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Aprendizagem e Análise Funcional

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Curso: Análise do Comportamento Aplicada
Prof.: Vinicius Pereira de Sousa
PARTE 1 –
APRENDIZAGEM: UM 
PANORAMA GERAL
PARTE 2 – OS MODELOS 
RESPONDENTE E 
OPERANTE
PARTE 3 –
APRENDIZAGEM VIA 
REGRAS
PARTE 4 – ANÁLISE 
FUNCIONAL
Parte 1 -
Aprendizagem: 
um panorama 
geral
- Definição clássica 
de aprendizagem
- Investigações 
sobre a 
aprendizagem 
▪Aprendizagem: mudança relativamente duradoura de
comportamento resultante da experiência
▪ Adaptação do comportamento ao ambiente
▪ Foco: comportamento observável
▪Relação Memória x Aprendizagem:
▪ Aspectos em comum: mudanças duradouras após exposição ao
ambiente. Qual a diferença?
▪ Foco da Aprendizagem: aquisição de comportamentos
▪ Foco da Memória: retenção e recuperação de informações
▪Mecanismos biológicos similares
Edward 
Thorndike
Ivan Pavlov
John 
Watson
B.F. 
Skinner
Edward 
Tolman
Albert 
Bandura
Eric Kandel
▪ Será que animais não-humanos apresentariam
traços de inteligência?
▪ Experimento:
▪ Gatos privados de alimento
▪ Caixa-problema: porta só abre se o animal apresentar
alguma ação, como, por exemplo, puxar um cordão
▪ Lado de fora: alimento
▪ Início: variação de comportamentos do gato, até
que acidentalmente puxava o cordão e abria a
porta – 5 a 10 minutos
▪ Em seguida, o gato era colocado de volta na caixa –
tempo menor do que na primeira tentativa
▪ Quanto maior número de repetições, menor o
tempo para sair da caixa
▪Com base nos resultados, Thorndike 
desenvolveu uma teoria geral da 
aprendizagem, chamada de Lei do 
Efeito:
▪ “Qualquer comportamento que leve a um 
‘estado de coisas satisfatório’ tem maior 
probabilidade de ocorrer novamente”
▪ “Qualquer comportamento que leve a um 
‘estado de coisas incômodo’ tem menor 
probabilidade de ocorrer novamente”
▪Como medir tais resultados? –
Utilização de Curvas de Aprendizagem
Edward 
Thorndike
Ivan Pavlov
John 
Watson
B.F. 
Skinner
Edward 
Tolman
Albert 
Bandura
Eric Kandel
▪ Fisiólogo Russo que estudava o processo
digestório. Principal interesse: reflexo salivar
▪ Para isso, criou aparelhos que coletavam a
saliva de um cachorro, quando era
apresentado diferentes tipos de alimentos ao
animal
▪Um dia, porém, observou que os cães
salivavam mesmo sem alimento na boca – a
visão das tigelas ou dos experimentadores
era o suficiente
▪ Salivar diante de comida é um reflexo inato,
mas salivar diante de uma tigela não é. O
que será que aconteceu então?
• Procedimento cirúrgico: coleta de salivas
diretamente da glândula parótida em um
frasco
• Teste: Apresentação de comida elicia salivação
• Teste: Apresentação de som não elicia
salivação
• Procedimento de pareamento: apresentação
do som e segundos depois apresentação da
comida
• Pareamento é realizado repetidas vezes
• Após algumas tentativas: o som elicia a
salivação
• Esse procedimento é chamado de Condicionamento
Clássico, também conhecido como Condicionamento
Respondente ou Condicionamento Pavloviano
▪ Por que Condicionamento?
“O termo condicionamento [...]significa que algum elemento do 
ambiente externo controla agora o comportamento, como 
resultado da experiência do organismo com seu ambiente” 
(Ferster, Culbertson & Perrot-Boren, 1968)
▪ Ou seja, condicionamento se refere a aprendizagem
(após determinada experiência, comportamento mudou)
▪ Neste caso, o Condicionamento Clássico se refere a
novas aprendizagens reflexas a partir de relações
reflexas inatas pareadas com estímulos previamente
neutros
Edward 
Thorndike
Ivan Pavlov
John 
Watson
B.F. 
Skinner
Edward 
Tolman
Albert 
Bandura
Eric Kandel
▪Comportamento manifesto: indicador de
“atividades psicológicas”
▪ Pensamentos, sentimentos, emoções, etc. –
existem, mas não podem ser estudados
cientificamente
▪ Foco em comportamentos observáveis por
questão de metodologia (acessibilidade a
investigações científicas)
▪ Ambiente é o determinante para a aprendizagem
de qualquer comportamento; todo conhecimento
é adquirido a partir de experiências sensoriais
▪Emoções também podem ser aprendidas
▪ 1913 – Publicação do artigo “A Psicologia como o Behaviorista
a vê”
▪ Texto, conhecido também como “Manifesto Behaviorista”, entrou
para a história da Psicologia como o marco inicial do
Behaviorismo
A psicologia como o behaviorista a vê é um ramo experimental puramente 
objetivo das ciências naturais [...] A introspecção não constitui parte essencial 
de seus métodos [...] O behaviorista, em seus esforços para conseguir um 
esquema unitário da resposta animal, não reconhece linha divisória entre 
homens e animais. O comportamento do homem, com todo o seu refinamento e 
complexidade, constitui apenas uma parte do esquema total de investigação do 
behaviorista [...] A psicologia a qual eu tentaria construir tomaria como um 
ponto de partida, primeiro, o fato observável de que organismos, seres 
humanos e animais igualmente, de fato se ajustam ao seu meio ambiente 
através de equipamentos de hábitos e hereditários [...]
Edward 
Thorndike
Ivan Pavlov
John 
Watson
B.F. 
Skinner
Edward 
Tolman
Albert 
Bandura
Eric Kandel
▪ Aprendizagem pode ocorrer, também, pelas 
consequências das ações de um organismo. 
Ações podem ser denominadas Respostas
▪ Se a consequência de uma resposta:
▪ Aumentar a sua frequência, pode ser chamada 
de Reforçador Positivo
▪ Diminuir a sua frequência (e aumentar a de 
outra resposta que remova esta consequência), 
pode ser chamada de Reforçador Negativo (ou 
estímulo aversivo)
▪ Esse processo é chamado de Condicionamento 
Operante.
▪ Maior parte do comportamento aprendido foi 
desenvolvido por Condicionamento Operante
• Como estudar esses processos
empiricamente?
• Alternativa: estudo com animais
• Caixa de Skinner:
• Aparato que possui uma pequena barra ou
botão
• Um animal, geralmente ratos ou pombos, são
colocados dentro da caixa
• Ao pressionar a barra/botão, libera
comida/água
• Investigação de diferentes características e
aspectos dos processos de reforçamento
• Condicionamento Operante
• Processo de aprendizagem em que as consequências de uma ação
determinam a probabilidade de frequência de uma ação semelhante
posteriorente
• Organismo “opera” sobre o mundo, alterando-o, e é afetado por esta
mudança
“Os homens agem sobre o mundo, modificando-o, e são 
mudados por sua vez pelas consequências de suas ações” 
(B.F. Skinner, 1957)
Edward 
Thorndike
Ivan Pavlov
John 
Watson
B.F. 
Skinner
Edward 
Tolman
Albert 
Bandura
Eric Kandel
▪ Será que a aprendizagem pode ocorrer sem
reforçamento?
