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Necessidades Digestivas - Christiane Chofakian


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Necessidades Digestivas
Profa. Dra. Christiane Chofakian
Sistema Digestório
• O sistema digestório humano é formado por um longo tubo 
musculoso, ao qual estão associados órgãos e glândulas que 
participam da digestão. 
• Apresenta as seguintes regiões: boca, faringe, esôfago, 
estômago, intestino delgado, intestino grosso e ânus. 
• Órgãos anexos: glândulas paróotidas, glândulas 
submandibulares, glândulas sublinguais, fígado, pâncreas.
Sistema Digestório
• Comprimento: ~ 10 metros de comprimento desde a extremidade 
cefálica (cavidade oral) até a caudal (ânus).
• A parede do tubo digestivo, do esôfago ao intestino, é formada por 
quatro camadas: mucosa, submucosa, muscular e adventícia.
Adaptações do organismo materno na gravidez
• A mudança do pH da cavidade oral (pH diminuído - ácido) faz com 
que os dentes se degradem, as gengivas se tornam mais vermelhas
podendo sangrar facilmente.
• Epulis da gravidez: aumento da vascularização gengival.
• Deslocamento do estômago pelo útero
• Esofagite de refluxo;
• Pirose;
Adaptações do organismo materno na gravidez
• Aumento da progesterona: diminui a motilidade do esôfago, 
estômago, intestino e biliar, bem como a tonicidade dos esfincters;
• Dessa forma, o esvaziamento gástrico torna-se prolongado;
• O trânsito de alimentos fica lento/prolongado, fazendo com que o 
organismo absorva mais água que o normal. As fezes tornam-se 
menos volumosas, por menor concentração de água, contribuindo
para a constipação (ressecamento).
• O ácido clorídrico presente no estômago é exagerado, principalmente
no primeiro trimestre.
Adaptações do organismo materno na gravidez
• Fígado:
• O metabolismo hepático pouco se altera;
• Doenças hepáticas próprias da gravidez;
• Colestase intra-hepática;
• Esteatose aguda da gravidez;
• Vesícula Biliar: diminui sua função durante a gravidez devido a hipotonia do 
músculo liso.;
• Aumento da formação de cálculos;
• aumento do colesterol circulante, devido a ação do estrogênio;;
• diminuição do fluxo da bile;
Adaptações do organismo materno na gravidez
AUMENTO DO ÚTERO
• Estômago deslocado para cima e para esquerda horizontalizando-se 
no 3o trimestre;
• Intestino grosso e o ceco (porção inicial do intestino grosso) 
deslocados para cima;
• Intestino delgado e cólon deslocam-se para cima e lateralmente;
• Idade;
• Peso e altura;
• Estado de saúde;
• Cultura e religião
• Condições socioeconômicas (dieta fracionada x realidade);
• Preferência pessoal;
• Fatores psicológicos;
• Desinformação e estilo de vida;
Fatores que influenciam os hábitos alimentares
• Estilo de vida
• Hábitos alimentares e dietas (vegetariana, Ramadan, vegana, hipercalórica, etc);
• Horas de sono por dia
• Atividades físicas e hobbies
• Tóxicos
• Bebidas alcoólicas (quais e qual o consumo diário)
• Medicações (qual, desde quando, quem prescreveu e dosagem)
• Cigarro (quantos por dia e de que tipo)
• Drogas (qual, desde quando, e frequência de uso)
• Intoxicações relacionadas ao trabalho (laboratórios, processos de fabricação, 
exposição a agentes tóxicos)
Fatores que influenciam os hábitos alimentares
Fatores que interferem nos hábitos alimentares
• Preferências alimentares adquiridas durante a infância;
• Padrões estabelecidos para as refeições;
• Atitudes em relação à alimentação;
• Conhecimentos sobre a alimentação;
• Tempo, ou falta de tempo, para o preparo dos alimentos;
• Número de pessoas em uma casa;
• Ingestão de água e quantidade adequada de fibras;
Sistematização da assistência
Na entrevista (1ª consulta – anamnese): 
• Na primeira consulta, deve-se pesquisar os aspectos 
socioepidemiológicos, os antecedentes familiares, os antecedentes 
pessoais gerais, ginecológicos e obstétricos, além da situação da gravidez 
atual. 
