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Preparação para o Enem: exercícios de filosofia e sociologia

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Preparação para o Enem:Preparação para o Enem: 
exercícios de Filosofia e Sociologiaexercícios de Filosofia e Sociologia
1. (ENEM-2013) Até hoje admitia-se que nosso conhecimento se devia regular pelos objetos; porém, todas as tentativas para descobrir,
mediante conceitos, algo que ampliasse nosso conhecimento, malogravam-se com esse pressuposto. Tentemos, pois, uma vez, experimentar se
não se resolverão melhor as tarefas da metafísica, admitindo que os objetos se deveriam regular pelo nosso conhecimento.
KANT, I. Crítica da razão pura. Lisboa: Calouste-Gulbenkian, 1994 (adaptado).
O trecho em questão é uma referência ao que ficou conhecido como revolução copernicana na filosofia. Nele, confrontam-se duas posições
filosóficas que
a) assumem pontos de vista opostos acerca da natureza do conhecimento.
b) defendem que o conhecimento é impossível, restando-nos somente o ceticismo.
c) revelam a relação de interdependência entre os dados da experiência e a reflexão filosófica.
d) apostam, no que diz respeito às tarefas da filosofia, na primazia das ideias em relação aos objetos.
e) refutam-se mutuamente quanto à natureza do nosso conhecimento e são ambas recusadas por Kant.
 
2. Sobre a questão do conhecimento na filosofia kantiana, é CORRETO afirmar que
a) o ato de conhecer se distingue em duas formas básicas: conhecimento empírico e
conhecimento puro.
b) para conhecer, é preciso se lançar ao exercício do pensar conceitos concretos.
c) as formas distintas de conhecimento, descritas na obra Crítica da razão pura, são
denominadas, respectivamente, juízo universal e juízo necessário e suficiente.
d) o registro mais contundente acerca do conhecimento se faz a partir da distinção de dois.
juízos, a saber: juízo analítico e juízo sintético ou juízo de elucidação.
 
3. No século XVIII, o filósofo Emanuel Kant formulou as hipóteses de seu idealismo transcendental. Segundo Kant, todo conhecimento
logicamente válido inicia-se pela experiência, mas é construído internamente por meio das formas a priori da sensibilidade (espaço e tempo)
e pelas categorias lógicas do entendimento. Dessa maneira, para Kant, não é o objeto que possui uma verdade a ser conhecida pelo sujeito
cognoscente, mas sim o sujeito que, ao conhecer o objeto, nele inscreve suas próprias coordenadas sensíveis e intelectuais.
De acordo com a filosofia kantiana, pode-se afirmar que
a) a mente humana é como uma “tábula rasa”, uma folha em branco que recebe todos os seus conteúdos da experiência.
b) os conhecimentos são revelados por Deus para os homens.
c) todos os conhecimentos são inatos, não dependendo da experiência.
d) Kant foi um filósofo da antiguidade.
e) para Kant, o centro do processo de conhecimento é o sujeito, não o objeto.
Kant e
 Hegel
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filosofia
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Antrop
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Sociolo
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ciologia
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4. Já desde os tempos mais antigos da filosofia, os estudiosos da razão pura conceberam, além dos seres sensíveis ou fenômenos, que
constituem o mundo dos sentidos, seres inteligíveis particulares, que constituiriam um mundo inteligível, e, visto que confundiam (o que era
de desculpar a uma época ainda inculta) fenômeno e aparência, atribuíram realidade unicamente aos seres inteligíveis. De fato, se, como
convém, considerarmos os objetos dos sentidos como simples fenômenos, admitimos assim que lhes está subjacente uma coisa em si, embora não
saibamos como ela é constituída em si mesma, mas apenas conheçamos o seu fenômeno, isto é, a maneira como os nossos sentidos são afetados
por este algo desconhecido.
Sobre a teoria do conhecimento kantiana, conforme o texto acima, seguem as seguintes afirmativas:
I. Desde sempre, os filósofos atribuíram realidade tanto aos seres sensíveis quanto aos seres inteligíveis.
II. Podemos conhecer, em relação às coisas em si mesmas, apenas seu fenômeno, ou seja, a maneira como elas afetam nossos sentidos.
III. Porque podemos conhecer apenas seus fenômenos, as coisas em si mesmas não têm realidade.
IV. Os filósofos anteriores a Kant não diferenciavam fenômeno de aparência, e, assim, consideravam que o fenômeno não era real.
V. As intuições puras da sensibilidade e os conceitos puros do entendimento incidem apenas em objetos de uma experiência possível; sem as
primeiras, os segundos não têm significação.
Das afirmativas feitas acima
a) apenas II e IV estão corretas.
b apenas II, IV e V estão corretas.
c) apenas II, III, IV e V estão corretas.
d) todas as afirmativas estão corretas.
e) todas as afirmativas estão incorretas.
 