▪Experimentos com ratos em labirintos
▪ Tarefa: ratos eram colocados em um ponto
inicial e deveriam procurar uma caixa em
algum ponto dentro do labirinto
▪ Grupo 1: labirinto sem a caixa (grupo controle)
▪ Grupo 2: labirinto com alimento dentro da
caixa (reforço disponível em cada tentativa)
▪ Grupo 3: primeiras tentativas sem a caixa
(sem reforço), tentativas posteriores com
alimento dentro da caixa (reforço disponível)
▪ Resultados:
▪ Grupo 1: desempenho
aleatório pelo labirinto,
sem “caminho-padrão”
▪ Grupo 2: ratos
aprenderam a encontrar a
caixa-alvo rapidamente -
reforçamento em cada
tentativa aumentou a
frequência do desempenho
▪ Grupo 3: aquisição muito
rápida de desempenho
▪Como explicar essa aquisição tão
rápida de desempenho?
▪ Segundo Tolman, ratos criaram Mapas
Cognitivos: representações visuespacial
os auxiliaram a encontrar a comida
rapidamente
▪ Enquanto os ratos se moviam pelo
labirinto, representações cognitivas do
espaço foram sendo criadas. Tais mapas
cognitivos “guiaram” o rato, quando este
passou a ser reforçado
▪ Este processo, aprendizagem sem
reforço, ficou conhecido como
Aprendizagem Latente: desempenho é
aprendido em uma situação, mas só é
demonstrado posteriormente, em outra
situação
▪ Tais dados de Tolman, junto com
a obra de outros autores, levaram
à “Revolução Cognitiva” dentro
da Psicologia:
▪ Comportamentos são causados pela
intermediação de processos cognitivos
internos, não pela seleção do ambiente
▪Aprendizagem: não é apenas a
mudança de comportamento, mas
também a aquisição de conhecimentos
▪ Modelo cognitivo se torna dominante
dentro da Psicologia, substituindo o
Behaviorismo
Edward 
Thorndike
Ivan Pavlov
John 
Watson
B.F. 
Skinner
Edward 
Tolman
Albert 
Bandura
Eric Kandel
▪ Investigações sobre Aprendizagem
Observacional: comportamentos que são
adquiridos ou modificados após exposição a
outras pessoas que estão realizando o
comportamento (modelos)
▪Estudos de Bandura (década de 60) -
Procedimento:
▪ Crianças Pré-escolares divididas em dois grupos
▪ Os dois grupos assistiram a um vídeo de um adulto
interagindo com um boneco inflável, chamado “bobo”
▪ Grupo 1 – adulto brincava tranquilamente com
“bobo”
▪ Grupo 2 – adulto atacava agressivamente o “bobo”
▪ Teste
▪ Crianças foram colocadas em uma sala com vários
brinquedos, incluindo o “bobo”
▪Resultados:
▪ Grupo 1: crianças brincaram com o “bobo”
▪ Grupo 2: crianças agrediram o “bobo”
▪Crianças reproduziram modelos.
Aprendizagem de novos comportamentos
baseado em modelos é chamada de
Modelação
▪Quais são as implicações cotidianas que
podemos pensar sobre esses resultados?
▪Outro estudo foi realizado, mas no vídeo o
adulto apenas agrediu o “bobo”. Crianças
divididas em três grupos, cada uma com um
final diferente para o vídeo:
▪ Grupo 1: após agredir o “bobo”, nada acontecia com
o agressor
▪ Grupo 2: após agredir o “bobo”, o agressor recebeu
elogios e doces
▪ Grupo 3: após agredir o “bobo”, o agressor foi
verbalmente repreendido
▪ Resultados:
▪ Crianças que tiveram por modelo o adulto que recebeu
doces e elogios (Grupo 2) apresentaram maior
quantidade de comportamentos agressivos ao interagir
com o boneco do que as crianças do Grupo Controle
(Grupo 1)
▪ Crianças que tiveram por modelo o adulto que foi
repreendido (Grupo 3) apresentaram menor quantidade
de comportamentos agressivos ao interagir com o
boneco do que as crianças do Grupo Controle (Grupo 1)
▪ Aprendizagem Vicária (ou Reforçamento
Vicariante): aprender as consequências de uma
ação ao observar como as ações de outra pessoa
são consequenciadas
Edward 
Thorndike
Ivan Pavlov
John 
Watson
B.F. 
Skinner
Edward 
Tolman
Albert 
Bandura
Eric Kandel
▪Qual a base neural da aprendizagem?
▪Donald Hebb (1948): aprendizagem é
resultado de mudanças nas conexões
sinápticas
▪ Quando um neurônio ativa outro, ocorre
fortalecimento da sinapse
▪ “Células que descarregam juntas formam
redes neurais juntas” – Regra de Hebb
▪ Contudo, em sua época não havia
tecnologia que pudesse comprovar sua
hipótese
▪Eric Kandel (1995): experimentos
investigativos sobre dois processos de
aprendizagem:
▪ Habituação: decréscimo da frequência de
respostas diante de uma exposição repetitiva
de estímulos não-ameaçadores.
▪ Exemplo: trovões; barulho de relógio; etc.
▪ Sensibilização: aumento na frequência de
respostas diante de uma exposição a estímulos
ameaçadores.
▪ Exemplo: cheiro de fumaça aumenta a frequência
de respostas olfativas; ameaças aumenta a
frequência de respostas de vigilância (ver, ouvir,
orientação)
▪ Experimento – investigações sobre bases
neurais dos dois processos
mencionados:
▪ Sujeito: Aplysia
▪ Procedimento de Habituação: toques
repetitivos no corpo da Aplysia
▪ Início: respostas de retração
▪ Após seguidas repetições: sem respostas
visíveis
▪ Procedimento de Sensibilização: choque
elétrico na cauda e posteriores toques
repetitivos no corpo da Aplysia
▪ Logo após o choque: respostas de retração
▪ Após os repetitivos toques no corpo:
respostas de retração
Retração
▪ Foco do experimento: conexões sinápticas e formação de
redes neurais, não o comportamento observado
▪ Quais foram os resultados observados nas interações
entre neurônios?
▪ Habituação: neurônios pré-sinápticos liberam menos
neurotransmissores para os pós-sinápticos; enfraquecimento
da sinapse resulta em diminuição de comportamento.
▪ Sensibilização: neurônios pré-sinápticos liberam mais
neurotransmissores para os pós-sinápticos; fortalecimento da
sinapse resulta em aumento de frequência do
comportamento
▪ Esses dados e os de outras pesquisas deram evidências
positivas para a hipótese de Hebb
▪ Comportamento manifesto que foi aprendido envolve o
fortalecimento de redes neurais
Parte 2 – Os 
modelos 
respondente e 
operante
- Condicionamento 
Respondente
- Condicionamento 
Operante
- Modelagem
▪ Comportamentos comuns a todos os membros de uma espécie, desde
o nascimento, sem necessidade de aprendizagem
▪ Repertórios básicos para a sobrevivência
▪ Reflexos fazem parte do Repertório Comportamental (conjunto de
comportamentos de um organismo) de animais humanos e animais
não-humanos
▪ Cotidianamente, quando falamos da palavra “Reflexo”?
▪ Ex.: “aquele goleiro tem um ótimo reflexo”
▪ Na verdade, reflexo se refere a uma relação entre algo que aconteceu
(estímulo antecedente) e a ação do organismo que foi provocada.
