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Dafne Freitas - Odontologia - UFAM Anatomi� � Escultur� Denta� Resum� Morfologia Geral dos Dentes Permanentes Elementos arquitetônicos dos elementos dentais Elevações Cíngulo —-> saliência arredondada no terço cervical da face lingual ou palatina de incisivos e canino —--> corresponde à porção mais saliente do lobo lingual; Cúspide —-> saliência em forma de pirâmide quadrangular, típica de pré-molares e molares; —-> bi, tri, tetra e pentacuspídados; —-> Possui 4 vertentes (planos inclinados): ● Vertentes lisas —-> são 2, estão nas faces livres; —--> estão separadas das triturantes por arestas longitudinais; Arestas longitudinais —--> sãos as bordas inclinadas que formam o ângulo da cúspide, em uma vista V ou L; ● Vertentes triturantes (oclusais) —--> são 2, estão na face oclusal; —--> Vertentes lisas e triturantes mesiais são separadas das homônimas distais, em uma mesma cúspide por arestas transversais. —--> Vertentes e arestas encontram-se no vértice da cúspide; Crista marginal —-> eminência linear romba situada: ● Incisivos e caninos —-> nas bordas M e D da face L (vai do cíngulo aos ângulos incisais); ● Pré-molares e molares —-> nas bordas M e D da face O (estende-se das cúspides V às L); Função —-> evita que partículas de alimento que devem ser trituradas escapem da zona mastigatória e também protege a área de contato, evitando impactação alimentar nela. São pilares de reforço estrutural; Ponte de esmalte (crista oblíqua) —--> eminência linear que une cúspides, interrompendo um sulco principal; Ex.: Primeiro pré-molar inferior e do primeiro molar superior (cúspide distovestibular + cúspide mesiopalatina); Tubérculo —--> saliência menor que a cúspide, sem forma definida. Ex.: Tubérculo de Carabelli —-> Primeiro molar superior; Tubérculo molar do primeiro molar inferior decíduo; —---> Tubérculos arredondados pequenos ocorrem com certa frequência na face oclusal de terceiros molares e ocasionalmente em outros dentes com localizações imprecisas; Bossa —--> elevação arredondada situada no terço cervical da face V de TODOS os dentes permanentes e decíduos —--> entre os terços cervical e médio da face L de pré-molares e molares ou nas faces de contato de alguns dentes; Dafne Freitas - Odontologia - UFAM Depressões Sulco Principal —---> depressão linear aguda, estreita, que separa as cúspides umas das outras —-> marcados em azul nas imagens abaixo; Defeitos de desenvolvimentos causam fissuras —-> local de fácil desenvolvimento de cáries; —--> Sulco longitudunal mésio distal: ● Retilíneos; ● Quase retilíneos; ● Curvilíneos; Sulco secundário —--> pequeno e pouco profundo, distribui-se irregularmente e em número variável nas faces oclusais (entalham a face oclusal) —--> principalmente sobre as cúspides e na delimitação das cristas marginais —--> marcados em rosa nas imagens acima; Fossetas ou fóssulas —--> podem ser: ● Fossetas principais —-> depressões encontradas na terminação do sulco principal (junto à CM ou na face V de molares) ou no cruzamento de dois deles; —----> no fundo dessas fossetas podem surgir cicatrículas —-> pequenas depressões irregulares ou pontos profundos no esmalte —-> são locais eletivos de cárie; ● Fossetas secundárias —--> formadas pelo encontro de sulco principal com um ou dois sulcos secundários; —---> são menores e menos profundas; Fossa —--> escavação ampla e pouco profunda da face lingual de dentes anteriores —--> incisivos superiores; —---> é menos notável em caninos e incisivos inferiores; Forame cego —--> é uma depressão profunda semelhante a uma fosseta, pode surgir entre a fossa lingual e o cíngulo; Terminologia dos detalhes anatômicos da coroa dental 1. Cíngulo 2. Vertente lisa 3. Vertente triturante ou oclusal 4. Aresta longitudinal 5. Aresta transversal 6. Crista marginal 7. Ponte de esmalte 8. Tubérculo 9. Sulco principal 10. Sulco secundário 11. Fosseta (fóssula) principal 12. Fossa 13. Linha cervical Direção das faces da coroa dos dentes nos sentidos vertical e horizontal A direção das faces opostas da