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Curso: Análise do Comportamento Aplicada Prof.: Vinicius Pereira de Sousa PARTE 1 – APRENDIZAGEM: UM PANORAMA GERAL PARTE 2 – OS MODELOS RESPONDENTE E OPERANTE PARTE 3 – APRENDIZAGEM VIA REGRAS PARTE 4 – ANÁLISE FUNCIONAL Parte 1 - Aprendizagem: um panorama geral - Definição clássica de aprendizagem - Investigações sobre a aprendizagem ▪Aprendizagem: mudança relativamente duradoura de comportamento resultante da experiência ▪ Adaptação do comportamento ao ambiente ▪ Foco: comportamento observável ▪Relação Memória x Aprendizagem: ▪ Aspectos em comum: mudanças duradouras após exposição ao ambiente. Qual a diferença? ▪ Foco da Aprendizagem: aquisição de comportamentos ▪ Foco da Memória: retenção e recuperação de informações ▪Mecanismos biológicos similares Edward Thorndike Ivan Pavlov John Watson B.F. Skinner Edward Tolman Albert Bandura Eric Kandel ▪ Será que animais não-humanos apresentariam traços de inteligência? ▪ Experimento: ▪ Gatos privados de alimento ▪ Caixa-problema: porta só abre se o animal apresentar alguma ação, como, por exemplo, puxar um cordão ▪ Lado de fora: alimento ▪ Início: variação de comportamentos do gato, até que acidentalmente puxava o cordão e abria a porta – 5 a 10 minutos ▪ Em seguida, o gato era colocado de volta na caixa – tempo menor do que na primeira tentativa ▪ Quanto maior número de repetições, menor o tempo para sair da caixa ▪Com base nos resultados, Thorndike desenvolveu uma teoria geral da aprendizagem, chamada de Lei do Efeito: ▪ “Qualquer comportamento que leve a um ‘estado de coisas satisfatório’ tem maior probabilidade de ocorrer novamente” ▪ “Qualquer comportamento que leve a um ‘estado de coisas incômodo’ tem menor probabilidade de ocorrer novamente” ▪Como medir tais resultados? – Utilização de Curvas de Aprendizagem Edward Thorndike Ivan Pavlov John Watson B.F. Skinner Edward Tolman Albert Bandura Eric Kandel ▪ Fisiólogo Russo que estudava o processo digestório. Principal interesse: reflexo salivar ▪ Para isso, criou aparelhos que coletavam a saliva de um cachorro, quando era apresentado diferentes tipos de alimentos ao animal ▪Um dia, porém, observou que os cães salivavam mesmo sem alimento na boca – a visão das tigelas ou dos experimentadores era o suficiente ▪ Salivar diante de comida é um reflexo inato, mas salivar diante de uma tigela não é. O que será que aconteceu então? • Procedimento cirúrgico: coleta de salivas diretamente da glândula parótida em um frasco • Teste: Apresentação de comida elicia salivação • Teste: Apresentação de som não elicia salivação • Procedimento de pareamento: apresentação do som e segundos depois apresentação da comida • Pareamento é realizado repetidas vezes • Após algumas tentativas: o som elicia a salivação • Esse procedimento é chamado de Condicionamento Clássico, também conhecido como Condicionamento Respondente ou Condicionamento Pavloviano ▪ Por que Condicionamento? “O termo condicionamento [...]significa que algum elemento do ambiente externo controla agora o comportamento, como resultado da experiência do organismo com seu ambiente” (Ferster, Culbertson & Perrot-Boren, 1968) ▪ Ou seja, condicionamento se refere a aprendizagem (após determinada experiência, comportamento mudou) ▪ Neste caso, o Condicionamento Clássico se refere a novas aprendizagens reflexas a partir de relações reflexas inatas pareadas com estímulos previamente neutros Edward Thorndike Ivan Pavlov John Watson B.F. Skinner Edward Tolman Albert Bandura Eric Kandel ▪Comportamento manifesto: indicador de “atividades psicológicas” ▪ Pensamentos, sentimentos, emoções, etc. – existem, mas não podem ser estudados cientificamente ▪ Foco em comportamentos observáveis por questão de metodologia (acessibilidade a investigações científicas) ▪ Ambiente é o determinante para a aprendizagem de qualquer comportamento; todo conhecimento é adquirido a partir de experiências sensoriais ▪Emoções também podem ser aprendidas ▪ 1913 – Publicação do artigo “A Psicologia como o Behaviorista a vê” ▪ Texto, conhecido também como “Manifesto Behaviorista”, entrou para a história da Psicologia como o marco inicial do Behaviorismo A psicologia como o behaviorista a vê é um ramo experimental puramente objetivo das ciências naturais [...] A introspecção não constitui parte essencial de seus métodos [...] O behaviorista, em seus esforços para conseguir um esquema unitário da resposta animal, não reconhece linha divisória entre homens e animais. O comportamento do homem, com todo o seu refinamento e complexidade, constitui apenas uma parte do esquema total de investigação do behaviorista [...] A psicologia a qual eu tentaria construir tomaria como um ponto de partida, primeiro, o fato observável de que organismos, seres humanos e animais igualmente, de fato se ajustam ao seu meio ambiente através de equipamentos de hábitos e hereditários [...] Edward Thorndike Ivan Pavlov John Watson B.F. Skinner Edward Tolman Albert Bandura Eric Kandel ▪ Aprendizagem pode ocorrer, também, pelas consequências das ações de um organismo. Ações podem ser denominadas Respostas ▪ Se a consequência de uma resposta: ▪ Aumentar a sua frequência, pode ser chamada de Reforçador Positivo ▪ Diminuir a sua frequência (e aumentar a de outra resposta que remova esta consequência), pode ser chamada de Reforçador Negativo (ou estímulo aversivo) ▪ Esse processo é chamado de Condicionamento Operante. ▪ Maior parte do comportamento aprendido foi desenvolvido por Condicionamento Operante • Como estudar esses processos empiricamente? • Alternativa: estudo com animais • Caixa de Skinner: • Aparato que possui uma pequena barra ou botão • Um animal, geralmente ratos ou pombos, são colocados dentro da caixa • Ao pressionar a barra/botão, libera comida/água • Investigação de diferentes características e aspectos dos processos de reforçamento • Condicionamento Operante • Processo de aprendizagem em que as consequências de uma ação determinam a probabilidade de frequência de uma ação semelhante posteriorente • Organismo “opera” sobre o mundo, alterando-o, e é afetado por esta mudança “Os homens agem sobre o mundo, modificando-o, e são mudados por sua vez pelas consequências de suas ações” (B.F. Skinner, 1957) Edward Thorndike Ivan Pavlov John Watson B.F. Skinner Edward Tolman Albert Bandura Eric Kandel ▪ Será que a aprendizagem pode ocorrer sem reforçamento? ▪Experimentos com ratos em labirintos ▪ Tarefa: ratos eram colocados em um ponto inicial e deveriam procurar uma caixa em algum ponto dentro do labirinto ▪ Grupo 1: labirinto sem a caixa (grupo controle) ▪ Grupo 2: labirinto com alimento dentro da caixa (reforço disponível em cada tentativa) ▪ Grupo 3: primeiras tentativas sem a caixa (sem reforço), tentativas posteriores com alimento dentro da caixa (reforço disponível) ▪ Resultados: ▪ Grupo 1: desempenho aleatório pelo labirinto, sem “caminho-padrão” ▪ Grupo 2: ratos aprenderam a encontrar a caixa-alvo rapidamente - reforçamento em cada tentativa aumentou a frequência do desempenho ▪ Grupo 3: aquisição muito rápida de desempenho ▪Como explicar essa aquisição