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Guia Básico - Flora Apícola, Meliponícola e Noções de Melissopalinologia (1)

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CURSO TÉCNICO
EM APICULTURA 
Flora Apícola, 
Meliponícola e Noções 
de Melissopalinologia
Monique Hellen Martins Ribeiro
GUIA BÁSICO
CH: 45h
2
Unidade I Unidade II Unidade III ReferênciasApresentação
Seja bem-vindo(a)
à disciplina de Flora Apícola, 
Meliponícola e Noções de 
Melissopalinologia. Eu sou o 
Abel e estarei acompanhando 
você nesta leitura. Então, o que 
estamos esperando? 
Vamos em frente!
Bons estudos!
// Apresentação
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Unidade I Unidade II Unidade III ReferênciasApresentação
CARACTERIZAÇÃO 
DA FLORA APÍCOLA E 
MELIPONÍCOLA
UNIDADE I
4
Unidade I Unidade II Unidade III ReferênciasApresentação
A flora apícola de uma região é composta de espécies com 
diferentes graus de importância, determinados por fatores 
diversos que vão desde o número de plantas existentes, até 
concentrações diferentes de açúcares no néctar e o estudo 
dessa flora são importantes pois fornecem subsídios para 
formação de uma proposta técnica de manejo dos apiários 
(LIMA, 2003).
// Descrição Botânica das Espécies 
Vegetais Visitadas Pelas Abelhas 
Fonte: BBC imagens
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Unidade I Unidade II Unidade III ReferênciasApresentação
As abelhas são totalmente dependentes das flores para 
obtenção de pólen, néctar, óleos, fragrâncias e outros recursos 
utilizados tanto pelos adultos quanto para suas larvas. Estes 
recursos florais são obtidos por diferentes grupos de visitantes 
que forrageiam em horários diferentes e/ou concentram-se 
em certas espécies de plantas. Além disso, algumas abelhas 
utilizam flores também como local de abrigo repouso ou 
acasalamento (PEDRO & CAMARGO, 1991).
Fonte: https://abelha.org.br/abelhas-polinizadoras-
importantes-para-a-agricultura-brasileira/
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Unidade I Unidade II Unidade III ReferênciasApresentação
A flora apícola e meliponícola é constituída por três estratos 
vegetais: Herbáceo, Arbustivo e Arbóreo (Freitas, 1998);
Estrato Herbáceo: Caracteriza-se por plantas rasteiras e de 
pequeno porte; Esse tipo de vegetação constitui a principal 
fonte de pólen e néctar para as abelhas, principalmente no 
período das chuvas e na transição chuva-seca (Freitas, 1998). 
Exemplo:
Fonte:https://upherb.com.br/int/vassourinha-de-botao Fonte: https://www.beneficiosdasplantas.com.br/
bamburral/
Vassourinha (Borreria verticilata  (L.) G.Mey Bamburral (Hyptis sp.)
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Unidade I Unidade II Unidade III ReferênciasApresentação
Estrato Arbustivo: Caracteriza-se por plantas de médio 
porte; Florescem no período chuvoso e podem suspender a 
florada no período de estiagem (Lima & Souza, 1993); Esse 
tipo de vegetação possui um florescimento rápido (10 a 15 
dias aproximadamente) (Freitas, 1991). Exemplo:
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Flor_de_
marmeleiro-do-mato_%28croton_sonderianus%29.jpg
Fonte: https://www.naturezabela.com.br/2011/05/
jurema-mimosa-hostilis.html
Marmeleiro-do-mato (Croton sonderianus Müll.Arg.) Jurema (Mimosa tenuiflora  (Mart.) Benth
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Unidade I Unidade II Unidade III ReferênciasApresentação
Estrato Arbóreo: Caracteriza-se por uma vegetação de grande 
porte; Geralmente fornece néctar durante o período seco 
e transição seca-chuva, e pólen na época chuvosa (Freitas, 
1991). Exemplo:
Fonte: Tamires Silva ,2008 Fonte: https://www.agencia.cnptia.
embrapa.br/gestor/caju/arvore/
CONT000fi8wxjm202wyiv80z4s4730ed235b.html
 Juazeiro (Ziziphus joazeiro Mart.) Cajueiro (Anacardium occidentale L.) 
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Unidade I Unidade II Unidade III ReferênciasApresentação
A interação entre os três estratos garante coleta de néctar e 
pólen durante todo o ano, sendo interessante que na região 
haja um equilíbrio entre eles para oferecer maior quantidade 
de alimentos para as abelhas;
O estado de preservação da vegetação 
é um outro fator importante, pois 
auxilia no garantia do equilíbrio 
entre as espécies; O apicultor é peça 
fundamental nesse processo, pois ele 
precisa preservar as plantas nativas e 
enriquecer a flora da região em que seu 
apiário esteja localizado.
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Unidade I Unidade II Unidade III ReferênciasApresentação
Fonte: https://www.senarpb.com.br/noticia/manejo-e-qualificacao-sao-
fatores-primordiais-para-o-sucesso-da-apicultura/
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Unidade I Unidade II Unidade III ReferênciasApresentação
POLINIZAÇÃO:
É a transferência de grãos de pólen das anteras de uma flor 
para o estigma (parte do aparelho reprodutor feminino) da 
mesma flor ou de uma outra flor da mesma espécie;
A Biologia floral ou ecologia floral é a ciência que se ocupa 
da investigação dos fenômenos que se produzem na 
polinização.
// Estrutura das Flores e Suas Variações
https://escolakids.uol.com.br/ciencias/polinizacao.htm
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Unidade I Unidade II Unidade III ReferênciasApresentação
Temos a ZOOFILIA que é a Polinização por meio de animais 
(AGENTE BIÓTICO): Nesse tipo de polinização os animais 
são responsáveis pelo transporte de pólen. Os agentes 
polinizadores são variados, os mais comuns são:
Insetos (entomofilia): No caso se for polinização por abelhas 
e vespas: as flores são chamadas de melitófilas.