▪ Portanto, Reflexo é uma relação entre estímulo e resposta (um tipo
de interação entre organismo e ambiente)
▪Exercício sobre estímulos: 
https://wordwall.net/play/5423/237/224
▪Exercício sobre respostas: 
https://wordwall.net/play/5424/482/549
▪Exercício sobre denominação das relações reflexas: 
https://wordwall.net/play/5424/754/432
▪Exercício sobre conceitos básicos (reflexo): 
https://wordwall.net/play/5425/028/391
https://wordwall.net/play/5423/237/224
https://wordwall.net/play/5424/482/549
https://wordwall.net/play/5424/754/432
https://wordwall.net/play/5425/028/391
Estímulo 
(S)
Resposta 
(R)
Enunciado
“Batida no joelho elicia
movimento da perna”
“luz nos olhos elicia
contração da pupila”
“alta temperatura elicia
sudorese”
“logo do McDonalds elicia
salivação”
▪Como vimos, existem Reflexos que são inatos. Mas há situações em que
uma resposta reflexa está presente, mas quando observamos o estímulo que
a eliciou, não conseguimos dizer que a relação ambiente-organismo (S → R)
nesses casos, são inatas
Não são relações 
reflexas inatas. 
Mas elas 
acontecem na 
vida real?
Então, o que são?
+
Estímulo 
Incondicionado
(US)
Resposta Incondicionada
(UR)
Emparelhamento
/Pareamento
Reflexo Inato ou 
Reflexo 
Incondicionado
Estímulo Neutro
(NS)
Reflexo 
Aprendido ou 
Reflexo 
Condicionado
Estímulo 
Condicionado
(CS)
Resposta Condicionada
(CR)
▪Nota importante sobre o uso dos termos: sempre que falamos
que um estímulo é Incondicionado, Condicionado ou Neutro,
estamos nos referindo à função desse estímulo em relação à
resposta do organismo
Som:
- NS para a resposta de 
salivação
- US para a resposta de 
orientação
Comida:
- US para a resposta 
de salivação
- NS para a resposta 
de orientação
▪Até aqui, estudamos sobre 
Comportamento 
Respondente:
▪Reflexos Inatos
▪Reflexos aprendidos 
(condicionamento 
respondente)
Relação S → R
Importante para entender
comportamentos mais
básicos e também sobre
emoções humanas,
aprendidas e inatas
Contudo, a maioria dos comportamentos dos organismos
está ligado a outro processo: Comportamento Operante
▪ O que é?
▪ Resposta (ação do organismo) que produz consequências 
(modificações no ambiente) e é afetado por elas
▪ Ou seja, as consequências das respostas dos organismos podem 
fortalecer ou enfraquecer respostas (ações do organismo)
▪ Consequências = um tipo de estímulo subsequente
ESTÍMULO
ANTECEDENTE
ESTÍMULO
SUBSEQUENTE
RESPOSTA
▪Exercícios sobre a diferenciação entre comportamento 
respondente e comportamento operante: 
https://wordwall.net/play/5425/723/102
▪Exercícios sobre comportamento operante: 
https://wordwall.net/play/5425/440/965
https://wordwall.net/play/5425/723/102
https://wordwall.net/play/5425/440/965
Mãe/Pai, 
posso 
pegar uma 
bala?
Ah, mas 
só uma!
Mas eu 
quero!
“Choro” / “aumento da 
intensidade da voz” / 
“repetição do pedido” / 
“jogar-se no chão”, etc.
Não!
Não!
Não!
Tá bom, 
mas só 
dessa 
vez!
Quais respostas da criança (ação da criança) produziram a 
obtenção dos doces?Na próxima vez que a criança ver o doce (ou outra coisa que 
goste), quais respostas provavelmente irá apresentar?
“Mas você 
tem que 
pensar 
nesse 
caminho 
aqui”
“Eu estou 
tentando 
resolver”
“Melhor a 
gente 
resolver isso 
aqui logo”
Sair da situação / 
deixar o local onde a 
outra pessoa 
envolvida na briga 
está
Quais respostas produziram o fim da briga?
Na próxima vez que houver uma
possível briga, qual resposta
provavelmente irá acontecer?
IMPORTANTE: Uma possibilidade de
consequência da resposta é a remoção
de algo aversivo que estava presente no
ambiente!!!
“Puxa 
assunto”
“Vai em 
eventos”
“Ajuda a todos que 
solicitam ou oferece 
ajuda mesmo sem 
ninguém pedir”
Pouca ou nenhuma atenção
Pouca ou nenhuma atenção
“Poxa, muito obrigado!”, 
“nossa como você é legal!” 
/ aproximação / atenção 
dos “ajudados”, etc.
Quando olhamos para uma pessoa agindo dessa forma, sem olhar para a sua história ou
relação com as consequências, tendemos a dizer que ela é assim porque é solícita, como se a
causa de seu comportamento fosse devido a sua personalidade, sendo que na verdade a sua
personalidade é resultado de aprendizagem operante
“Mas você tem 
que pensar 
nesse caminho 
aqui”
“Eu estou 
tentando 
resolver”
“Melhor a 
gente resolver 
isso aqui logo”
Sair da situação / 
deixar o local onde a 
outra pessoa 
envolvida na briga 
está
Quando olhamos para uma pessoa agindo dessa forma, sem olhar para a sua história ou
relação com as consequências, tendemos a dizer que ela é assim porque é workaholic, como se
a causa de seu comportamento fosse devido a sua personalidade, sendo que na verdade a sua
personalidade é resultado de aprendizagem operante
R S (consequência)
Se a consequência produzida tem o efeito de 
aumentar a resposta que a produziu, então a 
consequência é chamada de Reforço
R (ação do 
organismo)
S (consequência)
Fazer uma ligação 
telefônica
Falar com alguém
Estudar Ter acesso a
informação / boas
notas
Dizer “oi”!
A outra pessoa
responder “olá!”
Fazer bagunça em 
sala de aula
Atenção do professor
(mesmo que seja em
forma de
repreensão) e/ou
dos colegas
Fazer birra
Receber o que
deseja e/ou eliminar
uma situação
incômoda
Se após produzir estas 
consequências as 
respostas aumentarem 
de frequência, qual 
nome daremos às 
consequências?
Reforço ou Reforçador
Não nascemos já emitindo 
estes ou outros 
comportamentos operantes. 
Então nos fica uma 
questão: como aprendemos 
a emitir determinadas 
respostas?
Reparem: para produzir 
tais consequências, é 
necessário que uma 
resposta bem 
desenvolvida ocorra. 
Caso o contrário, tais 
consequências não 
serão produzidas.
“Gu”
“Dã”
“Ba”
“Du”
“Mã”
“Mu”
“Ah”
R (ação do 
organismo) S (consequência)
“Gu”
“Dã”
“Ba”
“Du”
“Mã”
“Mu”
“Ah”
R (ação do 
organismo) S (consequência)
“Gu”
“Dã”
“Ba”
“Du”
“Mã”
“Mu”
“Ah”
R (ação do 
organismo) S (consequência)
R (ação do 
organismo) S (consequência)
“Mã”
Extinção! 
Primeiro efeito: aumento da 
frequência da resposta
R (ação do 
organismo) S (consequência)
“Mã”
Extinção! 
Segundo efeito: queda da 
frequência de resposta e 
aumento da variabilidade
“Mãb”
“Mãgu”
“Mãda”
“Mããã”
“Mãn”
“Mãmã”
R (ação do 
organismo) S (consequência)
Reforçamento de 
nova resposta! 
“Mãb”
“Mãgu”
“Mãda”
“Mããã”
“Mãn”
“Mãmã”
Podemos pensar que, 
depois que a resposta de 
dizer “mãmã” estiver bem 
estabelecida, ela também 
é colocada em Extinção e 
o Novo Reforçamento só 
irá ocorrer quando a 
resposta do bebê ficar 
sonoramente próxima a 
“mamãe”
Vamos dizer que o resultado final desejado seja o bebê 
aprender a dizer “mamãe”. Foi exigido dele desde o 
começo que ele já falasse “mamãe”?
