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Patologia Caso clínico 1 Sepse A sepse é hoje definida como uma disfunção orgânica, grave, potencialmente letal, decorrente de uma resposta desregulada do hospedeiro frente a uma infecção. Incidência: Em torno de 2% a 11% das internações em hospitais e UTIs são por sepse. A mortalidade varia entre 20% e 80%. Fatores etiológicos: agentes infecciosos (vírus, fungos, bactérias, protozoários), sepse e choque séptico. Ex.: Pneumonia, ITU, etc. Fisiopatologia: Presença de mecanismos inflamatórios, em que ocorrem alterações celulares e circulatórias como a vasodilatação e o aumento da permeabilidade capilar, colaborando para a hipovolemia e a hipotensão, redução da densidade capilar, coagulação intravascular disseminada, o que incorre para a redução da oferta de oxigênio tecidual, acarretando o aumento do metabolismo anaeróbio e a hiperlactatemia (aumento do lactato). Infecção → reação inflamatória desregulada ao agente infeccioso → alteração no funcionamento de órgãos → disfunção biológica + fisiológica + bioquímica. Complicações: Abcesso; pleurite aguda; derrame pleural; empiema; sepse. Choque Definição: Define-se choque como a situação em que há perfusão orgânica e oxigenação tecidual inadequadas. No politraumatizado, a causa mais comum de choque é a hipovolemia decorrente da hemorragia. O choque pode ser dividido didaticamente em 3 fases. A primeira ocorre quando os prejuízos são reversíveis e os mecanismos compensatórios estão intactos; nela, o tratamento é a reposição volêmica, iniciando-se com 1.000 mL de cristaloide e reavaliando-se continuamente. Na segunda fase, há o desarranjo microvascular e a disfunção de 1 ou mais órgãos. Na terceira fase, as alterações são graves e irreversíveis, com lesões teciduais estabelecidas e alterações de repolarização cardíaca e das membranas em geral. A insuficiência respiratória decorrente do choque é um evento tardio e só deve ocorrer na terceira fase. Sepse é uma disfunção orgânica secundária a uma resposta desregulada do hospedeiro a uma infecção que representa um potencial risco à vida. Enquanto o choque séptico é um quadro clínico determinado por uma anormalidade circulatória/metabólica secundária à sepse que necessita de vasopressor para manter uma PA acima de 65mmHg após a infusão adequada de fluidos e nível sérico de lactato acima de 2mmol/L. SARA (Síndrome da angústia respiratória do adulto) A Síndrome da Angústia Respiratória Aguda (SARA) é uma resposta inflamatória pulmonar excessiva, devido a diferentes tipos de agressões, que leva ao aumento da permeabilidade capilar pulmonar e sistêmica e a instalação de uma insuficiência respiratória aguda. As causas mais frequentes incluem sepses, pneumonia grave, peritonite e politraumatismos. Necrose tubular aguda (NTA) A necrose tubular aguda (NTA) é uma lesão renal aguda intrínseca que se segue a uma condição de hipoperfusão grave e persistente ou lesão tóxica de células epiteliais causando descolamento da membrana basal e disfunção tubular. Broncopneumonia A broncopneumonia é caracterizada por alteração inflamatória de brônquios, bronquíolos e parênquima pulmonar. Pneumonia intersticial viral Pneumonia purulenta CIVD (Coagulação intravascular disseminada) Coagulação Intravascular Disseminada (CIVD) é uma síndrome caracterizada pela ativação sistêmica da coagulação sanguínea, com ativação e consumo dos fatores de coagulação, e consequente trombose de pequenos e médios vasos, podendo ocasionar disfunção orgânica e sangramentos. Radiologia Pneumonia Pode ser classificada em 3 grupos principais. De acordo com suas características morfológicas: pneumonia lobar, broncopneumonia e pneumonia intersticial aguda. O achado usual na PAC coincide com a apresentação clássica da pneumonia lobar: consolidação do espaço