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Distúrbios Respiratórios do Sono

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Problema: redução da passagem do ar 
na faringe 
- Obesidade: aumento da circunferência 
do pescoço – acúmulo de gordura na 
faringe 
- Problemas estruturais que levam a 
colapso 
• Retrognatia: posição mais posterior 
da mandíbula 
• Elevação do palato: redução da 
nasofaringe e maior contato entre 
o palato mole e a língua 
• Macroglossia: aumento excessivo 
da língua 
- Idade: flacidez da musculatura 
- Asiáticos – alterações faciais 
- Fenótipos: 
• Comprometimento anatômico VAS 
• Ineficiência dos músculos 
dilatadores das VAS 
• Baixo limiar de despertar 
• Controle ventilatório instável 
Os distúrbios respiratórios do sono (apneia 
e hipopneia) levam uma série de 
distúrbios endocrinológicos, 
principalmente, devido a estresse 
oxidativo, inflamação endotelial (o qual 
aumenta a coagulação) e ativação 
simpática: 
- Desregulação geral do metabolismo: 
cursa em um aumento da produção de 
leptina, aumento da chance de 
obesidade e resistência à insulina 
- Ativação simpática: provoca uma série 
de eventos cardiovasculares 
(insuficiência cardíaca congestiva, 
hipertensão, acidente vascular cerebral, 
angina e fibrilação atrial) 
O quadro clínico é composto por sinais e 
sintomas noturnos (geralmente 
observados por terceiros) e sinais e 
sintomas diurnos (relatados pelo próprio 
paciente). É importante ressaltar que o 
aparecimento da noctúria é devido a 
obstrução (total ou parcial) provocar um 
aumento da pressão intrapulmonar, o que 
leva a ativação dos peptídeos 
natriuréticos atriais e, consequentemente, 
ao aumento da frequência urinária. 
 
Em geral, a SAHOS é uma doença que 
ocorre mais em homens (14%) quando 
comparado as mulheres (5%), sendo que 
essa chance aumenta com o aumento 
da incidência de obesidade. 
Apenas 1 em 50 pacientes é tratado. 
Principais achados no exame físico: 
- Obesidade (IMC ≥ 30kg/m²) 
- Circunferência cervical: > 43 cm em 
homens e > 38 cm em mulheres 
- Classificação de Mallampati modificado 
(classes III e IV) 
- Hipertrofia das tonsilas palatinas (graus III 
e IV) 
- Presença de palato ogival (palato mais 
estreito) 
 
 
Existem várias escalas diagnósticas que 
auxiliam na triagem do paciente com 
SAHOS. No entanto, nenhuma delas 
supera o exame de sono (polissonografia) 
em fazer o diagnóstico de SAHOS. 
 - Escala de Berlin: escala voltada para 
pacientes em atenção primária 
- Escala STOP-BANG: escala voltada para 
pré-operatório 
- Escala NoSaS 
-Escala de Epworth: é uma forma objetiva 
de avaliar a sonolência diurna e auxilia na 
avaliação da resposta ao tratamento 
A polissonografia é um exame não 
invasivo que serve para analisar a 
qualidade e doenças relacionadas ao 
sono, podendo ser indicado para pessoas 
de qualquer idade. 
Ocorre o registro simultâneo de vários 
parâmetros como atividade cerebral, 
movimento dos olhos, atividades dos 
músculos e o padrão de respiração. 
Diagnóstico: 
- Apneia: é caracterizada pela redução 
do esforço respiratório ≥ 90% em, pelo 
menos, 10 segundos. A apneia pode 
apresentar duas origens: 
• Sistema nervoso central: quando 
não existe o envio do estímulo do 
cérebro para a produção da 
respiração e, portanto, não há 
Classificação de Mallampati 
- Classe I: tonsilas, úvula e palato mole 
totalmente visíveis 
- Classe II: palato duro e mole, parte 
superior das tonsilas e úvula visíveis. 
- Classe III: palato mole e duro e base 
da úvula visíveis 
- Classe IV: apenas o palato duro visível 
 
movimentação torácica 
concomitante 
• Obstrutiva: quando existe estímulo, 
mas há obstrução superior e, 
portanto, existe movimentação 
torácica concomitante 
- Hipopneia: é caracterizada pela 
redução do esforço respiratório ≥ 30% por 
mais de 10 segundos, associado a 
dessaturação ≥ 3% ou associado a um 
despertar 
 
A polissonografia tradicional é realizada 
em clínicas especializadas que registra 
eletroencefalograma, eletro-
oculograma, eletromiograma do queixo 
associados a outros parâmetros 
fisiológicos: eletrocardiograma, oximetria 
de pulso, capnometria, movimentação 
do tórax e abdome, medidas de fluxo 
aéreo com cânulas nasais ou termístor, 
entre outros. 
Porém, existe a polissonografia domiciliar 
que necessita apenas de um cateter 
nasal e torácico e um sensor de oximetria 
no dedo. 
 