tão rápida de desempenho? ▪ Segundo Tolman, ratos criaram Mapas Cognitivos: representações visuespacial os auxiliaram a encontrar a comida rapidamente ▪ Enquanto os ratos se moviam pelo labirinto, representações cognitivas do espaço foram sendo criadas. Tais mapas cognitivos “guiaram” o rato, quando este passou a ser reforçado ▪ Este processo, aprendizagem sem reforço, ficou conhecido como Aprendizagem Latente: desempenho é aprendido em uma situação, mas só é demonstrado posteriormente, em outra situação ▪ Tais dados de Tolman, junto com a obra de outros autores, levaram à “Revolução Cognitiva” dentro da Psicologia: ▪ Comportamentos são causados pela intermediação de processos cognitivos internos, não pela seleção do ambiente ▪Aprendizagem: não é apenas a mudança de comportamento, mas também a aquisição de conhecimentos ▪ Modelo cognitivo se torna dominante dentro da Psicologia, substituindo o Behaviorismo Edward Thorndike Ivan Pavlov John Watson B.F. Skinner Edward Tolman Albert Bandura Eric Kandel ▪ Investigações sobre Aprendizagem Observacional: comportamentos que são adquiridos ou modificados após exposição a outras pessoas que estão realizando o comportamento (modelos) ▪Estudos de Bandura (década de 60) - Procedimento: ▪ Crianças Pré-escolares divididas em dois grupos ▪ Os dois grupos assistiram a um vídeo de um adulto interagindo com um boneco inflável, chamado “bobo” ▪ Grupo 1 – adulto brincava tranquilamente com “bobo” ▪ Grupo 2 – adulto atacava agressivamente o “bobo” ▪ Teste ▪ Crianças foram colocadas em uma sala com vários brinquedos, incluindo o “bobo” ▪Resultados: ▪ Grupo 1: crianças brincaram com o “bobo” ▪ Grupo 2: crianças agrediram o “bobo” ▪Crianças reproduziram modelos. Aprendizagem de novos comportamentos baseado em modelos é chamada de Modelação ▪Quais são as implicações cotidianas que podemos pensar sobre esses resultados? ▪Outro estudo foi realizado, mas no vídeo o adulto apenas agrediu o “bobo”. Crianças divididas em três grupos, cada uma com um final diferente para o vídeo: ▪ Grupo 1: após agredir o “bobo”, nada acontecia com o agressor ▪ Grupo 2: após agredir o “bobo”, o agressor recebeu elogios e doces ▪ Grupo 3: após agredir o “bobo”, o agressor foi verbalmente repreendido ▪ Resultados: ▪ Crianças que tiveram por modelo o adulto que recebeu doces e elogios (Grupo 2) apresentaram maior quantidade de comportamentos agressivos ao interagir com o boneco do que as crianças do Grupo Controle (Grupo 1) ▪ Crianças que tiveram por modelo o adulto que foi repreendido (Grupo 3) apresentaram menor quantidade de comportamentos agressivos ao interagir com o boneco do que as crianças do Grupo Controle (Grupo 1) ▪ Aprendizagem Vicária (ou Reforçamento Vicariante): aprender as consequências de uma ação ao observar como as ações de outra pessoa são consequenciadas Edward Thorndike Ivan Pavlov John Watson B.F. Skinner Edward Tolman Albert Bandura Eric Kandel ▪Qual a base neural da aprendizagem? ▪Donald Hebb (1948): aprendizagem é resultado de mudanças nas conexões sinápticas ▪ Quando um neurônio ativa outro, ocorre fortalecimento da sinapse ▪ “Células que descarregam juntas formam redes neurais juntas” – Regra de Hebb ▪ Contudo, em sua época não havia tecnologia que pudesse comprovar sua hipótese ▪Eric Kandel (1995): experimentos investigativos sobre dois processos de aprendizagem: ▪ Habituação: decréscimo da frequência de respostas diante de uma exposição repetitiva de estímulos não-ameaçadores. ▪ Exemplo: trovões; barulho de relógio; etc. ▪ Sensibilização: aumento na frequência de respostas diante de uma exposição a estímulos ameaçadores. ▪ Exemplo: cheiro de fumaça aumenta a frequência de respostas olfativas; ameaças aumenta a frequência de respostas de vigilância (ver, ouvir, orientação) ▪ Experimento – investigações sobre bases neurais dos dois processos mencionados: ▪ Sujeito: Aplysia ▪ Procedimento de Habituação: toques repetitivos no corpo da Aplysia ▪ Início: respostas de retração ▪ Após seguidas repetições: sem respostas visíveis ▪ Procedimento de Sensibilização: choque elétrico na cauda e posteriores toques repetitivos no corpo da Aplysia ▪ Logo após o choque: respostas de retração ▪ Após os repetitivos toques no corpo: respostas de retração Retração ▪ Foco do experimento: conexões sinápticas e formação de redes neurais, não o comportamento observado ▪ Quais foram os resultados observados nas interações entre neurônios? ▪ Habituação: neurônios pré-sinápticos liberam menos neurotransmissores para os pós-sinápticos; enfraquecimento da sinapse resulta em diminuição de comportamento. ▪ Sensibilização: neurônios pré-sinápticos liberam mais neurotransmissores para os pós-sinápticos; fortalecimento da sinapse resulta em aumento de frequência do comportamento ▪ Esses dados e os de outras pesquisas deram evidências positivas para a hipótese de Hebb ▪ Comportamento manifesto que foi aprendido envolve o fortalecimento de redes neurais Parte 2 – Os modelos respondente e operante - Condicionamento Respondente - Condicionamento Operante - Modelagem ▪ Comportamentos comuns a todos os membros de uma espécie, desde o nascimento, sem necessidade de aprendizagem ▪ Repertórios básicos para a sobrevivência ▪ Reflexos fazem parte do Repertório Comportamental (conjunto de comportamentos de um organismo) de animais humanos e animais não-humanos ▪ Cotidianamente, quando falamos da palavra “Reflexo”? ▪ Ex.: “aquele goleiro tem um ótimo reflexo” ▪ Na verdade, reflexo se refere a uma relação entre algo que aconteceu (estímulo antecedente) e a ação do organismo que foi provocada. ▪ Portanto, Reflexo é uma relação entre estímulo e resposta (um tipo de interação entre organismo e ambiente) ▪Exercício sobre estímulos: https://wordwall.net/play/5423/237/224 ▪Exercício sobre respostas: https://wordwall.net/play/5424/482/549 ▪Exercício sobre denominação das relações reflexas: https://wordwall.net/play/5424/754/432 ▪Exercício sobre conceitos básicos (reflexo): https://wordwall.net/play/5425/028/391 https://wordwall.net/play/5423/237/224 https://wordwall.net/play/5424/482/549 https://wordwall.net/play/5424/754/432 https://wordwall.net/play/5425/028/391 Estímulo (S) Resposta (R) Enunciado “Batida no joelho elicia movimento da perna” “luz nos olhos elicia contração da pupila” “alta temperatura elicia sudorese” “logo do McDonalds elicia salivação” ▪Como vimos, existem Reflexos que são inatos. Mas há situações em que uma resposta reflexa está presente, mas quando observamos o estímulo que a eliciou, não conseguimos dizer que a relação ambiente-organismo (S → R) nesses casos, são inatas Não são relações reflexas inatas. Mas elas acontecem na vida real? Então, o que são? + Estímulo Incondicionado (US) Resposta Incondicionada (UR) Emparelhamento /Pareamento Reflexo Inato ou Reflexo Incondicionado Estímulo Neutro (NS) Reflexo Aprendido ou Reflexo Condicionado Estímulo Condicionado (CS) Resposta Condicionada (CR) ▪Nota importante sobre o uso dos termos: sempre que falamos que um estímulo é Incondicionado, Condicionado ou Neutro, estamos nos referindo à função desse estímulo em relação à resposta do organismo Som: - NS para a resposta de salivação - US para a resposta de orientação Comida: - US para a resposta de salivação - NS para a resposta de orientação ▪Até aqui, estudamos sobre Comportamento Respondente: ▪Reflexos Inatos ▪Reflexos aprendidos (condicionamento respondente) Relação S → R Importante para entender comportamentos mais básicos e também sobre emoções humanas, aprendidas e inatas Contudo, a maioria dos comportamentos dos organismos está ligado a outro processo: Comportamento Operante ▪ O que é? ▪ Resposta (ação do organismo) que produz consequências (modificações no ambiente) e é afetado por elas ▪ Ou seja, as consequências das respostas dos organismos podem fortalecer ou enfraquecer respostas (ações do organismo) ▪ Consequências = um tipo de estímulo subsequente ESTÍMULO ANTECEDENTE ESTÍMULO SUBSEQUENTE RESPOSTA ▪Exercícios sobre a diferenciação entre comportamento respondente e comportamento operante: https://wordwall.net/play/5425/723/102 ▪Exercícios sobre comportamento operante: https://wordwall.net/play/5425/440/965 https://wordwall.net/play/5425/723/102 https://wordwall.net/play/5425/440/965 Mãe/Pai, posso pegar uma bala? Ah, mas só uma! Mas eu quero! “Choro” / “aumento da intensidade da voz” / “repetição do pedido” / “jogar-se no chão”, etc. Não! Não! Não! Tá bom, mas só dessa vez! Quais respostas da criança (ação da criança) produziram a obtenção dos doces?Na próxima vez que a criança ver o doce (ou outra coisa que goste), quais respostas provavelmente irá apresentar? “Mas você tem que pensar nesse caminho aqui” “Eu estou tentando resolver” “Melhor a gente resolver isso aqui logo” Sair da situação / deixar o local onde a outra pessoa envolvida na briga está Quais respostas produziram o fim da briga? Na próxima vez que houver uma possível briga, qual resposta provavelmente irá acontecer? IMPORTANTE: Uma possibilidade de consequência da resposta é a remoção de algo aversivo que estava presente no ambiente!!! “Puxa assunto” “Vai em eventos” “Ajuda a todos que solicitam ou oferece ajuda mesmo sem ninguém pedir” Pouca ou nenhuma atenção Pouca ou nenhuma atenção “Poxa, muito obrigado!”, “nossa como você é legal!” / aproximação / atenção dos “ajudados”, etc. Quando olhamos para uma pessoa agindo dessa forma, sem olhar para a sua história ou relação com as consequências, tendemos a dizer que ela é assim porque é solícita, como se a causa de seu comportamento fosse devido a sua personalidade, sendo que na verdade a sua personalidade é resultado de aprendizagem operante “Mas você tem que pensar nesse caminho aqui” “Eu estou tentando resolver” “Melhor a gente resolver isso aqui logo” Sair da situação / deixar o local onde a outra pessoa envolvida na briga está Quando olhamos para uma pessoa agindo dessa forma, sem olhar para a sua história ou relação com as consequências, tendemos a dizer que ela é assim porque é workaholic, como se a causa de seu comportamento fosse devido a sua personalidade, sendo que na verdade a sua personalidade é resultado de aprendizagem operante R S (consequência) Se a consequência produzida tem o efeito de aumentar a resposta que a produziu, então a consequência é chamada de Reforço R (ação do organismo) S (consequência) Fazer uma ligação telefônica Falar com alguém Estudar Ter acesso a informação / boas notas Dizer “oi”! A outra pessoa responder “olá!” Fazer bagunça em sala de aula Atenção do professor (mesmo que seja em forma de repreensão) e/ou dos colegas Fazer birra Receber o que deseja e/ou eliminar uma situação incômoda Se após produzir estas consequências as respostas aumentarem de frequência, qual nome daremos às consequências? Reforço ou Reforçador Não nascemos já emitindo estes ou outros comportamentos operantes. Então nos fica uma questão: como aprendemos a emitir determinadas respostas? Reparem: para produzir tais consequências, é necessário que uma resposta bem desenvolvida ocorra. Caso o contrário, tais consequências não serão produzidas. “Gu” “Dã” “Ba” “Du” “Mã” “Mu” “Ah” R (ação do organismo) S (consequência) “Gu” “Dã” “Ba” “Du” “Mã” “Mu” “Ah” R (ação do organismo) S (consequência) “Gu” “Dã” “Ba” “Du” “Mã” “Mu” “Ah” R (ação do organismo) S (consequência) R (ação do organismo) S (consequência) “Mã” Extinção! Primeiro efeito: aumento da frequência da resposta R (ação do organismo) S (consequência) “Mã” Extinção! Segundo efeito: queda da frequência de resposta e aumento da variabilidade “Mãb” “Mãgu” “Mãda” “Mããã” “Mãn” “Mãmã” R (ação do organismo) S (consequência) Reforçamento de nova resposta! “Mãb” “Mãgu” “Mãda” “Mããã” “Mãn” “Mãmã” Podemos pensar que, depois que a resposta de dizer “mãmã” estiver bem estabelecida, ela também é colocada em Extinção e o Novo Reforçamento só irá ocorrer quando a resposta do bebê ficar sonoramente próxima a “mamãe” Vamos dizer que o resultado final desejado seja o bebê aprender a dizer “mamãe”. Foi exigido dele desde o começo que ele já falasse “mamãe”? Primeiro, foi reforçado a emissão de um fonema que se aproximasse à primeira sílaba: “mã” Depois, essa resposta foi colocada em extinção e foi reforçado outra resposta que se aproximasse de um novo critério: “mãmã” Posteriormente, essa resposta também pode ser colocada em extinção e o reforçamento ocorreria somente diante de outra resposta, mais elaborada, que se aproximasse do resultado final: “mamãe” Aproximações Sucessivas: Emitir respostas que se aproximem de um resultado final desejado, sendo que as primeiras podem ser topograficamente (forma) diferentes do resultado final, mas as últimas são mais próximas O que aconteceu? - Uma resposta simples emitida “naturalmente” pelo bebê foi reforçada - Depois, essa resposta previamente reforçada foi colocada em Extinção. Ocorreu variação de resposta - Reforçamento agora só aconteceria se uma resposta mais elaborada ocorresse. Ou seja, o critério de reforçamento foi alterado, de forma que o organismo só obteria reforçamento se uma resposta específica acontecesse - Sobre este último tópico, podemos dizer que iniciou-se um procedimento de Reforçamento Diferencial, ou seja, o Reforço só poderia ser obtido se o organismo emitir uma resposta “X”. Emitir qualquer outra resposta não teria o reforço como consequênciaModelagem “Procedimento de Reforçamento Diferencial de aproximações sucessivas de um comportamento. O resultado final é um novo comportamento” (Moreira & Medeiros, 2007, p.61) Uma forma: através da modelagem! ▪Utilização de: ▪ Reforço Diferencial: reforçar algumas respostas que obedecem a algum critério e em não reforçar outras respostas; reforçar algumas respostas e extinguir outras similares ▪ Aproximações Sucessivas: exigir gradualmente comportamentos mais próximos do comportamento-alvo (resultado final) ▪Característica fundamental: ▪ Imediaticidade do Reforço: quanto mais próximo temporalmente da resposta o reforço estiver, mais eficaz ele será. Aprendizagem pode ser lenta ou não acontecer, se o reforço ocorrer minutos depois da resposta ser emitida “O condicionamento operante modela o comportamento como o escultor modela a argila. Ainda que algumas vezes o escultor pareça ter produzido um objeto inteiramente