Fonte:https://idealverde.wordpress.com/tag/melitofilia/
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Unidade I Unidade II Unidade III ReferênciasApresentação
Abelhas: Estes insetos possuem aparato bucal lambedor 
e buscam néctar acessível, porque possuem órgãos bucais 
curtos. As flores nectaríferas possuem um custo energético 
menor para a planta, por que o néctar constitui uma 
economia de pólen.
Foto: Letícia Smania Donanzan. Disponível em: https://www.minasbioconsultoria.com/post/
s%C3%ADndrome-da-poliniza%C3%A7%C3%A3o-o-que-%C3%A9
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Unidade I Unidade II Unidade III ReferênciasApresentação
As flores melitófilas atraem as 
abelhas por uma combinação de forma 
e odor. As corolas destas flores são 
geralmente labiadas, com superfícies 
para que a abelha pouse, com guias 
(manchas) que assinalam onde se 
encontra o néctar. As flores produzem 
sustâncias aromáticas na corola ou em 
outros órgãos florais.
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Unidade I Unidade II Unidade III ReferênciasApresentação
Flores Melitófilas: em sua maioria são flores que ficam 
abertas no período diurno, cores variando do ultravioleta ao 
amarelo intenso, odor frequentemente presente (“agradável” 
ao homem), possuem como recursos florais pólen, néctar 
(muitas vezes escondidos), óleo e em alguns casos resinas 
e voláteis florais.
Abelha Uruçu – Melipona scutellaris (Fonte da imagem: CPT). Disponível em: https://
canaldohorticultor.com.br/abelhas-nativas-na-polinizacao-de-hortalicas/
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Unidade I Unidade II Unidade III ReferênciasApresentação
As abelhas percebem o amarelo, 
o azul, o branco; não percebem o 
vermelho puro. Também são sensíveis 
à luz ultravioleta, não visível pelos 
olhos humanos, e por esta razão, 
muitas flores que são amarelas a nossos 
olhos, aos olhos das abelhas tem 
uma coloração diferente denominada 
“púrpura de abelhas”.
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Unidade I Unidade II Unidade III ReferênciasApresentação
O que é Flora 
Apícola?
// Definição de Flora Apícola e 
Classificação Quanto aos Recursos 
Disponibilizados
É o conjunto de plantas interessantes para as abelhas para a 
coleta de recursos (mel ou pólen).
É o que se pode chamar de “pasto” das abelhas. Isso porque 
ela é o conjunto de flores em um bioma que fornece néctar e 
pólen para as abelhas alimentarem tanto a si mesmas quanto 
a colônia.
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Unidade I Unidade II Unidade III ReferênciasApresentação
As abelhas realizam a visita as flores para suprirem suas 
necessidades nutricionais;
O pólen e o néctar encontrado nas flores constituem 
basicamente sua única fonte de alimento, sendo que o 
pólen é fonte concentrada de proteína e o néctar importante 
fornecedor de energia, contendo sacarose, frutose e glicose;
A disponibilidade de alimento afeta o peso das larvas, pupas 
e adultos recém-emergidos, daí a importância das floradas e 
do conhecimento das épocas de suas ocorrências por parte 
do apicultor, para a vida e produção da colônia.
Fonte: PLANTAS VISITADAS POR ABELHAS E POLINIZAÇÃO
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Unidade I Unidade II Unidade III ReferênciasApresentação
Sãorecursos florais:
NÉCTAR: o mais comum, pois a maioria dos polinizadores 
se alimenta dele. O néctar é produzido por nectários 
estruturados, fáceis de serem visualizados na flor; ou não-
estruturados, identificados por meio de métodos anatômicos 
e histoquímicos (Vieira et al., 2007). As flores nectaríferas 
tendem a apresentar morfologia floral tubular e com locais 
de acumulo de néctar;
PÓLEN: removido por moscas e por abelhas, mas outros 
polinizadores podem ingeri-lo de forma indireta, ao lamber 
o néctar na flor. 
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Unidade I Unidade II Unidade III ReferênciasApresentação
As flores poliníferas tendem a apresentar muitos estames 
expostos, pois o pólen, além de sua função reprodutiva 
(conter os gametas masculinos), é o recurso floral.
Outras flores poliníferas têm um 
número reduzido de estames e, 
nesse caso, as anteras são poricidas, 
é necessária a vibração das anteras, 
realizada por algumas abelhas 
(polinização por vibração), para 
a saída dos grãos de pólen, pelos 
poros, e sua coleta.
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Unidade I Unidade II Unidade III ReferênciasApresentação
NÉCTAR E PÓLEN: Principalmente abelhas podem retirar 
néctar e pólen de algumas flores, simultaneamente (Vieira & 
Lima,1997). Essas flores são denominadas néctar-poliníferas.
Néctar: Podranea ricasoliana (Tanfani) Sprague 
(Sete-léguas) 
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9
Pólen: Psidium guajava L. (Myrtaceae) 
(Goiabeira)
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Unidade I Unidade II Unidade III ReferênciasApresentação
As plantas apícolas podem ser divididas em três grupos:
Plantas Nectaríferas: Fornecem exclusivamente néctar às 
abelhas;
Plantas Poliníferas: Fornecem exclusivamente pólen às 
abelhas;
Plantas Nectaríferas-Poliníferas: Fornecem tanto néctar 
quanto pólen às abelhas.
https://celeirodobrasil.com.br/plantas-nectariferas-e-poliniferas/
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Unidade I Unidade II Unidade III ReferênciasApresentação
Os atributos florais mais importantes para identificar os 
prováveis polinizadores e, consequentemente, a síndrome 
floral, são: a antese (período desde a abertura da flor até a sua 
senescência); características da corola (às vezes, do cálice); 
cor e odor, e o recurso (recompensa produzida pela flor e 
“oferecida” ao polinizador.
https://ecoa.org.br/apicultura-sustentavel-importancia-do-pasto-apicola/
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Unidade I Unidade II Unidade III ReferênciasApresentação
FLORA APÍCOLA E 
MELIPONÍCOLA
UNIDADE II
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Unidade I Unidade II Unidade III ReferênciasApresentação
O apicultor deve estar atento para o fato de que o relacionamento 
entre a flora apícola e suas colônias é muito mais complexo 
do que pode parecer a primeira vista, envolvendo grande 
número de aspectos de vital importância para sua atividade.
