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Fluidoterapia Veterinária

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Feito por Gabriela Araújo Aula 2 
 
 
 
 
 
 Os líquidos do corpo dos animais estão 
distribuídos da seguinte forma: 
 Água corporal total = LIC + LEC 
 Líquido intracelular (LIC) – total de líquido 
no interior das células 
 Líquido extracelular (LEC) 
 Líquido no espaço entre as células – 
líquido intersticial 
 Líquido no plasma sanguíneo 
 Líquido transcelular 
 
 
O animal adulto sempre tem uma 
composição de água muito menor do que o 
neonato, então quando vai fazer a fluido é 
mais difícil no filhote, porque se coloca fluido 
demais, começa a passar através das 
camadas e o animal começa a se afogar 
nele mesmo. 
 
 O líquido transcelular, situado em 
cavidades especiais delimitadas por 
epitélio ou por mesotélio, engloba: 
 Fluido cérebro-espinhal 
 Líquido sinovial (articulações) 
 Linfa 
 
 
 
 
 
 
 
 Bile 
 Líquido das vias digestivas e urinárias 
(pode chegar a representar de 10% a 
15% do peso corpóreo) – é o líquido que 
perde muito através de vômito ou 
diarreia, mas também é o que repõe 
mais rápido 
 Secreções respiratórias 
 Humor aquoso 
 Líquido peritoneal e pericárdico 
 
 Redução da ingestão (de água e 
alimentos) 
 Exemplo: um gato não come nada, não 
ingere a água que precisaria, não ingere 
a água da ração, e isso gera uma 
desidratação. 
 Essa redução de ingestão é imediata, no 
hemograma mostra uma desidratação 
discreta, mas repondo líquido apenas via 
oral e o animal recupera normalmente 
 Trata-se de uma desidratação minúscula 
e fácil de resolver 
 
 Diminuição da absorção 
 Animal que tem alteração de doença, é 
enfermidade mesmo 
 Qualquer enfermidade que o animal não 
está absorvendo, por exemplo, animal 
Fluidoterapia 
Feito por Gabriela Araújo Aula 2 
com síndrome cólica não absorve, o que 
leva a desidratação. 
 Qualquer síndrome é um monte de 
pequenos sinais, não é uma coisa 
sozinha. 
 Se o animal soa demais, se respira 
rápido demais e coloca a língua para 
fora, então ele absorve ar demais e não 
consegue ter uma absorção legal, acaba 
tendo perda de líquido pela pele, pelo 
nariz, pela língua, em todos os formatos. 
 
 Aumento da eliminação/secreção 
 Diarreia – tem o epitélio de 
estratificação e quando perde o 
momento da absorção, ele acaba não 
absorvendo nada. A mesma coisa 
acontece com o animal que tem 
parvovirose, porque o vírus destrói 
qualquer dessas estratificações, o animal 
não recebe nenhum líquido e ele acaba 
morrendo porque ele realmente não tem 
líquido sendo absorvido. 
 
 Sequestro em cavidades ou na luz do 
tubo digestório 
 O animal que está com edema pulmonar 
não tem absorção boa, porque está 
com o intestino cheio de líquidos 
 
 Acúmulo no espaço intersticial 
 
 
 
 
 
 Disfagia – dificuldade em se alimentar 
 Obstrução esofágica – não consegue 
engolir devido a obstrução 
 Diarreia 
 Poliúria – muita urina em pequenas 
quantidades 
 Peritonite difusa – inflamação do 
peritônio 
 Pleurite difusa – inflamação da pleura 
 Obstrução pilórica – obstrução da 
válvula de saída do estômago 
 Ectopias de abomaso – tudo que nasceu 
em lugar diferente 
 Obstruções intestinais 
 Acidose láctica ruminal – alteração de 
pH 
 Choque endotoxêmico e septicêmico 
 
 Diarreias 
 Choque 
 Síndrome cólica 
 Desidratação após exercício físico 
extenuante 
 Ruptura de bexiga em potros 
 Desequilíbrios metabólicos – pela perda 
de líquidos, de minerais como: cálcio, 
magnésio, sódio, potássio, entre outros, 
e o animal começa a ter mudanças na 
forma sistêmica. 
 Obstrução ou ruptura esofágica 
 Doenças renais 
 
Feito por Gabriela Araújo Aula 2 
 A Fluidoterapia é um tratamento de 
suporte 
 A doença primária que provoca 
distúrbios de fluidos, eletrólitos e do 
equilíbrio ácido base deve ser 
diagnosticada e tratada adequadamente 
– tratando a doença primária, cessa o 
problema e resolve o problema por 
completo. 
 O objetivo da terapia hídrica e eletrolítica 
é corrigir desidratação ou hidratação 
excessiva e/ou desequilíbrio eletrolítico – 
o animal pode estar teoricamente 
hidratado, mas ter uma alteração dos 
elétrons, e é preciso fazer uma 
reposição eletrolítica. 
 
