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@_estudaenfa_ São achados clínicos, sendo o modo mais eficiente e rápido de monitorar a condição do paciente. Permite realizar uma triagem para definir qual paciente preci-sa de atendimento primeiro. • Aferir os sinais vitais; • Garantir o funcionamento dos equipamentos e escolher os tamanhos adequados, se for o caso; • Conhecer as variações dos sinais vitais; • Cuidar da condição do paciente e minimizar fatores ambientais que alterem os parâmetros de forma negativa. • Temperatura; • Pulso; • Frequência respiratória; • Pressão arterial; • Dor. É a diferença da quantidade de calor produzido e a quantidade de calor perdido. Um padrão estável da temperatura promove o funcio-namento adequado das células, tecidos e órgãos. Alte-rações no padrão geralmente sinalizam o início de en-fermidades. Irradiação: transferência de calor de um objeto para o outro SEM contato; Condução: transferência de calor de um objeto para o outro COM contato; Evaporação: transferência de energia do calor du- rante a transformação do líquido em gás; Convecção: transferência de calor para outro lugar pela circulação do ar; Diaforese: transpiração. Diversos fatores podem afetar a temperatura corporal, dentre estes temos: • Idade: crianças, por exemplo, perdem e ganham calor facilmente. Com o passar do tempo, os adultos perdem essa capacidade de trocar de calor tão rá-pido. Os idosos possuem uma taxa de metabolismo mais baixa, sendo assim, produzem menos calor, e pela maior quantidade de gordura corporal, essa perda de calor é mais rápida; • Exercício: quanto mais ativo o indivíduo está, mais calor ele vai produzir pelo aumento do metabolis-mo, da FC etc.; • Nível hormonal: principalmente em mulheres, de- vido a progesterona, que influencia bastante na temperatura. No pico de progesterona, a tempera- tura aumenta. Na menopausa ocorre o mesmo; • Ciclo/ritmo circadiano: diferença de temperatu- ra corporal ao longo do dia; • Estresse: pessoas estressadas tendem a aumentar a temperatura corporal; • Ambiente: o ambiente pode modificar a tempera- tura corporal. Locais mais frios e mais quentes. • Febre: é uma resposta do organismo à um patóge-no invasor. É um mecanismo de defesa; • Hipertermia: é um “problema” no sistema nervoso central. Ele perde sua capacidade de perder e ga- nhar calor, funções essas executadas pelo hipotá- lamo. - O hipotálamo posterior produz calor e o hipotá-lamo anterior elimina calor. Na hipertermia essa regulação fica desbalanceada. • Sustentada: temperatura corporal constante, continuamente acima de 38°C e com pouca flutua-ção; • Intermitente: picos de febre intercalados com temperatura em níveis usuais (a temperatura re- torna à um valor aceitável em menos de 24h, pelo menos uma vez); • Remitente: picos e quedas de febre sem retornar à temperatura normal; • Reincidente: períodos febris e períodos com temperatura aceitável (a temperatura se normaliza em um período superior a 24h). Normotermia: 35,8°C a 37°C; Febrícula: 37°C a 37,5°C; Febre/pirexia: > 37,5°C. Quando há uma perda de calor durante a exposição prolongada ao frio. Ocorre uma sobrecarga na capaci-dade do organismo de produzir calor (hipotálamo pos-terior). Leve: 34°C a 36°C; Moderada: 30°C a 34°C; Grave: < 30°C. Oral, axilar, retal (está em desuso), membrana timpâ- nica, artéria temporal, artéria pulmonar e bexiga uri- nária. A via axilar é a mais utilizada. E quanto mais interna for a aferição da temperatura, mais fidedigna ela vai ser, já que ocorre menos troca de temperatura com o ambiente. Pulso e frequência cardíaca não são a mesma coisa. Pulso é a delimitação palpável da circulação sangue- nea percebida em vários pontos do corpo. Os locais mais utilizados são: artéria radial, caróti-da e femoral. Outros locais: temporal, ulnar, braquial, poplítea, ti- bial posterior e dorsal do pé. • Frequência (bpm): A frequência do pulso varia com a