À partir de 2009 o crime descrito no Art. 214 do CP (Atentado violento ao pudor) migrou para o Art. 213;
Princípio da continuidade normativa típica;
Não há abolitio criminis, mas sim uma migração do tipo penal para outro;
Sujeitos do crime: 
Antes da lei 12.015/09
Bipróprio: Sujeito ativo era homem e passivo mulher; 
Após a lei 12.015/09
Bicomum: Sujeito ativo e passivo pode ser homem ou mulher;
OBS: Se o autor for ascendente, padrasto, madrasta, irmão, cônjuge, companheiro, tutor, curador, preceptor ou empregador da vítima, ou assumiu obrigação por lei ou outra forma obrigação de cuidado, proteção, vigilância, a pena aumenta da metade;
Se a vítima for menor de 18 anos e maior de 14 anos crime será qualificado; 
Se a vítima for menor de 14 anos, o autor responde pelo 217-A;
Conduta: Pune-se o ato	de libidinagem violento, forçado, que busca a conjunção carnal ou outro ato libidinoso;
Homem pode ser vítima de estupro? Sim, ele não sofre a conjunção carnal, mas ele pode sofrer algum ato libidinoso.
Prostituta pode ser vítima? Sim, se não houver o consentimento da vítima haverá o estupro.
Esposa pode ser vítima? Sim
Beijo roubado? Este beijo roubado teve violência ou grave ameaça? Se teve, é estupro. Entretanto, caso tenha sido, por exemplo, um beijo de carnaval no qual não houve o consentimento, mas também não houve a violência ou grave ameaça, também não existiu o estupro e sim a importunação sexual (art. 215-A).
Meio de execução:
Violência: emprego de força física suficiente capaz de vencer a resistência;
Grave ameaça: violência moral capaz de vencer	a resistência;
Exige o contato físico? Não. Pode haver o constrangimento mediante grave ameaça para que a vítima pratique em si própria o ato libidinoso.
Exige que a vítima esteja desnuda? Não
Elemento do tipo: É o dolo de constranger, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso;
Consumação/Tentativa: Consuma-se com a prática de ato libidinoso;
Tentativa é possível: Ex: O dolo é de conjunção carnal e o autor é impedido de consumar o ato por circunstâncias alheias à sua vontade, quando já iniciada a execução;
Autor que pratica conjunção carnal violenta e no mesmo contexto fático, contra a mesma vítima, coito anal violento pratica um ou mais crime de estupro? Um no mesmo contexto fático.
Qualificadoras: São preterdolosas
§ 1º Se da conduta resulta lesão corporal de natureza grave ou se a vítima é menor de 18 (dezoito) ou maior de 14 (catorze) anos: Pena - reclusão, de 8 (oito) a 12 (doze) anos.
§ 2º Se da conduta resulta morte: Pena - reclusão, de 12 (doze) a 30 (trinta) anos
Atenção: O CPM pune separadamente, em artigos distintos, 232 e 233 o estupro e o atentado violento ao pudor;
Violação sexual mediante fraude
Art. 215. Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com alguém, mediante fraude ou outro meio que impeça ou dificulte a livre manifestação de vontade da vítima:
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos.
Parágrafo único. Se o crime é cometido com o fim de obter vantagem econômica, aplica-se também multa.
Princípio da continuidade normativo típica; Art.	216 CP (atentado ao pudor mediante fraude) migrou para o art. 215 CP;
Sujeitos: Crime comum;
OBS: Se o autor for ascendente, padrasto, madrasta, irmão, cônjuge, companheiro, tutor, curador, preceptor ou empregador da vítima, ou assumiu obrigação por lei ou outra forma obrigação de cuidado, proteção a vigilância, a pena aumenta da metade;
Tratando-se de menor de 14 anos o crime será do art. 217-A;
Conduta: Pune-se o estelionato sexual – não há emprego de violência ou grave ameaça;
Ex: Em um baile de máscaras, a vítima acredita estar com seu marido e o convida para manter relação sexual em um motel, tendo o agente solicitado que o ato sexual se realizasse com a máscara e no escuro; Se a fraude anular a capacidade de resistência da vítima, o crime será o do art. 217-A CP;
Ex: Agente que	ministra medicamentos	para a vítima e mantém a conjunção carnal;
Elemento do tipo: É o dolo de praticar o ato de libidinagem, mediante fraude ou outro meio que impeça a livre manifestação da vítima;
Consumação/Tentativa: Da mesma forma do estupro;
Importunação Sexual – Art. 215-A
Art. 215-A. Praticar contra alguém e sem a sua anuência ato libidinoso com o objetivo de satisfazer a própria lascívia ou a de terceiro: (Incluído pela Lei nº 13.718, de 2018)
Pena - reclusão, de 1 (um) a 5 (cinco) anos, se o ato não constitui crime mais grave. (Incluído pela Lei nº 13.718, de 2018).
Visou dar uma punição mais rigorosa aos abusos sexuais que não demandam violência ou grave ameaça; Ex: Homens que se masturbam ou se esfregam nas vítimas no interior do coletivo;
Antes do novo crime, a jurisprudência entendia que o fato configurava apenas a contravenção penal importunação ofensiva ao pudor; Delito subsidiário;
Sujeitos: Crime comum;
Consumação: Com a prática do ato libidinoso;
Tentativa: É possível;
Exige o contato físico? Não
Exige vítima(s) certa(s)? SIM. Caso não haja uma vítima certa, o sujeito pode responder por contravenção penal de importunação ofensiva ao pudor.
Assédio verbal grosseiro configura o crime? Não
Exige discordância da vítima? SIM, se houver o consentimento não haverá crime.
Assédio sexual
Art. 216-A. Constranger alguém com o intuito de obter vantagem ou favorecimento sexual, prevalecendo-se o agente da sua condição de superior hierárquico ou ascendência inerentes ao exercício de emprego, cargo ou função.
Pena – detenção, de 1 (um) a 2 (dois) anos.
Parágrafo único. (VETADO)
§ 2º A pena é aumentada em até um terço se a vítima é menor de 18 (dezoito) anos.
Sujeitos do crime:
Bipróprio:
Ativo: Somente pode ser praticado por superior hierárquico ou ascendente em relação de emprego, cargo ou função;
Passivo: Vítima deve ter relação de subordinação com o autor; Do contrário, o crime poderá ser o do art. 146 CP ou 61 da LCP;
OBS: Se o autor for ascendente, padrasto, madrasta, irmão, cônjuge, companheiro, tutor, curador, preceptor ou empregador da vítima, ou assumiu obrigação por lei ou outra forma de obrigação de cuidado, proteção, vigilância, a pena aumenta da metade;
Atenção, não se aplica no caso de preceptor ou empregador, vez que já são circunstâncias elementares do crime.
Se a vítima for menor de 18 anos, a pena é aumentada em 1/3;
Conduta: É o dolo de constranger, com o intuito de obter vantagem sexual, prevalecendo da condição de superior hierárquico ou ascendência inerentes ao exercício do emprego, cargo ou função;
Aplica no caso de professor para com a aluno?
Aplica no caso de bispo para com o sacerdote?
Empregador que constrange funcionário a favorecer sexualmente seu filho?
Consumação/Tentativa:
1ªConsuma-se com a prática de vários constrangimentos (crime habitual)
Neste caso não admite - se tentativa;
2ª Consuma-se com um único constrangimento;
Neste caso admite-se a tentativa;
Registro não autorizado da intimidade sexual
Art. 216-B. Produzir, fotografar, filmar ou registrar, por qualquer meio, conteúdo com cena de nudez ou ato sexual ou libidinoso de caráter íntimo e privado sem autorização dos participantes: (Incluído pela Lei nº 13.772, de 2018) Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 1 (um) ano, e multa.
Parágrafo único. Na mesma pena incorre quem realiza montagem em fotografia, vídeo, áudio ou qualquer outro registro com o fim de incluir pessoa em cena de nudez ou ato sexual ou libidinoso de caráter íntimo. (Incluído pela Lei nº13.772, de 2018)
Registro não autorizado da intimidade sexual visa tipificar o registro íntimo não autorizado, conduta que não era crime; Ex: Um casal alugou uma casa no Airbnb e viram uma luz vermelha e viram que estavam sendo filmados; protege a intimidade sexual;
Pune quem: Produz, fotografa, filma ou registra conteúdo com cena de nudez, ato sexual ou libidinoso de caráter íntimo e privado sem autorização;
Abrange aquele que se colocou publicamente em estado de nudez?
Abrange aquele que autorizou?
Crime comum;
Menor potencial ofensivo;
Pune também aquele que faz a montagem da cena;
Estupro de Vulnerável
Art. 217-A. Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com menor de 14 (catorze) anos: Pena - reclusão, de 8 (oito) a 15 (quinze) anos.
§1º Incorre na mesma pena quem pratica as ações descritas no caput com alguém que, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato, ou que, por qualquer outra causa, não pode oferecer resistência.
§2º (VETADO)
§3º Se da conduta resulta lesão corporal de natureza grave:
Pena - reclusão, de 10 (dez) a 20 (vinte) anos.
§ 4º Se da conduta resulta morte:
Pena - reclusão, de 12 (doze) a 30 (trinta) anos.
Estupro de Vulnerável:
Sujeitos do crime:
Ativo: Crime comum;
Passivo: Crime próprio:
Vítima menor de 14 anos;
Vítima portadora de enfermidade ou deficiência mental ou incapaz de ter discernimento para a prática do ato ou ter sua capacidade de resistência vencida;
Conduta: Pune-se o dolo de ter conjunção carnal ou outro ato libidinoso com vítima com as características descritas acima.
O agente deve ter ciência das características da vítima;
Erro de tipo – exclui dolo e culpa;
Se praticar com violência ou grave ameaça responde pelo Art. 213 ou 215 CP;
OBS:
E se a vítima aceitou a relação sexual, isenta o crime? Não
E se a vítima já tinha experiência sexual, isenta o crime? Não
E se a vítima mantinha relacionamento amoroso com o autor, isenta o crime? Não
Consumação/Tentativa: Ver explicações sobre o crime de estupro;
Qualificadoras: (preterdolosas)
§3º Se da conduta resulta lesão corporal de natureza grave:
Pena - reclusão, de 10 (dez) a 20 (vinte) anos.
§ 4º Se da conduta resulta morte:
Pena - reclusão, de 12 (doze) a 30 (trinta) anos.
Mediação de menor vulnerável para satisfazer a lascívia de outrem
Art. 218. Induzir alguém menor de 14 (catorze) anos a satisfazer a lascívia de outrem:
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos.