// Conhecimento e Levantamento
de Flora
Fonte: https://ecoa.org.br/apicultura-sustentavel-calendario-apicola-e-as-especies/
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Unidade I Unidade II Unidade III ReferênciasApresentação
A melhor pastagem para as abelhas é constituída por pastos 
sujos e áreas de preservação, onde a diversidade das plantas 
silvestres que neles vegetam florescem praticamente o ano 
todo. É assim que temos a maioria das nossas colheitas 
produzidas pelo assa-peixe, cipó-uva, cambará, vassourinha 
do campo, angico, erva-de-passarinho e dezenas de outras 
plantas nativas que revestem estes locais. 
Uma pastagem pode ainda ser 
“formada” pelo apicultor, com o 
interesse específico de produzir 
mel. O apicultor pode cultivar uma 
ou mais espécies vegetais visando 
produzir um determinado mel ou 
pode ainda melhorar a produtividade 
de uma pastagem já existente.
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Unidade I Unidade II Unidade III ReferênciasApresentação
Fonte: https://www.segs.com.br/mais/agro/250700-
agricultor-precisa-saber-quando-e-qual-produto-usar-e-
o-apicultor-manejar-seus-apiarios-corretamente
Um fator importante que 
deve ser levado em conta pelo 
apicultor é a influência que a 
flora exerce sobre a qualidade 
dos produtos apícolas: o 
mel produzido por distintas 
floradas apresenta diferentes 
características organolépticas 
(cor, sabor e aroma), que 
estão sujeitos à preferência e 
aceitação do consumidor.
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Unidade I Unidade II Unidade III ReferênciasApresentação
Apis mellifera em flor de laranjeira. Crédito Denise de Araújo Alves.
Fonte: https://abelha.org.br/hortifrutis-da-estacao-laranja/
CLASSIFICAÇÃO DAS PLANTAS APÍCOLAS (QUANTO À 
PRODUTIVIDADE):
Flora apícola Principal:
Constituída pelas plantas de maior fluxo nectarífero, 
normalmente formam pastos densos, com floradas 
prolongadas.
Exemplo: eucalipto, laranjeira, capixingui, angico e etc.
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Unidade I Unidade II Unidade III ReferênciasApresentação
Flora apícola secundária ou flora de manutenção:
É formada por aquelas plantas que fornecem menor quantidade 
de néctar e pólen, servindo apenas para a manutenção das 
colmeias ou colônias.
Exemplo: ervas daninhas e algumas frutíferas (guanxuma, 
goiabeira, picão-preto, e etc).
Fonte: https://www.semabelhasemalimento.com.br/plantas-para-abelhas/
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Unidade I Unidade II Unidade III ReferênciasApresentação
Flora apícola terciária (florada eventual):
São aquelas plantas que só produzem fluxo de pólen e/ou 
néctar quando bem representadas.
Exemplo: Astrapéia, Caliandra, amor-agarradinho e etc;
Fonte:https://www.flickr.com/photos/parchen/42807929795
Apis mellifera em flor de Caliandra rosa
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Unidade I Unidade II Unidade III ReferênciasApresentação
Flora apícola quaternária (Culturas):
O principal objetivo do uso das abelhas na visita destas 
flores é a realização da polinização. A presença de néctar e 
pólen na flora quaternária é bastante variável, e ainda existe 
o risco de contaminação das abelhas devido ao uso comum 
de agrotóxicos nestas culturas, portanto, cuidados se fazem 
necessários para esse tipo de exploração.
Exemplo: feijão, girassol, soja, citrus, melancia, melão e etc.
Fonte: https://pixabay.com/pt/photos/girassol-abelha-inseto-polinizar-3822722/
Apis mellifera em flor de Girassol
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Unidade I Unidade II Unidade III ReferênciasApresentação
A pesquisa palinológica é extremamente 
ampla, abrangendo desde a análise da 
morfologia do pólen com microscópios 
eletrônicos até o estudo de microfósseis 
orgânicos (palinomorfos) extraídos de 
carvões antigo.
O QUE É PALINOLOGIA
// Conceitos de Palinologia e 
Melissopalinologia
É o estudo de grãos de pólen vivos 
e fósseis e esporos de plantas.
Fonte: http://jornalcienciaja.
blogspot.com/2013/06/o-que-e-
palinologia.html
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Unidade I Unidade II Unidade III ReferênciasApresentação
MELISSOPALINOLOGIA
É o estudo dos grãos de pólen, e 
outros elementos, encontrados no 
sedimento do mel.
Fonte: http://www.ufrrj.
br/abelhanatureza/
paginas/docs_abelha_nat/
melissopalinologia.pdf
Fonte: Monique Ribeiro
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Unidade I Unidade II Unidade III ReferênciasApresentação
O estudo da Melissopalinologia teve início com as observações de 
pesquisadores, no século passado, sobre as diferenças no comportamento 
de forrageamento dentro da comunidade de abelha nas espécies vegetais, 
na busca de recursos como: pólen, néctar, resina etc.
A análise de microscopia do mel ocorreu inicialmente com o pesquisador 
Pfister em 1895, que sugeriu a possibilidade da determinação da origem 
fitogeográfica do mel através da contagem dos grãos de pólen;
Na década de 30, os métodos aplicados na determinação fitogeográfica 
do mel foram estabelecidos pelos pesquisadores Griebel, Armbruster e 
Zander. Somente a partir de 1945 a Melissopalinologia se estabeleceu 
como parte da Palinologia.
Vamos aprender 
mais sobre 
Melissopalinologia?
SAIBA MAIS!
Fonte: https://www.meli-bees.org/vamos-aprender-mais-sobre-a-palinologia/
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Unidade I Unidade II Unidade III ReferênciasApresentação
// Definição e Classificação do Mel
De acordo com a legislação 
brasileira: “É uma substância doce 
e viscosa produzido por abelhas 
a partir do néctar das flores ou 
de secreções procedentes das 
partes vivas das plantas ou 
ainda de excreções de insetossugadores de plantas; que as 
abelhas recolhem, transformam 
e combinam com substâncias 
específicas próprias, armazenam 
e deixam maturar nos favos da 
colmeia” (Brasil, 2000).
