Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Poĺıticas sobre manipulação e uso de produtos nanotecnológicos. Nicholas Fernandes de Souza - 19100110 nicholasfs97@gmail.com Professor: Dr.Fernando M. Machado A constante tensão entre benef́ıcios e riscos, avanço tecnológico e cautela tem sido predo- minante nos debates sobre regulamentação da nanotecnologia. É evidente a importância que a nanotecnologia e os nanomateriais têm para na sociedade atual e no desenvolvimento econo- mico, devido as suas variadas aplicações e beneficios resultantes. Entretanto, para desenvolver produtos seguros, é primordial que a regulação em segurança e o desenvolvimento tecnológico andem em paralelo. É sempre importante verificar a necessidade de que a sociedade tome conhecimento das potencialidades e riscos, reais e potenciais, da utilização dos produtos com componentes nanotecnológicos, condição esta tão negligenciada atualmente pelos governos e al- guns setores econômicos. Com isso, é crucial que sejam pesquisados os riscos e a segurança dos nanomateriais à saúde humana e meio ambiente, sendo necessário a efetivação de abordagens regulatórias para as nanotecnologias. A respeito da regulamentação nanotecnológica brasileira, pode-se observar que a prioridade ainda é arrecadar fundos de investimento para o desenvolvimento da pesquisa e da indústria técnica nessa área. Alguns autores destacam que o Brasil não é um exemplo de preocupação com responsabilidade na poĺıtica dessa tecnologia. Ao pesquisar-se sobre projetos de lei que visam regulamentar a nanotecnologia no Brasil, verificou-se que o Brasil têm três projetos de lei, sendo o primeiro em 2005, onde o mesmo foi arquivado, pois havia o entendimento de que o controle de risco nanotecnológico poderia impactar negativamente nos investimentos de projetos e pesquisa nessa área. Já os outros dois projetos de lei propostos em 2013 continuam em tramitação na câmara dos Deputados. Além disso, uma caracteŕıstica comum do Brasil aos páıses da América Latina na estruturação da nanotecnologia, é a ausência da participação da sociedade nas decisões de poĺıtica pública. Por fim, verificou-se que a regulamentação da nanotecnologia é um dos maiores desafios a serem debatidos entre o governo e os diversos grupos de interesses brasileiros, considerando as particularidades das caracteŕısticas f́ısico-qúımica dos nanomateriais, seus potenciais riscos e seu interesse comercial. Dessa forma, no Brasil, a Portaria 245 do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) de 2012 pode ser considerada a única regulamentação vigente até o presente momento. Essa portaria instituiu o Sistema Nacional de Laboratórios em Nano- tecnologia (SisNANO) como um dos elementos do Programa Nacional de Nanotecnologia, no âmbito da Estratégia Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação e associado ao Plano Brasil Maior. Podendo ser cncluido que no Brasil os assuntos sobre nanotecnologia ainda estão no inicio, isso em relação a implementação e administração. As organizações internationais de maneira geral, abordam boas práticas de manipulação, segurança ocupacional e ambiental, definição internacional de padronização de terminologias em nanotecnologia, normas de segurança em casos de exposições pertinentes ou na ausência de informações de exposição e risco. Porém, não descrevem os riscos à saúde para uma exposição a longo prazo aos consumidores de nanoprodutos. Assim, observou-se que, mesmo com o crescimento do comércio de nanoprodutos, a regula- mentação desses produtos parte de cada páıs avaliar individualmente. 1
Compartilhar