5 (ENEM-2015) A pura lealdade na amizade, embora até o presente não tenha existido nenhum amigo leal, é imposta a todo homem,
essencialmente, pelo fato de tal dever estar implicado como dever em geral, anteriormente a toda experiência, na ideia de uma razão que
determina a vontade segundo princípios a priori.
KANT, I. Fundamentação da metafísica dos costumes. São Paulo: Barcarolla, 2009.
A passagem citada expõe um pensamento caracterizado pela:
a) eficácia prática da razão empírica.
b) transvaloração dos valores judaico-cristãos.
c) recusa em fundamentar a moral pela experiência.
d) comparação da ética a uma ciência de rigor matemático.
e) importância dos valores democráticos nas relações de amizade.
 
6. Hegel criticou o inatismo, o empirismo e o kantismo. Endereçou a todos a mesma crítica, a de não terem compreendido o que há de mais
fundamental e essencial à razão: o fato de ela ser histórica. Com base nessa afirmação, assinale o que for correto. 
a) Ao afirmar que a razão é histórica, Hegel considera a razão como sendo relativa, isto é, não possui um caráter universal e não pode
alcançar a verdade. 
b) Não há para Hegel nenhuma relação entre a razão e a realidade. Submetida às circunstâncias dos eventos históricos, 
a razão está condenada ao ceticismo, isto é, “ao duvidar sempre”. 
c) A identificação entre razão e história conduz Hegel a desenvolver uma concepção materialista da história e da realidade,
 negando entre ambas a possibilidade de uma relação dialética. 
d) No sistema hegeliano, a racionalidade não é mais um modelo a ser aplicado, mas é o próprio tecido do real e do 
pensamento. O mundo é a manifestação da ideia, o real é racional, e o racional é o real. 
e) Karl Marx, ao afirmar, na Ideologia alemã, que não é a história que anda com as pernas das ideias, mas as 
ideias é que andam com as pernas da história, critica, ao mesmo tempo, o idealismo e a concepção 
da história de Hegel e dos neo-hegelianos.
7. Quando a vontade é autônoma, ela pode ser vista como outorgando a si mesma a lei, pois, querendo o imperativo categórico, ela é
puramente racional e não dependente de qualquer desejo ou inclinação exterior à razão. [...] Na medida em que sou autônomo, legislo para mim
mesmo exatamente a mesma lei que todo outro ser racional autônomo legisla para si.
WALKER, Ralph. Kant: Kant e a lei moral. Trad. de Oswaldo Giacóia Júnior. São Paulo: Unesp, 1999. p. 41
Com base no texto e nos conhecimentos sobre autonomia em Kant, considere as seguintes afirmativas:
I. A vontade autônoma, ao seguir sua própria lei, segue a razão pura prática.
II. Segundo o princípio da autonomia, as máximas escolhidas devem ser apenas aquelas que se podem querer como lei universal.
III. Seguir os seus próprios desejos e paixões é agir de modo autônomo.
IV. A autonomia compreende toda escolha racional, inclusive a escolha dos meios para atingir o objeto do desejo.
Estão corretas apenas as afirmativas:
a) I e II.
b) I e IV.
c) III e IV.
d) I, II e III.
e) II, III e IV.
 
