Avaliação Viroses

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1. (UFG, 2020). A raiva, causada por um Lyssavirus, é a zoonose com a 
maior taxa de letalidade do mundo. A principal via de transmissão 
dessa doença para o homem ou entre os animais é: 
A) Inoculação do vírus encontrado no sangue do animal portador, por 
transfusão sanguínea e contato direto com o sangue. 
B) Inoculação do vírus encontrado na saliva de animais infectados, em 
geral por mordedura. 
C) Ingestão de carne crua contendo o vírus na musculatura e vísceras 
do animal infectado. 
D) Contato direto com fezes, urina, secreções respiratórias do animal 
infectado com as mucosas. 
E) Inoculação por transplante de córnea. 
 
2. (UFRGS, 2015). Sobre a leucemia viral felina (FeLV), assinale a 
alternativa correta: 
A) A principal via de infecção é a transplacentária. 
B) Os gatos expostos ao vírus nunca mais eliminam a infecção. 
C) As principais manifestações clínicas da doença incluem neoplasia, 
anemia e imunodeficiência. 
D) Os linfomas alimentar e nasal são os mais comumente associados 
à infecção por FeLV. 
E) O diagnóstico pode ser realizado através do teste ELISA, que 
detecta anticorpos do vírus leucemia felina. 
 
3. (UFRGS, 2015). Com relação à infecção pelo vírus cinomose em cães e 
sua microbiologia, assinale a alternativa correta: 
A) O vírus apresenta estrutura composta de DNA envelopado, sendo 
assim, facilmente inativado pela maioria dos desinfetantes. 
B) O vírus é altamente resistente a ressecamento no ambiente, após 
eliminação por secreções respiratórias. 
C) O vírus pode chegar ao sistema nervoso via hematógena, após 
viremia ou via infecção do nervo olfatório. 
D) Uma vez que o vírus infecta o sistema nervoso central, todas as 
cepas do vírus da cinomose são igualmente nocivas ao sistema 
nervoso central. 
E) O emprego da ribavirina no tratamento, comprovadamente, evita a 
ocorrência da desmielinização não inflamatória aguda, após 
infecção viral no sistema nervoso central. 
 
 
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4. (FALRGS, 2014). Sobre a Peritonite Infecciosa Felina, é correto afirmar 
que: 
A) A forma efusiva da doença é caracterizada por lesões 
granulomatosas ou piogranulomatosas que se desenvolvem em 
múltiplos tecidos. 
B) As raças mais acometidas incluem Siamês, Persa e Bengal. 
C) É causada por um retrovírus felino. 
D) Atualmente não existe um protocolo de tratamento 
consistentemente efetivo. 
E) A titulação sorológica positiva confirma o diagnóstico da doença. 
 
5. (UFMT, 2012). Dentre as doenças respiratórias, as infecções de trato 
respiratório superior são comuns nos felinos. Em relação a essas 
infecções, é INCORRETO afirmar: 
A) O Herpesvírus felino, vírus da rinotraqueíte e, o Calicivírus são 
responsáveis por quase 90% dos casos dessas infecções. 
B) Quando a infecção se dá por Herpesvírus, pode ocorrer ulcerações 
na cavidade bucal, pneumonia intersticial leve e poliatrite, enquanto 
por Calicivírus ocorre ulceração de córnea, aborto e morte neonatal. 
C) A Bordetella bronchiseptica e a Chlamydophila felis, assim como o 
Micoplasma spp podem também estar envolvidos nessa infecção. 
D) As manifestações clínicas podem ser aguas, crônicas e 
intermitentes, ou crônicas e persistentes. A forma aguda é a mais 
comum, com sinais de febre, espirros, secreção nasal serosa ou 
mucopurulenta, conjuntivite, dentre outros. 
E) Bordetella bronchispetica é uma bactéria. 
 
6. (UFAL, 2016) Doença infecto contagiosa, sendo causada por 
Morbillivírus, pertencente à família Paramyxoviridae, de distribuição 
mundial. O cão é o principal reservatório para o vírus e atua como fonte 
de infecção para outros espécies e a transmissão ocorre 
principalmente por aerossóis. A doença pode ocorrer em qualquer 
raça, idade e sexo, mas os filhotes são mais frequentemente 
acometidos, com idade variando entre três e seis meses (APPEL; 
SUMMERS, 1999). A fase neurológica apresenta alteração das reações 
posturais, presença de mioclonias, paresias, diminuição da secreção 
lacrimal, conjuntivite, corioretinite, hiperqueratose naso-digital 
(TUDURY et al.; 1997), entre outras. A descrição apresentada é de: 
A) Cinomose 
B) Erliquiose 
C) Babesiose 
D) Parvovirose 
E) Toxoplasmose 
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7. (UFAC, 2016). A traqueobronquite infecciosa canina ou “tosse dos 
canis”, é uma doença aguda altamente contagiosa, localizada nas vias 
aéreas. Sobre esta enfermidade, julgue os itens a seguir: 
I. É causada por um ou mais agentes infecciosos, incluindo o 
adenovírus canino 2, o vírus da parainfluenza, o coronavírus 
respiratório e a Bordetella bronchiseptica. 
II. Na maioria dos cães, a doença pode apresentar graves 
complicações se os animais não receberem tratamento 
adequado. 
III. Pode ser prevenida minimizando-se a exposição aos 
microrganismos e por programas de vacinação. 
IV. Caracteriza-se pela elevada morbidade e mortalidade. 
Estão corretas: 
A) Apenas a afirmação I. 
B) Apenas as afirmações I, III e IV. 
C) Apenas as afirmações II, III e IV. 
D) Apenas as afirmações I e III. 
E) Apenas as afirmações II e IV. 
 