coroa é a mesma em todos os dentes —--> obedece a um plano geral de construção —--> NÃO são paralelas entre, mas convergentes em uma determinada direção —-> a convergência é mais ou menos acentuada segundo o dente considerado; Direção convergente das faces livres da coroa dos dentes —-> Faces V e L Sentido vertical —-> convergem em direção incisal ou oclusal Coroas dentais vistas pela face mesial. As barras paralelas às bordas V e L ressaltam a convergência das faces livres p/ a oclusal ou incisal; Dafne Freitas - Odontologia - UFAM É muito pronunciada nos incisivos e caninos —-> perfil triangular desses dentes, grande diâmetro VL perto do colo que se reduz gradualmente até chegar a um ângulo agudo ao nível da borda incisal. Pré-molares e molares —--> o perfil triangular se transforma em perfil trapezoidal —--> pela presença de uma borda oclusal —-> convergência das faces livres é na mesma direção dos incisivos e caninos; O diâmetro VL de cada dente é sempre maior quando medido ao nível do terço cervical —--> devido a bossa vestibular em todos os dentes e do cíngulo nos dentes anteriores; —--> nas face L dos dentes posteriores uma bossa lingual mal definida acentua a maior proeminência do terço médio; —--> em uma estreita faixa ao nível do colo a convergência das faces se faz em direção contrária (p/ cervical), em razão do estrangulamento do próprio colo; Sentido horizontal —-> ambas as faces livres convergem ligeiramente para direção distal; Coroas dentais vistas por oclusal ou incisal. As barras paralelas às bordas V e L ressaltam a convergência das faces livres p/ a D. Metade M > metade D no sentido VL; Grupos dos pré-molares há pouca convergência —--> faces livres são de pequena amplitude —-> difícil identificar com precisão; Direção convergente das faces proximais (contato) da coroa dos dentes —-> Faces M e D Sentido vertical —-> convergem em direção cervical; Coroas dentais vistas po V. As barras paralelas às bordas M e D ressalta a convergência das faces de contato para a cervical; Maior diâmetro MD —-> no terço incisal ou oclusal; Menor diâmetro MD —--> no terço cervical; Os dentes de um mesmo arco se tocam em uma relação de contiguidade —-> se dá pela maior proeminência M de um dente com a correspondente D do vizinho —--> local de toque é conhecido como área de contato; Obs: os incisivos centrais se tocam por suas mesiais. Área de contato —-> contatos interdentais, se situam próximas à borda incisal ou à face oclusal, muito mais deslocadas para a V do que para a L —-> pequena faceta de desgaste; Áreas de contato marcadas com pequeno retângulo. Cria 4 espaços em torno dela: ● Sentido vertical (olhando-se por V ou L) Sulco interdental —-> pequeno espaço no lado oclusal da área de contato (área oclusal); Espaço interdental —-> grande espaço prismático no lado oposto ocupado pela papila interdental da gengiva (área gengival); —--> a área de contato protege a papila interdental contra agressões mecânicas (impactação alimentar) durante a mastigação; ● Sentido horizontal (olhando por oclusal) Ameia lingual ou palatina —-> grande espaço em forma de V aberto para a L; Ameia vestibular —-> espaço bem menor do lado V; Sentido horizontal —-> convergem em direção lingual; Dentes vistos por oclusal ou incisal. As barras paralelas às bordas M e D ressaltam a convergência das faces de contato para a L; EXCEÇÃO: 1º MS e 2º MS decíduo —--> ambos tem a face L > V; O 2º PMI, eventualmente, também exibe uma face L alargada chegando mesmo a ser de tamanho maior que a face oposta; Dafne Freitas - Odontologia - UFAM A convergência das faces de contato p/ a L faz surgir a ameia lingual —--> a abertura será proporcional ao grau de convergência das faces. Dentes anteriores e 1º PMI —-> as convergências nos sentidos vertical e horizontal combinadas como se fossem uma convergência única na direção cervicolingual deixam o terço cervical afilado em relação às demais porções do dente; Linha equatorial —--> união dos pontosde maior convexidade das faces dentárias —--> as maiores proeminências ou áreas mais elevadas