Mediação de menor vulnerável para satisfazer a lascívia de outrem:
Sujeitos do crime:
Ativo: Crime comum;
Passivo: Pessoa menor de 14 anos;
Conduta: O crime se consuma quando o autor induz menor de 14 anos a satisfazer a sensualidade, libidinagem, luxúria de outrem e não a própria; Induz o adolescente a se despir com sensualidade;
OBS: Se o autor for ascendente, padrasto, madrasta, irmão, cônjuge, companheiro, tutor, curador, preceptor ou empregador da vítima, ou assumiu obrigação por lei ou outra firma obrigação de cuidado, proteção, vigilância, a pena aumenta da metade;
Consumação/Tentativa: Consuma-se com a prática do ato que importa na satisfação da lascívia, ainda que o terceiro não tenha ficado satisfeito;
Admite-se tentativa;
Satisfação de lascívia mediante presença de criança ou adolescente
218-A. Praticar, na presença de alguém menor de 14 (catorze) anos, ou induzi-lo a presenciar, conjunção carnal ou outro ato libidinoso, a fim de satisfazer lascívia própria ou de outrem:
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos.
Satisfação de lascívia mediante	presença de criança ou adolescente:
Sujeitos do crime: 
Ativo: Comum;
Passivo: Próprio (Vítima menor de 14 anos);
Conduta: Praticada mediante dolo:
A) praticar, na presença da vítima, conjunção carnal ou outro ato libidinoso para que ela observe; Autor não interfere na vontade da vítima, que quer observar, mas aproveita disso para satisfazer sua lascívia.
B) Induzir a vítima a presenciar conjunção carnal ou outro ato libidinoso para que ela observe; Autor faz nascer na cabeça da criança a vontade de presenciar; Satisfação de lascívia mediante presença de criança ou adolescente:
OBS: Se o autor for ascendente, padrasto, madrasta, irmão, cônjuge, companheiro, tutor, curador, preceptor ou empregador da vítima, ou assumiu obrigação por lei ou outra firma obrigação de cuidado, proteção, vigilância, a pena aumenta da metade;
Exige a presença física da vítima? não
A idade da vítima deve ser conhecida pelo autor;
Consumação/Tentativa:
Na forma de induzir, basta o induzimento, ainda que a conjunção carnal ou o ato libidinoso não ocorra para o crime se consumar;
Quando a vítima já tinha a intenção de observar, o ato sexual tem que ocorrer para o crime se consumar;
Admite-se tentativa;
Favorecimento da prostituição ou outra forma de exploração sexual de criança ou adolescente ou de vulnerável:
Art. 218-B. Submeter, induzir ou atrair à prostituição ou outra forma de exploração sexual alguém menor de 18 (dezoito) anos ou que, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato, facilitá-la, impedir ou dificultar que a abandone:
Pena - reclusão, de 4 (quatro) a 10 (dez) anos.
§ 1º Se o crime é praticado com o fim de obter vantagem econômica, aplica-se também multa.
§ 2º Incorre nas mesmas penas:
I - Quem pratica conjunção carnal ou outro ato libidinoso com alguém menor de 18 (dezoito) e maior de 14 (catorze) anos na situação descrita no caput deste artigo;
II - o proprietário, o gerente ou o responsável pelo local em que se verifiquem as práticas referidas no caput deste artigo.
§ 3º Na hipótese do inciso II do § 2º, constitui efeito obrigatório da condenação a cassação da licença de localização e de funcionamento do estabelecimento.
Prostituição: atividade na qual os atos sexuais são negociados em troca de pagamento, não necessariamente monetário;
Turismo sexual: é o comércio sexual em cidades turísticas;
Pornografia: produção, exibição, venda, compra, distribuição de material pornográfico;
Tráfico para fins sexuais: envio de pessoas através de fronteiras para fins sexuais;
Sujeitos do crime:
Ativo: crime comum;
Passivo: Próprio;
Pessoa menor de 18 anos ou que, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato.
Se a vítima for menor de 14 anos, o crime será o do art. 217-A;
Conduta: É o dolo de:
Submeter: sujeitar
Induzir: inspirar, instigar
Atrair: aliciar
Facilitar: afastar as dificuldades
Impedir: opor-se
Dificultar: criar obstáculos
Conduta: O crime pode ocorrer por ação ou omissão, esta quando o agente tem o dever jurídico de impedir que a vítima ingresse na prostituição;
OBS:
Prostituta pode ser vítima? Sim. Caso queira abandonar e o agente impeça;
§ 2º Incorre nas mesmas penas:
I - Quem pratica conjunção carnal ou outro ato libidinoso com alguém menor de 18 (dezoito) e maior de 14 (catorze) anos na situação descrita no caput deste artigo; Pune o cliente do cafetão;
Caso o próprio menor de 18 e maior de 14 procure os serviços sexuais por conta própria, não se fala em crime do art. 218-B;
II - O proprietário, o gerente ou o responsável pelo local em que se verifiquem as práticas referidas no caput deste artigo.
Doutrina fala que este inciso é inconstitucional, pois não há conduta do agente;
§ 3º Na hipótese do inciso II do § 2º, constitui efeito obrigatório da condenação a cassação da licença de localização e de funcionamento do estabelecimento.
Consumação/Tentativa: Nas modalidades submeter, induzir, atrair e facilitar consuma-se quando a vítima se dedica à prostituição; 
Nas modalidades impedir ou dificultar o abandono da prostituição, consuma-se no momento em que a vítima delibera querer deixar a atividade e o agente impede (crime permanente)
Admite-se a tentativa;
Divulgação de cena de estupro ou de cena de estupro de vulnerável, de cena de sexo ou de pornografia (Incluído pela Lei nº 13.718, de 2018)
Art. 218-C. Oferecer, trocar, disponibilizar, transmitir, vender ou expor à venda, distribuir, publicar ou divulgar, por qualquer meio - inclusivepor meio de comunicação de massa ou sistema de informática ou telemática -, fotografia, vídeo ou outro registro audiovisual que contenha cena de estupro ou de estupro de vulnerável ou que faça apologia ou induza a sua prática, ou, sem o consentimento da vítima, cena de sexo, nudez ou pornografia: (Incluído pela Lei nº 13.718, de 2018)
Pena - reclusão, de 1 (um) a 5 (cinco) anos, se o fato não constitui crime mais grave. (Incluído pela Lei nº 13.718, de 2018)
Aumento de pena (Incluído pela Lei nº 13.718, de 2018)
§ 1º A pena é aumentada de 1/3 (um terço) a 2/3 (dois terços) se o crime é praticado pelo agente que mantém ou tenha mantido relação íntima de afeto com a vítima ou com o fim de vingança ou humilhação. (Incluído pela Lei nº 13.718, de 2018).
Exclusão de ilicitude (Incluído pela Lei nº 13.718, de 2018)
§ 2º Não há crime quando o agente pratica as condutas descritas no caput deste artigo em publicação de natureza jornalística, científica, cultural ou acadêmica com a adoção de recurso que impossibilite a identificação da vítima, ressalvada sua prévia autorização, caso seja maior de 18 (dezoito) anos. (Incluído pela Lei nº 13.718, de 2018).
O bem jurídico tutelado é a dignidade sexual, maculada pela divulgação de cena de estupro ou de cena de estupro de vulnerável, de cena de sexo, nudez ou pornografia.
Sujeitos do crime – Crime comum;
Tipo objetivo: Pune quem divulga, publica ou vende cena de estupro ou de cena de estupro de vulnerável, de cena de sexo, nudez ou pornografia.
Consentimento da vítima afasta o crime? Sim, se for maior de 18 e houver o consentimento.
Crime formal: Não necessita de haver o prejuízo para a vítima;
Causa de aumento de pena: Autor que mantém ou tenha mantido relação íntima de afeto com a vítima ou com o fim de vingança ou humilhação;
Art. 225. Nos crimes definidos nos Capítulos I e II deste Título, procede-se mediante ação penal pública incondicionada. (ATENÇÃO)
Parágrafo único. Procede-se, entretanto, mediante ação penal pública incondicionada se a vítima é menor de 18 (dezoito) anos ou pessoa vulnerável.
Art. 226. A pena é aumentada:
I – De quarta parte, se o crime é cometido com o concurso de 2 (duas) ou mais pessoas;
II – De metade, se o agente é ascendente, padrasto ou madrasta, tio, irmão, cônjuge, companheiro, tutor, curador, preceptor ou empregador da vítima ou por qualquer outro título tem autoridade sobre ela;
IV - De 1/3 (um terço) a 2/3 (dois terços), se o crime é praticado: (Incluído pela Lei nº 13.718, de 2018)
Estupro coletivo (Incluído pela Lei nº 13.718, de 2018)
a) mediante concurso de 2 (dois) ou mais agentes; (Incluído pela Lei nº 13.718, de 2018)
Estupro corretivo (Incluído pela Lei nº 13.718, de 2018)
b) para controlar o comportamento social ou sexual da vítima. (Incluído pela Lei nº 13.718, de 2018)
Mediação para servir a lascívia de outrem
Art. 227 - Induzir alguém a satisfazer a lascívia de outrem:
Pena - reclusão, de um a três anos.
§ 1º Se a vítima é maior de 14 (catorze) e menor de 18 (dezoito) anos, ou se o agente é seu ascendente, descendente, cônjuge ou companheiro, irmão, tutor ou curador ou pessoa a quem esteja confiada para fins de educação, de tratamento ou de guarda:
Pena - reclusão, de dois a cinco anos.
§ 2º - Se o crime é cometido com emprego de violência, grave ameaça ou fraude:
Pena - reclusão, de dois a oito anos, além da pena correspondente à violência.
§ 3º - Se o crime é cometido com o fim de lucro, aplica-se também multa.
Sujeitos do crime: Crime comum;
Sujeito ativo + vítima + destinatário
O destinatário responde pelo crime? Não
Conduta: Sujeito ativo induz (alicia) alguém a satisfazer	a lascívia (sensualidade, desejo sexual) de outrem;
A vítima deve ser determinada, pois do contrário o crime será o de favorecimento à prostituição;
Praticado mediante dolo;
Ex: Autor induz a vítima a se despir para satisfazer o destinatário que não é o autor;
Consumação/tentativa: Consuma-se com a prática do ato sexual, ainda que o destinatário não se satisfaça;
Admite-se a tentativa;
Qualificadoras:
Vítima maior de 14 e menor de 18 anos;
Vítima menor de 14 anos o crime é do artigo 218 CP.
Autor é ascendente, descendente, cônjuge, companheiro, irmão, ou curador ou pessoa que esteja confiada para fins de educação, de tratamento ou guarda.