Fonte: https://br.freepik.com/
O que é o Mel?
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Unidade I Unidade II Unidade III ReferênciasApresentação
Néctar Floral:
São derivados da seiva elaborada do floema secretados pelas 
glândulas nectaríferas.
Fonte: https://pt.dreamstime.com/abelha-do-mel-extraindo-o-n%C3%A9ctar-da-flor-%C3%A1rvore-
de-fruto-n-ctar-rvore-processo-poliniza-image146780099
Pavonia Viscosa A. St.-Hil.
FONTES DO MEL
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Unidade I Unidade II Unidade III ReferênciasApresentação
Solução aquosa de vários 
açúcares total de 90-95% 
da matéria sólida total;
Pequenas quantidades de 
compostos nitrogenados, 
minerais, ácidos 
orgânicos, vitaminas, 
pigmentos e substâncias 
Três Tipos:
Principal sacarose;
Sacarose, glicose e 
frutose;
Glicose, frutose e 
pouca; 
Sacarose.
Os dois últimos possuem 
mais frutose que glicose 
influencia na característica 
do mel.
Composição do Néctar
Fonte: http://pt.bukisa.com/topics/polinizacao
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Unidade I Unidade II Unidade III ReferênciasApresentação
http://revistagloborural.globo.com/Revista/
Common/0,,ERT304768-18283,00.html
http://4.bp.blogspot.com/_S7Qz9a3DX6s/
ScAEkDqp76I/AAAAAAAAAR0/
ZFRxndWLnv0/s1600-h/afideos.jpg
Melato ou “Honeydew”: 
Coleta das partes vivas da planta, 
homópteros “pulgões”. 
O produto final, entretanto, é 
diferente nas suas propriedades 
físicoquímicas sofre alterações no 
trato digestivo dos afídeos;
Características distintas do mel de 
néctar floral;
Quantidade maior de nitrogênio 
de 70-90% encontrados em 
aminoácidos;
Carboidratos de 90-95% consistindo 
de vários açúcares alguns não 
encontrados no néctar.
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Unidade I Unidade II Unidade III ReferênciasApresentação
https://produto.mercadolivre.com.br/MLB-2037787143-melado-mel-ou-melaco-de-cana-de-
acucar-brejeira-500g-natural-_JM
Melaço de cana:
Líquidos açucarados dos canaviais;
Coletado pelas abelhas, depositando-os nas colméias de 
maneira semelhante ao néctar floral.
Composição: carboidratos menos diversificada que 
néctar mas maior concentração de minerais do que o 
néctar.
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Unidade I Unidade II Unidade III ReferênciasApresentação
O mel é classificado de acordo com as plantas utilizadas na 
sua elaboração. Podendo ser:
CLASSIFICAÇÃO DO MEL 
MEL UNIFLORAL OU 
MONOFLORAL: 
quando o produto procede 
principalmente da origem de flores 
de uma mesma família, gênero ou 
espécie e possua características 
sensoriais, físico-químicas e 
microscópicas próprias.
https://floranectar.com.br/pt/
produto/mel-monofloral
https://floranectar.com.br/pt/
produto/mel-monofloral
MEL MULTIFLORAL OU 
POLIFLORAL: 
é o mel obtido a partir de diferentes 
origens florais.
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Unidade I Unidade II Unidade III ReferênciasApresentação
O que mais temos disponível no Brasil e no Maranhão devido 
a nossa grande Biodiversidade é o mel polifloral que também 
é conhecido como  mel silvestre, ou seja, é extraído de uma 
variedade imensa de flores. Como é proveniente de diversas 
fontes, é impossível definir qual sabor predomina mais, aí 
recebeu esse nome;
É um dos mais populares e consumidos em todo o Brasil. 
Afinal, é mais acessível para produção e venda.
https://shopee.com.br/Mel-Silvestre-com-
fava-i.350873551.8855911766
https://www.uniflora.com.br/linha-mel/
mel-puro/mel-silvestre-300g
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Unidade I Unidade II Unidade III ReferênciasApresentação
NOÇÕES DE 
MELISSOPALINOLOGIA
UNIDADE III
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Unidade I Unidade II Unidade III ReferênciasApresentação
O  pólen  (do grego “pales” 
= “farinha” ou “pó”) é o 
conjunto dos minúsculos grãos 
produzidos pelas  flores  das 
angiospermas (ou pelas pinhas 
masculinas das gimnospermas);
Pólen é o elemento  reprodutor 
masculino, onde se encontram 
os gametas  que vão fecundar  os  
óvulos, que posteriormente irão 
se transformar em sementes.
// Noções de Morfologia do Pólen
Fonte: http://papodeprimata.com.br/graos-
de-polen-como-voce-nunca-viu/
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Unidade I Unidade II Unidade III ReferênciasApresentação
A variabilidade morfológica dos grãos de pólen permite 
caracterizar famílias, gêneros e espécies;
São estabelecidas geneticamente;
Grande valor diagnóstico podendo ser usados em vários 
ramos da Palinologia (Melhem et al. 2003).
Fonte das imagens: https://br.freejpg.com.ar/imagens/premium/1150879416/
graos-de-polen-sem
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Unidade I Unidade II Unidade III ReferênciasApresentação
Os grãos de pólen são normalmente 
arredondados, embora os 
dos  pinheiros  sejam  alados, e 
podem ser muito pequenos, 
apenas alguns micra. 
O menor grão de pólen conhecido 
é o do  Myosotis, com cerca de 
6 μm (0.006 mm) de diâmetro. 
A forma e ornamentação dos grãos 
de pólen é típica de cada família 
ou mesmo espécie de plantas.
CARATERÍSTICAS DO PÓLEN
Fonte- https://www.researchgate.net/figure/
Pollen-varies-considerably-in-size-a-Images-
of-pollen-at-the-same-scale-and-b-Inset_
fig3_47704412
Tamanho de grão de pólens
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Unidade I Unidade II Unidade III ReferênciasApresentação
MORFOLOGIA
À semelhança dos esporos, os grãos de pólens apresentam a 
parede constituída por duas camadas: a exina e a intina. 
