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• Droga; - alteração no funcionamento do organismo com intenção benéfica ou não (farmacologia x toxicologia) • Fármaco: - droga de estrutura química bem definida com efeitos conhecidos - podem ser tóxicos dependendo da dose administrada - objetivo principal: promover efeitos benéficos terapêuticos • Medicamento: - quando tem o princípio ativo com outra substância associada (fármaco, etc) • Remédio: - qualquer ação que promova uma ação benéfica (yoga, massagem, medicamentos, etc) - "todo medicamento é um remédio, mas nem todo remédio é um medicamento" • Veneno: - fármaco cujo efeitos são quase que exclusivamente deletérios (fazem mal ao paciente) • Toxina: - veneno de origem biológica, produzido por animais ou plantas - produzem efeitos deletérios • Placebo: - remédio simulado, sem princípio ativo - paciente acredita que é algo real • Para um fármaco se difundir pelos compartimentos e passar livremente pela membrana plasmática ele precisa ser pequeno, apolar e não pode ter carga elétrica. Além disso, medicamento lipossolúvel locomove mais facilmente. • FARMACODINÂMICA: efeito da droga sob o organismo • Ligam-se aos receptores formando um complexo -> alteração do funcionamento celular - ex: alguns anti-hipertensivos causam relaxamento dos vasos sanguíneos e diminuição da pressão arterial • Os receptores são proteínas presentes na membrana, no citoplasma e no núcleo. • Afinidade: para produzir um efeito biológico, o medicamento tem que possuir afinidade para formar o completo fármaco- receptor e atividade intrínseca (eficácia), que é a capacidade de ativar o receptor depois de ligado (chave-fechadura). • Eficácia: capacidade do fármaco de interagir com seu alvo e disparar uma resposta biológica • Potência: comparação da eficácia de dois ou mais fármacos que agem por meio do mesmo receptor ou mesmo mecanismo. Aquele que AGIR em dose MENOR é o mais potente. Gabriela Veríssimo - 4° período • Variáveis que afetam as ações dos fármacos: - relacionadas aos fármacos: posologia; via de administração; interação entre fármacos e alimentos; interação entre fármacos. - relacionadas ao paciente: idade; peso; sexo; características genéticas e e étnicas; doenças; considerações psicológicas. • Por que os medicamentos perdem os efeitos? - mecanismos: alteração nos receptores (fosforilação); perda de receptores (endocitose); exaustão de mediadores; aumento de degradação metabólica (tolerância); adaptação fisiológica • Transdução de sinal: - processo o qual uma célula converte um tipo de sinal ou estímulo em outro. • Dessensibilização (taquifilaxia, refratariedade): - alteração nos receptores - perda de receptores por exposição prolongada a agonistas. Ex: agonistas B- adrenérgicos como broncodilatadores no tratamento de asma • Super-sensibilização: - aumento da sensibilidade a agonistas do receptor após redução de um nível crônico de estipulação. Ex: propanolol • Especificidade: - a molécula sinalizadora se encaixa no sítio de ligação do receptor, assim, outros sinais não se encaixam. - se o receptor for expresso ubiquamente por diferentes células distribuídas por todo o organismo, os fármacos que atuam neste receptor produzem efeitos generalizados e podem causar efeitos adversos ou tóxicos, se o receptor desempenhasse funções importantes em vários tecidos. • Amplificação: - quando enzimas ativam enzimas, o número de moléculas afetadas aumenta geometricamente na cascata enzimática. - Neurotransmissores, hormônios, AMPc são alguns exemplos. • Classificação dos fármacos quanto ao efeito: - Agonistas: medicamentos que ativam receptores. possuem as duas propriedades: devem ligar-se efetivamente (ter afinidade) aos seus receptores e o complexo droga- receptor deve ser capaz de produzir uma resposta no sistema-alvo (ter atividade intrínseca). - Antagonista drogas que bloqueiam receptores. ligam-se efetivamente (tem afinidade) nos receptores, porém tem pouca ou nenhuma atividade intrínseca. sua função consiste em impedir a interação das moléculas agonistas aos seus receptores, ocupam o sítio e