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Feito por Gabriela Araújo Aula 2 Os líquidos do corpo dos animais estão distribuídos da seguinte forma: Água corporal total = LIC + LEC Líquido intracelular (LIC) – total de líquido no interior das células Líquido extracelular (LEC) Líquido no espaço entre as células – líquido intersticial Líquido no plasma sanguíneo Líquido transcelular O animal adulto sempre tem uma composição de água muito menor do que o neonato, então quando vai fazer a fluido é mais difícil no filhote, porque se coloca fluido demais, começa a passar através das camadas e o animal começa a se afogar nele mesmo. O líquido transcelular, situado em cavidades especiais delimitadas por epitélio ou por mesotélio, engloba: Fluido cérebro-espinhal Líquido sinovial (articulações) Linfa Bile Líquido das vias digestivas e urinárias (pode chegar a representar de 10% a 15% do peso corpóreo) – é o líquido que perde muito através de vômito ou diarreia, mas também é o que repõe mais rápido Secreções respiratórias Humor aquoso Líquido peritoneal e pericárdico Redução da ingestão (de água e alimentos) Exemplo: um gato não come nada, não ingere a água que precisaria, não ingere a água da ração, e isso gera uma desidratação. Essa redução de ingestão é imediata, no hemograma mostra uma desidratação discreta, mas repondo líquido apenas via oral e o animal recupera normalmente Trata-se de uma desidratação minúscula e fácil de resolver Diminuição da absorção Animal que tem alteração de doença, é enfermidade mesmo Qualquer enfermidade que o animal não está absorvendo, por exemplo, animal Fluidoterapia Feito por Gabriela Araújo Aula 2 com síndrome cólica não absorve, o que leva a desidratação. Qualquer síndrome é um monte de pequenos sinais, não é uma coisa sozinha. Se o animal soa demais, se respira rápido demais e coloca a língua para fora, então ele absorve ar demais e não consegue ter uma absorção legal, acaba tendo perda de líquido pela pele, pelo nariz, pela língua, em todos os formatos. Aumento da eliminação/secreção Diarreia – tem o epitélio de estratificação e quando perde o momento da absorção, ele acaba não absorvendo nada. A mesma coisa acontece com o animal que tem parvovirose, porque o vírus destrói qualquer dessas estratificações, o animal não recebe nenhum líquido e ele acaba morrendo porque ele realmente não tem líquido sendo absorvido. Sequestro em cavidades ou na luz do tubo digestório O animal que está com edema pulmonar não tem absorção boa, porque está com o intestino cheio de líquidos Acúmulo no espaço intersticial Disfagia – dificuldade em se alimentar Obstrução esofágica – não consegue engolir devido a obstrução Diarreia Poliúria – muita urina em pequenas quantidades Peritonite difusa – inflamação do peritônio Pleurite difusa – inflamação da pleura Obstrução pilórica – obstrução da válvula de saída do estômago Ectopias de abomaso – tudo que nasceu em lugar diferente Obstruções intestinais Acidose láctica ruminal – alteração de pH Choque endotoxêmico e septicêmico Diarreias Choque Síndrome cólica Desidratação após exercício físico extenuante Ruptura de bexiga em potros Desequilíbrios metabólicos – pela perda de líquidos, de minerais como: cálcio, magnésio, sódio, potássio, entre outros, e o animal começa a ter mudanças na forma sistêmica. Obstrução ou ruptura esofágica Doenças renais Feito por Gabriela Araújo Aula 2 A Fluidoterapia é um tratamento de suporte A doença primária que provoca distúrbios de fluidos, eletrólitos e do equilíbrio ácido base deve ser diagnosticada e tratada adequadamente – tratando a doença primária, cessa o problema e resolve o problema por completo. O objetivo da terapia hídrica e eletrolítica é corrigir desidratação ou hidratação excessiva e/ou desequilíbrio eletrolítico – o animal pode estar teoricamente hidratado, mas ter uma alteração dos elétrons, e é preciso fazer uma reposição eletrolítica. Perda de peso – devido à perda de líquidos Aumento da frequência cardíaca e do tempo de preenchimento capilar – se não tem líquido dentro do corpo, o coração precisa fazer muito mais esforço para levar a quantidade suficiente de células para oxigenar todos os tecidos e órgãos, por isso o animal pode apresentar FC alterada. O TPC demora um pouco para completar