Primeiro, foi reforçado a emissão
de um fonema que se aproximasse
à primeira sílaba: “mã”
Depois, essa resposta foi colocada
em extinção e foi reforçado outra
resposta que se aproximasse de
um novo critério: “mãmã”
Posteriormente, essa resposta
também pode ser colocada em
extinção e o reforçamento ocorreria
somente diante de outra resposta,
mais elaborada, que se aproximasse
do resultado final: “mamãe”
Aproximações 
Sucessivas:
Emitir respostas 
que se aproximem 
de um resultado 
final desejado, 
sendo que as 
primeiras podem ser 
topograficamente 
(forma) diferentes do 
resultado final, mas 
as últimas são mais 
próximas
O que aconteceu?
- Uma resposta simples emitida “naturalmente” pelo bebê foi reforçada
- Depois, essa resposta previamente reforçada foi colocada em
Extinção. Ocorreu variação de resposta
- Reforçamento agora só aconteceria se uma resposta mais elaborada
ocorresse. Ou seja, o critério de reforçamento foi alterado, de
forma que o organismo só obteria reforçamento se uma resposta
específica acontecesse
- Sobre este último tópico, podemos dizer que iniciou-se um
procedimento de Reforçamento Diferencial, ou seja, o Reforço só
poderia ser obtido se o organismo emitir uma resposta “X”. Emitir
qualquer outra resposta não teria o reforço como consequênciaModelagem
“Procedimento de Reforçamento Diferencial de aproximações sucessivas de 
um comportamento. O resultado final é um novo comportamento” (Moreira & 
Medeiros, 2007, p.61)
Uma forma: através da modelagem!
▪Utilização de:
▪ Reforço Diferencial: reforçar algumas respostas que 
obedecem a algum critério e em não reforçar outras 
respostas; reforçar algumas respostas e extinguir outras 
similares
▪ Aproximações Sucessivas: exigir gradualmente 
comportamentos mais próximos do comportamento-alvo 
(resultado final)
▪Característica fundamental:
▪ Imediaticidade do Reforço: quanto mais próximo 
temporalmente da resposta o reforço estiver, mais eficaz 
ele será. Aprendizagem pode ser lenta ou não acontecer, 
se o reforço ocorrer minutos depois da resposta ser 
emitida
“O condicionamento operante modela o comportamento 
como o escultor modela a argila. Ainda que algumas 
vezes o escultor pareça ter produzido um objeto 
inteiramente novo, é sempre possível seguir o processo 
retroativamente ate a massa original indiferenciada e 
[verificar] os estágios sucessivos [...] O produto final 
parece ter uma especial unidade ou integridade de 
planejamento, mas não se pode encontrar o ponto em 
que ela repentinamente apareça. No mesmo sentido, 
um operante não é algo que surja totalmente 
desenvolvido no comportamento do organismo. É o 
resultado de um continuo processo de modelagem” 
(p.101)
Parte 3 –
Aprendizagem via 
regras
- Comportamento 
Governado por Regras
- Comportamento 
Controlado por 
Contingências 
Naturais
- Sensibilidade x 
Insensibilidade às 
contingências
- Aquiescência (Pliance) 
e Rastreamento 
(Tracking)
“Regras são estímulos verbais –
produzidos por um falante – que 
especificam uma contingência 
(descrevem as variáveis que 
antecedem uma resposta, a 
resposta e as consequências 
dessa resposta) e que, quando 
apresentados, aumentam a 
probabilidade de emissão da 
resposta por eles especificada” 
(Fidalgo, 2016)
Regras são 
Estímulos 
Antecedentes 
Verbais
Regras 
descrevem 
contingências, 
indicando 
antecedente, 
resposta e 
consequência
Além de 
antecedentes, 
Regras também 
são Estímulos 
Discriminativos
Efeito evocativo: a 
apresentação de uma 
regra aumenta a 
probabilidade de 
emissão de um 
determinado 
comportamento –
seguir a regra
Exemplo:
“Quando você estiver com dor de cabeça, tome este remédio e a dor passará”
O que esta regra está especificando?
Estímulo Antecedente Resposta Consequência
Quando a pessoa (ouvinte) 
estiver com dor de cabeça, o 
que ela irá fazer?
Por que?
Ela precisou aprender 
diretamente pela 
contingência?
▪Regras são Estímulos Discriminativos
▪ Um tipo diferente de Estímulo Discriminativo: envolve o comportamento
verbal de quem emite a regra
Legal você fazer 
tanta coisa, mas 
você precisa 
também se 
dedicar aos seus 
amigos, sair um 
pouco...Pessoa 2 seguiu o que a Pessoa 1
disse
- Possivelmente teve acesso a
reforçadores, como a companhia
dos amigos. Comportamento de
seguir regras foi reforçado
- Pessoa 1 viu que pessoa 2 fez o
que ela descreveu na regra.
Comportamento de emitir
regras foi reforçadoPessoa
1
Pessoa
2
Regra fornecida pela 
Pessoa 1 = Sd para 
a pessoa 2
▪Reforçadores envolvidos:
▪ Para quem fornece a regra, seu comportamento de emitir regras pode
ser reforçado pelo fato de alguém segui-la.
▪ Além disso, podemos também criar nossas próprias regras a partir da
interação com o ambiente (auto-regra). Nosso comportamento pode ser
reforçado por seguir nossa própria regra, quando esta permite alcançar
reforçadores positivos e/ou afastar-se de eventos aversivos (reforçadores
negativos)
▪ Para quem segue a regra, seu comportamento pode ser fortalecido pelos
reforçadores encontrados na contingência especificada pela regra
▪ Além disso, quem segue regras pode ser reforçado pela aprovação (ou
afastamento de uma condenação) de quem forneceu a regra
▪ Portanto:
▪ O comportamento de alguém formular regras pode ser reforçado:
▪ Pelo comportamento de ouvinte, ao engajar-se na ação especificada pela
regra fornecida pelo falante
▪ Pela própria ação do falante, quando este formula uma regra que faz com
que ele mesmo consiga engajar-se com sucesso no ambiente (auto-regra)
▪ O comportamento de alguém seguir regras pode ser reforçado:
▪ Pela aprovação ou afastamento de desaprovação de quem forneceu a regra
(reforçadores sociais)
▪ Pela própria ação de quem seguiu a regra, quando segui-la faz com que
consiga engajar-se com sucesso no ambiente
Um motorista está seguindo seu caminho
até seu destino, quando se depara com
um trânsito intenso devido a obras na
pista. Se não há GPS ou qualquer tipo de
mapa, que fazer nessas situações?
- Encontrar uma rua que sirva como
saída
- Ir tentando rotas alternativas
- Seguir por ruas paralelas até conseguir
chegar ao destino
Mas e se tiver uma placa de desvio?
- Seguir a placa indicando desvio
- Seguir outras sinalizações que mostrem
o caminho, até chegar ao destino
▪ No primeiro exemplo, o motorista se expôs
aos estímulos presentes no ambiente,
muito embora as consequências de seu
comportamento ainda não estivessem
claras.