impede que outras se liguem. • AGONISTAS Agonista total: - desencadeia um efeito máximo, ocupando o número máximo de receptores. Impede que os receptores ativos se tornem inativos. Agonista parcial: - desencadeia um efeito parcial, uma vez que tem afinidade tanto por receptores ativos (produzem efeito biológico) quando por receptores inativos (não produzem efeito). Agonista inverso: - possui afinidade por receptores inativos, assim, não produz efeito biológico (atividade intrínseca). - pode ser confundido com fármacos antagonistas. - a diferença entre agonista inverso e antagonista é que um fármaco antagonista é empregado no objetivo de bloquear uma atividade intrínseca e o agonista inverso não realiza efeito por falta de competência ou afinidade. • ANTAGONISTAS Antagonista competitivo: - se ligam no mesmo sítio ativo do agonista no receptor, porém, como os dois competem entre si, o aumento da concentração de agonista é capaz de restabelecer sua ocupação (resposta). - ligação reversível. Antagonista não-competitivo - se ligam no mesmo sítio do agonista no receptor. - o antagonista se liga ao receptor na mesma posição do agonista, mas se dissocia dos receptores muito lentamente, ou até mesmo não dissocia, o que resulta em não alteração na ocupação do antagonista quando o agonista é adicionado? - ligação irreversível. Antagonista alostéricos: - se ligam num sítio alostérico e impedem que o antagonista se ligue ao receptor • RESUMINDO: • RECEPTORES: Receptores ionotrópicos - resposta simples e rápida (milésimos de segundos) - quando os fármacos se ligam, os canais se abrem e permitem a entrada ou saída de íons, gerando alterações no potencial de membrana, o que pode desencadear, por exemplo, despolarização ou hiperpolarização das células - algumas funções intermediadas por meio deles: neurotransmissão, condução cardíaca, contração muscular - exemplos: receptor nicotínico de ACh, receptor GABA (canais de cloreto), receptor de Glutamato, receptor de glicina Receptor nicotínico de Acetilcolina - a acetilcolina causa a abertura do canal iônico no receptor nicotínico de acetilcolina (nAChR), permitindo que Na+ flua pelo seu gradiente de concentração para dentro das células, produzindo um potencial pós- sináptico excitatório localizado- despolarização. Receptores metabotrópicos/ receptores transmembrana acoplados à proteína G - resposta mais lenta (segundos) e complexa - proteína G: estimulatória (Gs), inibitória (Gi), proteína que estimula especificadamente a enzima fosfolipase C (Gq) - o ligante extracelular é detectado seletivamente por um receptor da superfície celular. O receptor por sua vez desencadeia a ativação de uma proteína que liga GTP (proteína G) localizada na face citoplasmática da membrana plasmática, a proteína G ativada, então, muda a atividade de um elemento efetor, em geral uma enzima ou canal iônico. Esse elemento modifica a concentração do mensageiro secundário intracelular - os GPCRs (receptores acoplados à proteína G) ligam-se à proteína G, as quais são tradutoras de sinais, transmitem a informação que o agonista está ligado ao receptor de uma ou mais proteínas efetoras - os receptores para aminas adrenérgicas, serotonina, acetilcolina (muscarínicos somente), muitos hormônios peptídeos, odorantes e até mesmo receptores visuais pertencem à família GPCR - os efetores regulados pela proteína G incluem (alvos da proteína G (segundos mensageiros)): . enzimas como adelilato-ciclase, fosfolipase C, fosfodiesterase do GMP cíclico . canais iônicos da membrana seletivos para Ca+ e K+ Papel do AMPc - age como segundo mensageiro intracelular. O AMPc é sintetizado pela adenilato-ciclase e a estimulaçãoé mediada pela subunidade α da proteína Gs e a inibição pela subunidade α da proteína Gi. - media respostas hormonais, como a mobilização de energia armazenado (a quebra de carboidratos no fígado, ou de triglicerídeos em adipócitos, estimulado por catecolaminas B-adrenomiméticas), as conservação de água pelo rim (mediada pela vasopressina), a homeostase do Ca2+ (regulada pelo paratormônio) e o aumento da frequência e força