Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Pigmentações patológicas ▪ Processo de formação normal e patológico no corpo. Podendo ser por agentes endógenos ou exógenos. Endógenas derivadas da hemoglobina 1) Pigmentos biliares: Biliverdina; Bilirrubina; Urobilinogenio; Urobilina; Estercobilina 2) Hemossiderina Bilirrubina ▪ Principal pigmento biliar ▪ Pigmento amarelo, produto do catabolismo da fração heme da hemoglobina e de outras hemoproteínas. ▪ Provém da degeneração de hemácias velhas (hemocaterese). ▪ Metabolizada através da conjugação com o ácido glicuronico. ▪ Excreção nas vias biliares, a coloração acastanhada das fezes advém da bilirrubina. Obs: uma obstrução no canal biliar devido a cálculos e tumores pode causar a não excreção de bilirrubina nas fezes, fazendo o indivíduo ter acolia fecal ou colúria. ▪ O aumento anormal de bilirrubina causa icterícia que é a manifestação clínica que só aparece com índices superiores a 2,4 mg/dL. Causas da icterícia: ▪ Produção excessiva de Bb ▪ Redução na captação e no transporte de Bb nos hepatócitos ▪ Comprometimento da conjugação (carências de enzimas envolvidas no processo) ▪ Baixa excreção celular de Bb ▪ Obstrução biliar intra ou extra- hepática. ATENÇÃO! Pode acontecer icterícia neonatal: o bebê pode nascer sem o aparelho enzimático hepático totalmente formado devido à ausência da enzima UDP. Essa coloração pode variar entre os casos dependendo da quantidade de pigmento (zona de Kramer). Em geral é transitória. ▪ Kernicterus: acúmulo de bilirrubina no tecido nervoso, podendo ser fatal ou deixar graves sequelas. Obs: a eritroblastose fetal agrava a deposição de Bb, acontece devido a hemólise maciça que faz com que a intensa liberação de hemoglobina o fígado produzia altas concentrações de bilirrubina. ▪ Em algumas crianças pode ocasionar dentes verdes. Hemossiderina ▪ Proteína que armazena ferro quando não está na hemoglobina. ▪ O aumento da hemossiderina nos tecidos pode ser de forma: 1) Localizada devido hemorragia 2) Sistêmica: aumento da absorção intestinal de ferro, anemias hemolíticas, transfusões repetidas e hemocromatose. ▪ Ferritrina ✓ Armazena e libera o ferro de maneira controlada, o ferro absorvido é armazenado e ligado a proteína apoferritina. Para ser transportado no plasma o ferro é removido pela transferrina. Após isso uma parte é utilizada pelas hemoglobinas e a outra armazenada no fígado na forma de ferritina. Obs: não há via de excreção do ferro, sendo perdido por meio da descamação de células do trato gastrointestinal e na menstruação por mulheres. ▪ Metabolismo do ferro Inicialmente: encontra-se na mioglobina da carne complexo denominado de heme, sendo absorvido pelo intestino (duodeno e jejuno). O ferro 2+ já está pronto para absorção nas carnes, enquanto o 3+ precisa ser convertido pelo PH do estomago por uma proteína carreadora. ▪ Hemocromatose Doença autossômica recessiva que há defeito na barreira intestinal na absorção de ferro. Diminuição da expressão de hepcidina em pessoas com defeitos no gene HFE Aumento da expressão de DMT1 e ferroportina Aumento da absorção de ferro na dieta pelos enterócitos Aumento da liberação de ferro para o sangue e elevação do ferro plasmático, diminuindo a captação de ferro circulante. Saturação da transferrina e deposição intracelular do excesso de ferro. Compromete vários órgãos devido seu acúmulo como fígado, pâncreas, diabetes bronzeado, hipogonadismo (não tem hormônio suficiente), insuficiência cardíaca; Artropatia. ▪ Hemossiderose localizada: equimose que é a lesão e suas fases após ocorrência na pele do indivíduo. ▪ Livor Mortis: ocorre devido a parada de circulação e ação da gravidade, fica violácea a região. Aparecimento de 2 a 3 horas após a morte. Endógenas não derivadas Melanina ▪ Pigmento preto-acastanhado que possui como funções: fotoproteção, ação antioxidante, absorção de calor e camuflagem. ▪ Pode ser a eumelanina (insolúvel, castanha e negra); feomelanina (solúvel em solução alcalina, amarela e vermelha). ▪ Fatores que interferem na melanogenese: genéticos, hormonais (Melasma), processos inflamatórios, ambientais, químicos e alimentares. Exemplos: Vitiligo: ausência de melanina por destruição de melanócitos.; Albinismo: Condição genética que não há produção de melanina; Efélides; Melanoma Lipofuscina ▪ Derivada da peroxidação de lipídios poli-insaturados de membranas subcelulares. Ocorre em neurônios e miocardiócitos. ▪ Sinal denunciador de lesão por radicais livres e peroxidação lipídica. ▪ Associada ao envelhecimento Gânglio nervoso simpático Ácido Homogentísico ▪ Causa ocronose ▪ Acúmulo de pigmentos escuros nas escleras, pavilhão auditivo, prega interdigital e aspecto escurecido da urina. ▪ Se acumula nas articulações causando Artropatia ocronótica. ▪ Histologia “Casca de banana” ▪ Via catabólica: Exógenas: Pneumoconioses ▪ Deposição de pó minerais no pulmão, pode ser: ▪ Antracose: partículas de carbono que chegam aos alvéolos, coloração negra. ▪ Abestose: acúmulo de amianto ▪ Silicose: acúmulo de silicato. Argiria: tatuagem por amálgama, acúmulo de íons metálicos no corpo. Calcificações Patológicas ▪ Disposição anormal de sais de cálcio e quantidades menores de ferro, magnésio e sais minerais nos tecidos. Distrófica ▪ Mais frequente e com deposição focal ▪ Locais de lesão celular e necrose ▪ Não depende dos níveis séricos de cálcio ▪ Ocorre em tecido previamente lesado, como tecido conjuntivo fibroso de lesões antigas, parede de vasos esclerosados, valvas cardíacas envelhecidas ou danificadas, necrose antiga e não reabsorvida, alguns tumores. ▪ Se tem a deposição de cristais de fosfato de cálcio similares a hidroxiapatita do osso. Essa deposição tem duas etapas: 1) Nucleação 2) Crescimento ▪ Macroscopia: Nódulos parenquimatosos palpáveis Consistência firme ou arenosa, resistentes ao corte. Coloração branco acinzentada Fibrose e calcificações distróficas do parênquima pancreático ▪ Microscopia Possuem aparência basofílica ▪ Nódulo calcificado de origem tuberculosa ▪ Possui corpos psamomatosos de aparência concêntrica Metastática ▪ Ocorre em tecidos normais ▪ Hipercalcemia secundária a desequilíbrio no metabolismo do cálcio ▪ Aumento da secreção do hormônio paratormônio ▪ Destruição do tecido ósseo ▪ Distúrbios relacionados a vitamina D ▪ Insuficiência renal ▪ Pode atingir a mucosa gástrica, rins, pulmões, artérias sistêmicas e veias pulmonares. Obs: histologicamente apresenta as mesmas características histológicas da distrófica.
Compartilhar