 Perda de peso – devido à perda de 
líquidos 
 Aumento da frequência cardíaca e do 
tempo de preenchimento capilar – se 
não tem líquido dentro do corpo, o 
coração precisa fazer muito mais 
esforço para levar a quantidade 
suficiente de células para oxigenar todos 
os tecidos e órgãos, por isso o animal 
pode apresentar FC alterada. O TPC 
demora um pouco para completar 
porque ele precisa de tempo para 
mostrar que está preenchendo o tecido 
que foi pressionado. 
 Perda de elasticidade cutânea – não 
pode ser usado como sinal clínico 
específico, porque depende da idade, 
peso e raça do animal. 
 Ressecamento das mucosas – devido a 
desidratação pode apresentar 
enoftalmia e mucosas secas 
 Diminuição da temperatura nas 
extremidades – acontece porque os 
órgãos vitais precisam funcionar mais 
do que os membros, então o corpo usa 
os líquidos das extremidades para as 
necessidades vitais, o que causa essa 
diminuição na temperatura. Quando 
repõe a quantidade de líquidos, a 
temperatura volta à normalidade. 
 Diminuição da produção de urina – 
produz menos porque não tem água, 
não passa sangue pelo rim, não filtra 
urina e não libera essa urina. 
 
 
 A partir de <5 ou seja, quando faz o 
TPC do animal e está em menor que 2 
mas está com enoftalmia, significa que 
ele está um pouquinho desidratado, 
então não é tão grave, então é <5 
(menor que 5). Tudo que é <5 é aquilo 
que não detecta com facilidade, ou seja, 
Feito por Gabriela Araújo Aula 2 
se der água para o animal, ele recupera. 
(Depende do sinal clínico e depende da 
gravidade) 
 De 5 a 6 está com desidratação suave. 
Tem alteração do turgor cutâneo, a pele 
dele está um pouco mais elástica, e tem 
episódios esporádicos de vômito e 
diarreia. Tem como repor via oral e via 
intravenosa, para não vomitar 
novamente. Não é o quadro de dar água 
para pequenos animais de vez, primeiro 
dá com a medicação para parar o 
vômito via intravenosa, entra com a 
fluidoterapia em taxa muito baixa e 
depois de 2 horas coloca para beber 
água. 
 De 6 a 8 tem uma desidratação 
moderada, onde o animal já tem 
alteração de puxar a pele e não 
retornar direito, TPC acima de 2 (em 3), 
nesse caso o animal começa a ter 
retração visível do olho e possível 
ressecamento das mucosas, começa a 
ter dificuldade de se alimentar, tem 
vômito e tem diarreia moderada. 
 Para grandes tem até o 10 porque não 
fica procurando outras coisas a mais, se 
chegou no 10 é realmente um quadro 
grave. 
 De 10 a 12 o animal está com a 
aparência da pele em forma de fenda, 
ou seja, puxa a pele e fica um triângulo 
ou demora muito para voltar ao normal, 
o TPC demora 5 segundos, tem 
retração do globo ocular, ressecamento 
das mucosas, possíveis sinais de choque 
(taquicárdico, extremidades frias, pulso 
fraco, e pulso rápido) 
 Sinais clínicos na desidratação severa: o 
animal não come, tem vômito e diarreia 
o tempo todo, e provavelmente tem 
alteração renal. 
 De 12 a 15 o animal tem sinais evidentes 
de choque, e vai morrer. 
 Animal que chega em choque, se for 
hemorragia, contém a hemorragia e 
coloca na fluidoterapia e deixa o soro 
aberto, porque ele precisa repor pelo 
menos o volume hídrico. Na hemorragia 
ele perde não só o volume mas também 
perde a célula, então se colocar muito 
líquido dentro dele, o animal não vai ter 
resposta funcional e não vai conseguir 
respirar. Ou seja, abre, deixa cair a 
quantidade de líquido que ele precisa 
para reposição e depois fecha, porque 
se não fechar, ele vai ter poucas células 
dentro do vaso e muito líquido, se tem 
pouca célulanão tem oxigenação de 
sangue e de tecidos e o animal morre. 
 No grau <5 coloca pouca fluido e no 
grau 12 a 15 coloca muita fluido para o 
corpo dele funcionar. 
 