A exina: É constituída por esporopolenina e uma pequena 
quantidade de polissacarídeos;
A intina: É constituída por celulose à semelhança da parede de 
outras células vegetais. 
Durante a fossilização, apenas a esporopolenina, com maior 
resistência, permanece; este é um fator de grande importância 
pois é esta camada que apresenta ornamentações, importantes 
para a correta identificação (Moore et al.,1991).
47
Unidade I Unidade II Unidade III ReferênciasApresentação
Fonte: https://sapientia.ualg.pt/bitstream/10400.1/401/18/2%20%E2%80%93%20
Aspectos%20gerais%20de%20palinologia.pdf
Constituição da parede de um pólen
Esta camada externa é denominada exina e é composta de 
três partes:
Tectum, que contém os elementos esculturais que dão a 
forma exterior ao grão de pólen;
Columelas, uma estrutura em forma de colunas; e
Base, uma estrutura sólida formada sobre a intina.
48
Unidade I Unidade II Unidade III ReferênciasApresentação
Este invólucro possui ainda pequenas aberturas (pontos de 
menor resistência) por onde sairá o tubo polínico, que penetra 
no estigma para fecundar o óvulo.
Exina:
Nexina
Sexina
Columela
Teto
Intina
Na palinologia utilizam-se as diferentes estruturas apresentadas 
pela parede do grão de pólen para proceder à sua identificação, 
nomeadamente: 
49
Unidade I Unidade II Unidade III ReferênciasApresentação
1) Tamanho e forma do grão de pólen: de forma geral, são 
pequenos, arredondados, alguns alados;
2) Forma, número e arranjo das aberturas da parede: Aqui 
temos uma grande variedade de formas, que é característica 
para cada espécie ou gênero.
3) Estrutura e ornamentação da superfície da exina: Uma grande 
variedade, contém os principais componentes morfológicos 
que se prestam à caracterização dos grãos de pólen.
Fonte: https://sapientia.ualg.pt/bitstream/10400.1/401/18/2%20
%E2%80%93%20Aspectos%20gerais%20de%20palinologia.pdf
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Unidade I Unidade II Unidade III ReferênciasApresentação
Quando observados ao microscópio óptico, muitos grãos de 
pólen aparecem em duas posições bem definidas:
Vista Equatorial: Onde vemos o equador de frente;
Vista polar: Onde vemos o polo de frente.
Fonte: http://www.webbee.org.br/projetos/pesquisa/palinologia.pdf
Fonte: Ramalho (2022)
VISTA POLAR VISTA EQUATORIAL
// Principais análises em pólen
51
Unidade I Unidade II Unidade III ReferênciasApresentação
DEFININDO A MORFOLOGIA DOS GRÃOS DE PÓLEN: 
Unidade Polínica
Grãos Isolados e Agrupados: A distinção entre grãos de pólen 
isolados ou agrupados é o primeiro passo importante para 
identificação das espécies vegetais que os produzem.
https://dspace.uevora.pt/rdpc/bitstream/10174/16360/10/introducao.pdf
Tipos de Pólen (Adaptado e modificado de PUNT e tal., 2007).
52
Unidade I Unidade II Unidade IIIReferênciasApresentação
Os grãos isolados são mais comuns na natureza, seguindo-
se os agrupados em tétrades (4 células);
Outros tipos de grãos agrupados são: díades (duas células), 
comuns na família Podostemaceae; 
Políades (formas com mais de 4 grãos), que aparecem em 
Mimosoideae (monjoleiro, esponjinha, dormideira, etc.), 
Annonaceae, Celastraceae, Gentianaceae, e Orchidaceae 
(orquídeas); 
Mássulas (muitos grãos fundidos, de difícil individualização);
Políneas (conjunto de grãos de pólen de uma ou mais cavidades 
da antera), que são comuns nas famílias Asclepiadaceae e 
Orchidaceae.
53
Unidade I Unidade II Unidade III ReferênciasApresentação
Imagens: Acervo Pessoal. Angela Maria da Silva Corrêa Pando
54
Unidade I Unidade II Unidade III ReferênciasApresentação
DEFININDO A MORFOLOGIA DOS GRÃOS DE PÓLEN: 
Aberturas
Existem três tipos de aberturas e denominam-se de: Poros, 
Colpos e Sulcos.
Poros: São geralmente isodiamétricos (circulares) ou 
ligeiramente alongados (elípticos) com terminações 
arredondadas;
Colpos: São mais primitivos que os poros e são alongados, 
como sulcos, com extremidades pontiagudas;
Sulcos: São aberturas alongadas, têm a mesma forma 
que os colpos mas diferem na orientação, os sulcos são 
essencialmente aberturas latitudinais enquanto os colpos 
são essencialmente aberturas longitudinais.
https://dspace.uevora.pt/rdpc/bitstream/10174/16360/10/introducao.pdf
55
Unidade I Unidade II Unidade III ReferênciasApresentação
Tipos de aberturas (Adaptado e modificado de PUNT et al., 2007).
DEFININDO A MORFOLOGIA DOS GRÃOS DE PÓLEN: 
Número de Aberturas
O número de aberturas varia de 0 a 40 ou mais e é indicado 
pela colocação dos prefixos mono-, di-, tri-, tetra-, penta-, 
hexa-, e poli- (mais de seis aberturas), a colpado, porado e 
colporado:
Os membros da família das gramíneas são invariavelmente 
Monoporados;
Os grãos triporados são talvez os mais comuns (ex.: Parietaria, 
Betula, Corylus, Cannabaceae);
56
Unidade I Unidade II Unidade III ReferênciasApresentação
Pólens sem qualquer tipo de abertura denominam-se 
inaperturados (ex.: Cupressus, Populus e Pinus).