novo, é sempre possível seguir o processo retroativamente ate a massa original indiferenciada e [verificar] os estágios sucessivos [...] O produto final parece ter uma especial unidade ou integridade de planejamento, mas não se pode encontrar o ponto em que ela repentinamente apareça. No mesmo sentido, um operante não é algo que surja totalmente desenvolvido no comportamento do organismo. É o resultado de um continuo processo de modelagem” (p.101) Parte 3 – Aprendizagem via regras - Comportamento Governado por Regras - Comportamento Controlado por Contingências Naturais - Sensibilidade x Insensibilidade às contingências - Aquiescência (Pliance) e Rastreamento (Tracking) “Regras são estímulos verbais – produzidos por um falante – que especificam uma contingência (descrevem as variáveis que antecedem uma resposta, a resposta e as consequências dessa resposta) e que, quando apresentados, aumentam a probabilidade de emissão da resposta por eles especificada” (Fidalgo, 2016) Regras são Estímulos Antecedentes Verbais Regras descrevem contingências, indicando antecedente, resposta e consequência Além de antecedentes, Regras também são Estímulos Discriminativos Efeito evocativo: a apresentação de uma regra aumenta a probabilidade de emissão de um determinado comportamento – seguir a regra Exemplo: “Quando você estiver com dor de cabeça, tome este remédio e a dor passará” O que esta regra está especificando? Estímulo Antecedente Resposta Consequência Quando a pessoa (ouvinte) estiver com dor de cabeça, o que ela irá fazer? Por que? Ela precisou aprender diretamente pela contingência? ▪Regras são Estímulos Discriminativos ▪ Um tipo diferente de Estímulo Discriminativo: envolve o comportamento verbal de quem emite a regra Legal você fazer tanta coisa, mas você precisa também se dedicar aos seus amigos, sair um pouco...Pessoa 2 seguiu o que a Pessoa 1 disse - Possivelmente teve acesso a reforçadores, como a companhia dos amigos. Comportamento de seguir regras foi reforçado - Pessoa 1 viu que pessoa 2 fez o que ela descreveu na regra. Comportamento de emitir regras foi reforçadoPessoa 1 Pessoa 2 Regra fornecida pela Pessoa 1 = Sd para a pessoa 2 ▪Reforçadores envolvidos: ▪ Para quem fornece a regra, seu comportamento de emitir regras pode ser reforçado pelo fato de alguém segui-la. ▪ Além disso, podemos também criar nossas próprias regras a partir da interação com o ambiente (auto-regra). Nosso comportamento pode ser reforçado por seguir nossa própria regra, quando esta permite alcançar reforçadores positivos e/ou afastar-se de eventos aversivos (reforçadores negativos) ▪ Para quem segue a regra, seu comportamento pode ser fortalecido pelos reforçadores encontrados na contingência especificada pela regra ▪ Além disso, quem segue regras pode ser reforçado pela aprovação (ou afastamento de uma condenação) de quem forneceu a regra ▪ Portanto: ▪ O comportamento de alguém formular regras pode ser reforçado: ▪ Pelo comportamento de ouvinte, ao engajar-se na ação especificada pela regra fornecida pelo falante ▪ Pela própria ação do falante, quando este formula uma regra que faz com que ele mesmo consiga engajar-se com sucesso no ambiente (auto-regra) ▪ O comportamento de alguém seguir regras pode ser reforçado: ▪ Pela aprovação ou afastamento de desaprovação de quem forneceu a regra (reforçadores sociais) ▪ Pela própria ação de quem seguiu a regra, quando segui-la faz com que consiga engajar-se com sucesso no ambiente Um motorista está seguindo seu caminho até seu destino, quando se depara com um trânsito intenso devido a obras na pista. Se não há GPS ou qualquer tipo de mapa, que fazer nessas situações? - Encontrar uma rua que sirva como saída - Ir tentando rotas alternativas - Seguir por ruas paralelas até conseguir chegar ao destino Mas e se tiver uma placa de desvio? - Seguir a placa indicando desvio - Seguir outras sinalizações que mostrem o caminho, até chegar ao destino ▪ No primeiro exemplo, o motorista se expôs aos estímulos presentes no ambiente, muito embora as consequências de seu comportamento ainda não estivessem claras. ▪ Ele podia acertar uma rua, errar outra, tentar de novo... enfim, entrar em contato com vários tipos de consequências diferentes, tanto reforçadores positivos como estímulos aversivos, até chegar ao destino ▪ A situações como essas dizemos que se trata de Comportamento Modelado por Contingências Naturais No segundo exemplo, o motorista visualizou a sinalização da placa e agiu de acordo com a mesma Ele até poderia errar o caminho, mas mesmo nessa situação ele estaria seguindo o sinal. Ou seja, ele não entraria em contato com vários tipos de consequências, mas sim somente com consequências específicas A situações como essas dizemos que se trata de Comportamento Governado por Regras Comportamento Modelado pelas Contingências Naturais Comportamento Governado por Regras Estímulo Discriminativo: a situação presente Estímulo Discriminativo: regra fornecida e a situação presente Aprendizagem mais lenta, uma vez que o organismo precisa entrar em contato direto com as consequências para depois ter seu comportamento selecionado Aprendizagem mais rápida, pois o organismo não precisa entrar em contato com vários tipos de consequência: a regra já especifica o que deve ser feito para se obter a consequência importante Aprendizagem via contingências naturais (direta) Aprendizagem via instrução ▪ O fornecimento de regras e o comportamento de seguir regras deu uma grande vantagem adaptativa para a nossa espécie: conseguimos interagir com sucesso em nosso ambiente sem precisarmos aprender todas as habilidades “do zero” • Ex.: aprender a dirigir • Essa é uma habilidade que aprendemos sob controle de regras • Como seria aprender a dirigir se fôssemos modelados diretamente pela contingência? • É nesse sentido que podemos dizer que “o enunciado de regras poderia substituir o procedimento de modelagem de uma resposta em seres humanos” (Matos, 2000, p.2) ▪ O uso de regras pode levar a pessoa a entrar em contato com consequências tanto sociais (aprovação de quem formula a regra) como naturais (reforçadores presentes na própria situação) • Exemplo: aprender a tocar violão • No início, o aprendiz pode não ter as habilidades necessários e dificilmente irá adquiri-las sem instrução alguma • Quando um instrutor fornece as regras (antecedente), ele poderá segui-las executando movimentos no violão (resposta), o que pode gerar elogios do instrutor (consequência social) como também o próprio som do violão (consequência natural) Comportamento Modelado pelas Contingências Naturais Comportamento Governado por Regras Pode levar a um repertório mais vasto e sensível às transformações do ambiente A depender do tipo de regra, pode levar a um repertório restrito e insensível às transformações do ambiente Organismo entra em contato com várias estimulações antecedentes e consequências , o que faz com que seu repertório possa ser ampliado. Se o ambiente mudar, ele terá maiores possibilidades de se adaptar a esta mudança Organismo entra em contato com as estimulações antecedentes e consequências que a comunidade verbal especificar