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AT_penal_04

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PERGUNTA 1 
Jaime, brasileiro, passou a morar em um país estrangeiro no ano de 1999. 
Assim como seu falecido pai, Jaime tinha por hábito sempre levar consigo 
acessórios de arma de fogo, o que não era proibido, levando-se em conta a 
legislação vigente à época, a saber, a Lei n. 9.437/97. Tal hábito foi mantido no 
país estrangeiro que, em sua legislação, não vedava a conduta. Todavia, em 
2012, Jaime resolve vir de férias ao Brasil. Além de matar as saudades dos 
familiares, Jaime também queria apresentar o país aos seus dois filhos, ambos 
nascidos no estrangeiro. Ocorre que, dois dias após sua chegada, Jaime foi 
preso em flagrante por portar ilegalmente acessório de arma de fogo, conduta 
descrita no Art. 14 da Lei n. 10.826/2003, verbis: “Portar, deter, adquirir, 
fornecer, receber, ter em depósito, transportar, ceder, ainda que gratuitamente, 
emprestar, remeter, empregar, manter sob guarda ou ocultar arma de fogo, 
acessório ou munição, de uso permitido, sem autorização e em desacordo com 
determinação legal ou regulamentar”. Nesse sentido, podemos afirmar que 
Jaime agiu em hipótese de 
 
erro de tipo essencial. 
 
erro sobre as descriminantes putativas. 
 
erro de proibição direto. 
 
erro de tipo acidental. 
 
PERGUNTA 2 
Zenão e Górgias desejam matar Tales. Ambos sabem que Tales é pessoa 
bastante metódica e tem a seguinte rotina ao chegar no trabalho: pega uma 
xícara de café na copa, deixa‐a em cima de sua bancada particular, vai a outra 
sala buscar o jornal e retorna à sua bancada para lê‐lo, enquanto degusta a 
bebida. Aproveitando‐se de tais dados, Zenão e Górgias resolvem que 
executarão o crime de homicídio através de envenenamento. Para tanto, 
Zenão, certificando‐se que não havia ninguém perto da bancada de Tales, 
coloca na bebida 0,1 ml de poderoso veneno. Logo em seguida chega Górgias, 
que também verifica a ausência de qualquer pessoa e adiciona ao café mais 
0,1 ml do mesmo veneno poderoso. Posteriormente, Tales retorna à sua mesa 
e senta‐se confortavelmente na cadeira para degustar o café lendo o jornal, 
como fazia todos os dias. Cerca de duas horas após a ingestão da bebida, 
Tales vem a falecer. Ocorre que toda a conduta de Zenão e Górgias foi filmada 
pelas câmeras internas presentes na sala da vítima, as quais eram 
desconhecidas de ambos, razão pela qual a autoria restou comprovada. 
Também restou comprovado que Tales somente morreu em decorrência da 
ação conjunta das duas doses de veneno, ou seja, somente 0,1 ml da 
substância não seria capaz de provocar o resultado morte. Com base na 
situação descrita, é correto afirmar que 
 
mesmo sem qualquer combinação prévia, Zenão e Górgias deveriam 
responder por homicídio qualificado doloso consumado. 
 
caso Zenão e Górgias tivessem agido em concurso de pessoas, deveriam 
responder por homicídio qualificado doloso consumado. 
 
Zenão e Górgias, agindo em autoria colateral, deveriam responder por 
homicídio culposo. 
 
Zenão e Górgias, agindo em concurso de pessoas, deveriam responder 
por homicídio culposo. 
 
PERGUNTA 3 
Maria, propositadamente, deixa aberta a porta da casa em que é empregada 
doméstica, permitindo que Fausto subtraia bens do imóvel, uma tela de pintor 
renomado e joias de família. Romero vê, se aproveita da situação, e resolve 
aderir ao intento de Fausto, subtraindo, também, os objetos da residência, um 
porta revistas de metal e um conjunto de copos de vidro. Diante deste caso, é 
CORRETO afirmar: 
 
Caso Romero apenas tivesse estimulado Fausto ao cometimento do crime, 
não haveria concurso de pessoas, pois não há o que se falar em 
concorrência, quando uma pessoa comente uma conduta atípica e a outra, 
comete conduta típica, embora concorram para o mesmo resultado. 
 
Quando há participação de dois ou mais agentes no cometimento do 
mesmo crime, a pena será a mesma para todos, não importando, o grau 
de maior ou menor participação. 
 
Maria não poderá responder pelo concurso de pessoas, uma vez que 
Maria apenas deixou a porta da casa aberta para Fausto, e este foi quem 
subtraiu os bens juntamente com Romero. 
 