Croton ehrenbergii
Inaperturados
Poaceae
Monoaperturados
Bromeliaceae
2 Aberturas
Sapium
3 Aberturas
Eugenia bimarginata
4 Aberturas
Blepharocalyx salicifolia
5 Aberturas
Imagens: Acervo Pessoal. Angela Maria da Silva Corrêa Pando
Fotos: Ângela Correia Pando
57
Unidade I Unidade II Unidade III ReferênciasApresentação
DEFININDO A MORFOLOGIA DOS GRÃOS DE PÓLEN: 
Distribuição das Aberturas
Se os poros ou colpos se encontram em redor do equador 
é usado o prefixo zono (ex.: Ulmus), enquanto se estiverem 
distribuídos por toda a superfície isso é indicado pelo prefixo 
Panto (ex: Chenopodiaceae e Amaranthaceae (20 a 80 póros);
O prefixo axi- indica que as aberturas se encontram localizadas 
no ou próximo do pólo;
Dois ou mais colpos podem estar fundidos nos polos ou 
noutro lado, esses grãos denominam-se sincolpados.
https://dspace.uevora.pt/rdpc/bitstream/10174/16360/10/introducao.pdf
58
Unidade I Unidade II Unidade III ReferênciasApresentação
Classe sincolpada (Adaptado de PUNT et al., 2007).
Jacquemontia velutina
Pantoaperturados
Sherardia arvensis
Zonoaperturados
Imagens: Acervo Pessoal. Angela Maria da Silva Corrêa Pando
Fotos: Ângela Correia Pando
59
Unidade I Unidade II Unidade III ReferênciasApresentação
DEFININDO A MORFOLOGIA DOS GRÃOS DE PÓLEN: 
Estrutura e Escultura da Parede
A exina contém os principais componentes morfológicos que 
se prestam à caracterização dos grãos de pólen;
Apresenta uma porção externa mais ou menos esculturada, a 
sexina e uma porção interna, relativamente homogênea e sem 
esculturas, a nexina.
http://www.webbee.org.br/projetos/pesquisa/palinologia.pdf
Exina:
Nexina
Sexina
Columela
Teto
Intina
Parede do grão de pólen, mostrando o arranjo espacial das camadas.
60
Unidade I Unidade II Unidade III ReferênciasApresentação
Os elementos estruturais da sexina são: colunas (pila, singular 
= pilum), que se projetam a partir da superfície da nexina;
Esses elementos apresentam formas variáveis nos diferentes 
grãos de pólen, mas geralmente, apresentam uma porção 
cilíndrica (bácula, singular = baculum) com uma expansão na 
extremidade (capta, singular = caput);
Estratificação da parede do grão de pólen (esporoderme) segundo dois sistemas 
diferentes (Adaptado e modificado de PUNT et al., 2007
61
Unidade I Unidade II Unidade III ReferênciasApresentação
Em alguns grãos, as colunas podem aparecer isoladas na superfície 
da parede, a semelhança de pregos numa cama de faquir.
Em outros, as extremidades 
superiores dessas colunas 
se expandem e se fundem, 
formando um pequeno teto, 
como uma laje suportada por 
pilares. Tanto nos grãos com teto 
como naqueles sem teto podem 
existir elementos estruturais 
com outras formas, tais como 
“verrugas”, “espinhos”, etc.
Diagrama dos diferentes arranjos do tectum (Adaptado 
de PUNT et al., 2007).
62
Unidade I Unidade II Unidade III ReferênciasApresentação
Nos tipos intectados, a exina diz-se baculada quando os 
elementos supratectais são báculos; 
Claviforme quando são clavas; 
Equinada, com espinhos; 
Gemada, escábrida, áspero, escabroso ou manchado e 
verrugosa, com verrugas ou irregular;
Estas projeções podem ser distintivas e imediatamente 
evidentes, ou podem ser muito subtis e difíceis de ver, 
requerem cuidadosa observação sob elevada resolução com 
óleo de imersão.
https://dspace.uevora.pt/rdpc/bitstream/10174/16360/10/introducao.pdf
63
Unidade I Unidade II Unidade III ReferênciasApresentação
Elementos esculturais em secção transversal (Adaptado 
e modificado de SÁENZ, 2004).
DEFININDO A MORFOLOGIA DOS GRÃOS DE PÓLEN: 
Tipos de ornamentação
Termo genérico empregado para a descrição da organização 
dos elementos morfológicos dos grãos de pólens. Quanto a 
ornamentação da superfície do pólen, ele pode ser: 
64
Unidade I Unidade II Unidade III ReferênciasApresentação
Psilidada: Liso 
Perfurada: Pequenas perfurações menores que 1 um, distanciadas entre si;
Reticulada: Em forma de rede
Microrreticulada: Padrão de ornamentação formado por muros e 
lúmenes menores que 1 μm;
Foveolada: em forma de favos de mel; alveolado;
Granulada: Elemento escultural muito pequeno, inferior a 1 μm, mais 
ou menos arredondado, em forma de grão;
Gemada: Padrão de ornamentação formado por gemas (maior que 1 μm, 
contraído na base, cujo diâmetro é igual ou maior que a altura);
Rugulada:Padrão de ornamentação irregular, formado quer por muros 
e lúmenes irregulares, quer por elementos esculturais alongados 
irregularmente distribuídos;
Estriada: Padrão de ornamentação regular, constituído ou por muros 
e lúmenes alongados com orientação mais ou menos paralela, ou por 
estrias supratectais.
Espinhosa: Elemento escultural pontiagudo, muito longo, maior que 3 μm.
65
Unidade I Unidade II Unidade III ReferênciasApresentação
ReticuladaPsilada Perfurada
Granulada Gemada
EspinhosaEstriada
Foveolada
Microrreticulada
Rugulada
Imagens: Acervo Pessoal. Angela Maria da Silva Corrêa Pando
66
Unidade I Unidade II Unidade III ReferênciasApresentação
// Noções Básicas das Técnicas de 
Coleta e Preparação de Lâminas de 
Grão de Pólen
COM RELAÇÃO ÀS AMOSTRAS DE MEL:
Procedência: o bioma onde está localizado o apiário, como: 
Mata Atlântica (restinga, mangue, mata); Cerrado etc.
