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Febre aftosa - Viroses

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Viroses dos Animais Domésticos 
 
Febre Aftosa 
 
Definição 
É uma doença infectocontagiosa, de origem 
viral. É caracterizada por lesão vesiculares 
(aftas), principalmente, nas mucosas oral e 
nasal, na língua, na região coronária dos 
cascos e no espaço interdigital 
 
Tem grande potencial de infectar 
rapidamente, as populações suscetíveis e 
causar perdas econômicas 
↪ Acomete animais selvagens e 
principalmente animais selvagens biungulados, 
particularmente bovinos, ovinos, caprinos, 
suínos e búfalos indianos 
 
Etiologia (Origem e causa da 
doença) 
O vírus da febre aftosa é classificado na família 
Picornaviridae, gênero Aphthovirus. Possui 
sete sorotipos imunologicamente distintos 
denominados: A, O, C, ASIAI, SATI, SAT2 e 
SAT3 
↪ Esse vírus consiste em um capsídeo não 
envelopado circundando um RNA de fita única 
positiva 
 
Epidemiologia (Estudo da 
propagação da doença) 
É considerada a enfermidade que mais causa 
impactos sob o ponto de vista da defensa 
sanitária animal na pecuária bovino de corte e 
leite (OIE), além de ser considerada uma 
zoonose. Portanto, países que não fazem o 
controle ou erradicam a doença sofrem fortes 
restrições no mercado internacional de carne 
e derivados de origem bovina pela OIE, 
causando grandes prejuízos econômicos para 
pecuária do país 
Não existe susceptibilidade relacionada a sexo, 
porém acomete animais jovens 
Ex: bezerros com estresse da desmama 
 
Transmissão 
O vírus se difunde junto com as secreções 
dos animais doentes, através da SALIVA, 
LEITE, URINA E FEZES. Produtos derivados 
desses animais também podem estar 
contaminados 
Ou seja, a propagação pode ser por: 
→ Contato direto entre animais doentes 
→ Pelas mãos, roupas, sapatos, utensílios, 
veículos, e forragens usadas ou manipuladas 
por pessoas que manejam esses animais 
→ Alimentos, água, ar e pássaros 
→ Sangue e sêmen 
→ Couros frescos 
→ Carne fresca e ossos 
 
 
 
 
 
↪ Vale ressaltar, que esse vírus tem grande 
resistência e mantem sua capacidade de 
contaminação por muitos dias 
 
 
Patogenia (Evolução da doença) 
1. Ingestão ou inalação do vírus da FA, que 
causa infecções das células das mucosas 
nasais, faringe, laringe, esôfago, traqueia e 
pulmão 
2. A replicação desse vírus ocorre na 
entrada dessas mucosas e no tecido 
linfoide do trato respiratório superior ou na 
derme e epiderme em lesões cutâneas 
 
 
3. O vírus atinge a circulação sanguínea, em 
seguida o é distribuído e atinge os tecidos 
glandulares e os tecidos de predileção do 
estrato espinhoso, que logo sofrem 
degeneração, se rompem, ocorrendo o 
acumulo de líquidos, que formam as 
vesículas 
 
4. É também no trato espinhoso que ocorre 
a replicação secundária, como palato duro, 
língua, gengiva, espaço interdigital e tetos 
 
5. As vesículas se desenvolvem para formar 
aftas e bolhas que caracterizam a FA 
 
Sinais Clínicos – Bovinos 
→ Febre alta 
→ Salivação intensa 
→ Dificuldade de se alimentar 
→ Dificuldade de caminhar 
→ Vesículas na língua, gengiva, casco e úbere 
causados pelas aftas 
→ Manqueira 
→ Pode ser fatal em animais jovens, pois 
atinge células do miocárdio, que podem 
apresentar áreas escuras na parede do 
ventrículo esquerdo, comumente chamado de 
“coração tigrado” 
 
A transmissão para humanos pode ser 
por meio de ingestão de leite cru, 
matadouros, manejo de enfermos, carne 
e subprodutos 
 
 
 
 
 
 
 
 
Diagnóstico 
Em casos de suspeita da doença, deve haver 
a notificação no escritório da ADAGRI, que 
envia profissionais médicos veterinários para 
realizar a avaliação clínica, coleta de forma 
adequada e envio do material para análise, 
bem como adoção de medidas emergências 
em casos de confirmação do foco. 
Essas medidas são estabelecidas pelo 
Programa Nacional de Erradicação e 
Prevenção da Febre Aftosa (PNEFA) do 
Mapa, Brasil 
→ Em caso de confirmação feita a interdição 
e o sacrífico do animal, além da remoção das 
carcaças por meio de incineração ou 
enterramento 
 
 
É importante realizar o diagnostico laboratorial 
com urgência, visto que a FA tem grande 
capacidade de disseminação do agente e 
também realizar o diagnostico diferencial, pois 
existem doenças como estomatite vesicular, 
rinotraqueíte infecciosa bovina, diarreia viral 
bovina e febre catarral maligna, que podem 
apresentar sinais clínicos semelhantes 
 
Controle e Profilaxia 
A vacinação é obrigatória e deve ser realizada 
em bovinos e bubalinos de todas as idades, 
cabendo toda responsabilidade aos produtores 
rurais. E as ações de controle/erradicação são 
fundamentadas no PNEFA do MAPA 
 
 
ANOTAÇÕES DE MARYLIA TAVARES- LIVROS E AULAS 
 
O período de incubação é de 12 horas a 
14 dias e a excreção viral começa 24 
horas antes da manifestação clínica, 
persistindo por muitos dias. Lembrando 
que a eliminação desse vírus ocorre em 
todas as excreções e secreções

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