• As anotações deverão ser realizadas tanto no prontuário da unidade 
quanto no Cartão e na Caderneta da Gestante.
1. Histórico de enfermagem
Na entrevista
• Idade;
• Práticias culturais de alimentação;
• Religião;
• Dietas ou práticas especiais (vegetarianismo, por exemplo);
• Condição sócio-econômica;
1. Histórico de enfermagem
Na entrevista
• Hábitos alimentares e intestinais;
• Características das fezes;
• Mudanças nos hábitos;
• Preferências e alergias;
• Uso de drogas: álcool, cigarro, entre outras;
• Uso prévio e atual de medicamentos;
1. Histórico de enfermagem
Na entrevista
• Uso de suplementos alimentares; 
• Alterações no apetite – inapetência e anorexia;
• Aversões ou intolerância alimentar;
• Refluxo gastroesofágico;
• Doenças gastrointestinais prévias;
• Peso e altura: ganho ou perda de peso;
1. Histórico de enfermagem
Na entrevista
• Queixa de dor, pirose (azia), indigestão, eructação (arroto), flatulência, 
náuseas / vômitos, distensão abdominal, ptialismo (aumento da saliva), 
alterações nos hábitos intestinais, características fecais;
• Cirurgias anteriores;
• Alterações de exames;
1. Histórico de enfermagem
Inquéritos
• Inquérito recordatório de 24 horas;
• Inquérito por registro; 
Na consulta de pré-natal
Os profissionais de saúde devem:
• Orientar sobre o que e quanto comer;
• Desencorajar modismos alimentares e dietas inseguras;
• Controlar o cuidado dos pacientes cuja capacidade para comer, digerir, 
absorver ou eliminar os alimentos esteja prejudicada;
Ações do profissional de saúde
2. Identificar alterações no exame físico
Realizar
• Inspeção;
• Palpação;
• Percussão;
• Ausculta abdominal;
3. Avaliar o estado nutricional
• ICM = PESO (KG) 
ALTURA2 (M)
 18,5 baixo peso
18,5 - 24,9 normal
25,0 - 29,9 sobrepeso
30,0 - 34,9 obesoI
35,0 - 39,9 obesoII
>40 - obesoIII
• Crescimento intra-uterino 
restrito;
• Dieta alimentar da gestante 
está adequada???
• O que mais poderia 
influenciar?
IMC PARA GESTANTES
• Mesmo em idade adulta, as gestantes devem ter o seu IMC avaliado 
de forma especial, tendo sempre como referência a idade gestacional 
do feto. Gestantes no início da gravidez têm condições físicas muito 
diferentes daquelas que já estão próximas do momento do parto.
Orientar sobre a alimentação
• alimentação
gorduras 1-2 porções;
açúcares 1- 2
lacticínios 3 
carnes 1- 2
vegetais e legumes 3-4 
frutas 3-4
cereais, tubérculos, massas 6
• desencorajar modismos 
alimentares e dietas 
inseguras
TIPOS DE DIETAS HOSPITALARES
Dieta Terapêutica Especial
• Existem vários tipos de dietas terapêuticas restritivas que podem ser
aplicadas de acordo com a enfermidade do paciente:
• Dieta Hipossódica: dieta pobre em Sódio (Na), que se concentra em
especial no sal de cozinha (cloreto de sódio NaCl). Indicada para pacientes
hipertensos, cardiopatas, com retenção de líquidos (edemas), dentre
outros.
• Dieta Hipercalórica: dieta rica em energia, que tem o objetivo de prevenir
e tratar principalmente a desnutrição.