Coleta: data do envasamento, nome do apiário, nome do 
apicultor.
Entrega: data e o nome da pessoa que encaminhou a amostra 
para o laboratório.
Cor: branco d’água, extra branco, branco, extra âmbar claro, 
âmbar claro, âmbar e âmbar escuro.
67
Unidade I Unidade II Unidade III ReferênciasApresentação
Sabor: aromático, forte, suave, ácido (subjetivo).
Odor: ausência de odor, ácido, forte (subjetivo).
Consistência: viscoso ou fluido, cristalizado ou não.
Limpeza e sedimento: se o sedimento do mel apresenta 
impureza em suspensão.
Observações adicionais 
fornecidas pelo apicultor,como: 
se o mel foi aquecido (40°C, 50°C, 
ou mais); quais as principais 
floradas na região do apiário etc.
68
Unidade I Unidade II Unidade III ReferênciasApresentação
PREPARAÇÃO DAS AMOSTRAS NO LABORATÓRIO:
Ter uma coleção de lâminas de pólen de referência das plantas 
apícolas ou plantas da localidade.
http://www.webbee.org.br/projetos/pesquisa/melissopalino.htm
Figura: Processo das amostras de mel em laboratório
69
Unidade I Unidade II Unidade III ReferênciasApresentação
TÉCNICA DE PREPARO DO MEL:
https://w
w
w
.criarabelhas.com
.br/
m
etodos-de-coleta/
https://diariom
snew
s.com
.br/
w
p-content/uploads/20
22/0
1/5
Pese 10 g 
de mel
Centrifugue 
10min/2000 rpm
Dilua com 20 
ml de água 
destilada
Montagem 
das lâminas
Processo de 
acetólise 
normal, 
deixando 
duas vezes 
no ácido 
acético
70
Unidade I Unidade II Unidade III ReferênciasApresentação
TÉCNICA DE PREPARO DO MEL:
Colocar 10g de mel no Becker e completar cm 20mL de água 
destilada, homogeneizando;
Dividir em dois tubos de centrífuga;
Colocar na centrífuga por 15 min, desprezar o sobrenadante e 
completar com 5mL de água destilada (em cada tubo);
Centrifugar por 15 min e desprezar o sobrenadante;
Colocar 5mL de glicerina 50%, descansar por 30 min e depois 
centrifugar por 5 min;
Desprezar o sobrenadante e deixar os tubos emborcados 
sobre o papel absorvente, por alguns minutos;
71
Unidade I Unidade II Unidade III ReferênciasApresentação
Para a montagem da lâmina, utilizar estilete flambado com 
gelatina glicerinada;
Após tocar o material do tudo desejado, aquecer, colocar a 
lamínula e fixar com a parafina. 
https://rcpol.org.br/pt/noticias/i-curso-de-capacitacao-da-rcpol-
palinologia-palinoecologia-e-organizacao-de-dados/
72
Unidade I Unidade II Unidade III ReferênciasApresentação
ANÁLISE DAS MOSTRAS 
Contagem de 500 grãos (quando possível) e esquematizar ou 
fotografar cada tipo polínico encontrado nas amostras;
Quando ocorrer várias espécies do mesmo gênero, trabalhar 
em geral com tipos polínicos, até a avaliação correta do nome 
da espécie.
Na avaliação é realizada a contagem total de pólen encontrado 
nas amostras de mel.
Posteriormente, os tipos polínicos são agrupados em quatro 
classes de frequência relativa: 
Pólen dominante (mais de 45%), pólen acessório 
(entre 15 a 44%), pólen isolado importante (entre 3 
a14%) e pólen isolado ocasional (menos de 3%). 
73
Unidade I Unidade II Unidade III ReferênciasApresentação
https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/151059/001007630.pdf?sequence=1
ANÁLISE DAS 
MOSTRAS 
74
Unidade I Unidade II Unidade III ReferênciasApresentação
Antes da diagnose final, com base em estudos de Biologia 
Floral, deve ser considero sobre a espécie botânica:
Espécies subrepresentadas (nectaríferas): quando a planta 
produz um volume alto de néctar e pouco pólen. Ex. Robinia, 
Tilia, Salvia e Medicago e Lavandula (10-20%).
Espécies superrepresentadas (poliníferas): quando a planta 
produz uma quantidade de pólen elevada e pouca secreção 
de néctar- méis puros Castanea, Myosotis, Cynoglossum e 
Mimosa (>90%)
Espécies anemófilas: quando a planta apresenta grãos de 
pólen dispersados pelo vento. Poaceae, Rumex, Plantago, 
Cannabis, Humulus, porém identifica a região geográfica 
onde foi coletado ou são úteis na determinação da origem 
geográfica do mel.
75
Unidade I Unidade II Unidade III ReferênciasApresentação
Geralmente, os grãos são 
leves e numerosos, podendo 
apresentar estruturas morfológicas 
características para a dispersão.
O número de grãos anemófilos 
deve ser subtraído antes do 
cálculo das percentagens da 
análise da amostra.
Fotos: Ângela Correia Pando
76
Unidade I Unidade II Unidade III ReferênciasApresentação
Diagnose do mel: 
Mel puro (monofloral ou heterofloral); 
Mel falsificado (ausência de grãos de pólen, presença de grãos 
de amido e muita matéria orgânica); deve-se realizar análise 
química. 
Mel de melato ;
Mel verde (mel ainda não operculado, com mais de 20% de 
água, para Apis mellifera); 
Mel tóxico (espécies botânicas que causam reações às abelhas 
e ao homem). 
77
Unidade I Unidade II Unidade III ReferênciasApresentação
Imagem: Cynthia Fernandes Pinto da Luz (ACERVO PESSOAL).
A combinação da estrutura e ornamentação da superfície, 
juntamente com a forma, a simetria, o tamanho, o número 
e distribuição das aberturas (poros e/ ou colpos) permitem 
reconhecer a proveniência floral desses grãos de pólen com 
maior ou menor precisão (FELBER & CLOT, 2003);
78
Unidade I Unidade II Unidade III ReferênciasApresentação
Para o mel, a origem floral e geográfica constituem aspetos 
importantes da qualidade, influenciando significativamente o 
seu valor comercial (Estevinho et al., 2012);
Os resultados da análise polínica permitem determinar a 
proveniência floral de cada amostra, com o intuito de confirmar 
a fonte indicada pelos apicultores.
