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SIRLEI SANTANA STÉFANY LIBANO JUCIELE PACHECO ORIENTAÇÃO: ALESSANDRA BORGES PEDROSO Oxímetros de Pulso AGILIDADE E DIAGNÓSTICO NO TRATAMENTO DE PACIENTES COVID-19 CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI JUNHO DE 2023 Objetivo da pesquisa Apresentar a relevância do oxímetro de pulso no acompanhamento da oxigenação de pacientes em crise respiratória Durante os debates, se verificou que os oxímetros de pulso foram instrumentos essenciais para o eficiente tratamento dos pacientes acometidos pela COVID-19. Nesse sentido, como é de conhecimento geral, a COVID-19 era uma doença silenciosa, que embora apresentasse sintomas prodômicos, ocultava a má-saturação, de modo que, ao chegar na emergência, embora aparentemente saudável, o paciente apresentava a função respirarória gravemente comprometida, sendo necessário, de imediato, o inicio da oxigenoterapia. Oxímetros de Pulso São dispositivos não invasivos que identificam a Saturação periférica do oxigênio no sangue (SpO2) Embora pequenos, práticos e baratos, tais dispositivos foram desenvolvidos no século passado. Moderno oxímetro de pulso O seu princípio de funcionamento já era conhecido da ciência, assim bastou algum desenvolvimento tecnológico para que se apresentassem na atual configuração OLV-5100, primeiro oxímetro de pulso comercial, 1974 (lóbulo) que, mais acessíveis, não se restringem apenas às salas de emergência, fazendo-se presentes no dia-a-dia da população, seja de modo autônomo ou por meio de dispositivos, como celulares e relógios. Usuário comparando dispositivos Funcionamento O oxímetro de pulso combina duas técnicas que viabilizam seu funcionamento: a espectrofotometria e a pletismografia A saturação do oxigênio no sangue é expressa como uma porcentagem da hemoglobina oxigenada frente à hemoglobina não-oxigenada. Assim, a espectrofotometria, a partir de duas fontes luminosas (vermelho e infravermelho) e um sensor, consegue inferir a proporção da hemoglobina oxigenada e não-oxigenada, comparando-se o quanto de luz foi refletida e absorvida de cada uma das frequências. Dessa forma, a oxihemoglobina que é vermelha reflete a luz vermelha e absorve a luz infravermelha, enquanto que a hemoglobina reduzida, que apresenta coloração azul escuro, se comporta de modo oposto, refletindo a luz infravermelho. Funcionamento Continuação Enquanto a espectrofotometria identifica as proporções das moléculas, a partir da incidência de luz. A pletismografia, por sua vez, interpreta os resultados, o que permite não só aferir a saturação periférica do oxigênio, como também apurar os batimentos cardíacos do paciente. Demonstração espectrofotometria: Molécula vermelha reflete a luz vermelha e absorve as demais, da mesma forma, o contrário para a molécula azul Onda pletismográfica Possíveis configurações da onda plestismográficaMétodos de aferição A urgência da respiração Oxigênio e o equilíbrio ácido-básico do sangue Quando respiramos nossos pulmões enviam ar para pequenos vasos sanguíneos, os capilares, que são responsáveis por absorver o oxigênio e enviá-lo, através do sangue, ao coração. Esse sengue rico em oxigênio, será então bombeado pelas artérias para os demais órgãos do corpo, que utilizarão desse gás na respiração celular. Se prejudicado o transporte de oxigênio, bem assim a capacidade de trocas gasosas, a saturação (SO2) decai, pondo em risco a saúde dos órgãos do paciente, sujeitando-os à degeneração, pois haverá acúmulo de CO2, o que desestabiliza o pH do sangue. Tal escassez de oxigênio é conhecida como hipóxia e, senão contornada rapidamente, pode levar o paciente a óbito. Fluxo sanguíneo Relevância Saturação, COVID-19 e tempo (ou a sua falta) Diferentemente de outras síndromes respiratórias, era difícil a identificação dos danos causados ao pulmão, mesmo através das imagens de raio x. Sendo comum a situação de pacientes que, com boa complacência pulmonar, isto é, boa capacidade de expansão pulmonar, apresentassem saturação muito abaixo do normal, fazendo necessário o imediato início da oxigenoterapia. Isso ocorria graças a uma obstrução, fosse fibrótica (quando o tecido pulmonar era substituído por um cicatricial) ou trombótica (em que há coágulos nos vasos), cujo resultado prático, no entanto, era o mesmo, gradual prejuízo à função respiratória. ESQ. Pulmões saudáveis DIR. Áreas em preto revelam sequelas deixadas pelo COVID-19 Sistema respiratório simplificado ESQ. Pulmão danificado COVID-19 Não apenas relevante Mas, assim como o Papa, também é pop! Em razão da urgência de verificar a saturação dos pacientes, não havia espaço para outros métodos, como a gasometria, que requer coleta e análise clínica da amostra sanguínea pois, embora ela demonstre um alto índice de confiança, é lenta. Assim, a popularização do oxímetro foi inevitável, todos queriam saber e entender como funcionavam tais aparelhinhos. Nesse sentido, é possível verificar o boom de pesquisas realizadas no Google através gráfico abaixo: Pesquisas pelo termo “oxímetro de pulso” realizadas na internet entre janeiro de 2019 e dezembro de 2022. Fonte: Google Trends, a cesso em maio de 2023. Observações sobre o uso i. Tais dispositivos não são descartáveis, portanto, indispensável a correta higienização, conforme indicada no manual, principalmente no âmbito hospitalar; ii. Oxímetros de pulso apresentam acurácia limitada diante de algumas condições, como anemia, metahemoglobina carboxiemoglobina ou de vasoconstrição periférica, causada, por exemplo, pelo frio; iii. A literatura também indica que condições de luminosidade, mau posicionamento do aparelho, unhas pintadas com cores que influenciem a reflexão espectométrica, podem influenciar os valores indicados na aferição, no entanto não ha consenso quanto ao último aspecto; 💡 🙃 💅 Conclusões Ainda que existam posições contraditórias quanto a precisão, e consequentemente, a utilidade dos oxímetros, nos alinhamos àqueles que pregam em seu favor. Isso, porque, entendemos ser mais condizente com a ética humanitária, atinente ao exercício da enfermagem. Ademais, o que se perde em precisão, é ganho em agilidade, pois eles permitem a imediata, e contínua, verificação da saturação do paciente, sendo deveras úteis aos mais gravemente enfermos. Outrossim, a despeito de simples, não são simplórios. Isto, pois durante a pesquisa foram encontradas duas tentativas, no âmbito universitário, de reproduzir sua tecnologia, no entanto nenhuma delas obteve resultado satisfatório. Por fim, a literatura indica como adequada uma saturação superior 95%, valores abaixo de 93% requerem observação. Além disso, chama a atenção, a informação que valores abaixo de 70% comprometem a capacidade de leitura do dispositivo, todavia, a relevância de tal falha é praticamente insignificante, uma vez que a intervenção médica é necessária quando a saturação estiver em torno de 86%, pois, nesse patamar, é considerado, o paciente, em hipóxia severa.
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