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Civil III - Obrigação de Fazer, Não Fazer, Alternativas e Facultativas

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Civil III 
@piluladc 
Obrigação de Fazer, Não fazer, 
Alternativas e Facultativas 
 
 
 
Noções Gerais 
 
Tipo de obrigações que vão impor uma 
atividade do devedor, da labuta, a rea-
lização de algum serviço. Pintar um 
quadro ou uma casa, por exemplo. 
 
Obrigação de Fazer 
 
 
 
“Art. 247. Incorre na obrigação 
de indenizar perdas e danos o devedor 
que recusar a prestação a ele só im-
posta, ou só por ele exeqüível.” 
 
Obrigação pode ser fungível ou infun-
gível, que é quando somente uma pes-
soa tem a capacidade ou condição de 
fazer. Se for infungível, indenização por 
perdas e danos. Não posso invadir a 
privacidade do outro e obrigar ele a fa-
zer aquilo que não quer, então pode 
haver essa indenização. 
 
Relações de consumo dentro do Có-
digo de Defesa do Consumidor - Arts 
18 e 19 falam da responsabilidade dos 
fornecedores pelos vícios nos bens de 
consumo. Art 20 fala dos serviços. 
Seção III – Da responsabilidade por ví-
cio do produto e do serviço. 
 
Pode haver substituição, reexecução ou 
indenização. 
 
Regra geral no processo civil: Art 497 
CPC 
 
“Art. 497. Na ação que tenha por 
objeto a prestação de fazer ou de não 
fazer, o juiz, se procedente o pedido, 
concederá a tutela específica ou deter-
minará providências que assegurem a 
obtenção de tutela pelo resultado prá-
tico equivalente.” 
 
Exemplo: Se o fornecedor se nega a fa-
zer o serviço na minha casa, o juiz pode 
impor uma restrição, como uma multa 
diária, para que ele cumpra a obrigação 
de fazer. 
 
“Art. 248. Se a prestação do fato 
tornar-se impossível sem culpa do de-
vedor, resolver-se-á a obrigação; se 
por culpa dele, responderá por perdas 
e danos.” 
 
Nesse artigo trata de impossibilidade, 
ou seja, não há mais como cumprir de 
qualquer jeito, por isso a conversão au-
tomática. Posso pedir pra um terceiro 
realizar a obrigação, se for possível, e 
cobrar do devedor, mas precisa da au-
torização judicial. Aí entra o parágrafo 
único, que diz que em caso de urgência 
Obrigação de fazer
Infungível
Sem culpa do 
devedor (248 cc)
Resolução da 
obrigação
Com culpa do 
devedor (248 cc)
Perdas e danos 
(tutela específica?)
Fungível
Sem culpa do 
devedor (248 cc)
Resolução da 
obrigação
Com culpa do 
devedor (249 cc)
Executado por 
terceiro à custa do 
devedor + perdas e 
danos
Civil III 
@piluladc 
e necessidade, se eu precisar disso, 
posso cobrar depois. 
 
“Art. 249. Se o fato puder ser 
executado por terceiro, será livre ao 
credor mandá-lo executar à custa do 
devedor, havendo recusa ou mora 
deste, sem prejuízo da indenização ca-
bível. 
Parágrafo único. Em caso de ur-
gência, pode o credor, independente-
mente de autorização judicial, executar 
ou mandar executar o fato, sendo de-
pois ressarcido.” 
 
Obrigação de Não Fazer 
 
 
 
É uma omissão a qual o devedor deve 
se obrigar. Só pode violar por imposi-
ção legal da administração pública, e 
se não for contrária à lei. 
Cláusulas comuns em contratos de lo-
cação. 
 
“Art. 250. Extingue-se a obriga-
ção de não fazer, desde que, sem culpa 
do devedor, se lhe torne impossível 
abster-se do ato, que se obrigou a não 
praticar.” 
 
Exemplo: Moro em um lugar e tenho um 
vizinho com a janela virada pra minha 
propriedade, eu quero construir um 
muro, que vai acabar com a visão da 
janela dele, ele entra em contato 
comigo e fazemos um acordo que eu 
não vou fazer meu muro. Só que aí a 
prefeitura entra em contato comigo e 
fala que eu tenho que fazer um muro ali, 
por alguma norma pública. Então eu te-
nho que fazer o muro e não tenho que 
indenizar meu vizinho. Prefeitura é ad-
ministração pública. 
 
“Art. 251. Praticado pelo devedor 
o ato, a cuja abstenção se obrigara, o 
credor pode exigir dele que o desfaça, 
sob pena de se desfazer à sua custa, 
ressarcindo o culpado perdas e danos. 
Parágrafo único. Em caso de ur-
gência, poderá o credor desfazer ou 
mandar desfazer, independentemente 
de autorização judicial, sem prejuízo do 
ressarcimento devido.” 
 