 Animais obesos – não tem pele e 
parece que não está desidratado, mas 
está 
 Animais muito magros que tem grande 
presença de pele 
 Os animais emaciados e mais velhos – 
tem a pele mais elástica e seca 
Feito por Gabriela Araújo Aula 2 
 Respiração ofegante persistente – o 
animal que está muito ofegante vai 
perder líquido pela boca. 
 O valor do VG (volume globular) e o 
teor de PPT (proteína) aumentam em 
todos os tipos de perda de fluidos, 
excluindo hemorragia 
 Animais anêmicos e desidratados podem 
ter Ht (hematócrito) falsamente normal, 
pois a desidratação concentra as células 
vermelhas do sangue 
 Animais com doença inflamatória podem 
apresentar PPT elevado mesmo com 
hidratação normal. Doenças 
inflamatórias elevam os valores de 
globulinas, assim como a desidratação 
eleva os valores de albumina. – quando 
a globulina está aumentada significa que 
o animal está inflamado. Se ele estiver 
com doença inflamatória, a proteína dele 
vai estar aumentada mas ele não vai 
estar desidratado. Se tem que avaliar a 
proteína do animal e ele está 
desidratado, tem que colocar na fluido de 
novo. É preciso primeiro hidratar o 
animal para não ter alteração no 
hemograma. 
 
 Classificadas de acordo com o tamanho 
molecular e permeabilidade capilar: 
 Cristaloides são as mais empregadas na 
fluidoterapia, consistem em uma solução 
a base de água com moléculas pequenas 
as quais a membrana capilar é 
permeável, capazes de entrar em todos 
os compartimentos corpóreos 
 São mais usadas – ringer lactato, ringer 
simples, solução fisiológica 0,9%, solução 
hipertônica. 
 É solução base de água, e tenta chegar 
mais próximo do plasma sanguíneo 
 São moléculas pequenas que passam de 
um compartimento para outro (celular, 
intracelular, extracelular, e intersticial) 
 
 Colóides são substâncias de alto peso 
molecular, com permeabilidade restrita 
ao plasma de pacientes com endotélio 
íntegro e não comprometido. Os colóides 
atuam principalmente no compartimento 
intravascular 
 É a fluidoterapia que ninguém usa 
porque é cara, é pesada e necessita que 
o animal esteja mais ou menos estável 
para usar. 
 Para grandes animais tem o plasma, que 
é usado realmente para potros que não 
mamaram o colostro direito, então usa-
se o plasma sanguíneo, injeta no animal 
e oferece pelo menos as 
imunoglobulinas que ele não conseguiu 
pegar no colostro da mãe. 
 
 Ringer com lactato de sódio é uma 
solução isotônica, cristaloide, com 
composição semelhante ao LEC, pH 6,5, 
utilizada para reposição. Tem 
características alcalinizantes, uma vez 
que o lactato sofre biotransformação 
hepática em bicarbonato, sendo indicado 
Feito por Gabriela Araújo Aula 2 
para acidoses metabólicas. Por conter 
cálcio é contraindicada para pacientes 
hipercalcêmicos, assim como não é 
indicada para pacientes hepatopatas. 
 Se o animal estiver com alteração de 
alcalose metabólica, quando coloca o 
lactato piora o quadro. 
 Se o animal tem acidose metabólica (não 
respira direito, hálito cetônico, mais 
suado, temperatura alterada, etc.) pode 
usar o ringer lactato com segurança, e 
ele vai ser perfeito, porque ele já tem 
quantidades suficientes que já repõe 
sem precisar adicionar lactato ou 
bicarbonato dentro dele. 
 O animal chega todo amarelo, com 
icterícia gravíssima, se ele tem icterícia, 
tem lesão hepática, e em animais com 
lesão hepática não usa o ringer lactato 
porque ele é contraindicado para 
hepatopatas por ter a conversão 
através do fígado. Então, usa-se em 
animais normais, animais desidratados e 
animais que tenham acidose metabólica. 
 