porque ele precisa de tempo para mostrar que está preenchendo o tecido que foi pressionado. Perda de elasticidade cutânea – não pode ser usado como sinal clínico específico, porque depende da idade, peso e raça do animal. Ressecamento das mucosas – devido a desidratação pode apresentar enoftalmia e mucosas secas Diminuição da temperatura nas extremidades – acontece porque os órgãos vitais precisam funcionar mais do que os membros, então o corpo usa os líquidos das extremidades para as necessidades vitais, o que causa essa diminuição na temperatura. Quando repõe a quantidade de líquidos, a temperatura volta à normalidade. Diminuição da produção de urina – produz menos porque não tem água, não passa sangue pelo rim, não filtra urina e não libera essa urina. A partir de <5 ou seja, quando faz o TPC do animal e está em menor que 2 mas está com enoftalmia, significa que ele está um pouquinho desidratado, então não é tão grave, então é <5 (menor que 5). Tudo que é <5 é aquilo que não detecta com facilidade, ou seja, Feito por Gabriela Araújo Aula 2 se der água para o animal, ele recupera. (Depende do sinal clínico e depende da gravidade) De 5 a 6 está com desidratação suave. Tem alteração do turgor cutâneo, a pele dele está um pouco mais elástica, e tem episódios esporádicos de vômito e diarreia. Tem como repor via oral e via intravenosa, para não vomitar novamente. Não é o quadro de dar água para pequenos animais de vez, primeiro dá com a medicação para parar o vômito via intravenosa, entra com a fluidoterapia em taxa muito baixa e depois de 2 horas coloca para beber água. De 6 a 8 tem uma desidratação moderada, onde o animal já tem alteração de puxar a pele e não retornar direito, TPC acima de 2 (em 3), nesse caso o animal começa a ter retração visível do olho e possível ressecamento das mucosas, começa a ter dificuldade de se alimentar, tem vômito e tem diarreia moderada. Para grandes tem até o 10 porque não fica procurando outras coisas a mais, se chegou no 10 é realmente um quadro grave. De 10 a 12 o animal está com a aparência da pele em forma de fenda, ou seja, puxa a pele e fica um triângulo ou demora muito para voltar ao normal, o TPC demora 5 segundos, tem retração do globo ocular, ressecamento das mucosas, possíveis sinais de choque (taquicárdico, extremidades frias, pulso fraco, e pulso rápido) Sinais clínicos na desidratação severa: o animal não come, tem vômito e diarreia o tempo todo, e provavelmente tem alteração renal. De 12 a 15 o animal tem sinais evidentes de choque, e vai morrer. Animal que chega em choque, se for hemorragia, contém a hemorragia e coloca na fluidoterapia e deixa o soro aberto, porque ele precisa repor pelo menos o volume hídrico. Na hemorragia ele perde não só o volume mas também perde a célula, então se colocar muito líquido dentro dele, o animal não vai ter resposta funcional e não vai conseguir respirar. Ou seja, abre, deixa cair a quantidade de líquido que ele precisa para reposição e depois fecha, porque se não fechar, ele vai ter poucas células dentro do vaso e muito líquido, se tem pouca célulanão tem oxigenação de sangue e de tecidos e o animal morre. No grau <5 coloca pouca fluido e no grau 12 a 15 coloca muita fluido para o corpo dele funcionar. Animais obesos – não tem pele e parece que não está desidratado, mas está Animais muito magros que tem grande presença de pele Os animais emaciados e mais velhos – tem a pele mais elástica e seca Feito por Gabriela Araújo Aula 2 Respiração ofegante persistente – o animal que está muito ofegante vai perder líquido pela boca. O valor do VG (volume globular) e o teor de PPT (proteína) aumentam em todos os tipos de perda de fluidos, excluindo hemorragia Animais anêmicos e desidratados podem ter Ht (hematócrito) falsamente normal, pois a desidratação concentra as células vermelhas do sangue Animais com doença inflamatória podem apresentar PPT elevado mesmo com hidratação normal. Doenças inflamatórias elevam os valores de globulinas, assim como a desidratação eleva os valores de albumina. – quando a globulina está aumentada significa que o animal está inflamado. Se ele estiver com doença inflamatória, a proteína dele vai estar aumentada mas ele não vai estar desidratado. Se tem que avaliar a proteína do animal e ele