Praticado mediante violência, grave ameaça, ou fraude;
Se o crime for praticado visando lucro, aplica-se a pena de multa.
Qual a diferença desse crime para o crime de rufianismo (230 CP)?
Art. 228. Favorecimento da prostituição ou outra forma de exploração sexual:
Induzir ou atrair alguém à prostituição ou outra forma de exploração sexual, facilitá-la, impedir ou dificultar que alguém a abandone:
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa.
§ 1º Se o agente é ascendente, padrasto, madrasta, irmão, enteado, cônjuge, companheiro, tutor ou curador, preceptor ou empregador da vítima, ou se assumiu, por lei ou outra forma, obrigação de cuidado, proteção ou vigilância:
Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos.
§ 2º - Se o crime, é cometido com emprego de violência, grave ameaça ou fraude:
Pena - reclusão, de 4 (quatro) a 10 (dez) anos, além da pena correspondente à violência.
§ 3º - Se o crime é cometido com o fim de lucro, aplica-se também multa.
Art. 228. Favorecimento da prostituição ou outra forma de exploração sexual:
Mesmo crime do artigo 218-B, porém no presente crime a vítima não é mais criança ou adolescente.
Art. 229. Estabelecimento para Exploração Sexual
Manter, por conta própria ou de terceiro, estabelecimento em que ocorra exploração sexual, haja, ou não, intuito de lucro ou mediação direta do proprietário ou gerente:
Pena - reclusão, de dois a cinco anos, e multa.
 Art. 229. Estabelecimento para Exploração Sexual
A prostituição é	 permitida? Sim. Porém	 não gera vínculo trabalhista, geraria exploração sexual
Sujeitos do crime:
Sujeito ativo: Crime comum
Sujeito passivo: Crime comum
Se a vítima for maior de 14 anos e menor de 18 anos o crime será o do art. 218-B
Se a vítima for menor de 14 anos, o crime será o do art. 217- A
Conduta:
Manter	por conta própria ou de terceiro, estabelecimento que ocorra a exploração sexual;
Caso não haja intuito de lucro, permanece o crime? Sim
Proprietário de motel incorre no crime? Sim (Rogerio Sanches) porem à adequação social
 Art. 229. Casa de prostituição
Voluntariedade: É o dolo de manter o estabelecimento onde ocorra a exploração sexual;
Consumação/Tentativa: Consuma-se com a manutenção do estabelecimento;
Trata-se de crime habitual;
Não se admite a tentativa;
Ação penal: Pública incondicionada;
Art. 230 – Rufianismo
Tirar proveito da prostituição alheia, participando diretamente de seus lucros ou fazendo-se sustentar, no todo ou em parte, por quem a exerça:
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.
§ 1º Se a vítima é menor de 18 (dezoito) e maior de 14 (catorze) anos ou se o crime é cometido por ascendente, padrasto, madrasta, irmão, enteado, cônjuge, companheiro, tutor ou curador, preceptor ou empregador da vítima, ou por quem assumiu, por lei ou outra forma, obrigação de cuidado, proteção ou vigilância:
Pena - reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa.
§ 2º Se o crime é cometido mediante violência, grave ameaça, fraude ou outro meio que impeça ou dificulte a livre manifestação da vontade da vítima:
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 8 (oito) anos, sem prejuízo da pena correspondente à violência.
Sujeitos do crime: Crime comum;
Conduta: Tirar proveito da prostituição: 
Rufianismo ativo;
A vantagem do	rufião decorre diretamente dos	lucros auferidos pela prostituta;
Espécie de sociedade “empresarial”;
O mero	oferecimento da vantagem pela prostituta já configura o crime;
Fazer-se sustentar da prostituição:
Rufianismo passivo;
A vantagem do rufião decorre indiretamente dos proveitos da prostituição;
Vive às	custas da prostituta, recebendo moradia, alimentação, vestuário, etc;
Voluntariedade: Decorre do dolo de tirar proveito da prostituição alheia;
Consumação e tentativa: Crime	se consuma após reiteradas práticas de proveito da prostituiçãoalheia;
Crime habitual;
Não admite a tentativa;
Ação penal: APPI
Promoção de migração ilegal
Art. 232-A. Promover, por qualquer meio, com o fim de obter vantagem econômica, a entrada ilegal de estrangeiro em território nacional ou de brasileiro em país estrangeiro: Incluído pela Lei nº 13.445, de 2017 Vigência
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa. Incluído pela Lei nº 13.445, de 2017 Vigência
§ 1º Na mesma pena incorre quem promover, por qualquer meio, com o fim de obter vantagem econômica, a saída de estrangeiro do território nacional para ingressar ilegalmente em país estrangeiro. Incluído pela Lei nº 13.445, de 2017 Vigência
§ 2º A pena é aumentada de 1/6 (um sexto) a 1/3 (um terço) se: Incluído pela Lei nº 13.445, de 2017 Vigência
I - O crime é cometido com violência; ou Incluído pela Lei nº 13.445, de 2017 Vigência
II - A vítima é submetida a condição desumana ou degradante. Incluído pela Lei nº 13.445, de 2017 Vigência
§ 3º A pena prevista para o crime será aplicada sem prejuízo das correspondentes às infrações conexas. Incluído pela Lei nº 13.445, de 2017 Vigência 
Bem jurídico tutelado: Há uma crítica da doutrina, tendo em visto que o crime não tem relação com a dignidade sexual; Visa proteger a ordem pública e a paz social;
Sujeitos do crime: Crime comum;
Conduta:Promover, por qualquer meio, a entrada ilegal de estrangeiro no território nacional ou de brasileiro no território estrangeiro visando vantagem econômica;
Promover, por qualquer meio, a saída ilegal de estrangeiro do território nacional para território estrangeiro visando vantagem econômica;
Incorre no crime autor que do Brasil, promove a entrada de brasileiro domiciliado no Paraguai para a Espanha, visando vantagem econômica? Não
Consumação/Tentativa: Consuma-se com a saída ilegal do território nacional ou com ingresso ilegal no território nacional
Admite-se tentativa
Ato obsceno
Art. 233 - Praticar ato obsceno em lugar público, ou aberto ou exposto ao público:
Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa.
Sujeitos do crime: Crime comum:
Sujeito ativo: qualquer pessoa;
Sujeito passivo: coletividade;
Conduta: Praticar ato obsceno em local público, ou aberto ou exposto ao público;
Ato obsceno:
Exposição de órgão genital?
Exposição de seios na praia?
Micção em público?
Discursos obscenos?
Lugar público: Lugar acessível a qualquer pessoa; Praças, ruas...
Lugar aberto ao público: Lugar frequentado por número indeterminado de pessoas; Restaurantes, teatros...
Lugar exposto ao público: Lugar privado, mas que o público pode ver o que se passa em seu interior;
Voluntariedade: É o dolo de praticar o ato obsceno em local público;
Consumação/Tentativa: Basta a prática do ato,	ainda que não tenha sido presenciado por ninguém;
E se quem presenciou gostou do ato, ainda sim haverá o crime? A coletividade
Admite-se a tentativa;
Ação Penal: APPI
Escrito ou objeto obsceno
Art. 234 - Fazer, importar, exportar, adquirir ou ter sob sua guarda, para fim de comércio, de distribuição ou de exposição pública, escrito, desenho, pintura, estampa ou qualquer objeto obsceno:
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa.
Parágrafo único - Incorre na mesma pena quem:
I - Vende, distribui ou expõe à venda ou ao público qualquer dos objetos referidos neste artigo;
II - Realiza, em lugar público ou acessível ao público, representação teatral, ou exibição cinematográfica de caráter obsceno, ou qualquer outro espetáculo, que tenha o mesmo caráter;
III - realiza, em lugar público ou acessível ao público, ou pelo rádio, audição ou recitação de caráter obsceno.
 Sujeitos do crime: Crime comum:
Sujeito ativo: qualquer pessoa;
Sujeito passivo: coletividade;
Conduta:
Fazer: criar;
Importar: ingressar no país;
Exportar: fazer com que saia do país;
Adquirir: obter a título gratuito ou oneroso;
Ter sob a guarda: reservar o material;
Para fins de comércio, distribuição ou exposição pública, escrito, desenho, pintura, estampa ou qualquer objeto obsceno;
Voluntariedade: É o dolo de fazer, importar, exportar, adquirir ou ter sob a sua guarda, par afins comerciais, de distribuição ou exposição pública, escrito, desenho, pintura, estampa ou outro objeto obsceno;
Ex: Revistas onde na capa tinha atos obscenos;
Consumação/Tentativa: Basta a prática do ato, ainda que não haja efetiva ofensa ao público;
OBS: Caso as condutas envolvam criança ou adolescente, o crime será o do artigo 240, 241 ou 241-A do ECA;
Ação Penal: APPI
 Artigo 234-A: Nos crimes previstos neste título, a pena é aumentada:
I – Vetado;
II – Vetado;
III – de 2/3 se resulta gravidez (Lei 13.718/18);
IV – 1/3 até a 2/3 se o agente transmite à vítima doença sexualmente transmissível de que sabe ou deveria saber ser portador ou se a vítima é idosa ou pessoa com deficiência (Lei 13.718/18);
OBS: O inciso III somente se aplica no caso da vítima ser sujeito passivo ou também se ela for sujeito ativo e engravidar? Sim
A autora do crime sexual que engravidar tem direito de invocar o artigo 128, II do CP, que permite o abortamento? Não, ela não foi estuprada
Artigo 234-B:
Os processos correrão em segredo de justiça;
Bigamia
Art. 235 - Contrair alguém, sendo casado, novo casamento:
Pena - reclusão, de dois a seis anos.
§ 1º - Aquele que, não sendo casado, contrai casamento com pessoa casada, conhecendo essa circunstância, é punido com reclusão ou detenção, de um a três anos.
§ 2º - Anulado por qualquer motivo o primeiro casamento, ou o outro por motivo que não a bigamia, considera-se inexistente o crime.
 Sujeitos do crime: Crime próprio:
Sujeito ativo: pessoa casada; pessoa solteira que casa com alguém já casado, sabendo dessa circunstancia 
Testemunhas que afirmam falsamente não haver impedimento para o casamento respondem como partícipe do crime;
Sujeito passivo: Estado; Cônjuge do primeiro matrimônio; Cônjuge do segundo matrimônio, caso esteja de boa-fé;
Conduta: Contrair, sendo casado, novo casamento;
Separado judicialmente que contrai no casamento incorre no crime? Sim. Na verdade, o sujeito deveria estar divorciado. 