• Dieta Hipoproteíca: dieta pobre em proteínas, indicada para pacientes com 
ingestão controlada de proteínas, como os portadores de insuficiência real 
e cirrose hepática.
Dieta Terapêutica Especial
• Dieta Hiperprotéíca: dieta rica em proteínas, usada também nos casos de 
desnutrição, em pacientes traumatizados como queimados e no caso de 
hiperplasia tecidual em casos de tecidos lesionados.
• Dieta Hipoglicídica: dieta pobre em glicídios (carboidratos e açúcares), que tem 
como principal objetivo diminuir a quantidade destes, sem diminuir
necessariamente as calorias. Como no caso da dieta para portadores de diabetes.
• Dieta Hiperglicídica: por vezes uma carga glicêmica alta se faz necessário, 
aplicada em casos específicos de atletas e também em casos de intoxicação
alcoólica. 
• Dieta Hipolipídica: dieta pobre em gorduras, principalmente nas gorduras
saturadas, indicada para pacientes com hipercolesterolemia, cirrose, cardiopatas
e obesos.
• Dieta Hiperlipídica: dieta com uma boa quantidade de gorduras, geralmente
indicada para tratamentode desnutrição grave e portadores de fibrose cística. 
• Atentar para clientes em risco de problemas 
nutricionais
• Pré-operatório e pós-operatório;
• jejum, dor, estresse, náusea, vômitos, entre outros;
• Monitorar o cuidado de pacientes com 
prejuízos:
• Ingestão;
• Digestão;
• Absorção;
• Eliminação;
a) Verificar tipo de dieta;
b) Estimular o apetite;
c) Supervisionar aceitação alimentar;
d) Controlar peso;
e) Promover ambiente agradável;
f) Encorajar autoalimentação;
g) Descrever alimentos para pacientes 
cegos;
h) evitar interrupções da dieta;
i) oferecer oportunidade para higiene
j) oferecer utensílios apropriados
l) evitar deixar a alimentação esfriar
m) ajustar velocidade ao compasso do 
paciente (alimentação assistida)
n) oferecer alimentação fracionada s/n
o) hidratar após refeição
p) Auxiliar na alimentação
• Levantar a cabeceira da cama
• Promover posição confortável
• Armar mesinha de refeição
• Proteger peito com toalha
• Auxiliar a cortar carne, descascar frutas...
• Oferecer na boca s/n
Acompanhar resultados de exames laboratoriais e auxílios diagnósticos
• dosagem de proteínas, HB, ferro, triglicérides, colesterol, glicose
• RX contrastados
• Endoscópicos
• gastroscopia
• anoscopia/ proctoscopia/sigmoidoscopia
• USG Abdominal
• tomografia computadorizada.
DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM / NANDA
SISTEMA DIGESTIVO - Desconfortos
• NÁUSEAS E VÔMITOS (PRIMEIRAS 12 SEMANAS) 
• Acomete cerca de 75% das gestantes
• Matinais, não persistem além do 2º trimestre
• Grande maioria auto-limitada
• Componente emocional = psicogênicos
• Podem estar relacionados aos níveis crescentes de estrógeno, e podem
acarretar anorexia. 
• A gestante apresenta maior capacidade olfativa contribuindo também para 
estes sintomas. 
• Estes podem acarretar a perda de peso em gestantes no 1º Trimestre. 
Contraditoriamente, também, são relatados aumento de apetite e dos 
“desejos”.