▪ Ele podia acertar uma rua, errar outra,
tentar de novo... enfim, entrar em contato
com vários tipos de consequências
diferentes, tanto reforçadores positivos
como estímulos aversivos, até chegar ao
destino
▪ A situações como essas dizemos que se
trata de Comportamento Modelado por
Contingências Naturais
 No segundo exemplo, o motorista
visualizou a sinalização da placa e agiu
de acordo com a mesma
 Ele até poderia errar o caminho, mas
mesmo nessa situação ele estaria
seguindo o sinal. Ou seja, ele não
entraria em contato com vários tipos de
consequências, mas sim somente com
consequências específicas
 A situações como essas dizemos que se
trata de Comportamento Governado
por Regras
Comportamento Modelado 
pelas Contingências 
Naturais
Comportamento Governado 
por Regras
Estímulo Discriminativo: 
a situação presente
Estímulo Discriminativo: regra 
fornecida e a situação presente
Aprendizagem mais lenta, uma vez que 
o organismo precisa entrar em contato 
direto com as consequências para 
depois ter seu comportamento 
selecionado
Aprendizagem mais rápida, pois o organismo 
não precisa entrar em contato com vários 
tipos de consequência: a regra já especifica o 
que deve ser feito para se obter a 
consequência importante
Aprendizagem via 
contingências naturais (direta)
Aprendizagem via 
instrução
▪ O fornecimento de regras e o comportamento de seguir regras deu uma grande
vantagem adaptativa para a nossa espécie: conseguimos interagir com sucesso
em nosso ambiente sem precisarmos aprender todas as habilidades “do zero”
• Ex.: aprender a dirigir
• Essa é uma habilidade que aprendemos sob
controle de regras
• Como seria aprender a dirigir se fôssemos
modelados diretamente pela contingência?
• É nesse sentido que podemos dizer que “o
enunciado de regras poderia substituir o
procedimento de modelagem de uma resposta
em seres humanos” (Matos, 2000, p.2)
▪ O uso de regras pode levar a pessoa a entrar em contato com consequências
tanto sociais (aprovação de quem formula a regra) como naturais (reforçadores
presentes na própria situação)
• Exemplo: aprender a tocar violão
• No início, o aprendiz pode não ter as
habilidades necessários e dificilmente
irá adquiri-las sem instrução alguma
• Quando um instrutor fornece as
regras (antecedente), ele poderá
segui-las executando movimentos no
violão (resposta), o que pode gerar
elogios do instrutor (consequência
social) como também o próprio som
do violão (consequência natural)
Comportamento Modelado 
pelas Contingências 
Naturais
Comportamento Governado 
por Regras
Pode levar a um repertório mais vasto 
e sensível às transformações do 
ambiente
A depender do tipo de regra, pode levar a 
um repertório restrito e insensível às 
transformações do ambiente
Organismo entra em contato com 
várias estimulações antecedentes e 
consequências , o que faz com que 
seu repertório possa ser ampliado. Se 
o ambiente mudar, ele terá maiores 
possibilidades de se adaptar a esta 
mudança 
Organismo entra em contato com as 
estimulações antecedentes e 
consequências que a comunidade verbal 
especificar em suas regras, o que faz com 
que seu repertório seja restrito. Se o 
ambiente mudar, ele saberá fazer somente 
aquilo que aprendeu via regras
“Se o desempenho segue as mudanças na direção 
adequada, dizemos que o comportamento é sensível 
às mudanças nas contingências; caso contrário, 
dizemos que é insensível. Insensibilidade a 
mudanças nas contingências naturais é um efeito 
comum, como já foi dito, do controle por regras” 
(Matos, 2001, p.9)
Isso pode nos levar a uma 
questão: o que acontece 
com o comportamento de 
pessoas que aprenderam a 
seguir regras a vida inteira 
quando as contingências 
presentes no mundo são 
alteradas?
“Rigidez 
comportamental” pode 
ser um efeito do seguir 
regras e insensibilidade 
às contingências 
naturais –
“inflexibilidade”
Ou seja, se o ambiente 
mudar e o comportamento 
seguir essa mudança, 
então o indivíduo é 
sensível às alterações 
ambientais – “flexibilidade”
▪Ex.: problemas no computador – áudio não está funcionando
▪ Pessoa 1 – alguém ensina o que deve fazer
“Clica aqui, aperta esse botão
aqui, nessa tela aqui você faz
isso, agora muda essa
configuração aqui, testa o
áudio novamente. Pronto!”
▪Ex.: problemas no computador – áudio não está funcionando
▪ Pessoa 2 – tenta sozinho
Abre configurações. Abre Painel de
Controle. Não conseguiu. Volta uma
tela. Abre guia de sistemas de som.
Não conseguiu. Tenta abrir
hardware. Verifica placas. Não
conseguiu. Tenta de novo. Verifica
software de som. Descobre que o
Realtek não está instalado. Faz
download e instala o Realtek
▪Ex.: problemas no computador – áudio não está funcionando
▪ Pessoa 3 – alguém descreve possíveis caminhos, mas destacando
alguns aspectos presentes na situação
“Clique na barra ‘pesquisar’ e digite ‘configurações’ (regra). Agora
que abriu, o que você vê de opções? (regra que estabelece as várias
funções da tela como antecedentes). Tenta a opção X (regra). Não
deu? Qual você acha que dá pra tentar agora? (regra que indica a
relação entre antecedente e consequência). Boa! Nessa opção que
você chegou, verifique se o software de som está instalado (regra
destacando antecedente). Não está? E agora, o que fazer? (regra
destacando possibilidades de resposta para se obter a
consequência importante). Isso, faça o download e teste a
instalação. Se não der certo, vamos tentar outra coisa (regra
destacando a consequência desejada)”
▪Ex.: problemas no computador – áudio não está funcionando
▪ Pessoa 1 – aprendeu via regra: reforçamento arbitrário/social (aprovação dequem forneceu a regra) e reforçamento natural (conseguir resolver o
problema)
▪ Pessoa 2 – aprendeu via contingências naturais (todos os reforçadores
positivos e estímulos aversivos foram produtos diretos da ação da pessoa)
▪ Pessoa 3 – aprendeu via regras que destacavam os vários estímulos
antecedentes, respostas e consequências envolvidas na situação, não
apenas as relacionadas ao problema a ser resolvido
▪Ex.: problemas no computador
▪ Se o computador voltar a ter algum problema, mas dessa vez um problema
diferente – na tela, por exemplo - o que irá fazer a:
▪ Pessoa 1
▪ Pessoa 2
▪ Pessoa 3
▪ Por que?
▪ Ou seja: algumas regras também podem produzir sensibilidade às
contingências naturais e maior autonomia
Tipos de Regras
Aquiescência (Pliance)
Depende de contingências sociais – reforço por
seguir as regras
Normas; Leis; Costumes; Tradições; etc.
Consequências mediadas pelo falante (quem
emite a regra). Ele detém os reforçadores
positivos e negativos
Portanto, o comportamento controlado depende
das características de quem formula a regra
(“autoridade”)
Insensibilidade às mudanças ambientais.
Comportamento só irá mudar se as regras
mudarem, não se o mundo mudar
Rastreamento (Tracking)
Correspondência entre regra e evento ambiental
Instrução; Descrição; etc.
Consequências podem ser mediadas pelo falante
(quem emite a regra), mas o comportamento
controlado por esse tipo de regra também faz
com que a pessoa entre em contato com
reforçadores naturais, que são mais fortes do
que os arbitrários
Portanto, o comportamento controlado depende
muito mais das consequências naturais
Sensibilidade às mudanças ambientais. Quando
o mundo muda, provavelmente o organismo
estará mais apto para tais mudanças
▪O comportamento de humanos e animais pode ser modelado e
controlado por Contingências Naturais
▪Contudo, somente o comportamento humano pode ser
controlado por Regras
▪Ou seja: no caso humano, além das contingências naturais,
outro tipo de contingência opera em nossas vidas, nos
ensinando determinadas formas de agir – Cultura
(contingências culturais)
▪Como podemos aprender a agir de forma efetiva em diferentes
situações via regras?
▪ Família
▪ Tradições coletivas
▪ Grupos sociais
▪ Educação
▪ Livros
▪ Músicas
▪ Obras de arte em geral
▪ Religiões e mitos
▪ Etc.