aéreo de um segmento ou lobo, limitada pela superfície pleural. Áreas confluentes desiguais, multilobares ou bilaterais: Derrame pleural Caso clínico 2 Asma A asma atópica (alérgica) é o tipo mais comum. Hipersensibilidade de tipo I, provocada por uma sensibilidade excessiva das vias aéreas aos produtos dos mastócitos, mediada por anticorpos IgEs. Faixa etária predominante: crianças de 2-7 anos. Crianças do sexo masculino têm risco duas vezes superior em comparação com meninas da mesma idade, assim como a obesidade tem sido associada ao maior risco de desenvolver a doença. Não é comum abaixo de um ano -> pois a via aérea ainda não está totalmente desenvolvida, o que ocorre geralmente ao 9º mês de vida. O bebê pode ser um 'chiador' devido a uma infecção, como bronquiolite, o que não significa que ele vai ter asma no futuro. • Alergênicos: pelos, pólen, pó, ácaros. • Fatores desencadeantes: IVAS; fatores emocionais como o estresse; exercício físico; contato com o cigarro (passivo). -> O AAS pode causar broncoespasmo, devido a produção excessiva dos leucotrienos. Tipos: -atópica: alérgenos –IgE e TH2 -não atópica: vírus, poluentes inalados -por fármacos: AAS -ocupacional: compostos químicos (formaldeído), gases (tolueno), etc. A asma é caracterizada por uma resposta bifásica: a resposta imediata e a resposta tardia. Em relação a histologia: - Aumento de células caliciformes - Hipertrofia de glândulas mucosas - Pode ocorrer fibrose subeptelial; infiltrado de eosinófilos e mastócitos. - Hipertrofia das células musculares lisas - Cristais de Charcot-Leyden: proteína eosinofílica –galectina 10 3 a 5 ácinos = lóbulo pulmonar Na asma: Radiologia A radiografia de tórax considerada como compatível com quadro de asma deveria apresentar-se normal ou revelando apenas hiperinsuflação pulmonar. Espessamento brônquico, bronquiectasias, aprisionamento aéreo e impactação mucoide são alterações estruturais facilmente visualizadas por meio da tomografia computadorizada de alta resolução (TCAR). Além do espessamento da via aérea, a melhor resolução da tomografia computadorizada também permitiu a avaliação quantitativa de áreas de hiperinsuflação pulmonar e aprisionamento aéreo. A combinação de imagens volumétricas em inspiração e expiração permitiram a quantificação das áreas de aprisionamento aéreo, que se mostrou outra ferramenta importante para acompanhamento dos pacientes com asma. Coração em gota. Caso clínico 3 DPOC Bronquiectasia A bronquiectasia consiste na dilatação e destruição de brônquios de grosso calibre causada pela infecção e inflamação crônicas. As causas comuns são: fibrose cística, defeitos imunes e infecções recorrentes, embora em alguns casos pareça ser idiopática. Tipos Congênitas ou hereditárias: -fibrose cística ou mucoviscidose(autoss. recessiva) -imunodeficiência -discinesia ciliar de Kartagener(autoss. recessiva): 50% têm situsinversus Adquiridas: -infecções necrotizantes: vírus, bactérias e fungos (Aspergilus) -obstrução: tumores, corpos estranhos Fibrose cística Fibrose Cística (FC), também conhecida como Doença do Beijo Salgado ou Mucoviscidose, é uma doença genética crônica que afeta principalmente os pulmões, pâncreas e o sistema digestivo. Atinge cerca de 70 mil pessoas em todo mundo, e é a doença genética grave mais comum da infância. Regula o balanço entre íons e água através do epitélio: aumento de cloro e sódio no suor (“criança do beijo salgado”). Radiologia DPOC x ASMA: as alterações do DPOC são irreversíveis e progressivas. Bronquite crônica: hiperplasia difusa das glândulas mucosas com hipersecreção associada e inflamação da parede brônquica Enfisema: destruição dos septos alveolares e capilares pulmonares, com diminuição dorecolhimento elástico e air trapping. RX: hiperinsuflação (ou pulmão hiperinsuflado (DPOC /Asma)), área de