Ficou configurado o concurso de pessoas, em razão do reconhecimento da 
prática da mesma infração por todos os agentes. 
 
PERGUNTA 4 
Pedro e Paulo combinam de praticar um crime de furto em determinada creche, 
com a intenção de subtrair computadores. Pedro, então, sugere que o ato seja 
praticado em um domingo, quando o local estaria totalmente vazio e nenhuma 
criança seria diretamente prejudicada. No momento da empreitada delitiva, 
Pedro auxilia Paulo a entrar por uma janela lateral e depois entra pela porta 
dos fundos da unidade. Já no interior do local, eles verificam que a creche 
estava cheia em razão de comemoração do “Dia das Mães”; então, Pedro pega 
um laptop e sai, de imediato, pela porta dos fundos, mas Paulo, que estava 
armado sem que Pedro soubesse, anuncia o assalto e subtrai bens e joias de 
crianças, pais e funcionários. Captadas as imagens pelas câmeras de 
segurança, Pedro e Paulo são identificados e denunciados pelo crime de roubo 
duplamente majorado. Com base apenas nas informações narradas, a defesa 
de Pedro deverá pleitear o reconhecimento da 
 
participação de menor importância, gerando aplicação da pena do crime 
menos grave. 
 
cooperação dolosamente distinta, gerando aplicação da pena do crime 
menos grave. 
 
participação de menor importância, gerando causa de diminuição de pena. 
 
cooperação dolosamente distinta, gerando causa de diminuição de pena. 
 
PERGUNTA 5 
Rafael e Francisca combinam praticar um crime de furto em uma residência 
onde ela exercia a função de passadeira. Decidem, então, subtrair bens do 
imóvel em data sobre a qual Francisca tinha conhecimento de que os 
proprietários estariam viajando, pois assim ela tinha certeza de que os patrões, 
de quem gostava, não sofreriam qualquer ameaça ou violência. 
No dia do crime, enquanto Francisca aguarda do lado de fora, Rafael entra no 
imóvel para subtrair bens. Ela, porém, percebe que o carro dos patrões está na 
garagem e tenta avisar o fato ao comparsa para que este saísse rápido da 
casa. Todavia, Rafael, ao perceber que a casa estava ocupada, decide 
empregar violência contra os proprietários para continuar subtraindo mais bens. 
Descobertos os fatos, Francisca e Rafael são denunciados pela prática do 
crime de roubo majorado. 
Considerando as informações narradas, o(a) advogado(a) de Francisca deverá 
buscar 
 
o reconhecimento da participação de menor importância, com aplicação de 
causa de redução de pena. 
 
o reconhecimento de que o agente quis participar de crime menos grave, 
aplicando-se causa de diminuição de pena sobre a pena do crime de roubo 
majorado. 
 
o reconhecimento de que o agente quis participar de crime menos grave, 
aplicando-se a pena do furto qualificado. 
 
sua absolvição, tendo em vista que não desejava participar do crime 
efetivamente praticado. 
 
PERGUNTA 6 
Maria Joaquina, empregada doméstica de uma residência, profundamente 
apaixonada pelo vizinho Fernando, sem que este soubesse, escuta sua 
conversa com uma terceira pessoa acordando o furto da casa em que ela 
trabalha durante os dias de semana à tarde. Para facilitar o sucesso da 
operação de seu amado, ela deixa a porta aberta ao sair do trabalho. Durante a 
empreitada criminosa, sem saber que a porta da frente se encontrava 
destrancada, Fernando e seu comparsa arrombam a porta dos fundos, 
ingressam na residência diversos objetos. 
 
Diante desse quadro fático, assinale a opção que apresenta a correta 
responsabilidade penal de Maria Joaquina. 
 
Deverá responder pelo crime de omissão de socorro. 
 
Deverá responder pelo mesmo crime de Fernando, na qualidade de 
partícipe, eis que contribuiu de alguma forma para o sucesso da 
empreitada criminosa ao não denunciar o plano. 
 
Deverá responder pelo crime de furto qualificado pelo concurso de 
agentes, afastada a qualificadora do rompimento de obstáculo, por esta 
não seencontrar na linha de seu conhecimento. 
 
Não deverá responder por qualquer infração penal, sendo a sua 
participação irrelevante para o sucesso da empreitada criminosa. 
 