Contrair, não sendo casado, novo casamento com quem já é casado, conhecendo tal circunstância;
Pena mais branda;
Hipóteses de exclusão do crime:
Quando o primeiro casamento for anulado;
Quando o segundo casamento for anulado, desde que não seja pela bigamia;
OBS: Para haver o crime de bigamia, deve ter havido o crime de falso anteriormente, que declarou não haver impedimento para o casamento;
Neste caso, o agente responde por ambos os delitos, o crime de falso e o crime de bigamia? Não. Apenas pelo crime de bigamia, em razão do principio da consunção.
Voluntariedade: É o dolo de contrair matrimônio, já sendo casado ou quem casa com quem já era casado;
Consumação/Tentativa: Se consuma no momento em que ambos os nubentes manifestam o desejo de casar, ainda que não tenha sido lavrado o termo de casamento.
Ação Penal: APPI
Induzimento a erro essencial e ocultação de impedimento
Art. 236 - Contrair casamento, induzindo em erro essencial o outro contraente, ou ocultando-lhe impedimento que não seja casamento anterior:
Pena - detenção, de seis meses a dois anos.
Parágrafo único - A ação penal depende de queixa do contraente enganado e não pode ser intentada senão depois de transitar em julgado a sentença que, por motivo de erro ou impedimento, anule o casamento.
Sujeitos ativo: Crime comum;
Conduta: Pune quem contrai casamento, induzindo em erro essencial o outro contraente ou ocultando-lhe impedimento que não seja casamento anterior.
Induzir em erro essencial – art. 1.557 Código Civil;
Ocultar impedimento – art. 1.521 Código Civil;
Voluntariedade: É o dolo de contrair casamento, induzindo em erro ou ocultando impedimento ao outro contraente;
Consumação/Tentativa: Consuma-se com o efetivo casamento, não bastando a indução do erro ou ocultação do impedimento;
Não admite a tentativa;
Ação Penal: APP – Mediante queixa crime;
Conhecimento prévio de impedimento
Art. 237 - Contrair casamento, conhecendo a existência de impedimento que lhe cause a nulidade absoluta:
Pena -detenção, de três meses a um ano.
Sujeitos do crime: Crime comum;
Conduta: Pune quem casa, sabendo do impedimento para o matrimônio;
Aqui não há emprego de fraude, pois um ou ambos os contraentes sabem do impedimento;
Consumação/Tentativa: Consuma-se com o casamento, desde que ciente do impedimento;
Admite-se a tentativa;
Ação Penal: APPI
Simulação de autoridade para celebração de casamento
Art. 238 - Atribuir-se falsamente autoridade para celebração de casamento:
Pena - detenção, de um a três anos, se o fato não constitui crime mais grave.
Sujeitos do crime: Crime comum: 
Inclusive servidor público;
Conduta: Pune o dolo de intitular-se falsamente como autoridade para a celebração de casamento;
Voluntariedade: É o dolo de atribuir-se falsamente como autoridade para celebrar casamento;
Consumação/Tentativa: Não exige que o casamento ocorra, bastando se intitular falsamente como autoridade para celebrar casamento;
Admite-se a tentativa;
Ação Penal: APPI
Simulação de casamento
Art. 239 - Simular casamento mediante engano de outra pessoa:
Pena - detenção, de um	 a três anos, se	o fato não constitui elemento de crime mais grave.
Sujeitos do crime: Crime comum;
Conduta: Pune quem finge casamento,	mediante engano de outra pessoa;
Voluntariedade: É o dolo de simular o casamento, enganando o contraente;
Consumação/Tentativa: Consuma-se com a cerimônia fraudulenta;
Admite-se tentativa;
Ação Penal
Dos Crimes Contra o Estado de Filiação
Registro de nascimento inexistente
Art. 241 - Promover no registro civil a inscrição de nascimento inexistente:
Pena - reclusão, de dois a seis anos.
Sujeitos do crime:
Ativo: Qualquer pessoa;
Passivo: Estado ou eventual prejudicado com o falso registro;
Conduta: Promover (gerar, provocar, requerer) no registro civil a inscrição do nascimento inexistente.
Abrange o natimorto? Sim.
Pune-se também o crime de falsidade ideológica? Não
Voluntariedade: Dolo de promover o registro inexistente;
Consumação/Tentativa: Consuma-se com a inscrição, independente do efeito que causar; Tentativa é possível, no caso de haver a falsa declaração, mas o registro não é realizado;
Ação Penal: APPI
Parto suposto. Supressão ou alteração de direito inerente ao estado civil de recém-nascido
Art. 242 - Dar parto alheio como próprio; registrar como seu o filho de outrem; ocultar recém-nascido ou substituí-lo, suprimindo ou alterando direito inerente ao estado civil: 
Pena - reclusão, de dois a seis anos. 
Parágrafo único - Se o crime é praticado por motivo de reconhecida nobreza:
Pena - detenção, de um a dois anos, podendo o juiz deixar de aplicar a pena. 
Sujeitos do crime:
Ativo: Na conduta dar parto alheio como próprio: mulher que comunica o parto alheio como próprio; Nas demais condutas: crime comum;
Passivo:
Estado;
Pessoa prejudicada;
Eventuais herdeiros prejudicados;
Conduta:
*Dar parto alheio como próprio: Mulher atribui a si maternidade de filho que não é seu;
*Registrar, como seu, o filho de outrem: Difere do art. 241 CP, tendo em vista que no caso o nascimento ocorreu; Conhecida como adoção à brasileira; Visa burlar o procedimento da adoção;
*Ocultar (esconder) recém-nascido, suprimindo ou alterando direito inerente ao estado civil: Esconde o nascimento, visando prejudicar o neonato; Ex: para que ele não seja herdeiro;
*Substituir, o recém-nascido, suprimindo ou alterando direito inerente ao estado civil: Troca as crianças, prejudicando direito seu; Ex: para que outra criança seja a herdeira;
Voluntariedade: Dolo de praticar a ação típica;
Consumação/Tentativa:
*Dar parto alheio como próprio:
Quando configurar a alteração do estado da família:
Quando a criança passa a ser identificada como sendo membro da falsa família;
*Registrar, como seu, o filho de outrem: Com o efetivo registro;
*Ocultar(esconder) recém-nascido, suprimindo ou alterando direito inerente ao estado civil: Com a supressão ou alteração do direito do neonato;
*Substituir, o recém-nascido, suprimindo ou alterando direito inerente ao estado civil: Com a supressão ou alteração do direito do neonato;
Figura privilegiada e perdão judicial e prescrição: No caso do crime ter sido praticado por reconhecida nobreza, a pena será reduzida, podendo o juiz deixar de aplicar a pena. Ex: Neonatos submetidos à miséria registrados como se fossem filhos de pessoas com condição para criá-los.
Ação Penal: APPI
Sonegação de estado de filiação
Art. 243 - Deixar em asilo de expostos ou outra instituição de assistência filho próprio ou alheio, ocultando-lhe a filiação ou atribuindo-lhe outra, com o fim de prejudicar direito inerente ao estado civil:
Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa.
Sujeitos do crime:
Sujeito ativo: Crime comum, salvo na hipótese do filho ser próprio, onde apenas o pai ou a mãe incorrem no crime;
Sujeito passivo:
Estado;
Menor;
Conduta: Deixar (abandonar, desamparar) em asilo de expostos (asilo de crianças abandonadas) ou outra instituição de assistência, filho próprio ou alheio, ocultando-lhe a filiação o atribuindo outra, com o fim de prejudicar direito inerente ao estado civil; O abandono em outros locais, pode configurar o crime de abandono de incapaz ou exposição ou abandono de recém-nascidos;
Voluntariedade: Dolo de abandonar com o fim de prejudicar direito do neonato;
Consumação/Tentativa: Consuma-se com o abandono, seguido da ocultação da filiação ou atribuição de outra;
Admite-se tentativa;
Ação Penal: APPI
Abandono material
Art. 244. Deixar, sem justa causa, de prover a subsistência do cônjuge, ou de filho menor de 18 (dezoito) anos ou inapto para o trabalho, ou de ascendente inválido ou maior de 60 (sessenta) anos, não lhes proporcionando os recursos necessários ou faltando ao pagamento de pensão alimentícia judicialmente acordada, fixada ou majorada; deixar, sem justa causa, de socorrer descendente ou ascendente, gravemente enfermo:
Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos e multa, de uma a dez vezes o maior salário mínimo vigente no País. 
Parágrafo único - Nas mesmas penas incide quem, sendo solvente, frustra ou ilide, de qualquer modo, inclusive por abandono injustificado de emprego ou função, o pagamento de pensão alimentícia judicialmente acordada, fixada ou majorada. 
Sujeitos do crime:
Crime próprio:
Sujeito ativo: cônjuge, ascendente e descendente;
Sujeito passivo: cônjuge, filho menor de 18 anos ou inapto ao trabalho, ou ascendente inválido ou maior de 60 anos e ascendente ou descendente gravemente ferido;
Conduta:
*Deixar, sem justa causa, de prover a subsistência do cônjuge, filho menor de 18 anos ou inapto ao trabalho ou ascendente inválido ou maior de 60 anos, não lhe proporcionando recursos necessários;
Exige proposição prévia de ação de alimentos?
Filho maior que recusa a trabalhar porque os pais são ricos, é crime?
*Faltar ao pagamento de pensão alimentícia judicialmente acordada, fixada ou majorada:
Exige sentença fixando a pensão alimentícia?
*Deixar, sem justa causa, de socorrer descendente ou ascendente, gravemente enfermo;
E se a doença não for grave, há o crime?
E se a vítima morrer ou se lesionar gravemente?
*Parágrafo único:
Pune quem, sendo solvente, frustra o pagamento de pensão alimentícia acordada, fixada ou majorada;
Abrange apenas no caso de abandono do emprego ou função, vez que as demais formas já estão no caput do crime;
Voluntariedade: É o dolo de praticar as condutas típicas;
Pluralidade de vítimas, gera mais de um crime? 
Consumação/Tentativa:
*No primeiro caso, quando deixa de prover a subsistência;
*No segundo caso, com o a recusa do pagamento;
Há a necessidade da expedição de mandado de prisão pelo juízo cível?
No terceiro caso, consuma-se com a inação que gera o perigo;
Não admite tentativa;
Ação Penal: APPI
Entrega de filho menor a pessoa inidônea
Art. 245 - Entregar filho menor de 18 (dezoito) anos a pessoa em cuja companhia saiba ou deva saber que o menor fica moral ou materialmente em perigo:
Pena - detenção, de 1 (um) a 2 (dois) anos. 