da coroa ficam próximas da oclusal nas faces de contato (contato interdental) e próximas da cervical nas faces livres. —--> se unir essas proeminências em uma linha contínua que contorne a coroa terá a linha equatorial que será mais sinuosa quanto mais anterior for o dente; —--> presente no terço cervical das faces V e L (exceto PM e M); Linha equatorial da coroa de um molar inferior vista por V (à esquerda), por D (no meio) e por um aspecto mesiolingual (à direita). Caracteres anatômicos comuns a todos os dentes Faces curvas —--> as faces da coroa de um dente são sempre curvas —--> na maioria das vezes convexas: há convexidade em todas as faces de todos os dentes; —--> Em algumas faces também aparecem concavidades alternando-se com as convexidades: lingual de dentes anteriores que tem cíngulo e fossa lingual e na oclusal de molares com fossetas e cúspides. Faces se unem por bordas arredondadas —--> não há limites precisos entre uma face e outra: quando se examina uma face, vê-se alguma da parte da parte vizinha. —--> bordas ou faces planas —-> são consequências de desgastes típicos ou atípicos. Face vestibular maior que a lingual —-> a face V tem dimensões maiores do que a face L —-> consequência da convergência das faces de contato p/ a L; —--> as faces vestibulares são geralmente mais altas (cérvico-incisal e cérvico- oclusal) e mais largas (mésio-distal) que as faces linguais. EXCEÇÃO: na dentição permanente é o 1º MS; na dentição decídua é o 2º MS; Em ambos o tamanho da face L predomina sobre o da V; Coroas dentais vistas pela face L com o contorno da face V ao fundo. Face mesial maior que a distal —-> a face M possui dimensões maiores do que a face D nos dois sentidos (cérvico-oclusal e vestíbulo-lingual) em um dente sem desgaste ou pouco desgastado —-> consequência da convergência das faces livres p/ a D; A face M é mais alta que a face D; EXCEÇÃO: ICI —-> tem uma coroa simétrica, não exibe este caráter distintivo com exuberância; 1º PMI —-> a face M é geralmente menos alta que a distal; Coroas dentais vistas pela face distal com o contorno da face M ao fundo. Face mesial plana e reta e face distal convexa e curva —--> por ser menor, com seu limites próximos um do outro, a face D apresenta-se mais convexa, mais abaulada tanto em visão frontal quando de perfil —--> abaulamento deixa a D mais inclinada —-> forma com a raiz uma angulação que não existe ou menor no lado M; —--> vestibular de incisivos, caninos e molares; nos pré-molares é menos marcado; —---> nos dentes anteriores o arredondamento do ângulo distoincisal é muito mais obtuso em comparação com mesioincisal —-> deixam a área de contato mais cervical na face D; —--> Vista oclusal: maior dimensão na borda M que faz tender à retidão (exceção do 1º PMI); a borda D menor, tende ao encurvamento; Coroas dentais vistas pela face V p/ mostrar a borda correspondente à face M (traço espesso) mais alta que a D; Coroas dentais vistas pela face V p/ mostrar a borda D formando ângulo com o contorno da raiz (traço espesso). O ângulo correspondente do lado M é menos pronunciado; Linha cervical —--> os diâmetros MD e VL da coroa são maiores nos molares e menores nos incisivos; —--> quanto mais larga a face oclusal maior a base de sustentação deve ter a coroa em nível cervical —-> a linha cervical apresenta-se mais ou menos curva de acordo com a dimensão desse diâmetro; —--> em todos os dentes a curvatura da linha cervical é mais acentuada no lado M do que no lado D —-> relacionado com a altura da área de contato da coroa; —--> maior curvatura cervical dos dentes anteriores —-> permite que mais osso interdental seja acrescentado entre os dentes no sentido vertical —-> aumenta o poder de sustentação ou de fixação desses dentes em seus alvéolos —-> pois possuem menor suporte ósseo e menor ancoragem em relação aos posteriores; Face de contato: Dafne Freitas - Odontologia - UFAM ● Molares —-> é uma linha praticamente reta; ● Pré-molares —-> torna-se um pouco curva (abertura ou concavidade voltada para a raiz); ● Caninos e incisivos —-> curvatura