Contudo, a medida que a correspondência entre as regras formuladas e eventos
ambientais diminui, o controle passa a se tornar cada vez mais social e cada vez menos
natural. O controle deixa de ser “Tecnológico” para se tornar “Cerimonial”
“Contingências tecnológicas envolvem comportamento 
mantido por mudanças ambientais não arbitrárias. Nas 
contingências tecnológicas, os reforçadores derivam seu poder a 
partir de sua utilidade, valor ou importância, tanto para a 
pessoa que se comporta, como para as outras. Contingências 
cerimoniais, por outro lado, envolvem comportamento que é 
mantido por reforçadores sociais, que derivam seu poder do 
status, posição ou autoridade do agente reforçador, 
independente de qualquer relação com mudanças ambientais 
que beneficiem direta ou indiretamente a pessoa que se 
comporta. O controle cerimonial é exemplificado por: ‘Faça, 
porque estou mandando’. O controle tecnológico é exemplificado 
[...] pelo comportamento presente nas contingências de 
reforçamento naturais [...] (‘Faça, porque isso resultará em 
melhores condições sanitárias, que resultarão na melhoria da 
saúde’)” (Glenn, 1986, p.3 e 4)
▪Exercícios sobre Comportamento 
Governado por Regras: 
http://gg.gg/mn9eh
http://gg.gg/mn9eh
Parte 4 – Análise 
Funcional
- Unidades de 
Análise
- Seleção e análise 
de 
comportamentos-
alvo
- Procedimento de 
Avaliação 
Funcional
▪Unidades Comportamentais Básicas: ponto de partida
para qualquer análise
▪Modelo de onde a interpretação de fenômenos deve
partir
▪ Importância par a interpretação, análise e
desenvolvimento de intervenções
▪Para a Análise do Comportamento, sua unidade básica
de análise deve considerar a ação do organismo e as
variáveis ambientais
▪Resposta = toda e qualquer ação apresentada pelo organismo
▪ Para o Analista do Comportamento, a Resposta deve ser o objeto
primário de observação e medida
Criança chuta a bola e ela entra no gol / resposta = chutar a bola
Funcionário faz relatório e deixa na mesa do chefe / resposta = fazer o
relatório; deixar na mesa
Eu faço uma pergunta e vocês respondem / respostas = professor faz
perguntas; alunos respondem às perguntas
▪Contudo, a observação somente da resposta tem utilidade
limitada como unidade de análise
▪Uma resposta é uma reação a alguma coisa. Ou seja, um
organismo só pode apresentar uma resposta se houver uma
mudança no ambiente.
▪Existem vários tipos de relações entre o ambiente e a resposta,
envolvendo tanto mudanças ambientais antes da resposta como
também após a resposta
“Uma resposta operante é uma classe de eventos organismicos que 
não pode ser identificada sem referência às consequências 
ambientais” (Sidman, 1986, p.216)
▪Uma contingência de reforçamento de dois termos, portanto, é a
unidade básica de análise para comportamentos operantes. As
consequências do comportamento – eventos subsequentes à
resposta – determinam sua probabilidade futura
Apertar um botão
Qualquer outra ação
Produz ficha
Não produz ficha
Repostas: Consequências:
▪ A utilização da Contingência de Dois Termos como unidade de análise nos 
permite compreender alguns fenômenos humanos tradicionalmente 
atribuídos a processos cognitivos
▪ “Propósito”, “expectativa”, “antecipação”, “intenção” = termos que explicam o 
que alguém faz agora, porém apelando para eventos futuros
▪ Mas como explicar o presente usando o futuro como referência, se o futuro 
ainda não aconteceu? Esse problema configura uma anomalia científica
▪ Todos esses termos podem ser explicados olhando apenas para as 
consequências da resposta
▪Contudo, se comportamentos reforçados tivessem sua
probabilidade de ocorrência aumentada em qualquer situação, o
resultado certamente seria caótico
“Nosso ambiente não somente nos fornece consequências, mas 
também seleciona de nossos repertórios as unidades de dois 
termos que deverão estar ativas em um determinado momento” 
(Sidman, 1986, p.218)
▪Consequências selecionam respostas, mas também selecionam
em qual ambiente estas respostas ocorrerão
▪Contingências de Dois Termos podem ser controladas por um
terceiro elemento, um estímulo antecedente
▪ Isso significa que diante de um determinado estímulo
antecedente, uma resposta poderá produzir reforçador. Diante
de outro estímulo não
Apertar um botão Produz ficha
Repostas: Consequências:
Não produz fichaApertar um botão
S ant:
Quadrado
Círculo
Sd
SΔ
▪A adição de um terceiro termo na Unidade de Análise
ampliou as possibilidades de interpretação de fenômenos
humanos
▪Percepção:
▪ Definição tradicional: “processamento, reconhecimento e integração
das informações advindas através da sensação”
▪ Compreensão comportamental: “Não estamos simplesmente ‘cientes’
do mundo ao nosso redor; respondemos a ele de maneiras
idiossincráticas por causa daquilo que aconteceu quando estivemos
em contato com ele [...] pessoas veem coisas diferentes quando
foram expostas a contingências de reforçamento diferentes”
(Skinner, 1976)
▪Contingências de Três Termos podem também, por sua vez, ser 
colocadas sob controle de um outro elemento/evento ambiental
Apertar um botão Produz ficha
Repostas: Consequências:
Não produz fichaApertar um botão
S ant:
Quadrado
Círculo
A relação entre Estímulo Discriminativo e Estímulo Condicional pode 
ser chamada de “estímulo-estímulo”
Sd
SΔ
S Condicional:
Sd
SΔ
Produz ficha
Não produz ficha
▪ Contingências de Quatro Termos consistem em discriminações sob 
controle contextual. Ou seja, a partir desta Unidade de Análise 
podemos compreender melhor como o contexto controla não apenas a 
resposta, mas também a discriminação de estímulos
▪ Linguagem:▪ Palavras, sons, gestos, etc. podem variar a depender do contexto
▪ Ex 1: em sala de aula ao apresentar um trabalho, diante do seu 
amigo você utiliza linguagem formal. Mas no bar, diante do seu 
amigo você fala de forma descontraída
▪ Ex 2: em um país estar diante de uma pessoa e usar determinada 
gesticulação será reforçado. Mas usar a mesma gesticulação diante 
de uma pessoa de outro país poderá não funcionar
▪ Ex 3: a palavra “vermelho” poderá adquirir diferentes significados a 
depender do contexto: Aula de artes visuais? Time de futebol? 
Expressão de sentimento? Espectro político?
“As variáveis externas, das quais o comportamento é função, dão margem ao 
que pode ser chamado de analise causal ou funcional. Tentamos prever e 
controlar o comportamento de um organismo individual. Esta e a nossa ‘variável 
dependente’ - o efeito para o qual procuramos a causa. Nossas ‘variáveis 
independentes’ - as causas do comportamento - são as condições externas das 
quais o comportamento é função” (Skinner, 1953)
▪ Variável Dependente (VD) = resposta/ação do organismo
▪ Variável Independente (VI) = estímulos antecedentes e 
subsequentes/condições ambientais
▪ Identificar a relação entre VIs e VDs = realizar Análises Funcionais
▪ “Isto deve ser feito dentro das fronteiras de uma ciência 
natural”: ater-se a fatos e eventos fisicamente observáveis
▪ A utilização de termos como “intenção” e “querer” devem ser 
evitados, uma vez que não descrevem VDs e VIs
▪ “Os eventos que afetam um organismo devem ser passiveis de 
descrição na linguagem da ciência física”. Todas as VDs e VIs
devem ser descritas em termos físicos
▪Exercícios sobre Análise Funcional. Em 
cada exemplo vocês deverão analisar de 
três formas: quanto às unidades de 
análise, quanto as variáveis e quanto às 
contingências
https://wordwall.net/play/5427/285/194
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Vamos fazer análises funcionais:
“Vemos constantemente ele gritando, batendo a cabeça e até se 
ferindo. Em geral, isso acontece quando desligam a TV, quando é 
hora de trocar de roupa ou até quando parece que ele não quer 
nada – simplesmente a mãe aparece e começa. É difícil ver essa 
cena, então os cuidadores lidam de alguma forma – seja ligando a 
TV de novo, adiando a troca de roupa ou dando carinho e afeto”
▪ Identificar VIs e VDs e descrevê-las em termos físicos nos 
permite grande vantagem teórica e prática
▪ Teórica:
▪ Compreensão de comportamentos a partir da utilização de métodos das 
ciências naturais
▪ Não se faz necessário o apelo para estruturas ou constructos mentais
▪ Evita o problema da representação. Ex.: se o que eu vejo é representado na 
minha “mente”, então como eu vejo essa representação mental?
