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Aula 19/08/2020 – Direito Empresarial
CARACTERÍSTICAS DO DIREITO EMPRESARIAL 
a) O cosmopolitismo - se refere à tendência do Direito Empresarial em ser um ramo cosmopolita. O cosmopolitismo está ligado à tendência universal inerente ao Direito Empresarial. 
b) Informalismo - O direito empresarial é, em regra, informal, porque ele regula relações em massa e atividades prestadas em série. 
c) Fragmentarismo - O direito empresarial é extremamente lacunoso. Regula matérias distintas e sem um liame de correlação entre si. 
d) Onerosidade - É característica essencial do Direito Empresarial, que não tolera atos gratuitos, afinal tudo tem um ônus, o seu preço.
e) Elasticidade?
A AUTONOMIA DO DIREITO EMPRESARIAL 
O Código Civil de 2002 revogou parcialmente o Código Comercial e passou a tratar das matérias do direito empresarial e do direito Civil em um texto único. (at. 966 do C.C).
Permaneceu em vigência no Código Comercial de 1850 somente a disciplina do comércio marítimo, contemplada na Parte Segunda deste. 
O direito empresarial, a despeito da unificação formal do direito privado, conserva suas peculiaridades e autonomia substancial em relação aos demais ramos do direito privado.
EVOLUÇÃO COM O CÓDIGO CIVIL DE 2002. 
Com a unificação do direito comercial e a adoção da Teoria da Empresa, três anos após, em 2005, com a lei 11.101/05 o direito empresarial rompe mais uma vez com suas tradições. 
Princípios importantes surgem em 2005 (demonstrando de forma taxativa, art. 47) que realmente havia ocorrido uma mudança no antigo direito comercial. - Princípio da preservação e função social da empresa. 
· 2011 - Surge novo ente jurídico personificado: EIRELI – Lei 12.441, de 11/07/2011. (Art. 980A do C.C) (Revogado em dezembro de 2021) 
· 2016 - Sociedade de advogados unipessoal - Lei 13.247/16 (Art. 15 da Lei 8906/1994) 
· 2019 – A sociedade limitada pode ser constituída por 1 (uma) ou mais pessoas - Lei nº 13.874, de 2019). (Art. 1.052§1º do C.C) 
CONCEITOS BÁSICOS DO DIREITO EMPRESARIAL: 
Empresário – Quem exerce atividade econômica organizada em nome próprio, ele assume os riscos da atividade. (Art. 966 caput do Código Civil) 
Empresa – Atividade econômica organizada. A organização se refere aos elementos de empresa, ou seja, tudo aquilo que o empresário dispõe para exercer sua atividade. 
Estabelecimento – art. 1.142 C.C “Considera-se estabelecimento todo complexo de bens organizado, para exercício da empresa, por empresário, ou por sociedade empresária.” 
Ponto comercial – É o local onde a atividade é desenvolvida. 
PROPRIEDADE INDUSTRIAL
PROPRIEDADE INTELECTUAL É GÊNERO 
DIREITOS AUTORAIS E PROPRIEDADE INDUSTRIAL SÃO ESPÉCIES 
Direito Autoral: Os direitos autorais são aqueles que dizem respeito às criações de caráter intelectual, artístico ou literário do espírito humano, tendo como principal atribuição a garantia de proteção aos autores de eventual uso incorreto ou irresponsável feito por terceiros de suas obras.
Propriedade Industrial: Já os direitos de propriedade industrial são aqueles que dizem respeito também às criações da mente humana, mas as que dão origem às invenções e às marcas, as quais têm caráter exclusivamente econômico e que possuem como essência a sua aplicabilidade em escala industrial. Os direitos de propriedade industrial visam proteger os produtos ou serviços que estão diretamente relacionados com as invenções ou marcas.
Regimes Jurídicos aplicáveis à propriedade intelectual:
1) Para a propriedade industrial tradicional (marcas, patentes e modelo de utilidade), a Lei n. 9.279/96 — Lei de Propriedade Industrial.
2) Para as obras literárias, direitos autorais, regime jurídico na Lei n. 9.610/98.
3) Para os programas de computador, como espécie de direito autoral, a Lei n. 9.609/98.
Propriedade Industrial – Legislação Aplicável:
- Lei de Propriedade Industrial (LPI) - Lei n. 9.279/96. 
- Convenção da União de Paris(CUP), internalizada pelo Decreto n. 75.572/75. 
- Tratado de Cooperação Internacional em Matéria de Patentes (PCT), internalizado no Brasil por meio do Decreto n. 81.742/78.
