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Antidepressivos DEPRESSÃO → É um distúrbio do humor descrito como uma síndrome com sinais e sintomas bem definidos que influenciam profundamente o pensamento e o comportamento → Segundo a OMS • Principal causa de incapacidade laboral (deixam de trabalhar ou socializar) no mundo • Casos aumentaram 20% na última década • Alerta para aumento (54%) do uso de antidepressivo por crianças e jovens • Afeta pessoas de todas as idades e estilos de vida, causa angústia e interfere na capacidade do paciente fazer até mesmo as tarefas mais simples do dia a dia • Pode levar ao suicídio, é 2ª principal causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos” • Atualmente, mais de 300 milhões de pessoas de todas as idades sofrem com a doença • Cerca de 5,8% da população brasileira sofrem de depressão – um total de 11,5 milhões de casos • Apesar da existência de tratamentos efetivos para a depressão, menos da metade das pessoas afetadas no mundo fazem de modo correto • As barreiras incluem falta de recursos, falta de profissionais capacitados e o estigma social associado a transtornos mentais, além de falhas no diagnóstico O QUE LEVA A DEPRESSÃO? • Drogas: alteração dos níveis dos neurotransmissores, desencadeam a doença • Fatores biológicos: neurotransmissores e receptores • Fatores psicossociais: luto ou desemprego, por exemplo • Doenças: degenerativas, crônicas, etc CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS → De acordo O Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais DSM-IV → Nesse manual traz todos os transtornos mentais, auxiliando o profissional a um diagnóstico mais preciso → Cinco ou mais dos sintomas seguintes devem estar presentes por pelo menos duas semanas → Pelo menos um desses dois sintomas devem obrigatoriamente ser apresentados: • Humor Deprimido • Perda de interesse pelas atividades cotidianas → Outros sintomas que podem estar presentes são: • Fadiga ou perda de energia • Alteração do sono - pode ser insônia ou excesso de sono; • Alteração na alimentação e peso • Lentidão ou agitação motora • Ideação, plano ou tentativa de suicídio • Sentimento de auto-culpa • Dificuldade de concentração BASES BIOLÓGICAS DA DEPRESSÃO → Baseada na ação de 3 neurotransmissores: • Serotonina (mais importante) • Noradrenalina • Dopamina → Neurotransmissor é uma substancia endógena (produzida pelo próprio corpo), por isso a serotonina é essencial, de maneira homeostática, pois se tiver muito causa ansiedade e se tiver pouco causa depressão → Para que o neurotransmissor execute sua função, ele precisa reconhecer um receptor • Neurotransmissor liberado na fenda → Reconhece receptor na célula pós-sináptica → Ativa esse receptor → Gera uma resposta (5-hidroxitriptamina) → Neurotransmissor chave na depressão → Para que um neurotransmissor seja sintetizado, é necessário ter um precursor, o precursor da serotonina é o triptofano (aminoácido essencial), que vai ser incorporado ao neurônio através de um transportador de aminoácidos → Duas enzimas de síntese convertem o triptofano em 5-HT: 1.Triptofano hidroxilase (TRY-OH) converte triptofano em 5-hidroxi-triptofano (5HTP) 2. Descarboxilase de aminoácidos aromáticos (AAADC) converte 5HTP em 5-HT → Após a serotonina ser sintetizada, ela não pode ficar livre no neurônio, precisa ser armazenada em vesículas através de um transportador vesicular se não será degradada → Neurônio recebe um estimulo → Despolariza → Abertura dos canais de cálcio → Influxo de cálcio → Exocitose da vesícula → Libera o neurotransmissor (serotonina) na fenda → Serotonina reconhece e