 Ringer simples tem características 
semelhantes ao ringer lactato, porém 
não contém lactato, é utilizada para 
reposição. Contém mais cloreto e mais 
cálcio que outras soluções, tornando-a 
levemente acidificantes (pH 5,5). É uma 
solução de emprego ideal nas alcaloses 
metabólicas. É uma solução cristalóide, 
isotônica. 
 Não tem lactato 
 Usado par reposição, pode ser usado 
em animais desidratados. 
 Usado em animais com alcalose, pois 
precisam ter o sangue acidificado. 
 
 Solução NaCl a 0,9% é uma solução 
cristalóide, isotônica, utilizada para 
reposição, não é uma solução 
balanceada, pois contém apenas sódio, 
cloro e água. É acidificadora, sendo 
indicada para pacientes com alcalose, 
hipoadrenocorticismo (por aumentar 
reposição de sódio), insuficiência renal 
oligúrica ou anúrica (pois evita retenção 
de potássio) e hipercalcemia (pois não 
contém cálcio). Solução de glicose a 5% 
em NaCl a 0,9% também é chamada de 
solução glicofisiológica, solução 
cristalóide utilizada para reposição. 
Possui composição semelhante à 
solução de NaCl a 0,9%. Apresenta, 
porém maior osmolaridade e pH 4,0 
 É um dos mais seguros, mas não é 
completo como é o ringer 
 É um líquido que entra nos 
compartimentos, mas ele não tem a 
proximidade com o plasma. 
 Pode usar em animais com alcalose, em 
animais que tenham alteração do 
metabolismo do sódio, em animais com 
insuficiência renal, em animais com 
hipercalcemia. 
 Tem como ser melhorado 
 Se adicionar glicose, transforma em 
glicofisiológico. 
 É o mais fácil de ser manipulado. 
 Animal que tem ventroflexão cervical e 
precisa de potássio, pega o cloreto de 
potássio (usado na eutanásia) coloca 
Feito por Gabriela Araújo Aula 2 
uma quantidade no soro, dilui e está 
fazendo a suplementação. 
 É o mais seguro para fazer a 
suplementação. 
 
 Solução salina hipertônica é uma solução 
hipertônica utilizada para reanimação. É 
indicada em casos de hemorragia, 
queimaduras, hipovolemia e choque. Nos 
casos de choque aconselha-se o uso de 
solução salina hipertônica de NaCl a 
7,5%. Soluções hipertônicas levam ao 
aumento da frequência cardíaca, 
vasodilatação pulmonar e sistêmica, 
manutenção do fluxo sanguíneo nos 
órgãos vitais. Ao administrar este tipo 
de solução o paciente deve ser 
monitorado com atenção. 
 Animal chega em choque, não tem líquido 
dentro dele, está todo alterado, com 
pressão baixa, teve trauma 
cranioencefálico e está com a cabeça 
inchada. Precisa usar a hipertônica, 
colocar mais sal dentro da corrente 
sanguínea porque o sal puxa o líquido do 
edema, coloca na corrente sanguínea, 
melhora a pressão e diminui o inchaço. 
 Só coloca cloreto de sódio em uma 
concentração maior, para puxar o 
edema, o líquido, ou qualquer coisa 
inflamatória de dentro do corpo. 
 
 Contêm substâncias de alto peso 
molecular restritas ao compartimento 
plasmático. O colóide é indicado em 
pacientes que possuem PPT menor que 
3,5g/dL, a albumina menor que 1,5g/dL, e 
em casos de choque hipovolêmico. 
 Não passa para dentro da célula nem 
para dentro dos vasos, então não 
adianta usar os colóides. 
 
 Contraindicados em pacientes com 
falência renal, pois a metabolização e 
excreção da solução se dão por via 
renal (não vai sair), em pacientes com 
coagulopatias, pois podem causar 
hemorragia e, é importante salientar que 
estas soluções são acidificantes (não 
pode usar em animais com acidose 
metabólica) 
 Os colóides sintéticos disponíveis no 
mercado são derivados de dextranos 
(Dextran 40 e 70), polímeros de gelatina 
(Haemacel e Polisocel), amido de 
hidroxietila (Hetastarch) ou fluídos 
carreadores de oxigênio à base de 
hemoglobina (Oxyglobin®, Biopure 
Corporation, Cambridge, MA). 
 