está desidratado, tem que colocar na fluido de novo. É preciso primeiro hidratar o animal para não ter alteração no hemograma. Classificadas de acordo com o tamanho molecular e permeabilidade capilar: Cristaloides são as mais empregadas na fluidoterapia, consistem em uma solução a base de água com moléculas pequenas as quais a membrana capilar é permeável, capazes de entrar em todos os compartimentos corpóreos São mais usadas – ringer lactato, ringer simples, solução fisiológica 0,9%, solução hipertônica. É solução base de água, e tenta chegar mais próximo do plasma sanguíneo São moléculas pequenas que passam de um compartimento para outro (celular, intracelular, extracelular, e intersticial) Colóides são substâncias de alto peso molecular, com permeabilidade restrita ao plasma de pacientes com endotélio íntegro e não comprometido. Os colóides atuam principalmente no compartimento intravascular É a fluidoterapia que ninguém usa porque é cara, é pesada e necessita que o animal esteja mais ou menos estável para usar. Para grandes animais tem o plasma, que é usado realmente para potros que não mamaram o colostro direito, então usa- se o plasma sanguíneo, injeta no animal e oferece pelo menos as imunoglobulinas que ele não conseguiu pegar no colostro da mãe. Ringer com lactato de sódio é uma solução isotônica, cristaloide, com composição semelhante ao LEC, pH 6,5, utilizada para reposição. Tem características alcalinizantes, uma vez que o lactato sofre biotransformação hepática em bicarbonato, sendo indicado Feito por Gabriela Araújo Aula 2 para acidoses metabólicas. Por conter cálcio é contraindicada para pacientes hipercalcêmicos, assim como não é indicada para pacientes hepatopatas. Se o animal estiver com alteração de alcalose metabólica, quando coloca o lactato piora o quadro. Se o animal tem acidose metabólica (não respira direito, hálito cetônico, mais suado, temperatura alterada, etc.) pode usar o ringer lactato com segurança, e ele vai ser perfeito, porque ele já tem quantidades suficientes que já repõe sem precisar adicionar lactato ou bicarbonato dentro dele. O animal chega todo amarelo, com icterícia gravíssima, se ele tem icterícia, tem lesão hepática, e em animais com lesão hepática não usa o ringer lactato porque ele é contraindicado para hepatopatas por ter a conversão através do fígado. Então, usa-se em animais normais, animais desidratados e animais que tenham acidose metabólica. Ringer simples tem características semelhantes ao ringer lactato, porém não contém lactato, é utilizada para reposição. Contém mais cloreto e mais cálcio que outras soluções, tornando-a levemente acidificantes (pH 5,5). É uma solução de emprego ideal nas alcaloses metabólicas. É uma solução cristalóide, isotônica. Não tem lactato Usado par reposição, pode ser usado em animais desidratados. Usado em animais com alcalose, pois precisam ter o sangue acidificado. Solução NaCl a 0,9% é uma solução cristalóide, isotônica, utilizada para reposição, não é uma solução balanceada, pois contém apenas sódio, cloro e água. É acidificadora, sendo indicada para pacientes com alcalose, hipoadrenocorticismo (por aumentar reposição de sódio), insuficiência renal oligúrica ou anúrica (pois evita retenção de potássio) e hipercalcemia (pois não contém cálcio). Solução de glicose a 5% em NaCl a 0,9% também é chamada de solução glicofisiológica, solução cristalóide utilizada para reposição. Possui composição semelhante à solução de NaCl a 0,9%. Apresenta, porém maior osmolaridade e pH 4,0 É um dos mais seguros, mas não é completo como é o ringer É um líquido que entra nos compartimentos, mas ele não tem a proximidade com o plasma. Pode usar em animais com alcalose, em animais que tenham alteração do metabolismo do sódio, em animais com insuficiência renal, em animais com hipercalcemia. Tem como ser melhorado Se adicionar glicose, transforma em glicofisiológico. É o mais fácil de ser manipulado. Animal que tem ventroflexão cervical e precisa de potássio, pega o cloreto de potássio (usado na eutanásia) coloca Feito por Gabriela Araújo Aula 2 uma quantidade no soro, dilui e está fazendo a suplementação. É o mais seguro para fazer a suplementação. Solução salina hipertônica é uma solução hipertônica utilizada para reanimação. É