ativa receptores serotoninérgicos na célula pós → Mas também pode ser degradada pela MAO (A e B) ou ser recaptada por uma bomba de transportadora (recaptação) Receptores de Serotonina (5-hidroxitriptamina) → A família de receptores serotoninérgicos é muito grande, permitindo trabalhar com antidepressivos em vários transtornos (várias áreas a nível de SNC) → Além dos receptores na célula pós, os neurônios também possuem receptores pré- sinápticos (auto receptores) → Os auto receptores servem para controlar a própria liberação do neurotransmissor, sempre estão acoplados à proteína Gi (inibitória), pois é feita uma regulação inibitória sob o neurônio → Serotonina é liberada → Estimula o receptor inibitório → Estimula a inibição → Inibe a liberação → Esse ciclo permite o controle sob a própria liberação de serotonina, para ter o equilíbrio – não liberar nem muito e nem pouco, apenas a quantidade ideal → O precursor para a síntese de noradrenalina é a tirosina → A tirosina sofre efeitos de 3 enzimas em sequência: 1. Tirosina hidroxilase (TOH) converte o aa tirosina em dopa 2. Dopa dexcarboxilase (DDC) converte dopa em dopamina 3. Dopamina beta hidroxilase (DBH) converte dopamina em noradrenalina → Deve ser armazenada em vesículas através de um transportador vesicular, pois se não é degradada → Neurônio recebe um estimulo → Despolariza → Abertura dos canais de cálcio → Influxo de cálcio → Exocitose da vesícula → Libera o neurotransmissor (noradrenalina) na fenda → Noradrenalina reconhece e ativa receptores serotoninérgicos na célula pós → Mas também pode ser recaptada por uma bomba de receptação ou ser degradada pelas enzimas MAO (monoaminoxidase) e CONT (catecol-o-metil-transferase) Receptores de Noradrenalina → São receptores adrenérgicos do tipo alfa ou beta (a1, a2, β1, β2 e β3) → Esses receptores estão distribuídos em densidades diferentes e em vísceras diferentes – em cada uma possui uma função diferente BASES BIOLÓGICAS DA DEPRESSÃO HIPÓTESE MONOAMINÉRGICA Sem depressão → Neurotransmissor sendo sintetizado, liberado e degradado pelas enzimas → Neurotransmissor reconhece os receptoresna célula pós, ativando o neurônio e ao mesmo tempo, a receptação do neurotransmissor que não está sendo utilizado Com depressão → Deficiência na produção do neurotransmissor Com antidepressivo → Para desenvolver o medicamento, pensaram em inibir a bomba de recaptação ou a enzima que degrada neurotransmissores, pois teoricamente iria aumentar a quantidade de neurotransmissores → Mas, na clínica não houve efeito agudamente, mesmo com a quantidade de neurotransmissor elevada, os efeitos só apareciam a longo prazo → Isso acontece pois como no paciente deprimido ocorre a queda na neurotransmissão, os receptores ficam sensibilizados → O corpo tenta regular aumentando a quantidade de receptores (up regulation), assim, qualquer quantidade de neurotransmissor que chegar, terá mais chances de se ligar a um receptor → Perceberam que como o paciente estava sensibilizado (aumento no número de receptores), demorava 21 dias após o início do tratamento para realmente acontecer a resposta terapêutica do medicamento → Pois quando ocorre o aumento de neurotransmissores, o corpo dessensibiliza e a quantidade de receptores diminui, modulando com a quantidade de neurotransmissor disponível na área → É muito comum, logo que inicia o tratamento, os sintomas piorarem, pois ocorre o aumento de serotonina em toda as áreas – efeitos colaterais mais fortes (adaptação ocorre em cerca de 21 dias) Resumindo... → HIPÓTESE DOS RECEPTORES DE NEUROTRANSMISSORES: explica o efeito terapêutico tardio dos