 A principal indicação é para potros e 
bezerros que não ingeriram de forma 
adequada o colostro e por isso 
apresenta falha na transferência de 
imunidade passiva. 
 Pega o plasma, coloca na veia do animal 
para tentar melhorar a imunidade dele. 
 
 Outra indicação refere-sea situação 
clínica em que a PPT encontra-se 
abaixo de 4g/dL em razão de perdas 
Feito por Gabriela Araújo Aula 2 
contínuas existentes (como nas colites) 
ou de extensa hemodiluição decorrente 
de prolongada fluidoterapia com 
cristalóides 
 É quando o animal perdeu quantidade de 
líquido ou perdeu proteína, então faz o 
uso do plasma. 
 
 Via enteral 
 É indicada para hidratação de pacientes 
estáveis, supondo que não há perda de 
fluído. 
 Absorção lenta 
 
 Via oral 
 Tem sua maior indicação em situações 
clínicas de desidratação decorrente de 
exercícios físicos, anorexia, diarreias e 
cólicas em equinos provocados por 
compactação no cólon maior. Não deve 
ser superior a 5 a 10 litros 
 Para pequenos animais é funcional? 
 
 Via intravenosa 
 Os cateteres são introduzidos nas veias 
periféricas (ex: safena ou cefálica) ou 
na via jugular. É necessária técnica de 
assepsia e realização de tricotomia local. 
É uma das vias de acesso mais caras, 
porém mais efetivas e com efeito 
imediato 
 Necessário utilizar fluidoterapia estéril, e 
o paciente deve ser monitorado com 
frequência. 
 Complicações comuns: inflamação local, 
risco de trombose, falta de assepsia 
adequada, além de alguns animais não 
aceitarem o acesso e morderem o 
cateter. 
 
 Via subcutânea 
 Contraindicada para pacientes com 
desidratação moderada a grave ou para 
aqueles que apresentam 
comprometimento circulatório 
 Caso a absorção seja deficiente ou o 
volume excessivo, pode ocorrer 
acúmulo de fluido que resulta em 
desconforto e redução da temperatura 
corporal 
 Soluções isotônicas de ringer lactato e 
solução salina a 0,9% são fluidos de 
escolha para a aplicação subcutânea 
 Formação de abcessos e celulite 
também podem ser complicações 
decorrentes do uso dessa via quando 
não se emprega cuidadosa assepsia 
 
 Via intraperitoneal 
 É raramente utilizada. Absorção 
relativamente rápida de soluções 
cristalóides 
 Lesões de órgãos intracavitários e risco 
de peritonite por contaminação 
 Indicada para neonatos, nos quais é difícil 
o acesso venoso, e para a realização de 
autotransfusão 
 Soluções isotônicas de ringer lactato e 
salina a 0,9% são recomendadas para 
essa via. 
 
 Via retal 
 Não é tipicamente utilizada, mas é a via 
preferencial para administração de 
Feito por Gabriela Araújo Aula 2 
drogas a pacientes com encefalopatia 
hepática. 
 Estes pacientes normalmente estão tão 
deprimidos que não toleram 
administração de drogas por via oral. A 
administração de lactulose e neomicina 
são indicadas por esta via, pois reduz a 
biotransformação de amônia, que 
contribui para os sinais de encefalopatia 
hepática. Tal via também é utilizada para 
a realização de enemas, porém se a 
solução de enema não passar 
corretamente o fosfato da solução será 
absorvido sistemicamente. Este fosfato 
pode formar um complexo com cálcio 
resultando em tetania hipocalcêmica 
 
 Via intraóssea 
 Animais pediátricos e neonatos, a 
medula óssea do fêmur e do úmero, 
ocasionalmente, é acessada com mais 
facilidade do que as veias de pequeno 
calibre colapsadas (Figura 8). É 
necessária rigorosa técnica de assepsia 
para evitar infecção e, por conseguinte, 
formação de abscesso e sepse. Esse 
procedimento é dolorido e deve-se 
infiltrar lidocaína na pele, o tecido 
subcutâneo e no periósteo antes da 
introdução do cateter. Também, pode 
haver lesão iatrogênica aos nervos 
regionais. Embora quase sempre essa 
via seja indicada para animais muito 
jovens e pequenos, tal procedimento 
raramente é utilizada. Esta via pode ser 
utilizada para administrações rápidas e 
em curto prazo, possui rápida absorção 
e é recomendada para emprego de 
fluídos, medicamentos e derivados do 
sangue 
 