A indicação para cada tipo de exame 
depende do quadro clínico do indivíduo, 
como: roncos, obesidade, hipertensão, 
sonolência diurna, episódios de 
microdespertar, entre outros. 
Índice de apneia e hipopneia (IAH) 
- Corresponde ao total de apneias e 
hipopneias divididas por horas de sono 
- É utilizado como critério de diagnóstico 
e gravidade 
 
O diagnóstico definitivo de SAHOS é 
baseado em características clínicas e 
evidência de distúrbio do sono em 
monitoração. 
 
 A SHO (ou síndrome de Pickwick) é 
definida como sendo uma hipercapnia 
diurna crônica (PaCO2 > 45 mmHg) em 
pacientes obesos (IMC > 30 kg/m2) após 
a exclusão de quaisquer outras causas de 
hipoventilação, como uso de depressores 
do centro ventilatório, doença pulmonar, 
hipotireoidismo, doença neuromuscular e 
restrição esquelética de caixa torácica. 
A SAHOS e SHO possuem uma 
sobreposição (overlap) entre si, pois 90% 
dos pacientes com SHO terão SAHOS 
associado (IAH ≥ 5) e 70% terão SAHOS 
grave (IAH ≥ 30). 
Exame físico e os exames 
complementares: 
- Sinais de cor pulmonale: os pacientes 
apresentam problemas cardíacos 
associados a hipertensão pulmonar, 
incluindo pletora (estase jugular), cianose 
e edema periférico 
- Achados laboratoriais: 
• Policitemia (o aumento da 
produção das hemácias ocorre 
devido a hipoxemia) 
• Alcalose metabólica (taxa de 
bicarbonato pela gasometria 
arterial > 27 mEq.L é altamente 
sugestivo da doença) 
- Provas de função pulmonar: redução da 
capacidade vital forçada (CVF) 
- Ecocardiograma: sinais sugestivos de 
hipertensão arterial pulmonar 
Critérios diagnósticos 
 
SAHOS e SHO
Tratamento clínico: 
- Higiene do sono: com suspensão de 
álcool e tabagismo e suspensão de 
medicamentos depressores do sistema 
nervoso central, pois reduzem o tônus da 
musculatura de via aérea, aumentando a 
incidência de alterações respiratórias 
durante o sono 
• Evitar dormir em decúbito dorsal e 
priorizar o decúbito lateral (para 
facilitar a queda da região da 
língua) 
- Emagrecimento: para melhora do 
IAH, da saturação e da fragmentação 
do sono 
• A perda de peso não apenas 
melhora a saúde geral do 
paciente, mas pode também 
melhorar sua ventilação alveolar 
[PaCO2] e a pressão de oxigênio no 
sangue arterial [PaO2] 
- Correção de defeitos da face: para 
melhorar o quadro clínico do paciente 
• Micrognatia e retrognatia 
Além disso, o uso de dispositivos é 
recomendado para o tratamento desses 
distúrbios respiratórios, como: o CPAP e o 
BIPAP. 
- CPAP: do inglês, pressão positiva 
contínua nas vias aéreas, fornece um 
fluxo positivo e contínuo de ar durante 
toda a noite, evitando que as vias 
respiratórias fiquem obstruídas 
• Mantém vias aéreas abertas 
continuamente 
- BIPAP (ou NIV): têm esse nome 
justamente por serem dispositivos biníveis, 
isso significa que permitem a 
configuração de dois níveis diferentes de 
pressão: uma sobre a inspiração (IPAP) e 
outra sobre a expiração (EPAP), sendo 
esta última sempre mais baixa para 
facilitar a expiração 
• Suporte ventilatório – redução de 
hipercapnia 
• O esforço para exalar é menor nos 
dispositivos biníveis 
- APAP: muda entre CIPAP e BIPAP 
dependendo da necessidade 
O aparelho mais adequado para cada 
paciente depende da existência SHO 
associada a SAHOS e a gravidade. 
 
SAHOS (IAH > 30): CPAP 
SHO: BIPAP 
SHO + SAHOS (IAH <30): BIPAP 
 
Pensar em SAHOS 
– Obesos, pescoço com 
circunferência 
aumentada,sonolência diurnal, 
roncos, hipertensão de difícil 
controle 
– Escalas de STOP-BANG e Berlimpara 
sugerir diagnóstico 
– Polissono para diagnóstico definitivo 
Pensar em SHO 
– Obesos, podem ou não ter 
hipoxemia, HIPERCAPNIA 
– Podem ou não ter SAHOS 
– Diagnóstico definitivo pela 
gasometria

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