antidepressivo • Estado de depressão: deficiência de neurotransmissor, em virtude disso o corpo tenta compensar fazendo “up regulation” – sensibiliza (aumenta o número de receptores) → INÍCIO DO TRATAMENTO • Medicamento inibe a MAO ou inibe a bomba de receptação, aumentando a disponibilidade (quantidade) de neurotransmissor na fenda • No início do tratamento há uma piora nos sintomas do paciente, pois ele está sensibilizado – efeito agudo → AO LONGO DO TRATAMENTO • Com o tempo (21 dias) ocorre a dessensibilização dos receptores, para modular de acordo com a quantidade de neurotransmissor que vai estar sendo disponível nessas área • Com a dessensibilização, ocorre o efeito terapêutico do medicamento Fármacos Antidepressivos INIBIDORES DA MAO (IMAO) → Pesquisadores estavam estudando uma droga para pacientes com tuberculose e observaram uma melhora no humor → Existem 3 classes: • IMAO irreversíveis não seletivos • IMAO reversíveis seletivos MAO-A • IMAO seletivo MAO-B MAO: enzima intracelular responsável pela degradação das monoaminas • MAO-A: preferencia pela degradação de serotonina e noradrenalina (preferência para o tratamento da depressão e ansiedade) • MAO-B: degrada com maior especificidade a dopamina (tratamento de Parkinson) IMAO irreversíveis não seletivos → Ligam-se à MAO de modo irreversível bloqueando sua ação, e a atividade enzimática só é restabelecida após a síntese de novas moléculas – mais efeitos colaterais → Como acaba com a atividade enzimática, corpo fica refém de sintetizar uma nova enzima → Não seletivos: bloqueiam MAO-A e MAO-B → Não são muito utilizados na clínica pois os efeitos colaterais são muito drásticos → Inibindo a MAO, noradrenalina aumenta e faz vasoconstrição, aumentando a pressão – pessoas com doenças cardiovasculares (ou pré-dispostas) não devem utilizar → Recomendado para uso durante a gestação quando não há outras alternativas e o risco supera o benefício • Não utilizar sem orientação médica • Só utilizar se necessário: não são a 1ª opção por conta dos efeitos colaterais, atualmente há os mais desenvolvidos com menos efeitos Exemplos → Fenelzina (Nardil®) • Uso: depressão • 15mg, 3x/dia até 90mg/dia → Isocarboxazida (Marplan®)) • Uso: depressão • 10mg, 2x/dia até 60mg/dia → Tranilcipromina (Parnate®) • Uso: depressão • 10mg, 2x/dia até 60mg/dia Mecanismo de ação → Ao inibir a atividade da MAO, deixa de degradar as monoaminas e automaticamente vai “sobrar” mais neurotransmissores disponíveis na fenda para modular os receptores pós → A inibição da MAO ocorre rapidamente, mas os benefícios clínicos demoram semanas para dessensibilizar os receptores Reações à tiramina e restrições dietéticas → Uma das maiores barreiras à utilização dos inibidores da MAO tem sido o risco de que pacientes em uso dessas drogas venham a apresentar reações hipertensivas após a ingestão de tiramina na dieta, que chega no neurônio e serve como precursor de noradrenalina → Alimentos que contém tiramina: → Crise hipertensiva (pressão diastólica >120 mmHg): Cefaléia, palpitações, sudorese, pupila dilatada e taquicardia IMAO reversíveis da MAO-A (IRMA) → Dois avanços relacionados ao IMAO: • Produção IMAO-A • Reversíveis – mais seguro em termos de efeitos colaterais Como a MAO-B está livre, ela degrada preferencialmente dopamina, mas também degrada em menor quantidade serotonina e noradrenalina → Inibidor reversível da MAO A (IRMA) se desloca da MAO permitindo a destruição normal de noradrenalina → Como é de forma reversível, se aumentar o substrato de um competidor, desloca o fármaco (tiramina) – perde seu efeito mas não causa crises hipertensivas (ainda há restrição alimentar, mas é mais seguro) • Não há risco de crises hipertensivas associada a dieta • Risco de diminuição do efeito terapêutico → 1 único medicamento aprovado: → Moclobemida (Aurorix®) • Uso: depressão • 100 mg, 3x/dia até 600 mg/dia Interações medicamentosas → Drogas que quando combinadas com IMAO podem causar hipertensão: • Descongestionantes - Fenilefrina – (agonista alfa-1) - Pseudoefedrina – (agonista alfa e beta) • Anfetaminas (bloqueiam a bomba de recaptação, aumentando a noradrenalina)- Metilfenidato (ritalina) • Antidepressivos IRN (aumenta a atividade noradrenérgica, deve-se controlar a dose) - ATC - inibem a bomba de recaptação Efeitos colaterais → Estimulação central excessiva: insônia, tremores, excitação e até convulsões → Boca seca, palpitações, agitação (efeitos adrenérgicos – noradrenalina em excesso) → Dores de cabeça, náuseas e vômitos Antidepressivos Tricíclicos → Pesquisadores estavam estudando uma substância com atividade antipsicótica, mas não foi efetiva. Porém pacientes apresentaram melhora significativa em seu comportamento → Observaram que a droga tinha três anéis, inibia a bomba de recaptação e, aumentava a quantidade de neurotransmissor → modulando a resposta a nível cortical Indicação Clínica → Depressão → Transtornos de ansiedade → Dor crônica → Enurese noturna (incontinência urinaria) Exemplos → Imipramina (Tofranil®) • Depressão: 50-100mg/dia • Pânico: 10-75mg/dia • Dor: 25-75mg/dia • IU: 20-80mg/dia → Clomipramina (Anafranil®) • Depressão: 75-150mg/dia • Pânico: 10-100mg/dia • Dor: 10-150mg/dia • IU: 20-75mg/dia → Amitriptilina (Triptanol®) • Depressão e TAG: 75-150mg/dia • Dor: 25-150mg/dia • IU: 25-50mg/dia → Nortriptilina (Pamelor®) • Depressão: 75-150mg/dia • Dor: 25-150mg/dia → Desipramina (Norpramin®) • Uso: dor crônica • Pouco uso depressão (cardiotóxico) → Doxepina (Aponal®) • Depressão isolada ou associadas com ansiedade 25 mg, 3x/ao dia Mecanismo de ação → São inibidores da bomba de recaptação: atuam então em neurônios serotoninérgicos (núcleo dorsal da rafe) e noradrenérgicos (locus coeruleus) → Aumenta a quantidade de neurotransmissor disponível na fenda → resposta após a dessensibilização: após modulação da resposta (15 a 21 dias) Efeito terapêutico x Efeitos colaterais → O fármaco possui ligantes para reconhecer as bombas de receptação de noradrenalina e serotonina (aumentando a quantidade de neurotransmissores) → Contudo, viram que existiam outros ligantes que reconheciam outros tipos de receptores → Esses ligantes atuam bloqueando M1 (muscarínico), α1 (adrenérgico) e H1 (histaminérgico), além de alguns canais de sódio, causando efeitos colaterais – conhecido como classe suja, pois sem seletividade nenhuma → Quando ocorre o bloqueio de: • M1 (colinérgico): acetilcolina não atua nesses receptores, ex: constipação, visão turva, boca seca, sonolência • a1: hipotensão e tontura • H1: sonolência e aumento de peso corporal - para o idoso é benéfico, por conta da falta de apetite • Canais de sódio: alteração no batimento de cardíaco – arritmias Interações medicamentosas → Álcool: potencializa efeito depressor/ sedação (potencializa o bloqueio de H1) → IMAO: episódios hipertensivos - aumenta a receptividade de noradrenalina Contraindicação → Problemas cardíacos - bloqueio de canais de sódio → Glaucoma - aumenta a noradrenalina, com isso, aumenta a pressão intraocular → Constipação intestinal → Retenção urinária Inibidores seletivos de recaptação de serotonina (ISRS) → Classe mais utilizada, extremamente eficaz → Atua em receptores serotoninérgicos → Ainda existem efeitos coletais devido a