em suas regras, o que faz com que seu repertório seja restrito. Se o ambiente mudar, ele saberá fazer somente aquilo que aprendeu via regras “Se o desempenho segue as mudanças na direção adequada, dizemos que o comportamento é sensível às mudanças nas contingências; caso contrário, dizemos que é insensível. Insensibilidade a mudanças nas contingências naturais é um efeito comum, como já foi dito, do controle por regras” (Matos, 2001, p.9) Isso pode nos levar a uma questão: o que acontece com o comportamento de pessoas que aprenderam a seguir regras a vida inteira quando as contingências presentes no mundo são alteradas? “Rigidez comportamental” pode ser um efeito do seguir regras e insensibilidade às contingências naturais – “inflexibilidade” Ou seja, se o ambiente mudar e o comportamento seguir essa mudança, então o indivíduo é sensível às alterações ambientais – “flexibilidade” ▪Ex.: problemas no computador – áudio não está funcionando ▪ Pessoa 1 – alguém ensina o que deve fazer “Clica aqui, aperta esse botão aqui, nessa tela aqui você faz isso, agora muda essa configuração aqui, testa o áudio novamente. Pronto!” ▪Ex.: problemas no computador – áudio não está funcionando ▪ Pessoa 2 – tenta sozinho Abre configurações. Abre Painel de Controle. Não conseguiu. Volta uma tela. Abre guia de sistemas de som. Não conseguiu. Tenta abrir hardware. Verifica placas. Não conseguiu. Tenta de novo. Verifica software de som. Descobre que o Realtek não está instalado. Faz download e instala o Realtek ▪Ex.: problemas no computador – áudio não está funcionando ▪ Pessoa 3 – alguém descreve possíveis caminhos, mas destacando alguns aspectos presentes na situação “Clique na barra ‘pesquisar’ e digite ‘configurações’ (regra). Agora que abriu, o que você vê de opções? (regra que estabelece as várias funções da tela como antecedentes). Tenta a opção X (regra). Não deu? Qual você acha que dá pra tentar agora? (regra que indica a relação entre antecedente e consequência). Boa! Nessa opção que você chegou, verifique se o software de som está instalado (regra destacando antecedente). Não está? E agora, o que fazer? (regra destacando possibilidades de resposta para se obter a consequência importante). Isso, faça o download e teste a instalação. Se não der certo, vamos tentar outra coisa (regra destacando a consequência desejada)” ▪Ex.: problemas no computador – áudio não está funcionando ▪ Pessoa 1 – aprendeu via regra: reforçamento arbitrário/social (aprovação dequem forneceu a regra) e reforçamento natural (conseguir resolver o problema) ▪ Pessoa 2 – aprendeu via contingências naturais (todos os reforçadores positivos e estímulos aversivos foram produtos diretos da ação da pessoa) ▪ Pessoa 3 – aprendeu via regras que destacavam os vários estímulos antecedentes, respostas e consequências envolvidas na situação, não apenas as relacionadas ao problema a ser resolvido ▪Ex.: problemas no computador ▪ Se o computador voltar a ter algum problema, mas dessa vez um problema diferente – na tela, por exemplo - o que irá fazer a: ▪ Pessoa 1 ▪ Pessoa 2 ▪ Pessoa 3 ▪ Por que? ▪ Ou seja: algumas regras também podem produzir sensibilidade às contingências naturais e maior autonomia Tipos de Regras Aquiescência (Pliance) Depende de contingências sociais – reforço por seguir as regras Normas; Leis; Costumes; Tradições; etc. Consequências mediadas pelo falante (quem emite a regra). Ele detém os reforçadores positivos e negativos Portanto, o comportamento controlado depende das características de quem formula a regra (“autoridade”) Insensibilidade às mudanças ambientais. Comportamento só irá mudar se as regras mudarem, não se o mundo mudar Rastreamento (Tracking) Correspondência entre regra e evento ambiental Instrução; Descrição; etc. Consequências podem ser mediadas pelo falante (quem emite a regra), mas o comportamento controlado por esse tipo de regra também faz com que a pessoa entre em contato com reforçadores naturais, que são mais fortes do que os arbitrários Portanto, o comportamento controlado depende muito mais das consequências naturais Sensibilidade às mudanças ambientais. Quando o mundo muda, provavelmente o organismo estará mais apto para tais mudanças ▪O comportamento de humanos e animais pode ser modelado e controlado por Contingências Naturais ▪Contudo, somente o comportamento humano pode ser controlado por Regras ▪Ou seja: no caso humano, além das contingências naturais, outro tipo de contingência opera em nossas vidas, nos ensinando determinadas formas de agir – Cultura (contingências culturais) ▪Como podemos aprender a agir de forma efetiva em diferentes situações via regras? ▪ Família ▪ Tradições coletivas ▪ Grupos sociais ▪ Educação ▪ Livros ▪ Músicas ▪ Obras de arte em geral ▪ Religiões e mitos ▪ Etc. Contudo, a medida que a correspondência entre as regras formuladas e eventos ambientais diminui, o controle passa a se tornar cada vez mais social e cada vez menos natural. O controle deixa de ser “Tecnológico” para se tornar “Cerimonial” “Contingências tecnológicas envolvem comportamento mantido por mudanças ambientais não arbitrárias. Nas contingências tecnológicas, os reforçadores derivam seu poder a partir de sua utilidade, valor ou importância, tanto para a pessoa que se comporta, como para as outras. Contingências cerimoniais, por outro lado, envolvem comportamento que é mantido por reforçadores sociais, que derivam seu poder do status, posição ou autoridade do agente reforçador, independente de qualquer relação com mudanças ambientais que beneficiem direta ou indiretamente a pessoa que se comporta. O controle cerimonial é exemplificado por: ‘Faça, porque estou mandando’. O controle tecnológico é exemplificado [...] pelo comportamento presente nas contingências de reforçamento naturais [...] (‘Faça, porque isso resultará em melhores condições sanitárias, que resultarão na melhoria da saúde’)” (Glenn, 1986, p.3 e 4) ▪Exercícios sobre Comportamento Governado por Regras: http://gg.gg/mn9eh http://gg.gg/mn9eh Parte 4 – Análise Funcional - Unidades de Análise - Seleção e análise de comportamentos- alvo - Procedimento de Avaliação Funcional ▪Unidades Comportamentais Básicas: ponto de partida para qualquer análise ▪Modelo de onde a interpretação de fenômenos deve partir ▪ Importância par a interpretação, análise e desenvolvimento de intervenções ▪Para a Análise do Comportamento, sua unidade básica de análise deve considerar a ação do organismo e as variáveis ambientais ▪Resposta = toda e qualquer ação apresentada pelo organismo ▪ Para o Analista do Comportamento, a Resposta deve ser o objeto primário de observação e medida Criança chuta a bola e ela entra no gol / resposta = chutar a bola Funcionário faz relatório e deixa na mesa do chefe / resposta = fazer o relatório; deixar na mesa Eu faço uma pergunta e vocês respondem / respostas = professor faz perguntas; alunos respondem às perguntas ▪Contudo, a observação somente da resposta tem utilidade limitada como unidade de análise ▪Uma resposta é uma reação a alguma coisa. Ou seja, um organismo só pode apresentar uma resposta se houver uma mudança no ambiente. ▪Existem