idade: o Bebê: 120-160 bpm; o Criança começando a andar: 90-140 bpm; o Pré-escolar: 80-110 bpm; o Idade escolar: 75-100 bpm; o Adolescente: 60-90 bpm; o Adulto: 60-100 bpm. - Taquisfigmia: maior que o parâmetro máximo; - Bradisfigmia: menor que o parâmetro mínimo. • Ritmo: Avalia se o intervalo é regular entre cada pulso. No caso de ritmo irregular, há dois tipos: - Regularmente irregular: ex: pa-pa-pa | papapa | pa-pa-pa | papapa...; - Irregularmente irregular: ex: pa-pa | papapapa | papa-pa | pa | pa-pa-pa-papa | papapa-pa... • Força: - Delimitadora: 4+; - Completa: 3+; - Normal: 2+; - Diminuída: 1+ - Ausente: 0. • Exercício: quanto mais ativo e agitado, maior o ní-vel de FC e pulso; • Temperatura: geralmente a febre pode causar ta-quicardia, assim aumenta também a frequência de pulso; • Emoções: a ansiedade, por exemplo, pode causar um aumento da frequência de pulso; • Fármacos: alguns fármacos também vão afetar o pulso, seja aumentando (como a adrenalina, nora- drenalina, atropina etc.), seja diminuindo como, por exemplo, betabloqueadores (propranolol); • Hemorragia: um choque hemorrágico aumenta a FC e consequentemente a frequência de pulso. É um processo, em que o Centro Respiratório, no tronco cerebral, regula o controle da respiração. Frequência normal: 12 a 20 respirações por minuto. • Taquipneia: > 20 rpm; • Bradipneia: < 12 rpm; • Apneia: 0. • RN: 35-40; • Bebê de 6 meses: 30-50; • Criança de 2 anos: 25-32; • Criança: 20-30; • Adolescente: 16-20; • Adulto: 12-20. • Kussmaul: está muito associada à cetoacidose diabética. A respiração é lenta e profunda; • Biot: está relacionada à uma alteração no bulbo emcefálico (igual Cheyne-Stokes). É uma respiração totalmente desorganizada, às vezes rápida e profunda, às vezes superficial, intercalada com um período de apneia. Não possui um padrão; • Cheyne-Stokes: respiração que aumenta gradati-vamente, até chegar em um pico, depois diminui, também gradativamente, até chegar em um perío-do de apneia. E repete; • Hiperventilação: frequência e intensidade estão aumentadas. Diferente da taquipneia, onde a respi-ração é rápida e superficial; • Hipoventilação: respiração lenta e profunda. Pressão arterial (PA) é a força exercida sobre a parede de uma artéria pelo sangue pulsante sob a pressão do coração. • Pressão sistólica: pressão exercida pelo sangue na parede do vaso quando o coração contrai; • Pressão diastólica: pressão exercida pelo sangue na parede do vaso quando o coração relaxa. • PA: DC x RVP (Dc: débito cardíaco e RVP: resistência vascular periférica). A quantidade de sangue que sai do coração (DC) por minuto x o diâmetro do vaso sanguíneo (RVP); • PAM: (PAS + 2x PAD) / 3. • RN: PAM = 40; • 1 mês: PAS 85 mmHg / PAD 54 mmHg; • 1 ano: PAS 95 mmHg / PAD 65 mmHg; • 6 anos: PAS 105 mmHg / PAD 65 mmHg; • 10-13 anos: PAS 105 mmHg / PAD 65 mmHg; • 14-17 anos: PAS 119 mmHg / PAD 75 mmHg; • > 18 anos: PAS < 120 mmHg / PAD <80 mmHg. • PA ótima: PAS < 120 / PAD < 80; • PA normal: PAS 120/129 / PAD 80/84; • Pré-hipertensão: PAS 130/139 / PAD 85/89; • HA estágio 1: PAS 140/159 / PAD 90/99; • HA estágio 2: PAS 160/170 / PAD 100/109; • HA estágio 3: PAS >180 / PAD > 110 Antes de aferir a PA do paciente, é preciso estar atento para algumas coisas, certificando-se de que o paciente: • Não está com a bexiga cheia. Se estiver, pedir para esvaziar antes de aferir; • Não praticou atividade física nos últimos 60-90 minutos; • Não ingeriu bebidas alcoólicas, café, alimentos ou fumou até 30 minutos antes da aferição da PA. • Estetoscópio; e • Esfigmomanômetro. • Medir a circunferência do braço: 1. Com o braço desnudo, fletido e com a mão na alturada cintura, medir a distância entre o acrômio e o olecrano, determinando o ponto médio; 2. Depois estender o braço ao longo do corpo e no ponto determinado, medir a circunferência do braço. Sentar o cliente e deixá-lo descansar por pelo menos 5 minutos, certificando-se