SISTEMA DIGESTIVO - Desconfortos
• Examinar abdome quanto a distensão, aumento ou diminuição da 
peristalse e timpanismo, dor, massas palpáveis
• Ajustar horários de medicações;
• Atentar para efeitos colaterais de antieméticos; 
• Providenciar retirada da bandeja logo após o término;
SISTEMA DIGESTIVO - Desconfortos
• Registrar a aceitação alimentar: quantidade de alimentos e líquidos 
ingeridos
• Consultar nutricionista para avaliar necessidade de modificações da 
dieta e, se possível atender a preferências pessoais
• Manter decúbito elevado durante e após as refeições ou lateralizar a 
cabeça 
SISTEMA DIGESTIVO - Desconfortos
• Registrar o aspecto do vômito
• Resíduos alimentares;
• Bilioso: a matéria vem do intestino delgado e o seu aspecto apresenta, devido à bílis, um 
tom esverdeado;
• Vómitos hemáticos (hematémese): contêm restos de sangue provenientes de uma 
hemorragia digestiva, podendo tratar-se de sangue fresco de cor vermelha viva, sempre 
que a hemorragia se localize na parte superior do tubo digestivo, ou de uma matéria 
escura e granulada, com aspecto de sedimento de café, sempre que o sangue venha de 
sectores mais inferiores do tubo digestivo e já se encontre parcialmente digerido.
• Fecalóide: a matéria vem do intestino grosso e tem um aspecto acastanhado, pois 
contém matéria fecal;
• Com muco;
• Registrar quantidade, odor e gosto referido pela cliente
SISTEMA DIGESTIVO - Desconfortos
• Suspender a dieta no caso de vômitos persistentes
• Administrar líquidos EV conforme prescrição médica
• Monitorar parâmetros vitais com frequência
• Atentar para o nível de consciência e risco de aspiração
SISTEMA DIGESTIVO - Desconfortos
• Avaliar grau de hidratação:
• turgor e umidade da pele, umidade das mucosas oral e 
ocular, concentração da urina, perfusão periférica
• Monitorar exames laboratoriais:
• eletrólitos, Hb e Ht, albumina
• Atentar para progressão dos sintomas:
• Hipotensão, taquicardia, oligúria, confusão e choque
SISTEMA DIGESTIVO - Desconfortos
• Dieta fracionada (aumentar o fracionamento das refeições e diminuir
o volume);
• Dar preferência a ingestão de alimentos secos, carboidratos simples 
de fácil digestão;
• Recomendar alimentos com baixo teor de gordura;
• Tranquilização;
• Uso de vitaminas com ação antináuseas como a piridoxina (Vitamina
B6) e ingestão do gengibre que possui leve ação antiemética. 
RESUMO
• Objetivo
• Verificar o perfil de uso de plantas medicinais por gestantes atendidas em quatro Unidades Básicas de 
Saúde da Família e em uma maternidade pública da cidade de Campina Grande - PB, na região Nordeste 
do Brasil.
• Métodos
• Estudo transversal, quantitativo, desenvolvido no período de Fevereiro a Abril de 2014. Foi incluída uma 
amostra com 178 gestantes com idade entre 18 e 42 anos. O instrumento de coleta foi um questionário 
estruturado com perguntas dicotômicas e de múltipla escolha. Para verificar a associação entre as 
variáveis estudadas, utilizou-se o teste Qui-quadrado de Pearson.
• Resultados
• Foi constatado que 30,9% das gestantes utilizavam plantas medicinais, sendo o boldo a mais citada 
(35,4%). Entre as plantas utilizadas com alta frequência pelas gestantes, todas, com exceção apenas da 
Erva-Cidreira (Melissa officinalis), apresentavam possíveis efeitos tóxicos para a gestação, segundo a 
Resolução SES/RJ N° 1757. Ao comparar a classe social e o uso de plantas medicinais, não observou-se 
relação significante.
• Conclusões
• A saúde das grávidas que fazem uso de plantas consideradas medicinais, assim como a de seus filhos, 
sofrem riscos devido ao uso inadequado destas plantas.
Atenção aos chás!
Araújo Cristina Ruan Ferreira de, Santiago Felipe Gomes, Peixoto Marcelo Italiano, Oliveira José 
Olivandro Duarte de, Coutinho Mayrla de Sousa. Use of Medicinal Plants with Teratogenic and 
Abortive Effects by Pregnant Women in a City in Northeastern Brazil. Rev. Bras. Ginecol. 