acentuada; ● ICI —> curva bem fechada em forma de V; Faces livres —-> a curva (abertura voltada para a coroa) da linha cervical é tanto mais fechada quanto menor for a dimensão mesiodistal da coroa ao nível do colo; ● ICI —-> possui a linha cervical mais encurvada; Alguns dentes superiores e inferiores para mostrar a linha cervical com curvatura mais acentuada nos dentes anteriores e também no lado M em comparação com o D (segundo Wheeler). Inclinação da face vestibular na direção lingual —-> como as faces livres convergem p/ a oclusal deduz-se que a face V se inclina p/ o lado L e a L se inclina p/ o lado V —-> a face que se inclina mais em relação ao eixo do dente é a V —-> muito mais nos inferiores do que nos superiores —-> pré-molares e molares mostram bastante essa inclinação; Inclinação lingual —--> começa na união do terço cervical com o terço médio da face V —--> os dois terços incisais ou oclusais se inclinam e o terço cervical não —-> a maior proeminência V fica restrita ao terço cervical e é conhecida como bossa vestibular; ● Face lingual de incisivos e caninos —--> maior proeminência situa-se no terço cervical em virtude da localização do cíngulo; ● Dentes posteriores —-> proeminência está no nível do terço médio ou entre os terços médio e cervical; Cíngulo e bossa V —-> protegem a gengiva marginal e permitem que os alimentos tangenciem a gengiva (massageiem) durante a mastigação. A gengiva situada entre as faces de contato de dois dentes vizinhos (papila interdental) é protegida pelas cristas marginais e áreas de contato; Convexidade cervical das faces livres em um ICS visto por uma das faces de contato. A esquerda, relação correta entre os contornos da coroa e da gengiva. Lobos de desenvolvimento —--> são centros primários de formação do dente durante sua embriogênese —-> se fusionam deixando sulcos como vestígios. Os dentes têm 4 lobos —-> EXCEÇÃO: 1º MI (e às vezes do 2º PMI) que possui 5; Lobos e sulcos são evidentes nos incisivos recém-erupcionados —-> borda trilobada (apresenta 3 mamelões) que continuam na face V como discretas convexidades divididas por 2 sulcos rasos —-> após desgaste natural: borda incisal perde as saliência e torna-se reta, mas a face V mantém os vestígios dos lobos de desenvolvimento; O quarto lobo —> corresponde ao cíngulo dos dentes anteriores e à cúspide lingual dos pré-molares —-> nos molares cada cúspide representa a extremidades livre de um lobo; Caninos e pré-molares superiores —-> exibem lobos destacados; Desenho esquemático representativo dos lobos de desenvolvimento. Desvio distal da raiz —--> a (s) raiz(es) em geral se desvia(m) distalmente —-> o terço apical é o que mais se desvia; Trata-se de um deslocamento do eixo longitudinal da raiz em relação ao eixo da coroa —-> pode ocorrer em todas as direções, mas a prevalência é para D; ● Raiz do ICI e raiz lingual dos MS —-> menor desvio; É explicado pela posição distalizada da artéria nutridora do dente durante a sua formação com o crescimento da raiz em direção dessa artéria dental. Variações anatômicas —--> as formas dentais obedecem a um plano de construção com um padrão morfogenético próprio/individual —-> não são disfuncionais, não atrapalham o funcionamento dos dentes; Anomalias interferem com a função dentárias, as variações não; Pode haver variações de cor, tamanho, contorno, forma e estrutura —-> aparecimento de um tubérculo extra, uma cúspide a mais ou a menos, de uma raiz supranumerária. Dentes mais afetados por variações —-> terceiros molares, acometem tanto a porção coronária quanto a radicular; ● ILS —-> varia bastante quanto à forma, pode sofrer um processo de hipodontia com a coroa diminuta, conoide e diastemas em ambos os lados. ● 2º MS —-> apresenta uma grande variedade de formas na sua coroa; ● PMI —-> são os mais inconstantes quanto à forma entre os pré-molares; Referências:MADEIRA, M. C. Anatomia do Dente, 8ª ed., Sarvier Editora, São Paulo, 2016; PICOSSE, M. Anatomia Dentária, 4ª ed., Sarvier Editora, São Paulo, 1990.
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