Reidratação/reposição 
 Para pequenos animais: 
 Volume (ml) = desidratação (%) X peso 
(kg) X 10 
 Para grandes animais: 
 Volume de reposição (ml) = peso vivo 
(kg) X grau de desidratação (%) 
 
Manutenção do dia 
 Pequenos animais: 
 Cão = 50mL/kg 
 Gato = 70mL/kg 
 
 Grandes animais: 
 Volume de manutenção para um adulto 
(ml) = 50mL X peso vivo (kg) 
 Volume de manutenção para um jovem 
(ml) = 100mL X peso vivo (kg) 
 Volume de manutenção em um neonato 
(ml) = 150ml X peso vivo (kg) 
 
Volume de perdas 
 Perdas adicionais – cães e gatos: 
 Vômito = 40ml/kg 
 Diarreia = 50ml/kg 
 Vômito + diarreia = 60ml/kg 
 
 
 
Feito por Gabriela Araújo Aula 2 
 A velocidade de reposição dos fluidos 
deve acompanhar a gravidade da 
desidratação 
 Velocidade de aproximadamente 
15ml/kg/h são razoáveis 
 Velocidade de 90ml/kg/h é bem tolerada 
em animais moderadamente 
desidratados 
 É seguro fluidoterapia na velocidade de 
15 a 50ml/kg/h de acordo com o grau de 
desidratação 
 Gotas/min = volume total de infusão X 
gotas/tempo total de infusão 
 Todos os sistemas de administração 
apresentam uma câmara de 
gotejamento no equipo que permite 
estimar a taxa de fluxo. Dependendo da 
marca, o tamanho das gotas é calibrado 
de modo que 1 ml = 10, 15, 20 ou 60 
gotas. Equipos convencionais são 
calibrados para 10 a 20 gotas por ml, 
equipos pediátricos para 60 gotas por 
ml 
 
 Diurese excessiva 
 Perda de eletrólitos resultando em 
desequilíbrio acidobásico e excreção 
excessiva de eletrólitos 
 Edema pulmonar e intersticial podendo 
suceder em efusão em espaços 
maiores (ex. cavidade pleural, 
pericárdica, peritoneal e cavidades 
articulares). 
 Pode aumentar a taxa de mortalidade. 
 A falta de produtos comerciais em 
embalagens com volume e concentração 
adequados as necessidades clínicas em 
grandes animais, é um dos grandes 
obstáculos à instituição de protocolos de 
reposições hidroeletrolíticas 
 
 
 
Feito por Gabriela Araújo Aula 2 
 
 
 
 
 
 
Questão 1 
 Um bovino de 500kg de PV (peso vivo), com grau de desidratação de 8% 
 
 V reposição = 500 (peso) X 8 (%) = 4.000ml = 4 litros 
+ 
 V manutenção = 50 ml/kg 
50 x 500 = 25.000ml = 25 litros 
 V total = 29.000ml = 29 litros/24 horas 
 
 Velocidade de administração 
 Gotas/min = volume total de infusão x gotas/ tempo total de infusão 
 
 15ml/km/h 
15 x 500 = 7.500ml = 7,5L/h 
= 7.500 x 20/60 = 2.500 gotas/min = 41 gotas/s 
 
 
Questão 2 
 Cão – 9,6kg 
 5% de desidratação 
 Diarreia 
 Anorexia 
Feito por Gabriela Araújo Aula 2 
 Calcular o valor de fluidos a ser administrados em 24 horas e a taxa de infusão 
(gotas/min) 
 
 1ª conta: reidratação 
 Volume (ml) = desidratação (%) X peso (kg) x 10 = 5 x 9,6 x 10 = 480 ml 
 
 Manutenção do dia: 
50 x 9,6 = 480 ml 
 Perdas adicionais 
50 x 9,6 = 480 ml 
 Volume de administração 
 Gotas/min = volume total de infusão x gotas/tempo total de infusão 
480 ml (reidratação) + 480 ml (perdas) x 20 (equipo macro gotas) / 24h (1440 min) 
960 ml x 20 / 1440 = 13,3 gotas/min 
 
 Para transformar em segundos: 
13,3 / 60 (s) = 0,22 gotas/seg ou seja, aproximadamente, 1 gota a cada 5 segundos

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