§ 1º - A pena é de 1 (um) a 4 (quatro) anos de reclusão, se o agente pratica delito para obter lucro, ou se o menor é enviadopara o exterior.
§ 2º - Incorre, também, na pena do parágrafo anterior quem, embora excluído o perigo moral ou material, auxilia a efetivação de ato destinado ao envio de menor para o exterior, com o fito de obter lucro. 
Sujeitos do crime:
Crime próprio:
Sujeito ativo: Os pais;
Sujeito passivo: Os filhos;
Conduta: Entregar filho menor de 18 anos a pessoa que possa atingir materialmente ou moralmente o filho;
Perigo material: Provoca danos físicos;
Entrega ao um ébrio;
Perigo moral: Provoca danos psíquicos:
Entrega a uma meretriz;
Voluntariedade: Dolo de entregar o filho a pessoa inidônea;
Consumação/Tentativa: Consuma-se com o perigo efetivo;
Admite-se tentativa;
Qualificadoras:
*Se o crime é praticado para obter lucro;
*Se o menor é enviado ao exterior com o objetivo de lucro;
Revogado tacitamente pelo art. 239 da lei 8.069/90;
Ação Penal: APPI
Abandono intelectual
Art. 246 - Deixar, sem justa causa, de prover à instrução primária de filho em idade escolar:
Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou multa.
Sujeitos do crime:
Crime próprio:
Sujeito ativo: Os pais;
Sujeito passivo: Filhos de 4 a 17 anos; (Diretrizes da educação nacional)
Conduta: Deixar, sem justa causa, de prover a instrução primária do filho em idade escolar:
Pais que não estejam com o poder familiar, possuem a obrigação de prover a instrução primária ao filho? Não
Pais que não promovem a instrução do ensino superior incorrem no crime? Não
Pais que não matriculam seus filhos na escola, mas promovem a instrução primária, incorrem no crime? Depende, se não ocorrer realmente o ensino pode ocorrer, porém pode o promotor pode notificar os pais, sendo comprovado o ensino, não ocorrera crime.
Tutor e curador podem ser autores do crime? Não, pois estes não são pais.
Voluntariedade: Dolo de praticar a conduta típica;
Consumação/Tentativa: Crime se consuma com a omissão da instrução primária;
Não admite tentativa;
Ação Penal: APPI
Abandono Moral
Art. 247 - Permitir alguém que menor de dezoito anos, sujeito a seu poder ou confiado à sua guarda ou vigilância:
I - Frequente casa de jogo ou mal afamada, ou conviva com pessoa viciosa ou de má vida;
II - Frequente espetáculo capaz de pervertê-lo ou de ofender lhe o pudor, ou participe de representação de igual natureza;
III - resida ou trabalhe em casa de prostituição;
IV - Mendigue ou sirva a mendigo para excitar a comiseração pública:
Pena - detenção, de um a três meses, ou multa.
Sujeitos do crime:
Crime próprio:
Sujeito ativo: Pais, ou quem exerça poder, guarda a vigilância;
Sujeito passivo: Menor de 18 anos, submetido ao poder, guarda ou vigilância;
Conduta: Permitir que o menor de 18 anos frequente casa de jogo ou mal afamada, ou conviva com pessoa viciosa ou de má vida; Casas de jogos, prostíbulos; Ébrios, prostitutas, viciados etc;
Permitir que o menor de 18 anos frequente espetáculo capaz de pervertê-lo ou de ofender lhe o pudor, ou participe de representação de igual natureza; Espetáculos que possam corromper o caráter do menor; Obscenos, violentos...
Permitir que menor de 18 anos resida ou trabalhe em casa de prostituição; veda-se a presença; vítima não se prostitui;
Permitir que o menor de 18 anos mendigue ou sirva a mendigo para excitar a comiseração pública: Para fomentar o sentimento de piedade nas pessoas;
Voluntariedade: Dolo de permitir a prática das condutas típicas;
Consumação/Tentativa: Permitir que o menor de 18 anos frequente casa de jogo ou mal afamada, ou conviva com pessoa viciosa ou de má vida;
Frequentar e conviver: Ideia de intimidade, ou seja, não basta um encontro; não admite tentativa;
Permitir que o menor de 18 anos frequente espetáculo capaz de pervertê-lo ou de ofender lhe o pudor, ou participe de representação de igual natureza;
Frequentar: Ideia de reiteração de atos; Não admite tentativa;
Participar: Ideia de um único ato; Admite tentativa;
Permitir que menor de 18 anos resida ou trabalhe em casa de prostituição; Não exige reiteração de atos; Admite tentativa;
Permitir que o menor de 18 anos mendigue ou sirva a mendigo para excitar a comiseração pública: Não exige reiteração de atos; Admite tentativa;
Ação Penal: APPI
Induzimento a fuga, entrega arbitrária ou sonegação de incapazes
Art. 248 - Induzir menor de dezoito anos, ou interdito, a fugir do lugar em que se acha por determinação de quem sobre ele exerce autoridade, em virtude de lei ou de ordem judicial; confiar a outrem sem ordem dos pais, do tutor ou do curador algum menor de dezoito anos ou interdito, ou deixar, sem justa causa, de entregá-lo a quem legitimamente o reclame:
Pena - detenção, de um mês a um ano, ou multa.
Sujeitos do crime:
Crime comum:
Sujeito ativo: Qualquer pessoa;
Sujeito passivo: Pais, tutor, curador e o menor de 18 anos ou interdito;
Conduta: Induzir menor de dezoito anos, ou interdito, a fugir do lugar em que se acha por determinação de quem sobre ele exerce autoridade, em virtude de lei ou de ordem judicial:
O agente desperta na ideia da vítima fugir do local que se encontre: Ex: Induz a fugir do estabelecimento onde está, do hospital, etc...
confiar a outrem sem ordem do pai, do tutor ou do curador algum menor de dezoito anos ou interdito:
O agente tem a vítima sob sua responsabilidade e a entrega a terceiro sem autorização dos pais, tutor ou curador;
Ex: Professora que entrega filho na escola a terceiro não autorizado;
O terceiro que recebe o menor pratica crime?
Se desconhecia que a entrega era não autorizada e se recusa a restituir a vítima: Art. 248 CP última parte
Se conhecia que a entrega era não autorizada responderá como coautor;
* deixar, sem justa causa, de entregá-lo a quem legitimamente o reclame:
A posse irregular era desconhecida e ele se recusa a entregar, sem justa causa.
Ex: Não vou entregar porque não restou provado ser os pais, tutor ou curador, há o crime?
Voluntariedade: Dolo de praticar as condutas típicas:
Consumação/Tentativa:
*Na primeira figura típica:
Com a efetiva fuga da vítima, não bastando a indução;
Admite tentativa;
*Na segunda figura típica:
Com a efetiva entrega da vítima ao terceiro;
Admite tentativa;
*Na terceira figura típica:
No momento da recusa em entregar a vítima;
Não admite tentativa;
Ação Penal: APPI
Subtração de incapazes
Art. 249 - Subtrair menor de dezoito anos ou interdito ao poder de quem o tem sob sua guarda em virtude de lei ou de ordem judicial:
Pena - detenção, de dois meses a dois anos, se o fato não constitui elemento de outro crime.
§ 1º - O fato de ser o agente pai ou tutor do menor ou curador do interdito não o exime de pena, se destituído ou temporariamente privado do pátrio poder, tutela, curatela ou guarda.
§ 2º - No caso de restituição do menor ou do interdito, se este não sofreu maus-tratos ou privações, o juiz pode deixar de aplicar pena.
Sujeitos do crime:
Crime comum:
Sujeito ativo: Qualquer pessoa;
Sujeito passivo: quem tem o incapaz sob sua guarda em virtude de lei ou ordem judicial;
Conduta: Pune a retirada da vítima da companhia dos pais, tutor ou curador a quem a lei ou juiz confiou;
Se a retirada tiver uma finalidade específica, o crime será outro;
Ex: se retira a vítima com o fim de sequestrá-la, o crime será de sequestro;
Voluntariedade: Dolo de praticar a conduta típica;
Consumação/Tentativa:
Consuma-se coma retirada da vítima;
Crime permanente;
Admite a tentativa;
Ação Penal: APPI
No caso do §2º, pode o juiz conceder perdão judicial;
A restituição do menor deve ser espontânea ou voluntária;
É direito do réu obter o perdão judicial?
Incêndio
Art. 250 - Causar incêndio, expondo a perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio de
outrem:
Pena - reclusão, de três a seis anos, e multa.
Aumento de pena
§ 1º - As penas aumentam-se de um terço:
I - se o crime é cometido com intuito de obter vantagem pecuniária em proveito próprio ou alheio;
II - se o incêndio é:
em casa habitada ou destinada a habitação;
em edifício público ou destinado a uso público ou a obra de assistência social ou de cultura;
em embarcação, aeronave, comboio ou veículo de transporte coletivo;
em estação ferroviária ou aeródromo;em estaleiro, fábrica ou oficina;
em depósito de explosivo, combustível ou inflamável;
em poço petrolífico ou galeria de mineração;
em lavoura, pastagem, mata ou floresta.
Incêndio culposo
§ 2º - Se culposo o incêndio, é pena de detenção, de seis meses a dois anos.
Sujeitos do crime:
Ativo: Qualquer pessoa;
Passivo: Estado e os atingidos;
Conduta: Pune quem causa o incêndio, expondo a perigo a vida, a integridade física ou patrimônio de outrem;
Caso o incêndio não exponha a perigo, o crime deve ser desclassificado para outros delitos, como por exemplo o crime de dano.
Praticado por ação ou omissão:
Ação – o agente provoca o incêndio desde o início com a intenção de expor a perigo a vida, integridade física ou o patrimônio de outrem;
Omissão – o fogo inicia por um descuido e o agente não faz nada para impedir sua propagação e a consequente exposição de perigo da vida, integridade física ou patrimônio de outrem;
Voluntariedade:
É o dolo de causa o incêndio, sabendo do perigo que ele pode ocasionar;
Consumação/Tentativa:
Consuma-se quando o fogo se propala,	causando a exposição do perigo;
Admite-se a tentativa:
Ex: Iniciado o fogo ele não se propala ou alguém o apaga contra a vontade do agente;
Majorantes:
Art. 250, §1º CP.