8. (UNB, 2021) Devido ao seu caráter zoonótico, a raiva apresenta grande 
importância na saúde pública, sendo imprescindível a prevenção em 
animais domésticos. Diante do exposto, o aumento da casuística da 
enfermidade em animais de produção é preocupante. Assinale a 
alternativa INCORRETA: 
A) A raiva é uma encefalite viral aguda e progressiva causada por um 
vírus RNA da família Rhabdoviridae, gênero Lyssavírus. 
B) É notório a dificuldade no diagnóstico antemortem da raiva devido 
à grande variedade de apresentações clínicas. 
C) Os métodos considerados padrão ouro para o diagnóstico 
conclusivo são os testes de imuno-histoquímica e inoculação 
intracerebral em camundongos. 
D) O achado patológico da presença de Corpúsculos de Negri na 
avaliação histológica do sistema nervoso central é considerado 
patognomônico. 
E) No Brasil, morcegos hematófagos da espécie Desmodus rotundus 
são considerados a principal fonte de infecção para animais de 
produção. 
 
 
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9. Explique as fases regressiva, progressiva e abortiva da FeLV, e 
classifique os melhores exames complementares diagnósticos para 
cada fase. 
Após a exposição oronasal, o ciclo de penetração da FeLV no 
organismo pode durar de semanas à meses, dependendo da carga 
viral, presença de doenças concomitantes e idade do gato. O objetivo 
final do vírus é adentrar a medula óssea e, se o sistema imunológico 
interrompe o processo de infecção antes, a replicação viral é contida e 
o gato não chega a desenvolver os SC da doença. Sendo assim, temos 
as fases: 
 Abortiva: ocorre replicação viral nas tonsilas e linfonodos 
regionais, porém o sistema imunológico é bem efetivo, inibindo 
a multiplicação viral nas céls. Se testado para FeLV, o resultado 
será negativo. Caso o gato não desenvolva imunidade 
adequada, o vírus é disseminado por linfócitos e monócitos; a 
viremia é transitória, detectável por cerca de 3-6 semanas, c/ 
eliminação completa do vírus após o período. Melhores exames 
complementares: ELISA, DNA proviral, RNA viral, cultura viral, 
imunofluorescência. 
 Regressiva: gatos em viremia transitória ou latente, 
multiplicação viral limitada, as céls são contidas pelo sistema 
imunológico ou no momento da infecção da medula óssea. 
Durante a viremia, o vírus é detectável no sangue e libera 
partículas virais, não ocorrendo eliminação do vírus pelo 
organismo. A viremia dura entre 3-6 semanas, e após esse 
período, o teste ELISA é negativo mantendo o DNA proviral 
positivo. Nessa fase, o vírus pode ser reativado em qualquer 
momento ao longo da vida. Melhores exames complementares: 
ELISA, DNA proviral, RNA viral, cultura viral, imunofluorescência. 
 Progressiva: em animais com o sistema imunológico incapaz de 
eliminar a viremia após 4-6 semanas de infecção, ocorre a 
disseminação viralpara tecidos glandulares e epiteliais, 
incluindo: glândulas salivares e mucosas nasal e faringeal (o 
vírus replica extensivamente em medula óssea, baço, linfonodos 
e gland salivares). A infecção desses tecidos permite a 
eliminação do vírus ao ambiente e possível transmissão 
horizontal. Morte dentro de três anos por doenças associadas a 
FeLV. Melhores exames complementares (todos positivos): 
ELISA, DNA proviral, RNA viral, cultura viral, imunofluorescência. 
 
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10. Diferencie as fases efusiva e não efusiva da PIF (Peritonite Infecciosa 
Felina). 
A PIF é uma doença imunomediada, sistêmica, progressiva e fatal 
desencadeada pela mutação do coronavírus felino. São duas formas: 
PIF efusiva, resultante do acúmulo de fluídos cavitários na região 
abdominal e torácica + inflamação nas vísceras e, a PIF não-efusiva, 
que causa inflamações em vários sistemas do organismo, acometendo 
principalmente o SN, levando ao desenvolvimento de lesões 
granulomatosas a piogranulomatosas.