Obstet. 2016; 38( 3 ): 127-31. 
The localization of the 
point PC6 Neiguan and 
the correct positioning 
of the Sea-Bands®
• The Sea-Bands® são pulseiras elásticas com um botão de 
plástico redondo de 1 cm; Esses dispositivos aplicam 
pressão contínua ao ponto de acupuntura PC6 com o 
objetivo de diminuir ou eliminando completamente a 
náusea.
• O ponto PC6 está localizado no antebraço, 3 dedos acima 
da primeira prega do pulso.
• Os Sea-Bands® podem ser aplicados bilateralmente em 
ambos os pulsos no ponto de Neiguan.
• Alta porcentagem de melhora com o tratamento: 46,8% a 
60 min; 71,8% a 120 min; 84,3% a 240 min.
Allais, G., Rolando, S., Castagnoli Gabellari, I., Burzio, C., Airola, G., Borgogno, P., 
Benedetto, C. (2012). Acupressure in the control of migraine-associated 
nausea. Neurological Sciences, 33(Suppl 1), 207–210. http://doi.org/10.1007/s10072-
012-1069-y
SISTEMA DIGESTIVO - Desconfortos
• HIPERÊMESE GRAVÍDICA 
• O reconhecimento da hiperêmese gravídica (HG) é fundamental para 
evitar a elevada morbidade associada ao atraso do tratamento. 
• O diagnóstico é eminentemente clínico, baseado na queixa de 
vômitos incoercíveis e no exame físico, que permite avaliar o nível de 
comprometimento da gestante, o grau de desidratação e desnutrição. 
• Alguns exames laboratoriais auxiliam na classificação da doença
• Alimentação: Jejum por 24 a 48 horas ou até a estabilização do quadro, retornando
progressivamente à dieta líquida e, em seguida, alimentos sólidos. Dar prefere ̂ncia a 
alimentos pobres em lipídios e ricos em carboidratos, em pequenas porções, em curtos
intervalos (a cada 3 horas); 
• Alimentação parenteral pode ser necessária em casos mais graves e resisten- tes ao
tratamento;
• Hidratação venosa e reposição iônica;
• Medicamentos: Recomenda-se a dose de 8,0 mg de ondansetrona por via venosa a cada
6 horas. O antiemético de segunda escolha neste quadro será a metoclopramida na dose 
de 10 mg venoso a cada 6 horas;
• É importante lembrar que todas essas drogas devem estar sempre associadas à
administraçãode vitaminas do complexo B, principalmente B1 e B6, protetoras do 
sistema nervoso central;
SISTEMA DIGESTIVO - Desconfortos
• SIALORRÉIA E SANGRAMENTO GENGIVAL 
• Pode acompanhar náuseas no 1º trimestre; 
• Surgimento de cáries dentárias provavelmente, porque o vômito matinal
provoca queda do pH bucal (sem comprovação científica); 
• Gengivas estão edemaciadas, hiperemiadas e sangram com com facilidade = 
a ação do estrógeno sistêmico. 
• Podem desenvolver gengivites (devido ao acúmulo de placas bacterianas) 
que podem desencadear parto prematuro.
• Não há tratamento específico;
• Recomendar o uso de escova de dentes macia e massagem na gengiva;
• Agendar atendimento odontológico sempre que possível;
SISTEMA DIGESTIVO - Desconfortos
• PIROSE (AZIA) 
• Afeta 2/3 da mulheres em algum momento da gestação;
• Compressão gástrica pelo útero;
• Aumento do refluxo gastresofágico;
• Causa muito desconforto e angústia.