Propriedade Industrial – Abrangência:
1. Concessão de patentes de invenção e de modelo de utilidade; 
2. Concessão de registro de desenho industrial; 
3. Concessão de registro de marca; 
4. Repressão a falsas indicações geográficas; 
5. Repressão à concorrência desleal.
ART. 2º DA LEI Nº 9.279/1996
Patentes:
A patente, também conhecida como carta patente, nada mais é do que um documento que descreve determinado processo baseado na invenção, fruto da mente humana e que é suscetível de aplicação industrial em larga escala. A patente, no Brasil, é concedida pelo INPI mediante processo de análise dos elementos patenteáveis.
ART. 8º e 9º DA LEI Nº 9.279/1996
INVENÇÃO:
A invenção é uma ideia de solução original, que pode residir no modo de colocar o problema, nos meios empregados ou, ainda, no resultado ou efeito técnico obtido pelo inventor. Solução de um problema técnico, visando a satisfação de fins determinados, de necessidades de ordem prática. 
Art. 5º, XXIX, CF.
Requisitos: Art. 11 da Lei nº 9.279/96: novidade, capacidade inventiva, aplicação industrial, desimpedimento.
NOVIDADE - ART. 11, Lei nº 9.279/96
ATIVIDADE INVENTIVA - ART. 13, Lei nº 9.279/96 
APLICAÇÃO INDUSTRIAL - ART. 15, Lei nº 9.279/96 – larga escala, viabilidade econômica, aplicação geral.
DESIMPEDIMENTO - ART. 18, Lei nº 9.279/96
Obs.: Descoberta: não visa fins práticos preestabelecidos e apenas amenta a soma dos conhecimentos do homem sobre o mundo físico. 
MODELOS DE UTILIDADE:
Também chamado “pequena invenção” ou “patentes de inovação incremental”, é “o objeto de uso prático, ou parte deste, não compreendido no estado da técnica, suscetível de aplicação industrial, que apresente nova forma ou disposição, envolvendo ato inventivo, que resulte em melhoria funcional no seu uso ou em sua fabricação ”. (art. 9º e 11º da LPI).
Instrumento, utensílio ou objeto destinado ao aperfeiçoamento ou melhoria de invenção preexistente. 
Os mesmos critérios de novidade, atividade inventiva e aplicação industrial requeridos para o registro de uma patente também são exigidos no caso do pedido de registro de um modelo de utilidade, assim como todas as demais regras e exceções.
ART. 14, Lei nº 9.279/96
REQUISITOS DE PATENTEABILIDADE:
i) NOVIDADE
· Invento desconhecido por cientistas e pesquisadores especializados;
· Aquilo não compreendido pelo estado da técnica – abrange todos os conhecimentos a que se pode ter acesso;
· Estado da técnica (art.11):
· é verificado através de publicações no país e no exterior; Também se considera não integrantes do estado da técnica os conhecimentos não divulgados e patentes não depositadas, mas ainda não publicadas;
· Não se considera estado da técnica se o próprio inventor divulgou seu trabalho nos 12 meses anteriores a data do depósito; ou se a divulgação ocorreu em razão de fraude ou por quem não estava autorizado;
· Obs.: Art. 12 – Período de graça.
ii) ATIVIDADE INVENTIVA (art. 13)
· Os avanços realizados pela invenção não podem ser óbvios; não pode derivar da forma simples dos conhecimentos nele reunidos;
· Deve ser fruto de um engenho humano; “o inventor deve demonstrar que chegou àquele resultado novo em decorrência específica de um ato de sua criação”.
· Diferente de descoberta;
iii) INDUSTRIALIZAÇÃO – Aplicação Industrial (art. 15)
· O invento tem que ser possível de exploração econômica;
· Este requisito visa afastar da patenteabilidade aqueles inventos que ainda não podem ser fabricados, em razão do estado da técnica ou que estão desvestidos de qualquer utilidade;
iv) DESIMPEDIMENTO - Licitude do objeto da patente (art. 18)
· A lei elenca algumas situações que não podem ser objeto de invenção:
i. Descobertas e teorias científicas;
ii. Métodos matemáticos;
iii. Concepções puramente abstratas;
iv. Esquemas, planos, princípios ou métodos contábeis, financeiros;
v. Obras literárias, arquitetônicas, artísticas;
vi. Programas de computadores;
vii. Regras de jogo; métodos operatórios e cirúrgicos;
viii.O todo ou parte de ser vivo;
Obs.: ART. 10, Lei nº 9.279/96 – não são considerados invenção nem modelo de utilidade. 
Bibliografia: CHAGAS, Edilson Enedino das. Direito Empresarial Esquematizado. 8ª ed. Saraiva, São Paulo, 2021. MAMEDE, Gladston. Direito Empresarial Brasileiro: Empresa e atuação empresarial. 13ª ed. Atlas, São Paulo, 2021. NEGRÃO, Ricardo. Manual de Direito Empresarial. 11ª ed. Saraiva, São Paulo, 2021.
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