vários tipos de relações entre o ambiente e a resposta, envolvendo tanto mudanças ambientais antes da resposta como também após a resposta “Uma resposta operante é uma classe de eventos organismicos que não pode ser identificada sem referência às consequências ambientais” (Sidman, 1986, p.216) ▪Uma contingência de reforçamento de dois termos, portanto, é a unidade básica de análise para comportamentos operantes. As consequências do comportamento – eventos subsequentes à resposta – determinam sua probabilidade futura Apertar um botão Qualquer outra ação Produz ficha Não produz ficha Repostas: Consequências: ▪ A utilização da Contingência de Dois Termos como unidade de análise nos permite compreender alguns fenômenos humanos tradicionalmente atribuídos a processos cognitivos ▪ “Propósito”, “expectativa”, “antecipação”, “intenção” = termos que explicam o que alguém faz agora, porém apelando para eventos futuros ▪ Mas como explicar o presente usando o futuro como referência, se o futuro ainda não aconteceu? Esse problema configura uma anomalia científica ▪ Todos esses termos podem ser explicados olhando apenas para as consequências da resposta ▪Contudo, se comportamentos reforçados tivessem sua probabilidade de ocorrência aumentada em qualquer situação, o resultado certamente seria caótico “Nosso ambiente não somente nos fornece consequências, mas também seleciona de nossos repertórios as unidades de dois termos que deverão estar ativas em um determinado momento” (Sidman, 1986, p.218) ▪Consequências selecionam respostas, mas também selecionam em qual ambiente estas respostas ocorrerão ▪Contingências de Dois Termos podem ser controladas por um terceiro elemento, um estímulo antecedente ▪ Isso significa que diante de um determinado estímulo antecedente, uma resposta poderá produzir reforçador. Diante de outro estímulo não Apertar um botão Produz ficha Repostas: Consequências: Não produz fichaApertar um botão S ant: Quadrado Círculo Sd SΔ ▪A adição de um terceiro termo na Unidade de Análise ampliou as possibilidades de interpretação de fenômenos humanos ▪Percepção: ▪ Definição tradicional: “processamento, reconhecimento e integração das informações advindas através da sensação” ▪ Compreensão comportamental: “Não estamos simplesmente ‘cientes’ do mundo ao nosso redor; respondemos a ele de maneiras idiossincráticas por causa daquilo que aconteceu quando estivemos em contato com ele [...] pessoas veem coisas diferentes quando foram expostas a contingências de reforçamento diferentes” (Skinner, 1976) ▪Contingências de Três Termos podem também, por sua vez, ser colocadas sob controle de um outro elemento/evento ambiental Apertar um botão Produz ficha Repostas: Consequências: Não produz fichaApertar um botão S ant: Quadrado Círculo A relação entre Estímulo Discriminativo e Estímulo Condicional pode ser chamada de “estímulo-estímulo” Sd SΔ S Condicional: Sd SΔ Produz ficha Não produz ficha ▪ Contingências de Quatro Termos consistem em discriminações sob controle contextual. Ou seja, a partir desta Unidade de Análise podemos compreender melhor como o contexto controla não apenas a resposta, mas também a discriminação de estímulos ▪ Linguagem:▪ Palavras, sons, gestos, etc. podem variar a depender do contexto ▪ Ex 1: em sala de aula ao apresentar um trabalho, diante do seu amigo você utiliza linguagem formal. Mas no bar, diante do seu amigo você fala de forma descontraída ▪ Ex 2: em um país estar diante de uma pessoa e usar determinada gesticulação será reforçado. Mas usar a mesma gesticulação diante de uma pessoa de outro país poderá não funcionar ▪ Ex 3: a palavra “vermelho” poderá adquirir diferentes significados a depender do contexto: Aula de artes visuais? Time de futebol? Expressão de sentimento? Espectro político? “As variáveis externas, das quais o comportamento é função, dão margem ao que pode ser chamado de analise causal ou funcional. Tentamos prever e controlar o comportamento de um organismo individual. Esta e a nossa ‘variável dependente’ - o efeito para o qual procuramos a causa. Nossas ‘variáveis independentes’ - as causas do comportamento - são as condições externas das quais o comportamento é função” (Skinner, 1953) ▪ Variável Dependente (VD) = resposta/ação do organismo ▪ Variável Independente (VI) = estímulos antecedentes e subsequentes/condições ambientais ▪ Identificar a relação entre VIs e VDs = realizar Análises Funcionais ▪ “Isto deve ser feito dentro das fronteiras de uma ciência natural”: ater-se a fatos e eventos fisicamente observáveis ▪ A utilização de termos como “intenção” e “querer” devem ser evitados, uma vez que não descrevem VDs e VIs ▪ “Os eventos que afetam um organismo devem ser passiveis de descrição na linguagem da ciência física”. Todas as VDs e VIs devem ser descritas em termos físicos ▪Exercícios sobre Análise Funcional. Em cada exemplo vocês deverão analisar de três formas: quanto às unidades de análise, quanto as variáveis e quanto às contingências https://wordwall.net/play/5427/285/194 https://wordwall.net/play/5427/285/194 Vamos fazer análises funcionais: “Vemos constantemente ele gritando, batendo a cabeça e até se ferindo. Em geral, isso acontece quando desligam a TV, quando é hora de trocar de roupa ou até quando parece que ele não quer nada – simplesmente a mãe aparece e começa. É difícil ver essa cena, então os cuidadores lidam de alguma forma – seja ligando a TV de novo, adiando a troca de roupa ou dando carinho e afeto” ▪ Identificar VIs e VDs e descrevê-las em termos físicos nos permite grande vantagem teórica e prática ▪ Teórica: ▪ Compreensão de comportamentos a partir da utilização de métodos das ciências naturais ▪ Não se faz necessário o apelo para estruturas ou constructos mentais ▪ Evita o problema da representação. Ex.: se o que eu vejo é representado na minha “mente”, então como eu vejo essa representação mental? ▪ Prática: ▪ Identificar variáveis ambientais que fortalece e mantém um comportamento permite alterá-las quando necessário ▪ Intervenções podem ser planejadas levando estas variáveis em consideração Antes do almoço, o cuidador solicita para duas crianças que lavem suas mãos Criança nº1: abre a torneira e começa a lavar as mãos Criança nº2: começa a gritar, chorar e balançar as mãos Por que diante da mesma solicitação essas crianças agem de formas diferentes? Estes comportamentos ocorrem pois para cada criança estão relacionados a eventos ambientais diferentes. Cada evento (comportamento) está relacionado a outro evento (ambiente) - determinismo Para nossa prática, é fundamental identificar estas relações. Caso o contrário, nossos procedimentos correm o risco de serem inefetivos ou, se funcionarem, não saberemos exatamente o porquê Avaliação Funcional: possibilita criar hipóteses sobre as relações entre tipos específicos de eventos ambientais e comportamentos Avaliação Funcional é planejada para obter informações sobre as funções do comportamento-alvo apresentado pelo sujeito. ▪ Funções do Comportamento • Comportamentos desejados e indesejados são aprendidos e mantidos através da interação entre o sujeito e seu ambiente, físico