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Obrigação Alternativa

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Direito das Obrigações 2022.2 
 Professor: Maurício Requião 
 Aluna: Ana Flora Lima 
Obrigação Alternativa 
• Art. 252/CC: Nas obrigações alternativas, a escolha cabe ao devedor, se outra coisa 
não se estipulou. 
 
§ 1º: Não pode o devedor obrigar o credor a receber parte em uma prestação e parte 
em outra. 
 
§ 2º: Quando a obrigação for de prestações periódicas, a faculdade de opção poderá 
ser exercida em cada período. 
 
§ 3º: No caso de pluralidade de optantes, não havendo acordo unânime entre eles, 
decidirá o juiz, findo o prazo por este assinado para a deliberação. 
 
§ 4º: Se o título deferir a opção a terceiro, e este não quiser, ou não puder exercê-la, 
caberá ao juiz a escolha se não houver acordo entre as partes. 
 
• Art. 253/CC: Se uma das duas prestações não puder ser objeto de obrigação ou se 
tornada inexequível, subsistirá o débito quanto à outra. 
 
• Art. 254/CC: Se, por culpa do devedor, não se puder cumprir nenhuma das 
prestações, não competindo ao credor a escolha, ficará aquele obrigado a pagar o 
valor da que por último se impossibilitou, mais as perdas e danos que o caso 
determinar. 
 
• Art. 255/CC: Quando a escolha couber ao credor e uma das prestações tornar-se 
impossível por culpa do devedor, o credor terá direito de exigir a prestação subsistente 
ou o valor da outra, com perdas e danos; se, por culpa do devedor, ambas as 
prestações se tornarem inexequíveis, poderá o credor reclamar o valor de qualquer 
das duas, além da indenização por perdas e danos. 
 
• Art. 256/CC: Se todas as prestações se tornarem impossíveis sem culpa do devedor, 
extinguir-se-á a obrigação. 
Noções Gerais 
 
• Ocorrem duas prestações possíveis e uma destas duas prestações deve ser cumprida 
para ocorrer o adimplemento; 
 
• As prestações são opções. 
 
Escolha ou Concentração 
 
 Direito das Obrigações 2022.2 
 Professor: Maurício Requião 
 Aluna: Ana Flora Lima 
• Na obrigação de dar coisa incerta escolhe-se a coisa que será utilizada para o 
adimplemento, enquanto na obrigação alternativa escolhe-se a prestação; 
 
• É possível que ocorra uma obrigação de dar coisa incerta alternativa, onde haverá 
duas escolhas; 
 
• O sujeito escolherá dentre as prestações possíveis; 
 
• As prestações têm o mesmo valor, ou seja, qualquer delas cumprirá a obrigação da 
mesma maneira, qualquer uma delas irá adimplir a obrigação; 
 
• Em regra, a escolha cabe ao devedor; 
 
• Não se aplica aqui o princípio do meio termo, já que as prestações possuem o 
mesmo valor; 
 
• O devedor não pode criar uma nova prestação a partir das possíveis. 
 
• Obrigação Alternativa de Cumprimento Periódica: 
 
- Se houver uma obrigação alternativa de cumprimento periódico (obrigação que se 
renova em determinado lapso temporal), a escolha que o sujeito faz não vincula as 
escolhas posteriores, ou seja, o sujeito poderá escolher novamente (renovação do 
direito de escolha); 
 
- Se for uma obrigação alternativa divisível, fracionada, ela terá apenas um momento 
de escolha. 
 
• Hipóteses de Não Escolha do Devedor: 
 
- A escolha não caberá ao devedor quando há uma pluralidade de optantes (os 
optantes – credores – devem entrar em um acordo unânime); 
 
- A escolha também não caberá ao devedor quando há o direito de escolha para 
terceiro (ex.: dois sujeitos firmam uma obrigação e conferem a escolha para um 
terceiro neutro, se o terceiro se recusar ou estiver impossibilitado de fazer a escolha, 
devolve-se a escolha para os sujeitos que são partes da relação obrigacional para que 
estes escolham um novo terceiro para a fazer a escolha ou mesmos façam a escolha 
unânime); 
- Em ambos os casos a escolha pelo juiz é a última opção. 
 
• Existem situações em que a obrigação pode ser alternativa e cumulativa (ex.: o 
sujeito deve cumprir duas de três prestações; podendo escolher quais as duas que 
serão cumpridas). 
 
Impossibilidade da Prestação 
 Direito das Obrigações 2022.2 
 Professor: Maurício Requião 
 Aluna: Ana Flora Lima 
 
• Neste caso existem duas prestações, e este fator é levado em conta; 
 
• Se ocorre impossibilidade de todas as obrigações sem culpa, ocorre a resolução; 
 
• Se ocorre impossibilidade de uma obrigação sem culpa, será cumprida a obrigação 
que restou; 
 
• Se ocorre impossibilidade de uma obrigação com culpa e a escolha foi do devedor, 
cumpre-se a prestação restante; 
 
• Se ocorre impossibilidade de uma obrigação e depois de outra, com culpa do 
devedor e escolha do mesmo, o devedor terá que indenizar a que por último se 
impossibilitou; 
 
• Se ocorre impossibilidade de uma das prestações com culpa e a escolha é do credor, 
ou o credor aceita a obrigação restante (sem pagamento de perdas e danos) ou ele 
escolhe a que se impossibilitou e recebe perdas e danos; 
 
• Se ocorre impossibilidade de ambas as prestações com culpa, e a escolha é do 
credor, ele deverá escolher qual das duas valerá para fins da indenização; 
 
• Se ocorre impossibilidade da primeira prestação com culpa e depois ocorre 
impossibilidade de cumprir a segunda obrigação sem culpa, é necessário que se 
despreze em qual momento houve a culpa para fins de perdas e danos (a culpa 
contaminaria o cumprimento da obrigação), neste caso, ocorreria a indenização, por 
analogia, da prestação que por último de impossibilitou.

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