Mesma ideia do Art 249, só que pra não 
fazer. 
 
Obrigação Alternativa 
 
No momento do adimplemento (cum-
primento), o devedor poderá cumprir de 
várias formas – mais de uma, pelo me-
nos. 
 
Exemplo: Obrigação de que na data 
determinada ou te entrego 5 mil reais ou 
um celular. A regra é de que quem es-
colhe é o devedor, mas pode definir no 
contrato que a escolha cabe ao credor. 
Obrigação de 
não fazer
Sem culpa do 
devedor (250 
cc)
Extinção da 
obrigação
Com culpa do 
devedor (251 
cc)
Desfazimento 
do ato + Perdas 
e danos
Obrigação 
Alternativa
Impossibilidade
Total
Sem culpa do 
devedor (256 cc)
Extinção da 
obrigação
Com culpa do 
devedor
Valor da prestação 
impossibilitada por 
último + perdas e 
danos (254 cc)
Escolha do credor 
(255 cc): valor de 
qualquer das 
prestações + perdas e 
danos
Impossibilidade
Parcial
Sem culpa do 
devedor (253 cc)
Subsistência do 
débito sobre a 
obrigação restante
Com culpa do 
devedor
Escolha do devedor 
(253 cc): Subsistência 
do débito sobre a 
obrigação restante
Escolha do credor 
(255 cc): Prestação 
remanescente ou 
valor impossibilitado 
+ perdas e danos
Civil III 
@piluladc 
“Art. 252. Nas obrigações alter-
nativas, a escolha cabe ao devedor, se 
outra coisa não se estipulou. 
§ 1o. Não pode o devedor obrigar 
o credor a receber parte em uma pres-
tação e parte em outra. 
§ 2o. Quando a obrigação for de 
prestações periódicas, a faculdade de 
opção poderá ser exercida em cada 
período. 
§ 3o. No caso de pluralidade de 
optantes, não havendo acordo unânime 
entre eles, decidirá o juiz, findo o prazo 
por este assinado para a deliberação. 
§ 4. Se o título deferir a opção a 
terceiro, e este não quiser, ou não pu-
der exercê-la, caberá ao juiz a escolha 
se não houver acordo entre as partes.” 
 
Pode também já deixar especificado no 
contrato o que vai acontecer em cada 
situação. 
 
Credor pode exigir o cumprimento inte-
gral de uma obrigação ou de outra, não 
precisa aceitar misturar as duas op-
ções. 
 
“Art. 253. Se uma das duas pres-
tações não puder ser objeto de obriga-
ção ou se tornada inexeqüível, subsis-
tirá o débito quanto à outra.” 
 
Se uma das opções não existir mais, 
preciso necessariamente realizar a que 
sobrar e ainda for possível. 
 
“Art. 254. Se, por culpa do deve-
dor, não se puder cumprir nenhuma das 
prestações, não competindo ao credor 
a escolha, ficará aquele obrigado a pa-
gar o valor da que por último se impos-
sibilitou, mais as perdas e danos que o 
caso determinar.” 
 
Se não sobrar nenhuma opção 
por impossibilidade, por culpa do de-
vedor, ele tem que pegar a última que 
foi impossibilitada entre as opções, e 
pagar o valor correspondente + perdas 
e danos. 
 
“Art. 255. Quando a escolha 
couber ao credor e uma das prestações 
tornar-se impossível por culpa do de-
vedor, o credor terá direito de exigir a 
prestação subsistente ou o valor da ou-
tra, com perdas e danos; se, por culpa 
do devedor, ambas as prestações se 
tornarem inexeqüíveis, poderá o credor 
reclamar o valor de qualquer das duas, 
além da indenização por perdas e da-
nos. 
 
“Art. 256. Se todas as prestações 
se tornarem impossíveis sem culpa do 
devedor, extinguir-se-á a obrigação.” 
 
As partes voltam ao estado anterior. 
 
Obrigação Facultativa 
 
Não tem previsão expressa no CC. 
 
A escolha sempre vai caber ao devedor, 
e pode ter duas obrigações distintas. 
Se inadimplida essa obrigação, o cre-
dor não poderá escolher, só poderá 
exigir o cumprimento da obrigação 
principal. 
 
Ou eu cumpro o contrato ou eu pago a 
multa pra me liberar do contrato. Isso é 
uma obrigação facultativa. Opção do 
devedor. 
Exemplo de contrato de aluguel anual. 
 
CC Argentino inclui isso no código, o 
brasileiro não.

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