de que os pés estão apoia- dos, as pernas descruzadas e o dorso está recostado na cadeira. • Selecionar o manguito considerando: - Braços entre 22 e 26 cm: manguito adulto pe- queno; - Braços entre 27 e 34 cm: manguito adulto pa- drão; - Braços entre 35 e 44 cm: manguito adulto gran-de. • Ajustar o manguito firmemente no braço, cer-ca de 2 a 3 cm da fossa anticubital: - Centralizar a bolsa de borracha sobre artéria braquial. • Manter o braço bem apoiado na altura do co-ração (altura do 4° espaço intercostal); • Estimar o nível da pressão sistólica: 1. Palpar o pulso radial; 2. Insuflar o manguito até o desaparecimento do pulso. Observar o valor em que o pulso deixou de ser sentido (ex.: 140 mmHg); 3. Desinflar rapidamente e aguardar entre 15 e 30 segundos antes de iniciar a medição. • Posicionar o estetoscópio no ouvido, com a curvatura das olivas voltadas para frente; • Posicionar a campânula do estetoscópio sobre a artéria braquial, na fossa anticubital; • Inflar rapidamente o manguito, de 10 em 10 mmHg, até ultrapassar 20 a 30 mmHg do nível estimado na pressão diastólica (sentido no pulso radial); • Proceder à deflação lentamente, com veloci- dade de 2 a 4 mmHg por segundo, e, após a determinação da pressão diastólica, aumen- tar a velocidade para 5 a 6 mmHg por segun- do, evitar congestão venosa e desconforto: - O primeiro barulho (tum) auscultado é a pressão sistólica (PAS). • Determinar a pressão diastólica no desapare-cimento do som, auscultar cerca de 20 a 30 mmHg abaixo do último som, para confirmar seu desaparecimento e proceder a deflação rápida e completa: - O último barulho (tá) auscultado é a pressão di-astólica (PAD). • Registrar a pressão arterial verificada em milímetro (mm) de mercúrio (Hg), sem arre- dondar os valores. É quando há uma elevação acentuada da pressão arterial (PA) com: • PA sistólica (PAS): ≥ 180 mmHg; e/ou • PA diastólica (PAD): ≥ 120 mmHg. - O “e/ou” indica que as alterações podem acon- tecer junto ou separado (ex.: 180/120 ou 100/120 ou 180/80 ou 170/140 etc.) É preciso conhecer a diferença entre URGÊNCIA e EMERGÊNCIA. Na urgência não há o risco iminente de morte, já na emergência há esse risco, o trata- mento deve ser imediato. • Urgência e emergência hipertensivas são cri- ses hipertensivas. Faz-se a classificação se é uma situação urgente ou emergente. Em ambas os valo-res são esses: PAS ≥ 180 e/ou PAD ≥ 120. Para dife-renciá-los, outros aspectos são levados em conta: - Urgência hipertensiva: SEM lesão de órgão alvo (cérebro, pulmão e coração): o Sinais e sintomas: além da PA alta, o paciente pode apresentar cefaleia, tontura, zumbidos no ouvido; o Tratamento: Captopril: 25 mg, 01 cp, VO; Propanolol: 25 mg, 01 cp, VO; Furosemida: 40 mg. Podem ser associados com avaliação médica. - Emergências hipertensivas COM lesão de órgão alvo. Quando há a lesão, esses órgãos estão entrando em isquemia, com pouco fluxo sanguíneo. o Sinais e sintomas: rebaixamento do nível de consciência, dispneia e dor precordial, devido as lesões de órgão alvo; o Tratamento: esse paciente precisa ir para uma UTI para fazer uso de drogas vasoativas e ser monitorado. Nitroprussiato de sódio (NIRPIDE): 50 mg + 250 mL de SG 5% BIC (bomba de infusão contínua) 3 mL/h – quando paciente está com rebaixamento de nível de consciência e dispneia. Esse medicamento é fotossensível, precisando de proteção contra a luz; Nitroglicerina (TRIDIL): 50 mg + 250 mL de SG 5% 3 mL – quando o paciente está com dor precordial. Não pode ser usada em paci-entes que fizeram uso de Sildenafil/Viagra. - Emergência hipertensiva em gestantes: ris-co de pré-eclâmpsia ou eclampsia: o Tratamento: Hidralazina. Segundo a Associação Internacional para o Estudo da Dor (IASP), dor é uma “experiência sensorial e emocional desagradável, associada ou relacionada à lesão real ou potencial dos tecidos”. É classificada quanto: • Ao tempo (aguda ou crônica): o Aguda: manifesta-se