▪ Prática:
▪ Identificar variáveis ambientais que fortalece e mantém um comportamento 
permite alterá-las quando necessário
▪ Intervenções podem ser planejadas levando estas variáveis em 
consideração
Antes do almoço, o 
cuidador solicita para 
duas crianças que 
lavem suas mãos
Criança nº1: abre a 
torneira e começa a lavar 
as mãos
Criança nº2: começa a 
gritar, chorar e balançar 
as mãos
Por que diante da mesma 
solicitação essas crianças 
agem de formas diferentes?
Estes comportamentos ocorrem pois para cada criança estão relacionados 
a eventos ambientais diferentes. Cada evento (comportamento) está 
relacionado a outro evento (ambiente) - determinismo
Para nossa prática, é fundamental identificar estas relações. Caso o 
contrário, nossos procedimentos correm o risco de serem inefetivos ou, se 
funcionarem, não saberemos exatamente o porquê
Avaliação Funcional: possibilita criar hipóteses sobre
as relações entre tipos específicos de eventos ambientais
e comportamentos
Avaliação Funcional é planejada para obter informações
sobre as funções do comportamento-alvo apresentado
pelo sujeito.
▪ Funções do Comportamento
• Comportamentos desejados e indesejados são aprendidos e mantidos
através da interação entre o sujeito e seu ambiente, físico e social. Estas
interações são, essencialmente, contingências de reforçamento positivo e
negativo
• Pode-se utilizar a Avaliação Funcional para identificar o tipo de
contingência responsável pela manutenção do comportamento-alvo, dando
informações necessárias para a construção de intervenções
posteriormente. Funciona como uma avaliação de tipos de reforçadores
• A ideia é que se estas contingências de reforçamento forem identificadas,
torna-se possível planejar intervenções para diminuir comportamentos
problema e aumentar comportamentos adaptativos
▪ Funções do Comportamento
▪ Reforçamento Positivo
▪ Reforçamento Positivo Social (Atenção)
• Comportamentos problema podem ser mantidos devido à produção imediata
de atenção por parte de outra pessoa
• Essa atenção pode ser manifesta por expressões faciais, broncas, conselhos,
falas, direcionamento do rosto, etc.
• Estas reações podem servir como reforçadores positivos para o indivíduo que
se engaja no comportamento-problema, aumentando a frequência destes
▪ Funções do Comportamento
▪ Reforçamento Positivo
▪ Reforçamento Tangível
• Muitos comportamentos produzem o acesso a reforçadores materiais ou
outros estímulos
• Ex.: mudanças na TV ao apertar um controle remoto, obter doces ou
brinquedos, etc.
• Comportamentos problema podem produzir materiais, tais como chorar,
gritar, padrões estereotipados e até respostas autolesivas
▪ Funções do Comportamento
▪ Reforçamento Positivo
▪ Reforçamento Positivo Automático
• Alguns comportamentos não dependem da atenção dada por alguém ou da
produção de materiais, mas podem ser mantidos pela própria sensação
corporal produzida ao serem emitidos
• Ex.: sucção do polegar (estimulação do dedo ou da boca), beliscar a própria
pele, puxar o cabelo, etc.
• Se um comportamento é frequente e nenhuma consequência visível é
produzida, possivelmente está sendo mantido de forma automática
▪ Funções do Comportamento
▪ Reforçamento Negativo
▪ Reforçamento Negativo Social (Fuga)
• Comportamentos podem ser mantidos por encerrarem um determinado
evento. Se um estímulo aversivo presente for afastado ou encerrado devido a
ação do sujeito, esta ação poderá ser reforçada
• Comportamentos problema podem ser fortalecidos dessa forma. Ex.:
agressão, autolesão, fala incoerente, padrão perturbador em sala de aula, etc.
• Diversos eventos podem ser aversivos, tais como tarefas, lições de casa,
solicitações, presença de pessoas, etc.
▪ Funções do Comportamento
▪ Reforçamento Negativo
▪ Reforçamento Negativo Automático
• Estimulação aversiva, tais como dor física ou condição desconfortável, pode
servir como Operação Motivadora que estabelece sua própria remoção como
reforçadora
• Neste caso, comportamentos que encerrem estas condições serão
negativamente reforçados. Como estão relacionados à condições corporais,
podemos dizer que se trata de reforçamento automático
• Diversos comportamentos problema podem ser reforçados dessa forma
▪ Função x Topografia
▪ Importante reconhecer
que relações ambientais
que selecionam e
mantém
comportamentos não
fazem distinções entre
desejável e indesejável,
adequado ou
inadequado
▪ Reforçamento pode
ocorrer independente
do nosso julgamento
sobre a resposta
Atenção
Atenção
O reforçador seleciona a resposta que o 
produz, independente se é adequada ou não!
▪ Procedimento Básico
▪Em uma Avaliação Funcional, antecedentes e consequências
representam aquelas que estão disponíveis no ambiente natural
do indivíduo. Desta forma, podemos verificar os efeitos
separados de cada uma delas sobre o Comportamento problema
▪Esta condição é chamada de Análogo
▪ Estímulos são apresentados de maneira sistemática, mas a análise não é
conduzida no contexto natural do paciente, e sim em um ambiente
controlado
▪ Condições Análogas são frequentemente utilizadas por analistas do
comportamento para melhor controlar as variáveis ambientais que podem
estar relacionadas ao comportamento-alvo e que podem ocorrer no
ambientenatural
▪ Procedimento Básico
▪Em geral, Avaliações Funcionais são conduzidas em quatro
etapas
▪ Atenção contingente
▪ Fuga contingente
▪ Sozinho
▪ Condição controle
Condições Testes
Nesta condição é esperado que o comportamento 
problema ocorra em níveis baixos ou nulo, pois 
reforçamento tangível é disponibilizado e 
nenhuma tarefa é aplicada
Cada condição teste contém 
uma potencial fonte de 
reforçamento para o 
comportamento problema
As condições são apresentadas 
sistematicamente, uma por vez. 
