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Vitoria Torga - UniBH Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica ⤷ Redução do fluxo de ar pelo pulmão - limitação crônica -, geralmente progressiva, além de ser associada a uma resposta inflamatória anormal dos pulmões à inalação de partículas ou gases nocivos ⤷ Bronquite Crônica + Enfisema FATORES DE RISCO - Hospedeiro: Genético (deficiência de alfa-1-antitripsina), hipersensibilidade brônquica, crescimento pulmonar reduzido, desnutrição, prematuridade - Ambiental: tabagismo, poeira ocupacional, infecções respiratórias graves na infância, irritantes químicos, poluição do ar intra e extradomiciliar OCORRÊNCIAS - Enfisema progressivo e destrutivo - Cor pulmonale: fluxo sanguíneo intra pulmonar reduzido, hipertensão pulmonar e insuficiência cardíaca direita DIAGNÓSTICO - raro : busca médica quando a doença causa falta de ar ou cansaço exacerbado a pequenos esforços. - Manifestações Clínicas ● Fase Inicial: comprometimento pulmonar é, muitas vezes, assintomático ● Primeiros Sintomas: tosse frequente e catarro - Teste da Iniciativa Global para DPOC (GOLD): algumas perguntas serão feitas e se houver 3 respostas positivas indicam necessidade de espirometria para possível diagnóstico de DPOC - Indicadores: tosse crônica intermitente ao longo do dia, produção crônica de expectoração, episódios repetidos de bronquite aguda, dispnéia progressiva e persistente que piora durante esforços físicos ou infecções respiratórias, exposição a fatores de risco (tabagismo e produtos e poeiras químicas ocupacionais). - Exame Físico: tórax enfisematoso, redução da mobilidade pulmonar, hipersonoridade à percussão, frêmito toracovocal, murmúrio vesicular difusamente diminuídos, expiração prolongada, estertores finos durante toda a inspiração - Exames Complementares ● Espirometria (gasométricos): indivíduos com DPOC possuem diminuição do volume expiratório no primeiro segundo ● Radiografia de Tórax - pode evidenciar Hipertransparência dos campos pulmonares, pobreza da trama broncovascular, Vitoria Torga - UniBH rebaixamento e retificação dos hemidiafragmas, alargamento dos espaços intercostais e silhueta cardíaca menor e verticalizada. Hipodensidade = preto (radiotransparente) DPOC → aprisionamento de ar → ↑ do espaço morto → aumento da transparência do parênquima pulmonar → hipodensidade ● Hiperinsuflação pulmonar, ↑ diâmetro AP tórax, retificação e maior espaçamento dos arcos costais SINAIS - Fase inicial (bronquite crônica): massa muscular preservada, secreção/muco purulento, cianose periférica (lábios, mãos, unhas) → Pletórico Cianótico (“Blue Bloater”) - Fase avançada (enfisema): perda de massa muscular (gasto de energia com a respiração), Posição antálgica-anteriorizada (facilita respiração), aspecto mais rosado → Soprador Róseo (“Pink Pu�er”) TRATAMENTO - Manutenção da DPOC estável (avaliação individualizada) - Observar ● Intensidade dos sintomas e da limitação do fluxo aéreo ● Frequência e a gravidade das complicações ● Presença de insuficiência respiratória e de comorbidades Vitoria Torga - UniBH - Objetivos ● Evitar a progressão da doença, aliviar os sintomas, aumentar a tolerância ao exercício, evitar e tratar complicações e reduzir a mortalidade REDUÇÃO DOS FATORES DE RISCO - Diminuição/ausência do tabagismo ativo e de sua exposição - Diminuição de exposição de substâncias ocupacionais, químicas e poluentes IMPORTANTE!! FISIOPATOLOGIA - Infiltração de células inflamatórias no epitélio, hipertrofia e hiperplasia de glândulas mucosas com hipersecreção de muco e redução do número de cílios (tosse e expectoração crônica) ● Redução da complacência pulmonar - Quadros mais avançados ● Redução das trocas gasosas - hipoxemia (O2) e hipercapnia (CO2) ● Hipertensão pulmonar, principal complicação cardiovascular, em geral, se desenvolve tardiamente e pioram o prognóstico. Vitoria Torga - UniBH - Aumento da resistência do fluxo de ar (estreitamento do lúmen dos condutos de ar - bronquíolos) ou perda do recolhimento elástico (amplificação passiva dos espaços aéreos). Obs: complacência - o que volta -, elasticidade - expansão, esticamento Imunologia A inflamação crônica das vias aéreas centrais e periféricas, parênquima e vasos pulmonares em resposta à inalação de partículas e gases nocivos, com acúmulo principalmente de macrófagos, neutrófilos e linfócitos T, que são capazes de lesar estruturas pulmonares e manter a inflamação neutrofílica; - Essa inflamação, induzida pela fumaça do cigarro, aumenta a concentração de proteases derivadas de células inflamatórias ● Proteases são enzimas que degradam proteínas Vitoria Torga - UniBH BRONQUITE CRÔNICA : tosse persistente e produtiva, por no mínimo, 3 meses, em pelo menos 2 anos consecutivos. ● Aflige 25% de pessoas acima de 40 anos em cidades com ar poluído e até 15% dos fumantes ● Acompanhada por repetidas infecções inespecíficas, atrofia da mucosa com metaplasia mucóide, redução da limpeza mucociliar de poeira e destruição inflamatória das lamelas elásticas na parede brônquica com hipertrofia muscular reacional ● Degeneração e bronquiectasia cilíndrica, estreitamento fibrótico transitório do lúmen dos bronquíolos, chegando ao enfisema Obs: Ausência de outras causas. Apresenta, de forma básica, hipersecreção de muco; inflamação; infecção ENFISEMA : inflamação excessiva dos alvéolos localizados distalmente aos bronquíolos terminais ● Ocorre: destruição das paredes alveolares. ● Causas: tabagismo e poluição Fisiopatologia - Dilatação irreversível dos espaços aéreos - Distalmente ao bronquíolo terminal - Destruição das paredes alveolares, sem fibrose evidente - Diminuição da elasticidade pulmonar Microscopia: aumento dos espaços alveolares, dificultando trocas gasosas e aumento possibilidade de infecções Vitoria Torga - UniBH Patogênese: desequilíbrio entre elastase elevada (inflamatória) e atividade antiprotease diminuída (deficiência de alfa 1 antitripsina) - Alfa 1 antitripsina é uma antielastase, ou seja, inibe a elastase. Essa antielastase é liberada por macrófagos e células T-helper, evitando a destruição do parênquima → pode ser genético - Elastase: destrói elastina Tipos - Centroacinar (95%) ● Alvéolos distais poupados ● Comprometimento de bronquíolos respiratórios e alvéolos proximais ● Lobos superiores ● Ocorre usualmente e fumantes - Panacinar ● Compromete o ácino por completo ● Alvéolos distais comprometidos ● Lobos inferiores ● Deficiente de alfa-1-antitripsina - Parasseptal acinar distal - frequentemente tem localização subpleural, na adjacência de fibrose. - Bolhoso - destruição focal da parede dos espaços aéreos com confluência de muitos espaços aéreos. - Intersticial - expande os septos intersticiais após superventilação dos pulmões com ruptura e perfuração dos espaços aéreos e penetração do ar nos septos fibrosos. Pode estender-se ao mediastino e tecido subcutâneo do pescoço. Vitoria Torga - UniBH B - Centroacinar C - Panacinar Obs: a nicotina do cigarro, no tabagismo, ativa o sistema límbico, dando uma sensação de prazer
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