indicada em casos de hemorragia, queimaduras, hipovolemia e choque. Nos casos de choque aconselha-se o uso de solução salina hipertônica de NaCl a 7,5%. Soluções hipertônicas levam ao aumento da frequência cardíaca, vasodilatação pulmonar e sistêmica, manutenção do fluxo sanguíneo nos órgãos vitais. Ao administrar este tipo de solução o paciente deve ser monitorado com atenção. Animal chega em choque, não tem líquido dentro dele, está todo alterado, com pressão baixa, teve trauma cranioencefálico e está com a cabeça inchada. Precisa usar a hipertônica, colocar mais sal dentro da corrente sanguínea porque o sal puxa o líquido do edema, coloca na corrente sanguínea, melhora a pressão e diminui o inchaço. Só coloca cloreto de sódio em uma concentração maior, para puxar o edema, o líquido, ou qualquer coisa inflamatória de dentro do corpo. Contêm substâncias de alto peso molecular restritas ao compartimento plasmático. O colóide é indicado em pacientes que possuem PPT menor que 3,5g/dL, a albumina menor que 1,5g/dL, e em casos de choque hipovolêmico. Não passa para dentro da célula nem para dentro dos vasos, então não adianta usar os colóides. Contraindicados em pacientes com falência renal, pois a metabolização e excreção da solução se dão por via renal (não vai sair), em pacientes com coagulopatias, pois podem causar hemorragia e, é importante salientar que estas soluções são acidificantes (não pode usar em animais com acidose metabólica) Os colóides sintéticos disponíveis no mercado são derivados de dextranos (Dextran 40 e 70), polímeros de gelatina (Haemacel e Polisocel), amido de hidroxietila (Hetastarch) ou fluídos carreadores de oxigênio à base de hemoglobina (Oxyglobin®, Biopure Corporation, Cambridge, MA). A principal indicação é para potros e bezerros que não ingeriram de forma adequada o colostro e por isso apresenta falha na transferência de imunidade passiva. Pega o plasma, coloca na veia do animal para tentar melhorar a imunidade dele. Outra indicação refere-sea situação clínica em que a PPT encontra-se abaixo de 4g/dL em razão de perdas Feito por Gabriela Araújo Aula 2 contínuas existentes (como nas colites) ou de extensa hemodiluição decorrente de prolongada fluidoterapia com cristalóides É quando o animal perdeu quantidade de líquido ou perdeu proteína, então faz o uso do plasma. Via enteral É indicada para hidratação de pacientes estáveis, supondo que não há perda de fluído. Absorção lenta Via oral Tem sua maior indicação em situações clínicas de desidratação decorrente de exercícios físicos, anorexia, diarreias e cólicas em equinos provocados por compactação no cólon maior. Não deve ser superior a 5 a 10 litros Para pequenos animais é funcional? Via intravenosa Os cateteres são introduzidos nas veias periféricas (ex: safena ou cefálica) ou na via jugular. É necessária técnica de assepsia e realização de tricotomia local. É uma das vias de acesso mais caras, porém mais efetivas e com efeito imediato Necessário utilizar fluidoterapia estéril, e o paciente deve ser monitorado com frequência. Complicações comuns: inflamação local, risco de trombose, falta de assepsia adequada, além de alguns animais não aceitarem o acesso e morderem o cateter. Via subcutânea Contraindicada para pacientes com desidratação moderada a grave ou para aqueles que apresentam comprometimento circulatório Caso a absorção seja deficiente ou o volume excessivo, pode ocorrer acúmulo de fluido que resulta em desconforto e redução da temperatura corporal Soluções isotônicas de ringer lactato e solução salina a 0,9% são fluidos de escolha para a aplicação subcutânea Formação de abcessos e celulite também podem ser complicações decorrentes do uso dessa via quando não se emprega cuidadosa assepsia Via intraperitoneal É raramente utilizada. Absorção relativamente rápida de soluções cristalóides Lesões de órgãos intracavitários e risco de peritonite por contaminação Indicada para neonatos, nos quais é difícil o acesso venoso, e para a realização de autotransfusão Soluções isotônicas de ringer lactato e salina a 0,9% são recomendadas para essa via. Via retal Não é tipicamente utilizada, mas é a via preferencial para administração de Feito por Gabriela Araújo Aula 2 drogas a pacientes com encefalopatia hepática. Estes pacientes