Ação Penal: APPI
Princípio da especialidade:
Incêndio por desconformismo político ou para obtenção de fundos destinados a organizações políticas clandestinas ou subversivas: Art. 20 lei 7.170;
Incêndio em mata ou florestas: Art. 41 da lei 9.605
Epidemia – Artigo 267 CP
Causar Epidemia, mediante propagação de germes patogênicos:
Reclusão de 10 a 15 anos;
Sujeitos: Crime comum, sendo a vítima a coletividade;
Conduta: Visa punir aquele que difundi, dissemina doença transitória que ataca simultaneamente número indeterminado de pessoas em certo período de tempo
Praticado mediante dolo de propagar germes patogênicos com o fim de causar epidemia.
Consumação: Consuma-se com a epidemia, admitindo-se a tentativa.
Majorantes de pena: se resulta morte
Forma	culposa: Causa	epidemia mediante culpa, a pena será reduzida.
Infração de medida sanitária preventiva
Art. 268 - Infringir determinação do poder público, destinada a impedir introdução ou propagação de doença contagiosa:
Pena - detenção, de um mês a um ano, e multa.
Parágrafo único - A pena é aumentada de um terço, se o agente é funcionário da saúde pública ou exerce a profissão de médico, farmacêutico, dentista ou enfermeiro.
Sujeito: Crime comum
Conduta: Pune aquele que desrespeita determinação do poder público destinada a impedir a introdução ou propagação de doença contagiosa; Crime praticado mediante dolo;
Consuma-se com a violação da determinação, admitindo-se a tentativa.
Incitação ao crime
Art. 286 - Incitar, publicamente, a prática de crime:
Pena - detenção, de três a seis meses, ou multa.
Sujeitos do crime:
Ativo: Qualquer pessoa;
Passivo: Coletividade;
Conduta: Induzir, estimular a prática de crime;
Incitação de contravenção penal é crime?
A incitação deve ser realizada publicamente, atingindo	número indeterminado de pessoas;
A incitação deve apontar o crime a ser praticado;
Voluntariedade: Dolo
Consumação/Tentativa:
Consuma-se com a mera incitação ao crime, ainda que	ele não	seja praticado;
Admite-se tentativa, desde que a incitação não seja oral;
Ação Penal: APPI
Apologia de crime ou criminoso
Art. 287 - Fazer, publicamente, apologia de fato criminoso ou de autor de crime:
Pena - detenção, de três a seis meses, ou multa.
Sujeitos do crime:
Ativo: Qualquer pessoa, salvo quem possui imunidade absoluta;
Passivo: Coletividade;
Conduta: Exaltar, elogiar, publicamente, fato criminoso ou autor de crime;
Apologia a contravenção penal é crime?
Apologia de crime culposo é crime?
A apologia deve referir a fato passado, pois para fatos futuros o crime é de incitação;
Apologia a agente de crime que ainda não foi condenado com sentença transitada em julgado é crime? Não
Voluntariedade: Dolo
STF na ADPF 187 entendeu não ser crime a manifestação em favor da legalização maconha;
Consumação/Tentativa:
Consuma-se com a mera apologia, ainda que não haja perturbação da ordem pública;
Admite-se tentativa, desde que a apologia não seja oral;
Ação Penal: APPI
Associação Criminosa
Art. 288. Associarem-se 3 (três) ou mais pessoas, para o fim específico de cometer crimes: Pena - reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos.
Parágrafo único. A pena aumenta-se até a metade se a associação é armada ou se houver a participação de criança ou adolescente.
Sujeitos do crime:
Ativo: Crime coletivo, exigindo no mínimo três autores;
Computa-se criança ou pessoa não identificada? Sim 
Passivo: Coletividade;
Conduta: Pune a associação de três ou mais pessoas para o fim de praticar crimes:
A associação deve ser sólida na estrutura e no tempo;
Agente pertencente a mais de uma associação pratica vários crimes ou apenas um? Mais de um
Associação para a prática de contravenção penal é crime? Não, pois a lei que a finalidade da associação é a realição de CRIMES.
Associação para a prática de apenas um crime? Não, o art diz crimeS
Caso a associação não pratique	os crimes, ainda sim subsiste o crime de associação criminosa?
Integrantes da associação que permanecem associado para a prática de novos crimes, incorre novamente no crime de associação criminosa?
Voluntariedade: Dolo
Consumação/Tentativa:
Consuma-se quando os associados manifestam a vontade de cometer os crimes;
Quantos aos integrantes que se associarem posteriormente, o crime se consuma com a sua integração aos demais associados;
Não admite tentativa, pois se trata de crime permanente;
Qualificadora, majorante e minorante de pena:
Majorante: Pena aumenta da metade se a associação for armada; Basta que um integrante esteja armado;
Qualificadora: Art. 8º lei 8.072/90: A pena será de 3 a 6 anos se a associação criminosa visar a prática de crimes hediondos;
Minorante: A pena é reduzida no caso de delação premiada;
Ação Penal: APPI
Constituição de milícia privada
Art. 288-A. Constituir, organizar, integrar, manter ou custear organização paramilitar, milícia particular, grupo ou esquadrão com a finalidade de praticar qualquer dos crimes previstos neste Código:
Pena - reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos.
Sujeitos do crime:
Ativo: Qualquer pessoa, tratando-se de crime coletivo;
Deve ser formada por quantas pessoas?
1ªC – Três ou mais, nos termos do art. 288 CP;
2ªC – No mínimo quatro, nos termo da lei de organização criminosa;
Passivo: Coletividade
Conduta:
Pune as seguintes condutas relacionadas às organizações paramilitar, milícia particular e grupo ou esquadrão de extermínio com a finalidade de praticar crimes:
Constituir: compor o grupo criminoso;
Organizar: encontrar a melhor forma de agir;
Integrar: fazer parte do grupo criminoso;
Manter ou custear: sustentar o grupo criminoso;
Definição de cada associação estampada no tipo penal:
Organização paramilitar: são associações com estrutura semelhante à militar;
Milícia particular: grupo de pessoas com a finalidade de oferecer segurança, mas mediante coação, violência ou grave ameaça;
Grupo ou esquadrão de extermínio: Reunião de matadores, justiceiros que atuam em face da ausência do pode público;
Voluntariedade: Dolo de praticar crimes;
Consumação/Tentativa:
Mesmas observações do crime	de associação criminosa;
Ação Penal: APPI
Dos Crimes Contra a Fé Pública
Moeda Falsa
Art. 289 - Falsificar, fabricando-a ou alterando-a, moeda metálica ou papel-moeda de curso legal no país ou no estrangeiro:
Pena - reclusão, de três a doze anos, e multa.
§ 1º - Nas mesmas penas incorre quem, por conta própria ou alheia, importa ou exporta, adquire, vende, troca, cede, empresta, guarda ou introduz na circulação moeda falsa.
§ 2º - Quem, tendo recebido de boa-fé, como verdadeira, moeda falsa ou alterada, a restitui à circulação, depois de conhecer a falsidade, é punido com detenção, de seis meses a dois anos, e multa.
§ 3º - É punido com reclusão, de três a quinze anos, e multa, o funcionário público ou diretor, gerente, ou fiscal de banco de emissão que fabrica, emite ou autoriza a fabricaçãoou emissão:
I - de moeda com título ou peso inferior ao determinado em lei;
II - de papel-moeda em quantidade superior à autorizada.
§ 4º - Nas mesmas penas incorre quem desvia e faz circular moeda, cuja circulação não estava ainda autorizada.
Sujeitos do crime:
Ativo: Crime comum;
Passivo: Coletividade e a pessoa eventualmente lesada;
Conduta: Falsificar (dar aparência de legalidade) papel moeda ou moeda metálica, fabricando ou alterando verdadeira;
A falsificação que não implica em alterar o valor da moeda para mais configura o crime? Não há crime de moeda falsa
A falsificação grosseira configura o crime? Sim, crime de estelionato 
Voluntariedade: Dolo de falsificar a moeda;
Consumação/Tentativa: Consuma com a falsificação; Admite a tentativa;
Forma equiparada: Quem importa, exporta, adquiri, vende, troca, cede, empresta, guarda ou introduz em circulação moeda falsa, responde pelo crime;
Quem falsifica e pratica algum desses verbos pratica dois crimes, o do caput e do §1º? So responde pelo caput 
Privilégio: Quem recebe moeda falsa de boa fé e sabendo de tal fato a reintroduz à circulação;
Pena de 6 meses a 2 anos
Crime se consuma quando o agente a coloca em circulação novamente;
Quem recebe a moeda sabendo ser falsa responde por qual crime? Não, somente se reintroduzir 
Falsificação funcional: Funcionário público, diretor, gerente ou fiscal do banco de emissão de nota que emite ou autoriza a fabricação ou emissão:
De moeda com título ou peso inferior ao determinado por lei;
De papel moeda em quantidade superior à autorizada;
Abrange a moeda metálica? Não
Desvio e circulação antecipada: Pune quem desvia e faz circular moeda que ainda não estava autorizada 
Ação Penal: APPI
Crimes assimilados ao de moeda falsa
Art. 290 - Formar cédula, nota ou bilhete representativo de moeda com fragmentos de cédulas, notas ou bilhetes verdadeiros; suprimir, em nota, cédula ou bilhete recolhidos, para o fim de restituí-los à circulação, sinal indicativo de sua inutilização; restituir à circulação cédula, nota ou bilhete em tais condições, ou já recolhidos para o fim de inutilização:
Pena - reclusão, de dois a oito anos, e multa.
Parágrafo único - O máximo da reclusão é elevado a doze anos e multa, se o crime é cometido por funcionário que trabalha na repartição onde o dinheiro se achava recolhido, ou nela tem fácil ingresso, em razão do cargo
Sujeitos do crime:
Ativo: Crime comum;
Passivo: Coletividade e a pessoa eventualmente lesada;
Conduta: Pune quem forma: Forma cédula, nota ou bilhete representativo de moeda com fragmentos de cédulas, notas ou bilhetes verdadeiros;
Suprimi, em nota, cédula ou bilhete recolhido, com o fim de reintroduzi-los à circulação;
Restitui à circulação cédula, nota ou bilhete em tais condições, ou seja os já recolhidos ou os feitos à partir de fragmentos dos verdadeiros;
Abrange à moeda metálica?
Quem praticou as duas condutas e posteriormente as colocam em circulação responde por duas vezes pelo crime? Não
A formação ou supressão deve ser capaz de iludir para configurar o crime? Sim, pois do contrario seria estelionato
Voluntariedade: Dolo;
Consumação/Tentativa: Consuma com a formação, supressão ou circulação da moeda, nota ou bilhete; Admite a tentativa;
Ação Penal: APPI
Petrechos para falsificação de moeda
Art. 291 - Fabricar, adquirir, fornecer, a título oneroso ou gratuito, possuir ou guardar maquinismo, aparelho, instrumento ou qualquer objeto especialmente destinado à falsificação de moeda:
Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa.