8. O botão desaparece no desabrochar da flor, e poderia dizer-se que a flor o refuta; do mesmo modo que o fruto faz a flor parecer um
falso ser-aí da planta, pondo-se como sua verdade em lugar da flor: essas formas não só se distinguem, mas também se repelem como
incompatíveis entre si [...].
HEGEL, G.W.F. Fenomenologia do Espírito. Petrópolis: Vozes, 1988.Com base em seus conhecimentos e na leitura do texto acima, assinale a alternativa correta segundo a filosofia de Hegel. 
a) A essência do real é a contradição sem interrupção ou o choque permanente dos contrários. 
b) As contradições são momentos da unidade orgânica, na qual, longe de se contradizerem, todos são igualmente necessários. 
c) O universo social é o dos conflitos e das guerras sem fim, não havendo, por isso, a possibilidade de uma vida ética. 
d) Hegel combateu a concepção cristã da história ao destituí-la de qualquer finalidade benevolente.
 
9. Hegel, prosseguindo na árdua tarefa de unificar o dualismo de Kant, substituiu o eu de Fichte e o absoluto de Schelling por outra
entidade: a ideia. A ideia, para Hegel, deve ser submetida necessariamente a um processo de evolução dialética, regido pela marcha triádica da
a) experiência, juízo e raciocínio.
b) realidade, crítica e conclusão.
c) matéria, forma e reflexão.
d) tese, antítese e síntese.
 
10. Sentimos que toda satisfação de nossos desejos advinda do mundo assemelha-se à esmola que mantém hoje o mendigo vivo, porém prolonga
amanhã a sua fome. A resignação, ao contrário, assemelha-se à fortuna herdada: livra o herdeiro para sempre de todas as preocupações.
SCHOPENHAUER, A. Aforismo para a sabedoria da vida. São Paulo: Martins Fontes, 2005.
O trecho destaca uma ideia remanescente de uma tradição filosófica ocidental, segundo a qual a felicidade se mostra 
indissociavelmente ligada à
a) consagração de relacionamentos afetivos.
b) administração da independência interior.
c) fugacidade do conhecimento empírico.
d) liberdade de expressão religiosa.
e) busca de prazeres efêmeros.
11. Ser ou não ser — eis a questão.
Morrer — dormir — Dormir! Talvez sonhar. Aí está o obstáculo!
Os sonhos que hão de vir no sono da morte
Quando tivermos escapado ao tumulto vital
Que dá à desventura uma vida tão longa.
SHAKESPEARE, W. Hamlet, Porto Alegre: L&PM, 2007.
Este solilóquio pode ser considerado um precursor do existencialismo ao enfatizar a tensão entre
a) consciência de si e angústia humana.
b) inevitabilidade do destino e incerteza moral.
c) tragicidade da personagem e ordem do mundo.
d) racionalidade argumentativa e loucura iminente.
e) dependência paterna e impossibilidade de ação.
 
12. (ENEM-2021) Numa sociedade em transição, a marcha da mudança, em diferentes graus, está impressa em todos os aspectos da ordem social,
especialmente no jogo político, que nessas sociedades sempre apresenta padrões característicos de ambivalência, cujas raízes sociais se encontram
na coexistência de dois padrões de estrutura social: o padrão tradicional, em declínio, e o novo, emergente, em expansão. Em tais situações, é
possível encontrar, simultaneamente, apoio para uma orientação política ou para outra que seja exatamente o oposto. O padrão ambivalente do
processo político, nas sociedades em desenvolvimento, é o que explica um dos seus trações mais salientes, e que consiste na tendência ao
adiamento das grandes decisões. Resulta dai que a inércia política ou a convulsão política pode se suceder uma à outra em períodos
surpreendentemente curtos.
PINTO, L, A. C. Sociologia e desenvolvimento. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira. 1975 (adaptado).
De acordo com a perspectiva apresentada, central no pensamento social brasileiro dos anos 1950 e 1960, o desenvolvimento do país foi
marcado por
a) radicalidade nas agendas de reforma das elites dirigentes.
b) anomalias na execução dos planos econômicos ortodoxos.
c) descompassos na construção de quadros institucionais modernos.
d) ilegitimidade na atuação dos movimentos de representação classista.
e) vagarosidade na dinâmica de aperfeiçoamento dos programas partidários.
 