• Dieta fracionada;
• Diminuir o volume de alimentos por refeição;
• Comer devagar e mastigar bem;
• Evitar alimentos gordurosos ou condimentados;
• Evitar inclinar ou deitar logo após a refeição, principalmente à noite;
PROGESTERONA + COMPRESSÃO DO ABDOME PELO ÚTERO GRAVÍDICO = RETARDA O TRÂNSITO 
INTESTINAL => CONSTIPAÇÃO INTESTINAL E HEMORRÓIDAS
A constipação ainda é mais intensificada pela suplementação de ferro e diminuição de exercício físico.
SISTEMA DIGESTIVO - Desconfortos
• CONSTIPAÇÃO
• Sintoma comum que se agrava no 3o trimestre;
• Reflexo dos hábitos alimentares, consumo de líquidos e exercícios físicos; 
• A constipação intestinal, e a flatulência e distensão gasosa associadas podem
acometer de 16 a 39% das gestantes, com uma diminuição para 12% após o 
parto.
SISTEMA DIGESTIVO - Desconfortos
• CONSTIPAÇÃO
• Aumentar consumo de fibras alimentares (e suplementos de fibras), 
que aumentam o volume fecal, lubrificam o tubo digestivo e 
estimulam a motilidade intestinal; 
• Aumento da Ingesta Hídrica; 
• Laxantes – último recurso. O uso de laxantes não é indicado, já que
algumas destas medicações são associadas a mal formações
congênitas, contração uterina, aumento da retenção de sódio e 
diminuição da absorção de vitaminas.
SISTEMA DIGESTIVO - Desconfortos
• HEMORRÓIDAS
• As hemorróidas são dilatações das veias anais, e podem acontecer em
situações de aumento de pressão, e são mais comuns no 3o Trimestre e no 
período pós-parto. 
• As hemorróidas afetam de 30 a 40% das gestantes, e podem causar
desconforto, prurido e sangramento. 
• Desta forma, as mulheres que já têm algum distúrbio relacionado a 
hemorróidas previamente a gravidez, devem fazer acompanhamento com 
Proctologista. 
• Além disso, devido a constipação, com possibilidade de evacuação de fezes
volumosas e ressecadas, também há um aumento da incidência de fissuras
anais, que são lesões ou feridas ulcerosas na região anal, e que têm como
característica principal a dor ao evacuar.
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• HEMORRÓIDAS
• Realizar dieta, afim de evitar a constipação. Se necessário, prescrever 
supositório de glicerina;
• Não usar papel higiênico colorido ou áspero (molhá-lo) e fazer higiene 
perianal com água e sabão neutro após defecação;
• Fazer banhos de vapor ou compressas mornas;
• Agendar consulta médica, caso haja dor ou sangramento anal 
persistente;
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• REFLUXO GASTROESOFÁGICO
• Acomete entre 30 a 50% das gestantes, principalmente nos 1o e 3o Trimestre, e que 
evolui com melhora após o parto;
• O refluxo pode persistir em mulheres que já tinham esta doença antes da gravidez, e 
pode se repetir em gestações subsequentes;
• A causa do refluxo na gravidez tem basicamente dois fatores, os mecânicos e 
hormonais. O aumento da pressão abdominal associada a ação da progesterona, 
que diminui a pressão do esfíncter (válvula) que isola o esôfago do estômago, 
favorece o refluxo do estômago para o esôfago.
SISTEMA DIGESTIVO - Desconfortos
• O tratamento deve começar com modificações no estilo de vida como:
• Deitar 2 a 3 horas após as refeições;
• Se for o caso, parar de fumar;
• Evitar o ganho de peso excessivo;
• Elevar cabeceira da cama para os casos com maior frequência noturna;
• Fracionar a dieta;
SISTEMA DIGESTIVO - Desconfortos
• Evitar alguns alimentos que sabidamente agravam o quadro, 
especialmente: frituras, comidas gordurosas, chocolate, pimenta, 
sucos ácidos, refrigerantes e bebidas alcólicas;
• Evitar roupas apertadas que aumentem ainda mais a pressão
abdominal;
• Usar goma de mascar pode colaborar através do aumento na
produção de saliva que contribui para neutralizar a acidez do refluxo;
• Durma no seu lado esquerdo. Deitada no seu lado direito, você
posicionará seu estômago mais alto do que seu esôfago, o que pode
levar ao refluxo.