hipertransparência ou área radiolucente (DPOC, pneumotórax) TC: área/foco de hipodensidade (foco hipodenso), área/foco de hipoatenuação. Bronquite crônica: aumento inespecífico da trama peribroncovascular e aumento do ICT (Índice Cárdio-Torácico. Enfisema: hiperinsuflação pulmonar: hemidiafragma achatado, aumento dos espaços intercostais, sombra cardíaca de pequenas dimensões relativas (coração “em gota” cujo ICT (Índice Cárdio-Torácico é menor do que 0,42) e eventuais bolhas/blebs. Achatamento do diafragma: Na radiografia perfil: "tórax barril" com diâmetro anteroposterior alargado. "traqueia da bainha de sabre": estreitamento no plano coronal na TC (ou radiografia de frente PA) da traqueia intratorácica com concomitante alargamento no plano sagital ou na radiografia em perfil). Caso clínico 4 Doenças pulmonares restritivas Tipos: 1- Disfunções da parede torácica: causas neuromusculares, obesidade severa e cifoescolioses, etc. 2- Doenças infiltrativas e intersticiais crônicas: a. Fibrose pulmonar idiopática (pneumonia intersticial usual): -afecção intersticial fibrosantee progressiva -componente genético (telomerases); fatores ambientais (tabagismo, vírus, etc) -adultos > 50 anos -Início insidioso, dispnéiaprogressiva e tosse -sobrevida média de 2,5 a 3, 5 anos (prolongada com tratamento com CE e imunossupressores) b. Pneumonia intersticial inespecífica: doenças autoimunes (AR, LES, esclerodermia). Pneumoconioses Definição: Casos de pneumopatias relacionadas à inalação de poeiras em ambientes de trabalho. Inclui: silicose, asbestose, pneumoconiose do carvão, silicatose, talcose, pneumoconiose por poeira mista, siderose, estanose, baritose, antimoniose, pneumoconiose por rocha fosfática, pneumoconiose por abrasivos, beriliose, pneumopatia por metais duros e pneumonites por hipersensibilidades (alveolite alérgica extrínseca por exposição a penas, fungos, peles e fezes de animais). São excluídas dessa definição as alterações neoplásicas, as reações de vias aéreas como asma e bronquite e o enfisema. Etiopatogenia: - Partículas de 1 a 5 micras - Reação imunológica de hipersensibilidade de tipo III (celular e humoral) - Macrófagos - Linfócitos CD4/CD8 – citocinas (IL-8) – produção de colágeno pelos fibroblastos - fibrose Tipos Antracose- mineradores de carvão Inalação de partículas de carvão; Formação de nódulos antracóticos (forma menos grave) Fibrose progressiva Silicose Inalação de cristais de dióxido de silício (quartzo) Associação com tuberculose pulmonar (sílico- tuberculose) Aumento risco de CA de pulmão Asbestose Asbesto ou amianto (indústria de cimento, tubulações, telhas, freios de automóveis, sistemas corta-fogo, etc). Fibrose pulmonar e pleural difusa Agente carcinogênico (laringe, pulmões e pleura) Cor pulmonale Cor pulmonale é o aumento e espessamento do ventrículo do lado direito do coração que resulta de um distúrbio pulmonar subjacente que causa hipertensão pulmonar (pressões elevadas nos pulmões). O aumento e o espessamento do ventrículo direito resultam em insuficiência cardíaca. Mesotelioma Mesotelioma é um câncer da membrana fina e transparente, composta por duas camadas, que cobre e reveste o interior da parede torácica e abdômen. Os sintomas mais comuns são dor torácica e falta de ar persistentes. 90% dos casos: associação com asbesto. Prognóstico ruim. Caso clínico 5 Tromboembolismo pulmonar (TEP) Embolia Embolia gordurosa Embolia gasosa Embolia de substâncias exógenas Embolia de corpos estranhos Radiologia Positivo para TEP - tanto na artéria direita quanto esquerda. Trombo em cela ou bilateral ou a cavaleira. No caso de TEP - é uma consolidação pulmonar - sinal de infarto pulmonar. Sinal de Corcova de Hampton. Sinal de Fleishner. Sinal de Westermark Oligoemia Sinal de KNUCKLE
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