e social. Estas interações são, essencialmente, contingências de reforçamento positivo e negativo • Pode-se utilizar a Avaliação Funcional para identificar o tipo de contingência responsável pela manutenção do comportamento-alvo, dando informações necessárias para a construção de intervenções posteriormente. Funciona como uma avaliação de tipos de reforçadores • A ideia é que se estas contingências de reforçamento forem identificadas, torna-se possível planejar intervenções para diminuir comportamentos problema e aumentar comportamentos adaptativos ▪ Funções do Comportamento ▪ Reforçamento Positivo ▪ Reforçamento Positivo Social (Atenção) • Comportamentos problema podem ser mantidos devido à produção imediata de atenção por parte de outra pessoa • Essa atenção pode ser manifesta por expressões faciais, broncas, conselhos, falas, direcionamento do rosto, etc. • Estas reações podem servir como reforçadores positivos para o indivíduo que se engaja no comportamento-problema, aumentando a frequência destes ▪ Funções do Comportamento ▪ Reforçamento Positivo ▪ Reforçamento Tangível • Muitos comportamentos produzem o acesso a reforçadores materiais ou outros estímulos • Ex.: mudanças na TV ao apertar um controle remoto, obter doces ou brinquedos, etc. • Comportamentos problema podem produzir materiais, tais como chorar, gritar, padrões estereotipados e até respostas autolesivas ▪ Funções do Comportamento ▪ Reforçamento Positivo ▪ Reforçamento Positivo Automático • Alguns comportamentos não dependem da atenção dada por alguém ou da produção de materiais, mas podem ser mantidos pela própria sensação corporal produzida ao serem emitidos • Ex.: sucção do polegar (estimulação do dedo ou da boca), beliscar a própria pele, puxar o cabelo, etc. • Se um comportamento é frequente e nenhuma consequência visível é produzida, possivelmente está sendo mantido de forma automática ▪ Funções do Comportamento ▪ Reforçamento Negativo ▪ Reforçamento Negativo Social (Fuga) • Comportamentos podem ser mantidos por encerrarem um determinado evento. Se um estímulo aversivo presente for afastado ou encerrado devido a ação do sujeito, esta ação poderá ser reforçada • Comportamentos problema podem ser fortalecidos dessa forma. Ex.: agressão, autolesão, fala incoerente, padrão perturbador em sala de aula, etc. • Diversos eventos podem ser aversivos, tais como tarefas, lições de casa, solicitações, presença de pessoas, etc. ▪ Funções do Comportamento ▪ Reforçamento Negativo ▪ Reforçamento Negativo Automático • Estimulação aversiva, tais como dor física ou condição desconfortável, pode servir como Operação Motivadora que estabelece sua própria remoção como reforçadora • Neste caso, comportamentos que encerrem estas condições serão negativamente reforçados. Como estão relacionados à condições corporais, podemos dizer que se trata de reforçamento automático • Diversos comportamentos problema podem ser reforçados dessa forma ▪ Função x Topografia ▪ Importante reconhecer que relações ambientais que selecionam e mantém comportamentos não fazem distinções entre desejável e indesejável, adequado ou inadequado ▪ Reforçamento pode ocorrer independente do nosso julgamento sobre a resposta Atenção Atenção O reforçador seleciona a resposta que o produz, independente se é adequada ou não! ▪ Procedimento Básico ▪Em uma Avaliação Funcional, antecedentes e consequências representam aquelas que estão disponíveis no ambiente natural do indivíduo. Desta forma, podemos verificar os efeitos separados de cada uma delas sobre o Comportamento problema ▪Esta condição é chamada de Análogo ▪ Estímulos são apresentados de maneira sistemática, mas a análise não é conduzida no contexto natural do paciente, e sim em um ambiente controlado ▪ Condições Análogas são frequentemente utilizadas por analistas do comportamento para melhor controlar as variáveis ambientais que podem estar relacionadas ao comportamento-alvo e que podem ocorrer no ambientenatural ▪ Procedimento Básico ▪Em geral, Avaliações Funcionais são conduzidas em quatro etapas ▪ Atenção contingente ▪ Fuga contingente ▪ Sozinho ▪ Condição controle Condições Testes Nesta condição é esperado que o comportamento problema ocorra em níveis baixos ou nulo, pois reforçamento tangível é disponibilizado e nenhuma tarefa é aplicada Cada condição teste contém uma potencial fonte de reforçamento para o comportamento problema As condições são apresentadas sistematicamente, uma por vez. Ocorrências do comportamento- problema são registradas em cada condição ▪ Interpretando Análises Funcionais ▪ A função que o comportamento-problema pode apresentar para o indivíduo pode ser identificada ao analisar os gráficos gerados pelos registros realizados durante Avaliação Funcional ▪ Vamos analisar alguns gráficos. Lembrete: espera-se que o comportamento-problema seja baixo na condição de brincar, pois esta é a condição controle Condição Controle Fuga Sozinho Atenção - Elevada frequência na condição “atenção” sugere que o comportamento problema é mantido por reforçamento positivo social Fuga - Elevada frequência na condição “fuga” sugere que o comportamento problema é mantido por reforçamento negativo Sozinho - Elevada frequência na condição “sozinho” sugere que o comportamento problema é mantido por reforçamento positivo automático - Outras análises são necessárias para verificar se a fonte do reforçamento automático é positivo ou negativo ▪ Procedimento Básico ▪Em geral, Avaliações Funcionais são conduzidas em quatro etapas ▪ Atenção contingente ▪ Fuga contingente ▪ Sozinho ▪ Condição controle Condições Testes Cada condição teste contém uma potencial fonte de reforçamento para o comportamento problema Além destas condições testes, podemos programar também uma condição para verificar a possibilidade de reforçamento positivo tangível ▪ Alterando Variáveis Antecedentes ▪ Através de Avaliações Funcionais, podemos identificar antecedentes relacionados ao comportamento-problema, que podem ser Operações Motivadoras ou Estímulos Discriminativos ▪ Ex.: se a criança apresenta padrões inadequados quando lhe for solicitado lavar as mãos e se identificarmos que a água fria é um estímulo antecedente aversivo em cuja presença ela emite respostas de fuga, então podemos tentar utilizar outros estímulos para este mesmo fim (agua morna, álcool em gel, toalha umedecida, etc.) ▪ Alterando Variáveis Consequentes ▪ Avaliação Funcional pode também nos ajudar a identificar os reforçadores que mantém comportamentos problema ▪ Identificar as consequências é fundamental em qualquer procedimento. A alteração ou rearranjo das consequências promove as modificações necessárias para os objetivos de uma intervenção serem alcançados ▪ Ex.: padrões estereotipados mantidos por anulação de tarefas podem ser extintos quando o aplicador mantém as tarefas, ao invés de retirá-las ▪ Ensinando Respostas Alternativas ▪ Ao identificar os reforçadores que mantém comportamentos-problema, podemos programar estes mesmos reforçadores contingentes a respostas mais adequadas ▪ Ex.: ▪ - se a retirada de tarefas reforça padrões de estereotipia, podemos manter as tarefas