Imagem: Cynthia Fernandes Pinto da Luz (ACERVO PESSOAL).
79
Unidade I Unidade II Unidade III ReferênciasApresentação
A análise polínica é importante para diagnosticar as plantas 
em quais espécies as abelhas estão buscando alimento, 
permitindo monitorar as melíferas através do pólen, com 
formatos, tamanhos e textura específicos a diferentes espécies. 
Contudo a identificação até o nível espécie é dificultada em 
alguns gêneros, devido à grandes semelhança entre os seus 
grãos pólen (SILVA e ABSY, 2000)
A identificação das plantas visitadas por esses insetos é 
de importância fundamental para os meliponicultores por 
indicar as fontes de alimento utilizadas para coleta de néctar 
e pólen visando ampliar a utilização dos recursos tróficos, 
principalmente em áreas de vegetação natural (Hower, 1953), 
incentivando desta forma a preservação e manejo dessas 
abelhas e também da flora da região (Nascimento et. al., 2009)
80
Unidade I Unidade II Unidade III ReferênciasApresentação
// A Utilização do Pólen na Identificação 
da Origem do Mel e Outros Produtos 
das Abelhas
Croton sonderianus Muell. Arg. (Marmeleiro)
Pityrocarpa moniliformis (Benth.) Luckow & R.W.Jobson
(Angico-de-bezerro)
Fonte: http://chaves.rcpol.org.br/profile/species/eco/eco:pt-BR:Combretum%20leprosum
81
Unidade I Unidade II Unidade III ReferênciasApresentação
Combretum leprosum Mart.
(Mofumbo)
Schinus terebinthifolia Raddi
(Aroeira-vermelha)
Fonte: http://chaves.rcpol.org.br/profile/species/eco/eco:pt-BR:Combretum%20leprosum
82
Unidade I Unidade II Unidade III ReferênciasApresentação
ALGUNS PÓLENS DE PLANTAS APÍCOLAS 
Mimosa caesalpiniifolia Benth (Sabiá)
Mesosphaerum suaveolens (L.) Kuntze (Bamburral)
Ipomoea bahiensis Willd. ex Roem. Schult. (Jetirana)
Mimosa tenuiflora (Willd.)Poir
(Jurema-preta)
Mimosa caesalpiniifolia Benth (Sabiá)
Ipomoea bahiensis Willd. ex Roem. Schult. (Jetirana)
Mesosphaerum suaveolens (L.) Kuntze (Bamburral)
Mimosa tenuiflora (Willd.)Poir (Jurema-preta) 
83
Unidade I Unidade II Unidade III ReferênciasApresentação
Hyptis crenata Pohl ex Benth. (Hortelã-do-campo)
Caesalpinia echinata Lam. (Pau-Brasil) Anadenanthera colubrina (Vell.) 
Brenan (Angico)
Borreria verticillata (L.) G.Mey. (Vassourinha-de-botão)
84
Unidade I Unidade II Unidade III ReferênciasApresentação
Neptunia plena (L.)Benth. (Tripa de vaca)
Handroanthus chrysotrichus (Mart. ex A. DC.) Mattos
(Ipê-amarelo do cerrado)
Syzygium cumini (L.) Skeels
(Jambolão)
85
Unidade I Unidade II Unidade III ReferênciasApresentação
Senna obtusifolia (L.) H.S.Irwin & Barneby (Mata-pasto)
Bauhinia cheilantha (Bong.) Steud. (pata-de-vaca)
Libidibia ferrea var. glabrescens 
(Mart. ex. Tulia) L. P. Queiroz
(Pau-ferro)
86
Unidade I Unidade II Unidade III ReferênciasApresentação
Sida cordifolia L. (Malva-branca)
Cochlospermum vitifolium (Willd.) Spreng. (Algodão-do-campo)
Merremia aegyptia (L.) Urb.
(Jetirana-cabeluda)
87
Unidade I Unidade II Unidade III ReferênciasApresentação
// Calendário apícola.
O calendário de floração 
representa os períodoshistóricos 
em que as principais plantas 
apícolas encontram-se em 
estágio de floração.
O que é Calendário Apícola?
88
Unidade I Unidade II Unidade III ReferênciasApresentação
JanEspécies
Molle Blanco
Tusca
Garabato blanco
Seibo
Chañar
Quebracho blanco
Churqui
Atamisqui
Brea
Garabato negro
Algarrobo negro
Molle negro
Algarrobo blanco
Quebracho colorado
Mistol
Palma
Itin
Molle petiso
Vinal
Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
89
Unidade I Unidade II Unidade III ReferênciasApresentação
É fundamentais a identificação das plantas apícolas e a 
confecção de um calendário de floradas. Abaixo se encontram 
algumas sugestões práticas para a confecção de um calendário 
apícola:
Observar as plantas que as abelhas visitam e buscar identificá-las;
Registrar a duração de florada de cada planta;
Relacionar o início e término das floradas com as mudanças 
climáticas;
Tipo de alimento fornecido às abelhas;
Comparar a atratividade das plantas que florescem 
simultaneamente;
Comparar os dados com a variação do mel armazenado nas 
colmeias
90
Unidade I Unidade II Unidade III ReferênciasApresentação
https://www.bambui.ifmg.edu.br/portal/images/CURSOS/
MESTRADO/producoes_tecnicas/IFMG-Bambui___Calendario_
Apicola___150x210mm-min.pdf
91
Unidade I Unidade II Unidade III ReferênciasApresentação
https://www.bambui.ifmg.edu.br/portal/images/CURSOS/
MESTRADO/producoes_tecnicas/IFMG-Bambui___Calendario_
Apicola___150x210mm-min.pdf
92
Unidade I Unidade II Unidade III ReferênciasApresentação
// REFERÊNCIAS
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Unidade I Unidade II Unidade III ReferênciasApresentação

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