SISTEMA DIGESTIVO - Desconfortos
• Evite o consumo de leite. Apesar de parecer que o leite gelado 
ameniza os sintomas de refluxo na gravidez, a verdade é que o leite 
piora a condição pois ele aumenta a acidez estomacal. A produção de 
suco gástrico se intensifica após o consumo de leite, pois é preciso 
um trabalho um pouco maior do estômago para digerir suas enzimas, 
e isso acaba provocando resultados negativos no refluxo.
SISTEMA DIGESTIVO - Desconfortos
• Os medicamentos antiácidos líquidos e de comprimidos funcionam 
para neutralizar o ácido produzido no estômago;
• Uma pequena quantidade de gengibre pode ajudar a estimular a 
produção de saliva, pois a saliva é um antiácido natural. Muitas 
mulheres encontraram alívio comendo amêndoas cruas, chupando 
pastilhas de olmo (substância mucosa que quando misturada com 
água, forma um gel liso que reveste e acalma) ou tomando 
comprimidos de papaína;
SISTEMA DIGESTIVO - Desconfortos
• PICACISMO OU PICA DA MALÁSIA 
• Compulsão para ingestão de substâncias inadequadas, sendo a mais
freqüente a ingestão de sujeira /barro (geofagia) ou amido, também
de papel, pasta de dente, gelo (pagofagia) parece aliviar os sintomas
inflamatórios da boca causados pela deficiência de ferro, bicarbonato
de sódio, leite de magnésio, cinzas de cigarro, fósforo queimado, 
pedra, carvão, fuligem, naftalina;
SISTEMA DIGESTIVO - Desconfortos
•Atentar para casos picacismo por meio do acompanhamento das 
gestantes nas consultas de pré-natal, onde pode ser realizada a coleta 
de dados no histórico, a avaliação clínica e investigação de 
sintomatologia digestiva e sinais que sugiram deficiências nutricionais.
• É necessário levar em consideração a dificuldade de diagnosticar o 
problema devido ao constrangimento das gestantes em falar sobre o 
assunto. Não é comumente referida pela gestante.
Saunders C, Padilha PC, Libera BD, Nogueira JL, Oliveira LM, Astulla A. Picamalácia: 
epidemiologia e associação com complicações da gravidez. Rev Bras 
Ginecol Obstet 2009;31(9):440-6.
SISTEMA DIGESTIVO - Desconfortos
• O picacismo entre gestantes é mais comum do que se pensa e pode 
ter resultados obstétricos indesejávei (para mãe e bebê).
•Os prejuízos para a mãe incluem problemas dentários, feridas bucais, 
constipação e obstrução intestinal, infecções parasitárias e toxemia. 
• Possíveis efeitos para o concepto: prematuridade, baixo peso ao 
nascer, irritabilidade, perímetro cefálico diminuído, além de exposição 
às substâncias químicas, como chumbo, pesticidas e herbicidas com 
risco de morte perinatal.
SISTEMA DIGESTIVO - Desconfortos
• Investigar: ocorrência e frequência do transtorno, substância ingerida, se a mesma 
prática ocorreu em gestações anteriores, quais eram os motivos desse desejo, 
presença de histórico familiar e de problemas emocionais. 
• Em decorrência da relação encontrada entre picacismo e anemia, considera-se 
importante o questionamento sobre esta prática, para identificar risco de 
interferência na absorção de minerais e no fato da ingestão dessas substâncias 
substituírem o consumo de alimentos ricos em ferro na dieta materna. 