 
PERGUNTA 7 
Sofia decide matar sua mãe. Para tanto, pede ajuda a Lara, amiga de longa 
data, com quem debate a melhor maneira de executar o crime, o melhor 
horário, local etc. Após longas discussões de como poderia executar seu 
intento da forma mais eficiente possível, a fim de não deixar nenhuma pista, 
Sofia pede emprestado a Lara um facão. A amiga prontamente atende ao 
pedido. Sofia despede-se agradecendo a ajuda e diz que, se tudo correr 
conforme o planejado, executará o homicídio naquele mesmo dia e assim o faz. 
No entanto, apesar dos cuidados, tudo é descoberto pela polícia. A respeito do 
caso narrado e de acordo com a teoria restritiva da autoria, assinale a 
afirmativa correta. 
 
Sofia e Lara devem ser consideradas coautoras do crime de homicídio. 
Todavia, a agravante de ter sido, o crime, praticado contra ascendente 
somente incide em relação à Sofia. 
 
Sofia é a autora do delito e deve responder por homicídio com a agravante 
de ter sido, o crime, praticado contra ascendente. Lara, por sua vez, é 
apenas partícipe do crime, mas a agravante também lhe será aplicada. 
 
Sofia é a autora do delito e deve responder por homicídio com a agravante 
de o crime ter sido praticado contra ascendente. Lara, por sua vez, é 
apenas partícipe do crime e deve responder por homicídio, sem a 
presença da circunstância agravante. 
 
Sofia e Lara devem ser consideradas coautoras do crime de homicídio, 
incidindo, para ambas, a circunstância agravante de ter sido, o crime, 
praticado contra ascendente. 
 
PERGUNTA 8 
Tomás decide matar seu pai, Joaquim. Sabendo da intenção de Tomás de 
executar o genitor, Pedro oferece, graciosamente, carona ao agente até o local 
em que ocorre o crime. A esse respeito, é correto afirmar que Pedro é 
 
partícipe do delito, respondendo por homicídio agravado por haver sido 
praticado contra ascendente. 
 
coautor do delito, respondendo por homicídio sem a incidência da 
agravante. 
 
partícipe do delito, respondendo por homicídio sem a incidência da 
agravante. 
 
coautor do delito, respondendo por homicídio agravado por haver sido 
praticado contra ascendente. 
 
PERGUNTA 9 
Luiz cometeu um crime e, em sua defesa, alegou embriaguez. Após as 
investigações e perícias cabíveis, foi reconhecida a hipótese de exclusão da 
imputabilidade. Nessa situação hipotética, a exclusão da imputabilidade deveu-
se ao fato de se tratar de uma embriaguez 
 
acidental ou fortuita completa. 
 
acidental ou fortuita incompleta. 
 
não acidental culposa. 
 
não acidental voluntária. 
 
PERGUNTA 10 
Lucas, funcionário público do Tribunal de Justiça, e Laura, sua noiva, estudante 
de direito, resolveram subtrair notebooks de última geração adquiridos pela 
serventia onde Lucas exerce suas funções. Assim, para conseguir seu intento, 
combinaram dividir a execução do delito. Lucas, em determinado feriado 
municipal, valendo-se da facilidade que seu cargo lhe proporcionava, 
identificou-se na recepção e disse ao segurança que precisava ir até a 
serventia para buscar alguns pertences que havia esquecido. O segurança, 
que já conhecia Lucas de vista, não desconfiou de nada e permitiu o acesso. 
Ressalte-se que, além de ser serventuário, Lucas conhecia detalhadamente o 
prédio público, razão pela qual se dirigiu rapidamente ao local desejado, 
subtraindo todos os notebooks. Após, foi a uma janela e, dali, os entregou a 
Laura, que os colocou no carro e saiu. Ao final, Lucas conseguiu deixar o 
edifício sem que ninguém suspeitasse de nada. Todavia, cerca de uma semana 
após, Laura e Lucas têm uma discussão e terminam o noivado. Muito 
enraivecida, Laura procura a polícia e noticia os fatos, ocasião em que devolve 
todos os notebooks subtraídos. Com base nas informações do caso narrado, 
assinale a afirmativa correta. 
 
Laura e Lucas serão beneficiados pela causa extintiva de punibilidade, 
uma vez que houve reparação do dano ao erário anteriormente à 
denúncia. 
 
Laura e Lucas devem responder pelo delito de peculato- furto praticado em 
concurso de agentes. 
 
Laura será beneficiada pelo instituto do arrependimento eficaz, mas Lucas 
não poderá valer-se de tal benefício, pois a restituição dos bens, por parte 
dele, não foi voluntária. 
 
Laura deve responder por furto qualificado e Lucas deve responder por 
peculato-furto, dada à incomunicabilidade das circunstâncias.

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