Sujeitos do crime:
Ativo: Crime comum;
Passivo: Estado;
Conduta: Pune quem fabrica, adquire, fornece, a título oneroso ou gratuito, possui ou guarda máquina, aparelho ou instrumento ou qualquer objeto como fim de fabricar moeda;
Quem pratica o referido crime e fabrica a moeda falsa responde pelos crimes do artigo 289 e 291? Somente pelo 289
E se os aparelhos fabricam moeda verdadeira, há o crime? Sim, pois não há autorização da fabricação
Voluntariedade: Dolo;
Consumação/Tentativa: Consuma com a fabricação, aquisição, fornecimento, a posse ou mera guarda da máquina, aparelho ou instrumento destinado a fabricar moeda; Admite a tentativa;
Ação Penal: APPI
Falsificação de documento público
Art. 297 - Falsificar, no todo ou em parte, documento público, ou alterar documento público verdadeiro:
Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa.
§ 1º - Se o agente é funcionário público, e comete o crime prevalecendo-se do cargo, aumenta-se a pena de sexta parte.
§ 2º - Para os efeitos penais, equiparam-se a documento público o emanado de entidade paraestatal, o título ao portador ou transmissível por endosso, as ações de sociedade comercial, os livros mercantis e o testamento particular.
§ 3o Nas mesmas penas incorre quem insere ou faz inserir: (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
I – na folha de pagamento ou em documento de informações que seja destinado a fazer prova perante a previdência social, pessoa que não possua a qualidade de segurado obrigatório;(Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
II – na Carteira de Trabalho e Previdência Social do empregado ou em documento que deva produzir efeito perante a previdência social, declaração falsa ou diversa da que deveria ter sido escrita; (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
III – em documento contábil ou em qualquer outro documento relacionado com as obrigações da empresa perante a previdência social, declaração falsa ou diversa da que deveria ter constado. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
 § 4o Nas mesmas penas incorre quem omite, nos documentos mencionados no § 3o, nome do segurado e seus dados pessoais, a remuneração, a vigência do contrato de trabalho ou de prestação de serviços.(Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
FALSIFICAÇÃO DE DOCUMENTO PÚBLICO – artigo 297 CP
Infração de grande potencial ofensivo – pena reclusão de 2 a 6 anos
Objeto jurídico: fé pública relativa à autenticidade dos documentos públicos
Objeto material: é o documento público
O que é documento público? Peça escrita, que condensa graficamente o pensamento de alguém, podendo provar um fato ou realização de algum ato dotado de relevância jurídica. Formal e materialmente público. Emanado por agente público e seu conteúdo diz respeito a questões de interesse público – EX: denúncia; processo, CNH, CRLV
Formalmente público e materialmente privado
EX: atos praticados por tabelião – Escritura publica.
OBS: Falsificação grosseira - pode caracterizar estelionato – provado por perícia
Cópias autenticadas podem ser objeto material do crime?
Para Cezar Roberto Bitencourt – Não, pois cópias não são documentos públicos
Para Rogério Sanches – Sim, pois foram autenticadas por agente público
Estelionato e falsidade documental – usa o documento falsificado para praticar estelionato
Responde por ambos em concurso material?
Súmula 17 STJ – Quando o falso se exaure no estelionato, é por este absorvido.
Ex: Falsifica um cheque e compra um objeto com ele – o cheque se exauriu, não posso usá-lo novamente – SO RESPONDE PELO ESTELIONATO
Documentos públicos por equiparação – artigo 297 parágrafo segundo
Documento emanado de paraestatal – sesi, senai, sesc
Título ao portador ou transmissível por endosso – títulos de crédito
Ações de sociedades empresariais
Livros empresariais
Testamento particular
Núcleo do tipo: Falsificar – imitar, reproduzir ou modificar
No todo (cria um documento) ou em parte (aproveita de espaços em branco para acrescentar dados falsos)
Alterar –modificar o verdadeiro – substituindo ou alterando dizeres
OBS: Substituição de foto em doc. Público configura qual crime?
1 – Falsa identidade – artigo 307, pois o documento permanece autêntico;
2 – Artigo 297, pois a fotografia é parte do documento – PREVALECE
Sujeito ativo: Crime comum
Aumenta a pena da sexta parte se praticado por funcionário público prevalecendo de sua função
Sujeito passivo: Estado e terceiro eventualmente prejudicado
Tipo subjetivo: Dolo 
Consumação: Crime formal e admite tentativa
Falsificação de documento particular  
Art. 298 - Falsificar, no todo ou em parte, documentoparticular ou alterar documento particular verdadeiro:
Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa.
Falsificação de cartão
Parágrafo único.  Para fins do disposto no caput, equipara-se a documento particular o cartão de crédito ou débito.        
Infração de médio potencial ofensivo – pena reclusão de 1 a 5 anos
Objeto jurídico: fé pública relativa à autenticidade dos documentos particulares
Objeto material: é o documento particular
O que é documento público? 
Peça escrita, que condensa graficamente o pensamento de alguém, excluídos os documentos públicos.
Núcleo do tipo: 
Falsificar – imitar, reproduzir ou modificar
 No todo (cria um documento) ou em parte (aproveita de espaços em branco para acrescentar dados falsos)
Alterar –modificar o verdadeiro – substituindo ou alterando dizeres
Sujeito ativo: Crime comum
Sujeito passivo: Estado e terceiro eventualmente prejudicado
Tipo subjetivo: Dolo 
Consumação: Crime formal e admite tentativa
Falsidade ideológica
Art. 299 - Omitir, em documento público ou particular, declaração que dele devia constar, ou nele inserir ou fazer inserir declaração falsa ou diversa da que devia ser escrita, com o fim de prejudicar direito, criar obrigação ou alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante:
Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa, se o documento é público, e reclusão de um a três anos, e multa, de quinhentos mil réis a cinco contos de réis, se o documento é particular.
Parágrafo único - Se o agente é funcionário público, e comete o crime prevalecendo-se do cargo, ou se a falsificação ou alteração é de assentamento de registro civil, aumenta-se a pena de sexta parte.
Pena 1 a 5 se for doc. Público
Pena 1 a 3 se for doc. Particular
Objeto jurídico: fé pública relativa ao CONTEÚDO do documento (artigo 297 e 298 é quanto a forma)
Objeto material: é o documento particular e público
Núcleo do tipo: 
1 - Omitir declaração que devia constar, com o fim de prejudicar direito, criar obrigação ou alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante – DEIXAR DE INSERIR A INFORMAÇÃO
EX: Em um contrato de compra e venda, recebe o valor, e deixa de inserir a existência de uma hipoteca incidente sobre o imóvel
2 – Inserir ou fazer inserir declaração falsa ou diversa da que devia ser escrita, com o fim de prejudicar direito, criar obrigação ou alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante
EX: Visando ser aprovado em processo seletivo, declara falsamente em seu currículo título de doutorado
Sujeito ativo: Crime comum	
Sujeito passivo: Estado e terceiro eventualmente prejudicado
Tipo subjetivo: Dolo 
Consumação: Crime formal e admite tentativa
OBS:
Falsidade ideológica para fins eleitorais – 350 do Código Eleitoral – lei 4737/65
Falsidade ideológica para fins de reduzir tributos – Artigo 1, I e II da lei 8137/90
Majorante de pena: Pena aumenta da sexta parte se praticado por funcionário público prevalecendo do cargo ou se a alteração é de assentamento de registro civil
Falso reconhecimento de firma ou letra
Art. 300 - Reconhecer, como verdadeira, no exercício de função pública, firma ou letra que o não seja:
Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa, se o documento é público; e de um a três anos, e multa, se o documento é particular.
Sujeitos do crime:
Ativo: Crime próprio, apenas por quem exerce função pública com poderes para reconhecer firma ou letra.
Passivo: Estado.
Conduta: Atestar como verdadeira, firma ou letra falsa.
Voluntariedade: Praticado mediante dolo.
Consumação/Tentativa: Consuma-se no momento em que o reconhecimento falso é atestado.
Admite-se tentativa.
Ação Penal: APPI
Certidão ou atestado ideologicamente falso
Art. 301 - Atestar ou certificar falsamente, em razão de função pública, fato ou circunstância que habilite alguém a obter cargo público, isenção de ônus ou de serviço de caráter público, ou qualquer outra vantagem:
Pena - detenção, de dois meses a um ano.
Falsidade material de atestado ou certidão
§ 1º - Falsificar, no todo ou em parte, atestado ou certidão, ou alterar o teor de certidão ou de atestado verdadeiro, para prova de fato ou circunstância que habilite alguém a obter cargo público, isenção de ônus ou de serviço de caráter público, ou qualquer outra vantagem:
Pena - detenção, de três meses a dois anos.
§ 2º - Se o crime é praticado com o fim de lucro, aplica-se, além da pena privativa de liberdade, a de multa.
Sujeitos do crime:
Ativo: Crime próprio: Somente pode ser praticado por quem exerce função pública;
Passivo: Estado;
Conduta: Pune o funcionário público que atesta (afirma oficialmente) ou certifica (afirma a certeza) falsamente fato ou circunstância que habilite alguém a obter cargo público, isenção de ônus ou de serviço de caráter público, ou qualquer outra vantagem.
Voluntariedade: Praticado mediante dolo;
Consumação/Tentativa: Admite-se a tentativa;
Art. 301 §1º
Pune quem falsifica, no todo ou em parte, atestado ou certidão, ou altera o teor de certidão ou de atestado verdadeiro, com o fim de provar fato ou circunstância que habilite alguém a obter cargo público, isenção de ônus ou de serviço de caráter público, ou qualquer outra vantagem.
Crime comum;
Ação Penal: APPI
Falsidade de atestado médico
Art. 302 - Dar o médico, no exercício da sua profissão, atestado falso:
Pena - detenção, de um mês a um ano.
Parágrafo único - Se o crime é cometido com o fim de lucro, aplica-se também multa.
Sujeitos do crime:
Ativo: Crime próprio: Praticado apenas pelo médico, no exercício de suas funções;
Qual crime pratica o dentista que concede atestado falso?
299, falsidade ideológica 
Passivo: Estado;
Conduta: Dar o médico no exercício de sua profissão, atestado falso.
A opinião emitida pelo médico, ainda que equivocada, configura o crime?