• Avaliar dosagem de minerais (cálcio, ferro e zinco) e verificara existência de déficits 
nutricionais e consequente necessidade de intervenções eficazes para seu 
tratamento.
Brioschi J, Gonçalves DC, Carnevali Júnior LC, Trigo EL. Relação entre picacismo em gestantes e deficiência de 
micronutrientes. Rev. Nutrição Brasil. 2015; 14 (2):107-14.
Saha, S., Manlolo, J., McGowan, C. E., Reinert, S., & Esposti, S. D. (2011). Gastroenterology 
Consultations in Pregnancy. Journal of Women’s Health, 20(3), 359–363. 
http://doi.org/10.1089/jwh.2010.2345
Distúrbio alimentar - imagem corporal
• De acordo com uma pesquisa realizada pela Associação Americana de 
Psiquiatria, um por cento da população mundial – cerca de 70 
milhões de pessoas – sofrem com transtornos alimentares.
• Embora esses distúrbios sejam mais frequentes com pessoas do sexo
feminino, com faixa etária entre 12 e 25 anos, no Reino Unido, um 
estudo feito pelo Serviço Nacional de Saúde (NHS – sigla em inglês) 
mostrou um aumento de 67% em homens entre 26 e 40 anos. Os
especialistas que realizaram o estudo concluíram que uma parte 
considerável desses transtornos alimentares está ligada às redes
sociais.
Distúrbio alimentar - imagem corporal
• Fatores de risco:
• Culto excessivo ao corpo
• Maus hábitos alimentares
• Distorção da imagem corporal
• Autoestima baixa
• Sentimento de culpa
• Questões hormonais
• Distúrbios emocionais
https://www.vittude.com/blog/atitudes-para-aumentar-autoestima/
Distúrbio alimentar - imagem corporal
• Tratamento: A participação da família também é indispensável. O 
paciente precisa sentir que não está sozinho e que sua família não 
sente vergonha da situação e quer ajuda-lo a sair dessa vitorioso. 
• Os especialistas indicados são clínico, psicólogos, psiquiatras e 
nutricionistas, além de terapias individuais de grupo ou com a família.
• A terapia cognitivo comportamental costuma ser muito 
recomendada.
https://www.vittude.com/blog/psiquiatra-nao-e-coisa-de-gente-doida/
https://www.vittude.com/blog/terapia-cognitivo-comportamental/
PREGOREXIA
• O nome parece um trava-línguas: pregorexia. Novo, o termo é pouco 
conhecido e ainda não faz parte do vocabulário médico. Ele vem da 
junção de pregnant ("grávida", em inglês) com anorexia, e tem sido 
usado para descrever o transtorno que faz a mulher ficar obcecada 
pelo corpo magro durante a gestação.
Meios extra-orais de alimentação
• OSTOMIAS
• É um procedimento cirúrgico que consiste na abertura de um órgão oco 
como, por exemplo, algum trecho do tubo digestivo, podendo manter uma 
comunicação com o meio externo, através de uma fístula, por onde pode-se 
conectar um tubo de inspeção ou manutenção.
• Gastrostomias: procedimento cirúrgico em que 
uma abertura é criada no estômago com a finalidade 
de administrar alimentos e líquido;
https://pt.wikipedia.org/wiki/Cirurgia
• Enterostomias: cirurgia na qual o cirurgião abre, na parede abdominal do 
paciente, uma passagem temporária ou permanente para seu intestino 
delgado, para permitir a drenagem das fezes ou inserir um tubo (uma sonda) 
para alimentação.
• Nutrição parenteral
• Realizada por uma via diferente da gastro-intestinal. Pode servir para 
complementar (parcial) ou para substituir completamente (total) a 
alimentação normal, pela via enteral.
• Preparo pré-operatório de pacientes desnutridos;
• Complicações pós-operatórias;
• Processos inflamatórios intestinais;
• Sondagens
Meios extra-orais de alimentação
Principais vias de administração
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