de maneira transitória por um período relativamente curto (minutos a semana), de início súbito, geralmente associa- da a lesões em tecidos ou órgãos, ocasionadas por inflamação, infecção, traumatismo ou ou- tras causas (ex. apendicite). o Crônica: ocorre de forma constante ou inter- mitente, persistindo por períodos prolongados (de meses a vários anos). Em grande medida pode ser associada a um processo de doença crônica (ex. enxaqueca, artrite, artrose etc.). • À origem (nociceptiva ou neuropática): o Nociceptiva: geralmente aguda. Resulta do processamento fisiológico dos estímulos nocivos que podem ocorrer na pele, ossos, articulações, vasos sanguíneos, ligamentos, nervos e vísce- ras; o Neuropática: envolve mecanismos complexos, gerados a partir de estruturas do sistema ner- voso central ou periférico, resultado de proce- dimento anômalo de estímulos sensoriais pelo sistema nervoso central, incluindo aquelas oriundas da desregulação do sistema nervoso autônomo. • À localização (cutânea, somática, visceral, referida, irradiada ou relacionada ao câncer): o Cutânea: envolve apenas a pele (superficial), pode ser referida como queimação ou cortante. Quando há lesão de terminações, é referida a sensação de formigamento, ardor ou ferroada; se há comprometimento vascular, a dor é pulsátil; o Somática: geralmente envolve comprometimento de articulações; pode ser referida como dor em agulhada, queimação e pulsátil. Caso exista comprometimento ósseo a sensação é de “pontada profunda” e, quando envolve músculos ocorre câimbra; o Visceral: na grande maioria das vezes é referida como extrema e intolerável. Aparece como resultado de comprometimento de vísceras como intestino, pleura, pericárdio, ureteres, bexiga, canais biliares, entre outras. Pode ocorrer de diversas formas como cólicas intensas, dor cortante, em agulhada ou em aperto; o Referida: ocorre em um local diferente daquele que originalmente está a causa da dor, podendo assumir características diversas; o Irradiada: a sensação dolorosa se estende do local acometido para outra(s) parte(s) do corpo que não se encontra(m) lesionada(s). Muito comum em casos de herniação de disco vertebral, no qual as raízes nervosas estão comprometidas, irritando o nervo ciático (ex.: infecção urinária que irradia para a perna, paciente com pielonefrite que irradia para os flancos e coxas); o Relacionada ao câncer: resulta quase sem- pre dos danos provocados pela progressão do tumor, processos inflamatórios/infecciosos dec- orrentes da própria patologia, procedimentos invasivos e pelas limitações físicas. Por toda subjetividade e complexidade, a avaliação da dor não pode ser reduzida a um número, pois diversos fatores estão envolvidos na percepção da pessoa que refere a dor e do profissional que está teoricamente apto a avaliar. • Escala de faces para avaliação da dor infantil; • Escala verbal da dor e sua diversidade; • Escala para avaliação da intensidade da dor; • Escala de dor associada; • Escala visual da dor. • Não farmacológicas: As massagens de conforto e higiene, as aplicações de calor e frio, alimentação nos horários adequados e disponibilidade para escutá-los. Estimulação nervosa elétrica transcutânea (TENS), hidroterapia, reeducação postural, técnicas de relaxamento, distração, apoio religioso (respeitando o credo de cada um), meditação, hipnose, são algumas que podem ser citadas. • Farmacológicas: O Instituto Nacional do Câncer (INCA), disponibi- liza orientações quantoao tratamento farmacoló- gico para controle da dor em pacientes oncológi- cos, destacadas como sendo os degraus para tra- tamento farmacológico da dor: o 1° dor fraca: tratada com analgésicos não opioides, juntamente com os adjuvantes; o 2° dor moderada: tratada com opioides fra- cos e adjuvantes; o 3° dor forte: tratada com opioides potentes, juntamente aos não opioides e adjuvantes.
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