Não
Voluntariedade: Crime praticado mediante dolo;
Se o crime for praticado com o fim de lucro, aplica-se também a multa;
Consumação/Tentativa: Consuma-se no momento em que o médico fornece o atestado ao beneficiário;
Admite-se a tentativa;
Ação Penal: APPI
Reprodução ou adulteração de selo ou peça filatélica
Art. 303 - Reproduzir ou alterar selo ou peça filatélica que tenha valor para coleção, salvo quando a reprodução ou a alteração está visivelmente anotada na face ou no verso do selo ou peça:
Pena - detenção, de um a três anos, e multa.
Parágrafo único - Na mesma pena incorre quem, para fins de comércio, faz uso do selo ou peça filatélica.
Sujeitos do crime:
Ativo: Crime comum;
Passivo: Estado;
Conduta: Reproduzir (imitar ou repetir) ou alterar (modificar) selo ou peça filatélica que tenha valor para coleção, salvo quando a reprodução ou alteração estiver anotada de forma visível no verso do selo ou da peça.
Selo: estampilha postal;
Peça filatélica: Documentos e objetos relacionados a coleção;
Pune-se também quem faz uso comercial do selo ou da peça;
Voluntariedade: Pune-se a conduta dolosa;
Consumação/Tentativa: Consuma-se no momento da contrafação ou alteração, ainda que o selo ou a peça não seja colocada em circulação;
Ação Penal: APPI
Uso de documento falso
Art. 304 - Fazer uso de qualquer dos papéis falsificados ou alterados, a que se referem os arts. 297 a 302:
Pena - a cominada à falsificação ou à alteração.
Sujeitos do crime:
Ativo: Crime comum;
Voluntariedade: É o dolo de fazer uso dos documentos falsificados;
Consumação/Tentativa: Consuma-se no momento em que o agente utiliza do documento, independente de ter tirado proveito do mesmo;
Agente público que aborda e exige a apresentação do documento, que é falso:
Ação Penal: APPI
Passivo: Estado;
Conduta: Trata-se de norma penal em branco homogênea homovitelínea e norma penal em branco inversa;
Pune quem faz uso dos documentos falsos descritos nos artigos 297 a 302 do CP;
Supressão de documento
Art. 305 - Destruir, suprimir ou ocultar, em benefício próprio ou de outrem, ou em prejuízo alheio, documento público ou particular verdadeiro, de que não podia dispor:
Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa, se o documento é público, e reclusão, de um a cinco anos, e multa, se o documento é particular.
Sujeitos do crime:
Ativo: Crimecomum;
Passivo: Estado;
Conduta: Pune quem destrói, suprime ou oculta em benefício próprio ou de outrem, ou em prejuízo alheio, documento público ou particular verdadeiro que não podia dele dispor;
Se o documento for falso, há o crime?
Podendo dispor do documento, há o crime?
Se o documento for passível de substituição há o crime?
Voluntariedade: Praticado mediante dolo;
Consumação/Tentativa: Se da pela destruição, supressão ou ocultação, ainda que a finalidade visada não seja alcançada;
Na modalidade ocultar é crime permanente;
Admite-se a tentativa;
Ação penal: APPI
Falsa identidade
Art. 307 - Atribuir-se ou atribuir a terceiro falsa identidade para obter vantagem, em proveito próprio ou alheio, ou para causar dano a outrem:
Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa, se o fato não constitui elemento de crime mais grave.
Sujeitos do crime:
Ativo: Crime comum;
Passivo: Estado;
Conduta: Imputar para si ou imputar a terceiro falsa identidade para obter vantagem e proveito próprio ou alheio ou para causar dano a outrem;
Quem se cala e não fornece a sua identidade pratica o crime? Não, pode eventualmente reponder por desobendiencia 
Atribuir-se falsa identidade para afastar a responsabilidade de crime praticado:
Nucci: fato atipico
STF/STJ: crime 
Quem atribui falsa identidade com o fim de praticar crime mais grave responde por qual delito?
Quem finge ser funcionário público responde por qual crime? Art 45 da cp
Voluntariedade: Dolo com o fim de obter vantagem em proveito próprio ou alheio ou para causar dano a outrem;
Consumação/Tentativa: No momento em que o agente atribui para si ou para outrem a falsa identidade;
Ação Penal: APPI
Art. 308 - Usar, como próprio, passaporte, título de eleitor, caderneta de reservista ou qualquer documento de identidade alheia ou ceder a outrem, para que dele se utilize, documento dessa natureza, próprio ou de terceiro:
Pena - detenção, de quatro meses a dois anos, e multa, se o fato não constitui elemento de crime mais grave.
Sujeitos do crime:
Ativo: Comum;
Passivo: Estado;
Conduta: Usar como próprio Passaporte,Título de Eleitor,Caderneta de reservista ou qualquer documento de identidade ou ceder a outrem para que dele se utilize, documento dessa natureza, próprio ou de terceiro;
O documento deve ser verdadeiro ou pode ser falso? 
Voluntariedade: Dolo geral;
Consumação/Tentativa:
Usar: Quando o agente utiliza o documento; não admite tentativa;
Ceder: Quando o agente transmite o documento;
Admite tentativa;
Obs: E se o documento for falso? Norma subsidiária.
Ação Penal: APPI
Fraude de lei sobre estrangeiro
Art. 309 - Usar o estrangeiro, para entrar ou permanecer no território nacional, nome que não é o seu:
Pena - detenção, de um a três anos, e multa.
Parágrafo único - Atribuir a estrangeiro falsa qualidade para promover-lhe a entrada em território nacional:
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.
Sujeitos do crime:
Ativo: Próprio – Apenas o estrangeiro;
O apátrida pode praticar o crime? pode
Passivo: Estado;
Conduta: O estrangeiro utiliza nome que não é seu para entrar ou permanecer no Brasil;
Qual crime pratica o estrangeiro que utiliza nome que não é seu para outros fins, que não seja entrar ou permanecer no Brasil? 307
O documento deve ser verdadeiro ou pode ser falso? pode
Estrangeiro que utiliza estado civil falso para ingressar ou permanecer no Brasil incorre no crime? Não 299
Voluntariedade: Dolo de usar nome falso para ingressar ou permanecer no Brasil;
Consumação/Tentativa: Consuma-se quando o nome falso é utilizado, independentemente do sucesso de sua entrada ou permanência no Brasil
Não admite tentativa;
Parágrafo único: Atribuir a estrangeiro falsa qualidade para promover-lhe a entrada em território nacional.
Crime é comum;
O objetivo é punir quem atribui ao estrangeiro a falsa qualidade;
Não se restringe apenas ao nome falso;
A conduta pune apenas o dolo de ingressar no Brasil e não a permanência;
Quem atribui qualidade falsa para estrangeiro permanecer no Brasil incorre em qual crime?
Consuma-se no momento em que ocorre a falsa atribuição da qualidade;
Não admite tentativa;
Ação Penal: APPI
Art. 310 - Prestar-se a figurar como proprietário ou possuidor de ação, título ou valor pertencente a estrangeiro, nos casos em que a este é vedada por lei a propriedade ou a posse de tais bens:
Pena - detenção, de seis meses a três anos, e multa.
Visa proteger a fé pública e a segurança nacional;
Existem atividades que são vedadas a serem desempenhadas por estrangeiros no Brasil;
Exploração de jazidas; Serviços jornalísticos;
Pune o nacional que atua como “laranja” do estrangeiro, figurando como se proprietário fosse do empreendimento, cuja atividade é vedada ao estrangeiro;
Sujeito: 
Ativo: Apenas o brasileiro;
Passivo: Estado
Crime praticado mediante dolo, se consumando quando o autor se assume proprietário;
Adulteração de sinal identificador de veículo automotor 
 Art. 311 - Adulterar ou remarcar número de chassi ou qualquer sinal identificador de veículo automotor, de seu componente ou equipamento:
Pena - reclusão, de três a seis anos, e multa. 
§ 1º - Se o agente comete o crime no exercício da função pública ou em razão dela, a pena é aumentada de um terço.    
§ 2º - Incorre nas mesmas penas o funcionário público que contribui para o licenciamento ou registro do veículo remarcado ou adulterado, fornecendo indevidamente material ou informação oficial.
Sujeitos do crime:
Ativo: Crime comum;
Passivo: Estado;
Conduta: Pune quem adultera (modifica) ou remarca (marca novamente) número de chassi o qualquer outro sinal identificador de veículo automotor, de seu componente ou equipamento.
Quem recebe o veículo adulterado ou remarcado sabendo de tais fatos responde por qual crime? recptação
A da placa com fita adesiva é crime?
Damásio de Jesus: não
Nucci: sim, mas se for grosseira o crime é de estelionato 
STJ: sim crime art 311
Substituição da placa de um veículo pela de outro é crime?
STJ: sim crime art 311raspagem do chassi é crime? não
Alteração
Voluntariedade: Dolo
Consumação/Tentativa:
Consuma-se com a adulteração ou remarcação;
Admite-se a tentativa;
Forma equiparada: Pune o funcionário público que contribui para o licenciamento do registro do veículo remarcado ou adulterado, fornecendo indevidamente material ou informação oficial;
Crime próprio; Dolo; Consuma-se no momento em que se da o licenciamento;
Ação Penal: APPI
Fraudes em certames de interesse público  
Art. 311-A.  Utilizar ou divulgar, indevidamente, com o fim de beneficiar a si ou a outrem, ou de comprometer a credibilidade do certame, conteúdo sigiloso de:   
I - concurso público;
II - avaliação ou exame públicos;   
III - processo seletivo para ingresso no ensino superior; ou
IV - exame ou processo seletivo previstos em lei:
Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.
§ 1º Nas mesmas penas incorre quem permite ou facilita, por qualquer meio, o acesso de pessoas não autorizadas às informações mencionadas no caput.   
§ 2º Se da ação ou omissão resulta dano à administração pública:
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e multa.  
§ 3º Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) se o fato é cometido por funcionário público.  
Sujeitos do crime:
Ativo: Comum;
Se funcionário público, valendo de sua condição de servidor, a pena aumenta de 1/3;
Passivo: Estado;
Conduta: Pune quem utiliza (emprega/aplica) ou divulga (torna público), indevidamente, com o fim de beneficiar a si ou a outrem, ou de comprometer a credibilidade do certame, conteúdo sigiloso de:
Concurso público;
· Avaliação ou exame públicos;
· Processo seletivo para ingresso no ensino superior;
· Exame ou processo seletivo previstos em lei;
Abrange avaliações ordinárias a discentes? não
Cola eletrônica:
Se os agentes se valerem de conteúdo sigiloso do concurso: há crime
Se os agentes não se valerem de conteúdo sigiloso do concurso: não há crime
Forma equiparada: Pune-se também quem torna mais fácil o acesso de pessoas não autorizadas às informações de concurso público, avaliação ou exame públicos, processo seletivo

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