Ocorrências do comportamento-
problema são registradas em cada 
condição
▪ Interpretando Análises Funcionais
▪ A função que o comportamento-problema pode apresentar para
o indivíduo pode ser identificada ao analisar os gráficos gerados
pelos registros realizados durante Avaliação Funcional
▪ Vamos analisar alguns gráficos. Lembrete: espera-se que o
comportamento-problema seja baixo na condição de brincar,
pois esta é a condição controle
Condição Controle
Fuga
Sozinho
Atenção
- Elevada frequência 
na condição 
“atenção” sugere que 
o comportamento 
problema é mantido 
por reforçamento 
positivo social
Fuga
- Elevada frequência 
na condição “fuga” 
sugere que o 
comportamento 
problema é mantido 
por reforçamento 
negativo
Sozinho
- Elevada frequência 
na condição 
“sozinho” sugere que 
o comportamento 
problema é mantido 
por reforçamento 
positivo automático
- Outras análises são 
necessárias para 
verificar se a fonte 
do reforçamento 
automático é 
positivo ou negativo
▪ Procedimento Básico
▪Em geral, Avaliações Funcionais são conduzidas em quatro
etapas
▪ Atenção contingente
▪ Fuga contingente
▪ Sozinho
▪ Condição controle
Condições Testes
Cada condição teste 
contém uma potencial 
fonte de reforçamento 
para o comportamento 
problema
Além destas condições testes, 
podemos programar também 
uma condição para verificar a 
possibilidade de reforçamento 
positivo tangível
▪ Alterando Variáveis Antecedentes
▪ Através de Avaliações Funcionais, podemos identificar antecedentes 
relacionados ao comportamento-problema, que podem ser Operações 
Motivadoras ou Estímulos Discriminativos
▪ Ex.: se a criança apresenta padrões inadequados quando lhe for solicitado 
lavar as mãos e se identificarmos que a água fria é um estímulo antecedente 
aversivo em cuja presença ela emite respostas de fuga, então podemos tentar 
utilizar outros estímulos para este mesmo fim (agua morna, álcool em gel, 
toalha umedecida, etc.)
▪ Alterando Variáveis Consequentes
▪ Avaliação Funcional pode também nos ajudar a identificar os reforçadores 
que mantém comportamentos problema
▪ Identificar as consequências é fundamental em qualquer procedimento. A 
alteração ou rearranjo das consequências promove as modificações 
necessárias para os objetivos de uma intervenção serem alcançados
▪ Ex.: padrões estereotipados mantidos por anulação de tarefas podem ser 
extintos quando o aplicador mantém as tarefas, ao invés de retirá-las
▪ Ensinando Respostas Alternativas
▪ Ao identificar os reforçadores que mantém comportamentos-problema, 
podemos programar estes mesmos reforçadores contingentes a respostas 
mais adequadas 
▪ Ex.: 
▪ - se a retirada de tarefas reforça padrões de estereotipia, podemos manter as 
tarefas quando essas respostas forem emitidas e retirá-las quando 
vocalizações mais adequadas forem apresentadas
▪ - se a atenção de um adulto reforça padrões de agressão, esta atenção pode 
ser dada contingente ao ato da criança de estender os braços na direção do 
adulto
▪ 1 – Reúna informações através de avaliações indiretas e descritivas
▪ Comece o processo realizando entrevistas com professores, pais, cuidadores e
outras pessoas próximas ao seu paciente
▪ Realizar observações diretas, no ambiente natural do paciente, pode ajudar a
coletar informações mais precisas. Estas informações podem confirmar ou
rejeitar as informações obtidas através das entrevistas
▪ 2 – Interprete as informações das avaliações indiretas e descritivas e formule
hipóteses sobre a função do comportamento problema
▪ Os resultados das entrevistas e das observações podem ser combinadas e
analisadas, buscando identificar relações entre os padrões comportamentais e
eventos ambientais
▪ Se comportamento problema ocorre quando há nível baixo de atenção e produz
atenção, uma hipótese possível é de que esse padrão é mantido por atenção
▪ Se comportamento problema ocorre quando há apresentação de tarefa (ou
outros estímulos) e produz a retirada desta, é possível que seja mantido por
reforçamento negativo
▪ Se o comportamento problema ocorre em taxas altas ao longo do dia ou em
momentos pouco previsíveis, uma hipótese possível é de que seja mantido por
reforçamento automático
▪ É possível também que o comportamento apresente múltiplas funções
▪ 3 – Teste as hipóteses utilizando Avaliações Funcionais
▪ Sempre programe uma condição controle, que pode servir como comparação
às demais condições. Nesta condição, pode deixar o sujeito ter acesso a
brinquedos, atenção contínua de um adulto e nenhuma aplicação de tarefa
▪ As demais condições devem ser programadas para testar possíveis funções do
comportamento (conforme discutimos antes).
▪ Uma ou mais das condições devem obrigatoriamente envolver testes das
hipóteses levantadas
▪ Nenhuma conclusão sobre a função do comportamento deve ser adotada se
mais de uma condição não for testada.
▪ 4 – Desenvolva opções de intervenções baseadas nas funções do
comportamento problema
▪ As intervenções devem estar relacionadas às funções identificadas na
Avaliação Funcional – devem ser Funcionalmente Equivalentes
▪ Avaliação Funcional ajuda o profissional a identificar antecedentes que
podem desencadear o comportamento problema, potenciais déficits
comportamentais que podem ser alterados e contingências de reforçamento
que podem ser modificadas
▪ Importante continuar avaliando a intervenção, para verificar se a mesma está
sendo efetiva. Além disso, o comportamento é dinâmico e as funções podem
mudar ao longo do tempo
▪ Brian – Múltiplas funções do comportamento problema
▪ Reunindo informações
▪ Brian, 13 anos, diagnosticado com atraso no desenvolvimento, TOD e TDAH.
▪ Vários comportamentos problema, tais como agressão, destruição de objetos
e padrões de estereotipia, que levavam a machucados nos professores e
interrupção nas atividades escolares
▪ Comportamento problema ocorre frequentemente quando há solicitação de
tarefas físicas ou de leitura, ou quando alguém encerra uma atividade que ele
prefere.
▪ Brian – Múltiplas funções do comportamento problema
▪ Reunindo informações
▪ Brian é verbal. Em uma conversa com ele, relatou que atividades de
matemática são difíceis, mas consegue fazer com calculadoras.
▪ Disse que recebe ajuda e atenção dos professores quando solicita, mas não
ocorre sempre
▪ Ele relata que há poucos problemas na escola quando mexe no celular, faz
tarefas de matemática ou brinca com o Gameboy. Mas que há mais
problemas quando brinca com outros alunos, que costumam brigar com ele e
xingá-lo
▪ Brian – Múltiplas funções do comportamento problema
▪ Interpretando informações e formulando hipóteses
▪ Hipótese sobre o comportamento problema: 
▪ Mantido por atenção e acesso a itens preferidos
▪ Mantido por fuga de tarefa
▪ Brian – Múltiplas funções do comportamento problema
▪ Testando hipóteses
▪ Planejamento de uma Avaliação Funcional:
▪ Não envolveu uma condição “sozinha”, pois não havia motivo para 
hipotetizar que o comportamento tinha função de reforçamento automático
▪ Utilizar uma condição tangível, pois uma das informações diziam que ele 
poderia se engajar no comportamento e obter algum item desejável
▪ Uma condição de atenção e uma de fuga de tarefa foram adicionadas
- Comportamento problema nunca 
ocorreu na condição controle
- Ocorreu em taxas altas nas outras 
três condições
- Estes resultado indicam que o 
comportamento problema é 
mantido por
- Atenção Social- Acesso a itens desejados
- Remoção da demanda
▪ Brian – Múltiplas funções do comportamento problema
▪ Desenvolvendo uma intervenção
▪ - Quando fazer uma tarefa, ensiná-lo formas mais adequadas para 
solicitar a remoção ou finalização da mesma
▪ - Nos momentos de intervalo, arranjos podem ser feitos para que ao invés de 
ficar sozinho ele possa brincar com alguém
▪ - Ensino de verbalizações apropriadas para solicitar brinquedos e também 
atenção de adultos (que podem ser instruídos a atenderem somente quando 
essas formas mais adequadas forem emitidas)
Dúvidas?
Meu contato: vini.p.desousa@gmail.com
Prazo: 31 de outubro
Pode ser feito em até quatro pessoas
Quatro questões múltipla 
escolha
Três questões dissertativas, 
baseadas em análise de 
gráfico (Avaliação Funcional)
Acessem o seguinte link: 
http://gg.gg/mn7a8
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