estimulação da serotonina em várias áreas do sistema nervoso Indicação Clínica → Depressão → Transtorno de ansiedade de forma geral → Transtorno do Pânico → Transtorno Obsessivo-compulsivo (TOC) → Transtornos alimentares – atua no hipotálamo no centro da fome Exemplos → Fluoxetina (Prozac®) • Depressão: 20mg/dia • Bulimia: 60mg/dia • TAG e TOC: 20-60mg/dia → Sertralina (Zoloft®, Tolrest®) • Depressão, ansiedade, TOC, TP, fobias, TEPT • Dose: 50-200mg/dia → Paroxetina (Pondera®**, Cebrilin®, Aropax®) • Depressão, Ansiedade, TOC, TP, fobias, TEPT • Dose: 10-60mg/dia ** Inibidor da NOS (enzima óxido nítrico sintase): contribui para disfunção sexual → Fluvoxamina (Luvox®) • Depressão: 50-100mg/dia até 300mg/dia • TOC: 50-300mg/dia → Citalopram (Cipramil®, Procimax®) • Depressão: 20-40mg/dia • TOC: 20-40mg/dia • TP: 10-30mg/dia → Escitalopram (Lexapro®) • Depressão: 5-10mg/dia • TOC: 10-20mg/dia • TP: 5-10mg/dia • TAG: 10-20mg/dia Na depressão • Queda na produção de neurotransmissores (principalmente serotonina), com isso, os receptores se sensibilizam • Os receptores do núcleo dorsal da rafe são específicos: serotoninérgicos do tipo 5HT1A (inibitório, acoplado a proteína Gi) • Observaram que o paciente, quando sensibilizado, acomete a nível pré e pós – a nível do núcleo dorsal da rafe (↑5HT1A) e a nível do córtex (diminuição de serotonina) Início do tratamento • Com o iníciodo tratamento usa-se um inibidor da bomba de recaptação, aumentando a quantidade de serotonina • Com isso, é necessário dessensibilizar o paciente – diminuir a quantidade de receptor para haver um equilíbrio. → Manifestações clínicas demoram de 2-3 semanas para aparecer Efeito Terapêutico • Pesquisadores descobriram que o fármaco não atuava só no córtex pré-frontal (pós), mas também no núcleo dorsal da rafe (pré) • Com o aumento de serotonina, no núcleo dorsal da rafe os receptores (5HT1A) começam a ser dessensibilizados, resultando no aumento de descargas de serotonina, por conta da diminuição dos freios dos neurônios • Então a diferença desse fármaco para os outros, é que acontece também no núcleo dorsal da rafe, porém a resposta é a mesma – o que leva 21 dias do efeito é o deslocamento da dessensibilização do núcleo dorsal da rafe até o córtex. Efeitos indesejáveis dos ISRS → Estimulação de outros receptores 5-HT em outras áreas: • R5HT2A e 2C: amígdala e CPFVM – agitação mental, ansiedade • R5HT2A: gânglios basais – alteração no movimento motor • R5HT2A: tronco cerebral (centro sono) – provocar despertares noturnos • R5HT2A e 2C: medula espinhal - inibe reflexo do orgasmo e ejaculação: disfunção sexual • R5HT2A: região mesocortical – apatia e diminui a libido • R5HT3: hipotálamo ou tronco cerebral – náuseas e vômitos • R5HT3: TGI - ↑ motilidade Gi, cólicas e diarreia Antidepressivos Atípicos → Fármacos com ação em locais diferentes → Menos efeitos colaterais → Toxicidade aguda menor • Inibidores da recaptação de 5-HT e da noradrenalina (IRSN): Venlafaxina, Duloxetina • Inibidores da recaptação de noradrenalina e de dopamina (IRND): Bupropiona • Inibidor seletivo da recaptação de noradrenalina (IRN): Reboxetina • Antagonista alfa2 como desinibidor de 5-HT e noradrenalina (DISN): Mirtazapina • Antagonista/Inibidor de recaptação de 5-HT: Trazodona e Nefazodona Inibidores da recaptação de 5-HT e NA (IRSN) → Venlafaxina XR (Efexor®) • Depressão, TAG: 75-225mg/dia • Fobias: 75mg/dia; TP: 37,5-75mg/dia → Desvenlafaxina XR (Pristiq®) • Depressão: 50mg, 1x/dia até 200mg/dia → Duloxetina (Cymbalta®) • Depressão, TAG: 30-60mg/dia até 120mg/dia • Dor neuropática: 60mg,1x/dia → Milnaciprano (Ixel®) • Depressão: 50mg, 2x/dia → Levomilnaciprano (Fetzima®) • Depressão: 20mg, 1x/dia até 120mg/dia Mecanismo de ação dos IRSN → Inibe a recaptação de 5-HT, noradrenalina e pouco da (córtex pré-frontal) → Porém não inibe receptores histaminérgicos, α1 e colinérgicos – diferença quando comparados aos tricíclicos • Foi o primeiro IRSN comercializado • Substrato da CYP 450 – metabólito ativo: desvenlafaxina • Disponível em liberação prolongada (XR) – administrada 1 x/dia • Utilizada em transtornos de ansiedade Antagonista alfa-2 como desinibidor de 5-HT e NA (DISN) → Mirtazapina (Remeron®) • Depressão maior: dose usual 15 a 45 mg • Antagonista H1- efeito sedativo (pode ser usado como ansiolítico) • Efeito colateral: ganho de peso • Bom para idosos, devido ao principal efeito colateral ser o ganho de peso Mecanismo de ação 1. Bloqueia receptores alfa-2 (auto-R) • Receptores alfa-2 são noradrenérgicos e podem ser autoreceptores inibitórios (acoplado a proteína Gi) • Alfa-2 também está presente no neurônio serotoninérgico (hétero receptor) – noradrenalina regula serotonina • O fármaco (antagonista alfa-2) vai se ligar ao alfa-2 e inibi-lo – vai inibir a inibição, aumentando os disparos do neurônio, liberando mais noradrenalina 2. Bloqueia receptores 5-HT2A, 5-HT2C e 5-HT3 • Alfa-1 também são héteros receptores e são acoplados a proteína Gq (estimulatória) • Quando aumenta a noradrenalina, ela se liga no alfa-1, estimulando o mesmo – estimula o neurônio serotoninérgico a disparar mais serotonina (efeito secundário) Antagonistas/Inibidores da recaptação de 5-HT (AIRS) → Trazodona (Donaren®)) • Depressão e Dor crônica neuropática • Dose 50-150mg/dia até 400mg/dia → Nefazodona (Serzone®) • Depressão: 100mg, 2x/dia → Vortioxetina (Brintellix®) • Depressão: 10mg/dia ou 20mg/dia • Antagonista 5-HT2A com inibição de recaptação de 5-HT • Capaz de aumentar 5-HT por inibir a recaptação, resultando em estímulo no receptor 5-HT1A devido ao bloqueio de 5-HT2A • Usadas como complemento de outros antidepressivos • Ainda: transtorno do pânico, estresse pós- traumático e ansiedade generalizada • Antagonismo de 5-HT2A diminui os efeitos indesejáveis da 5-HT (agitação, ansiedade, disfunção sexual) Inibidores da recaptação de NA e DA (IRND) → Bupropiona (Wellbutrin® e Ziban®) • Ziban®: Tabagismo. Dose: 150 mg por dia. • Wellbutrin®: Transtorno depressivo maior. Dose: 300 mg/dia ou 150 mg 2 vezes ao dia • Atua de forma inespecífica sobre a recaptação de NA e DA • Fármaco inibe bombas de recaptação de NA e DA com pouca atividade antidepressiva • Fármaco atua mais no núcleo accumbens: local de vício, desejo, euforia, aumentando a DA nessa região, modulando esses efeitos • Não tem componentes serotoninérgicos: pouco eficaz para a depressão mas auxilia no não acontecimento de disfunção sexual • Formulações de ação prolongada: melhor tolerabilidade • Efeitos adversos: boca seca, sudorese, tremores (↑NA) • Ziban®: indicado no tratamento do tabagismo, pouco eficácia antidepressiva, nãocausa efeitos colaterais sexuais Inibidores seletivos da recaptação de NA (IRN) → Maprotilina (Ludiomil®) • Uso: Depressão, distúrbios de humor, ansiedade, tristeza • Dose: 75-150mg/dia → Atomoxetina (Strattera®) • Depressão: 8 mg por dia ou 4mg 2 vezes por dia (máximo de 10 mg por dia) • TDAH: 40 mg até 80 mg por dia → Reboxetina (Prolift®) • Transtorno Depressivo grave: 4mg 2 vezes por dia → Não apresenta propriedades adicionais indesejáveis dos AD tricíclicos – não se ligam a receptores extas (mais seletivo) → Não são úteis nos transtornos ansiosos.
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