quando essas respostas forem emitidas e retirá-las quando vocalizações mais adequadas forem apresentadas ▪ - se a atenção de um adulto reforça padrões de agressão, esta atenção pode ser dada contingente ao ato da criança de estender os braços na direção do adulto ▪ 1 – Reúna informações através de avaliações indiretas e descritivas ▪ Comece o processo realizando entrevistas com professores, pais, cuidadores e outras pessoas próximas ao seu paciente ▪ Realizar observações diretas, no ambiente natural do paciente, pode ajudar a coletar informações mais precisas. Estas informações podem confirmar ou rejeitar as informações obtidas através das entrevistas ▪ 2 – Interprete as informações das avaliações indiretas e descritivas e formule hipóteses sobre a função do comportamento problema ▪ Os resultados das entrevistas e das observações podem ser combinadas e analisadas, buscando identificar relações entre os padrões comportamentais e eventos ambientais ▪ Se comportamento problema ocorre quando há nível baixo de atenção e produz atenção, uma hipótese possível é de que esse padrão é mantido por atenção ▪ Se comportamento problema ocorre quando há apresentação de tarefa (ou outros estímulos) e produz a retirada desta, é possível que seja mantido por reforçamento negativo ▪ Se o comportamento problema ocorre em taxas altas ao longo do dia ou em momentos pouco previsíveis, uma hipótese possível é de que seja mantido por reforçamento automático ▪ É possível também que o comportamento apresente múltiplas funções ▪ 3 – Teste as hipóteses utilizando Avaliações Funcionais ▪ Sempre programe uma condição controle, que pode servir como comparação às demais condições. Nesta condição, pode deixar o sujeito ter acesso a brinquedos, atenção contínua de um adulto e nenhuma aplicação de tarefa ▪ As demais condições devem ser programadas para testar possíveis funções do comportamento (conforme discutimos antes). ▪ Uma ou mais das condições devem obrigatoriamente envolver testes das hipóteses levantadas ▪ Nenhuma conclusão sobre a função do comportamento deve ser adotada se mais de uma condição não for testada. ▪ 4 – Desenvolva opções de intervenções baseadas nas funções do comportamento problema ▪ As intervenções devem estar relacionadas às funções identificadas na Avaliação Funcional – devem ser Funcionalmente Equivalentes ▪ Avaliação Funcional ajuda o profissional a identificar antecedentes que podem desencadear o comportamento problema, potenciais déficits comportamentais que podem ser alterados e contingências de reforçamento que podem ser modificadas ▪ Importante continuar avaliando a intervenção, para verificar se a mesma está sendo efetiva. Além disso, o comportamento é dinâmico e as funções podem mudar ao longo do tempo ▪ Brian – Múltiplas funções do comportamento problema ▪ Reunindo informações ▪ Brian, 13 anos, diagnosticado com atraso no desenvolvimento, TOD e TDAH. ▪ Vários comportamentos problema, tais como agressão, destruição de objetos e padrões de estereotipia, que levavam a machucados nos professores e interrupção nas atividades escolares ▪ Comportamento problema ocorre frequentemente quando há solicitação de tarefas físicas ou de leitura, ou quando alguém encerra uma atividade que ele prefere. ▪ Brian – Múltiplas funções do comportamento problema ▪ Reunindo informações ▪ Brian é verbal. Em uma conversa com ele, relatou que atividades de matemática são difíceis, mas consegue fazer com calculadoras. ▪ Disse que recebe ajuda e atenção dos professores quando solicita, mas não ocorre sempre ▪ Ele relata que há poucos problemas na escola quando mexe no celular, faz tarefas de matemática ou brinca com o Gameboy. Mas que há mais problemas quando brinca com outros alunos, que costumam brigar com ele e xingá-lo ▪ Brian – Múltiplas funções do comportamento problema ▪ Interpretando informações e formulando hipóteses ▪ Hipótese sobre o comportamento problema: ▪ Mantido por atenção e acesso a itens preferidos ▪ Mantido por fuga de tarefa ▪ Brian – Múltiplas funções do comportamento problema ▪ Testando hipóteses ▪ Planejamento de uma Avaliação Funcional: ▪ Não envolveu uma condição “sozinha”, pois não havia motivo para hipotetizar que o comportamento tinha função de reforçamento automático ▪ Utilizar uma condição tangível, pois uma das informações diziam que ele poderia se engajar no comportamento e obter algum item desejável ▪ Uma condição de atenção e uma de fuga de tarefa foram adicionadas - Comportamento problema nunca ocorreu na condição controle - Ocorreu em taxas altas nas outras três condições - Estes resultado indicam que o comportamento problema é mantido por - Atenção Social- Acesso a itens desejados - Remoção da demanda ▪ Brian – Múltiplas funções do comportamento problema ▪ Desenvolvendo uma intervenção ▪ - Quando fazer uma tarefa, ensiná-lo formas mais adequadas para solicitar a remoção ou finalização da mesma ▪ - Nos momentos de intervalo, arranjos podem ser feitos para que ao invés de ficar sozinho ele possa brincar com alguém ▪ - Ensino de verbalizações apropriadas para solicitar brinquedos e também atenção de adultos (que podem ser instruídos a atenderem somente quando essas formas mais adequadas forem emitidas) Dúvidas? Meu contato: vini.p.desousa@gmail.com Prazo: 31 de outubro Pode ser feito em até quatro pessoas Quatro questões múltipla escolha Três questões dissertativas, baseadas em análise de gráfico (Avaliação Funcional) Acessem o seguinte link: http://gg.gg/mn7a8 http://gg.gg/mn7a8 ▪ Catania, A. C. (1999). Aprendizagem: Comportamento, Linguagem e Cognição. Porto Alegre: Artes Médicas. ▪ Cooper, J. O., Heron, T. E., & Heward, W. L. (2014). Analyzing Behavior. Applied Behavior Analysis (2nd ed.) (pp. 178-195). Upper Saddle River, NJ: Pearson. ▪ Cooper, J. O., Heron, T. E., & Heward, W. L. (2014). Funcional Behavior ti Assessement. Applied Behavior Analysis (2nd ed.) (pp. 510-534). Upper Saddle River, NJ: Pearson. ▪ DeLeon, I. G., & Iwata, B.A. (1996). Evaluation of a multiple-stimulus presentation format for assessing reinforcer preferences. Journal of Applied Behavior Analysis, 29, 519-533. ▪ Gazzaniga, M., Heatherton, T., & Halpern, D. (2005). Ciência psicológica. Artmed Editora. ▪ Glenn, S. S. (1986). Metacontingencies in walden two. Behavior analysis and social action, 5(1-2), 2-8. ▪ Moreira, M. B., & de Medeiros, C. A. (2018). Princípios básicos de análise do comportamento. Artmed. ▪ Sério, T. M. A. P., Andery, M. A., Gioia, P.S., & Micheletto, N. (2010). Os Conceitos de Discriminação e Generalização. In: T. M. A. P. Sério, M. A. Andery, P. S. Gioia, & N. Micheletto (Eds.). Controle de Estímulos e Comportamento Operante: Uma (nova) introdução. (3º ed.) São Paulo: EDUC ▪ Sidman, M. (1986). Functional analysis of emergent verbal classes. In: Thompson, T., Zeiler M. D. Analysis and integration of behavioral units. Hillsdale, NJ: Erlbaum; pp. 213–245. ▪ Skinner, B. F. (1970). Ciência e comportamento humano. Brasília: Ed. UnB/ FUNBEC. (Original publicado em 1953). ▪ Skinner, B. F. (1974). About behaviorism. New York: Alfred A. Knopf.
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