contrátil do músculo cardíaco (catecolaminas B- adrenomiméticas). Também regula a produção de esteroides suprarrenais e sexuais (em resposta à corticotrofina ou ao hormônio folículo-estimulante), o relaxamento de músculos lisos e outros processos endócrinos e neurais. - o AMPc gerado pelas adenilato-ciclases tem 3 alvos principais na maioria das células: . Proteinocinase dependente do AMPc (PKA) . Fatores de permuta do nucleotídeo guanina regulados pelo AMPc, os EPACs (fatores de permuta ativados diretamente pelo AMPc) . Via de fosforilação da PKA, um fator conhecido como CREB (proteína de ligação do elemento em resposta do AMPc) - PKA . a PKA pode fosforilar uma variedade de alvos fisiológicos, inclusive enzimas metabólicas, proteínas transportadoras e várias outras proteínas reguladoras, inclusive outras proteinocinases, canais iônicos e fatores de transcrição. - PKG . a estimulação dos receptores que aumenta as concentrações intracelulares do GMP cíclico resulta na ativação da proteinocinase dependente do GMPc (PKG), que fosforila alguns dos mesmos substratos da PKA e outros específicos da PKG. - Papel do GMPc . ao contrário do AMPc, o GMPc estabeleceu funções de sinalização em poucos tipos de células . ligastes detectado por receptores da superfície celular estimulam a guanililciclase ligada à membrana a produzir o GMPc. O GMPc atua estimulando proteinocinase dependente de GMPc . as ações do GMPc nessas células são terminadas por degradação enzimática do nucleotídeo cíclico e por desfosforilação dos substratos de cinase . a concentração aumentada de GMPc causa relaxamento do músculo liso vascular por um mecanismo mediado por cinases, que resulta em desfosforilação das cadeias leves de miosina. Nessas células musculares lisas, a síntese de GMPc pode ser elevada por dois mecanismos de sinalização transmembrana, utilizando duas guanililcilases diferentes: peptídeio natriruético atrial e óxido nítrico. Receptores acoplados à Tirosina quinase ou tipo 3 - o fármaco se liga à parte externa de uma enzima e estimula ação catalítica da mesma. Estão envolvidos principalmente em eventos que controlam o crescimento e a diferenciação celulares, alem de atuarem indiretamente na regulação gênica. - quando o fármaco se liga ao domínio extracelular, o receptor sofre alteração conformacional, passando da sua forma quinaste inativa para ativa. O receptor ativado se autofosforila e fosforila os resíduos de tirosina em proteínas especificas. - ex: fatores de crescimento, GH, insulina, leptina, prolactina, citocinas. (quinase: enzima que gera fosforilação, ou seja, por exemplo, a partir da auto- fosforilação da insulina é possível ver os efeitos celulares) - etapas da via de sinalização do receptor tirosinocinase: . Ligação de um ligante (hormônio polipeptídeo ou fator de crescimento) ao domínio extracelular do receptor . A alteração de conformação do receptor resultante causa a ligação de duas moléculas receptoras uma à outra . Junção dos domínios de tirosinocinase, que se tornam enzimaticamente ativos e fosforilam um ao outro . Receptores ativados catalisam a fosforilação de resíduos de tirosina em diferentes proteínas-alvo de sinalização, permitindo que um so tipo de receptor ativado module vários processos bioquímicos. Receptores nucleares/ Intracelulares/ Subcelulares ou Tipo 4 - o ligante destes receptores deve ser suficientemente lipossolúvel para que este se difunda pela membrana plasmática e chegue até os receptores que estão localizados dentro da célula - uma vez formados os complexos FR, os alvos primários são os fatores de transcrição (localizados no núcleo da célula), que levam à transcrição do DNA em RNA e à tradução do RNA em uma série de proteínas - controlam de maneiram direta ou indireta a transcrição gênica - os receptores são proteínas intracelulares, por isso os ligante devem penetrar nas células - os efeitos são produzidos em consequência da síntese alterada de proteínas, e por tanto, de início lento - ex: tirosina, aldosterona, hormônios sexuais, glicocorticóides
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