normalmente estão tão deprimidos que não toleram administração de drogas por via oral. A administração de lactulose e neomicina são indicadas por esta via, pois reduz a biotransformação de amônia, que contribui para os sinais de encefalopatia hepática. Tal via também é utilizada para a realização de enemas, porém se a solução de enema não passar corretamente o fosfato da solução será absorvido sistemicamente. Este fosfato pode formar um complexo com cálcio resultando em tetania hipocalcêmica Via intraóssea Animais pediátricos e neonatos, a medula óssea do fêmur e do úmero, ocasionalmente, é acessada com mais facilidade do que as veias de pequeno calibre colapsadas (Figura 8). É necessária rigorosa técnica de assepsia para evitar infecção e, por conseguinte, formação de abscesso e sepse. Esse procedimento é dolorido e deve-se infiltrar lidocaína na pele, o tecido subcutâneo e no periósteo antes da introdução do cateter. Também, pode haver lesão iatrogênica aos nervos regionais. Embora quase sempre essa via seja indicada para animais muito jovens e pequenos, tal procedimento raramente é utilizada. Esta via pode ser utilizada para administrações rápidas e em curto prazo, possui rápida absorção e é recomendada para emprego de fluídos, medicamentos e derivados do sangue Reidratação/reposição Para pequenos animais: Volume (ml) = desidratação (%) X peso (kg) X 10 Para grandes animais: Volume de reposição (ml) = peso vivo (kg) X grau de desidratação (%) Manutenção do dia Pequenos animais: Cão = 50mL/kg Gato = 70mL/kg Grandes animais: Volume de manutenção para um adulto (ml) = 50mL X peso vivo (kg) Volume de manutenção para um jovem (ml) = 100mL X peso vivo (kg) Volume de manutenção em um neonato (ml) = 150ml X peso vivo (kg) Volume de perdas Perdas adicionais – cães e gatos: Vômito = 40ml/kg Diarreia = 50ml/kg Vômito + diarreia = 60ml/kg Feito por Gabriela Araújo Aula 2 A velocidade de reposição dos fluidos deve acompanhar a gravidade da desidratação Velocidade de aproximadamente 15ml/kg/h são razoáveis Velocidade de 90ml/kg/h é bem tolerada em animais moderadamente desidratados É seguro fluidoterapia na velocidade de 15 a 50ml/kg/h de acordo com o grau de desidratação Gotas/min = volume total de infusão X gotas/tempo total de infusão Todos os sistemas de administração apresentam uma câmara de gotejamento no equipo que permite estimar a taxa de fluxo. Dependendo da marca, o tamanho das gotas é calibrado de modo que 1 ml = 10, 15, 20 ou 60 gotas. Equipos convencionais são calibrados para 10 a 20 gotas por ml, equipos pediátricos para 60 gotas por ml Diurese excessiva Perda de eletrólitos resultando em desequilíbrio acidobásico e excreção excessiva de eletrólitos Edema pulmonar e intersticial podendo suceder em efusão em espaços maiores (ex. cavidade pleural, pericárdica, peritoneal e cavidades articulares). Pode aumentar a taxa de mortalidade. A falta de produtos comerciais em embalagens com volume e concentração adequados as necessidades clínicas em grandes animais, é um dos grandes obstáculos à instituição de protocolos de reposições hidroeletrolíticas Feito por Gabriela Araújo Aula 2 Questão 1 Um bovino de 500kg de PV (peso vivo), com grau de desidratação de 8% V reposição = 500 (peso) X 8 (%) = 4.000ml = 4 litros + V manutenção = 50 ml/kg 50 x 500 = 25.000ml = 25 litros V total = 29.000ml = 29 litros/24 horas Velocidade de administração Gotas/min = volume total de infusão x gotas/ tempo total de infusão 15ml/km/h 15 x 500 = 7.500ml = 7,5L/h = 7.500 x 20/60 = 2.500 gotas/min = 41 gotas/s Questão 2 Cão – 9,6kg 5% de desidratação Diarreia Anorexia Feito por Gabriela Araújo Aula 2 Calcular o valor de fluidos a ser administrados em 24 horas e a taxa de infusão (gotas/min) 1ª conta: reidratação Volume (ml) = desidratação (%) X peso (kg) x 10 = 5 x 9,6 x 10 = 480 ml Manutenção do dia: 50 x 9,6 = 480 ml Perdas adicionais 50 x 9,6 = 480 ml Volume de administração Gotas/min = volume total de infusão x gotas/tempo total de infusão 480 ml (reidratação) + 480 ml (perdas) x 20 (equipo macro gotas) / 24h (1440 min) 960 ml x 20 / 1440 = 13,3 gotas/min Para transformar em segundos: 13,3 / 60 (s) = 0,22 gotas/seg ou seja, aproximadamente, 1 gota a cada 5 segundos
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