13. (ENEM 2015) Quanto ao “choque de civilizações”, é bom lembrar a carta de uma menina americana de sete anos cujo pai era piloto na
Guerra do Afeganistão: ela escreveu que – embora amasse muito seu pai – estava pronta a deixá-lo morrer, a sacrificá-lo por seu país.
Quando o presidente Bush citou suas palavras, elas foram entendidas como manifestação “normal” de patriotismo americano; vamos conduzir
uma experiência mental simples e imaginar uma menina árabe maometana pateticamente lendo para as câmeras as mesmas palavras a respeito
do pai que lutava pelo Talibã – não é necessário pensar muito sobre qual teria sido a nossa reação.
ZIZEK. S. Bem-vindo ao deserto do real. São Paulo: Boitempo. 2003.
A situação imaginária proposta pelo autor explicita o desafio cultural do(a):
a) prática da diplomacia.
b) exercício da alteridade.
c) expansão da democracia.
d) universalização do progresso.
14. A reação ética contra o formalismo kantiano e o racionalismo absoluto de Hegel é uma tentativa de salvar o concreto em face do
formal, ou também o homem real em face da sua transformação numa abstração ou num simples predicado do abstrato ou do universal
VÁSQUEZ, A. S. Ética. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1997, p. 243
No parágrafo acima Vásquez afirma que houve reação contrária ao pensamento da ética moderna de Kant e Hegel. 
Todas as afirmações abaixo expressão a reações da ética contemporânea ao formalismo da ética moderna, exceto:
a) Kierkegaard defende que o indivíduo existe unicamente no seu comportamento plenamente subjetivo.
b) Segundo Jean-Paul Sartre, o ser humano é absolutamente livre e mostra sua liberdade sendo o que escolheu ser.
c) Para David Hume, as paixões é que determinam a vontade, e a razão não fundamenta a moral, pois esse é o papel do sentimento.
d) A psicanálise de Freud tem como pressuposto básico a afirmação de que existe uma zona da personalidade da qual o sujeito não tem
consciência.
e) Karl Marx defende que a história da produção material e da produção espiritual é a história do próprio homem que produz a si mesmo.
 
15. Em A morte de Ivan llitch, Tolstoi descreve com detalhes repulsivos o terror de encarar a morte iminente. Ilitch adoece depois de um
pequeno acidente e logo compreende que se encaminha para o fim de modo impossível de parar. “Nas profundezas de seu coração, ele sabia
estar morrendo, mas em vez de se acostumar com a ideia, simplesmente não o fazia e não conseguia compreendê-la.
KAZEZ. J O peso das coisas filosofia para o bem-viver. Rio de Janeiro: Tinta Negra. 2004.
O texto descreve a experiência do personagem de Tolstoi diante de um aspecto incontornável de nossas vidas. Esse aspecto foi um tema central
na tradição filosófica
a) marxista, no contexto do materialismo histórico.
b) logicista, no propósito de entendimento dos fatos.
c) utilitarista, no sentido da racionalidade das ações.
d) pós-modernista, na discussão da fluidez das relações.
e) existencialista, na questão do reconhecimento de si
 
16. (ENEM-2018) A tribo não possui um rei, mas um chefe que não é chefe de Estado. O que significa isso? Simplesmente que o chefe não
dispõe de nenhuma autoridade, de nenhum poder de coerção, de nenhum meio de dar uma ordem. O chefe não é um comandante, as pessoas da
tribo não têm nenhum dever de obediência. O espaço da chefia não é o lugar do poder. Essencialmente encarregado de eliminar conflitos que
podem surgir entre indivíduos, famílias e linhagens, o chefe só dispõe, para restabelecer a ordem e a concórdia, do prestígio que lhe reconhece
a sociedade. Mas evidentemente prestígio não significa poder, e os meios que o chefe detém para realizar sua tarefa de pacificador limitam-se
ao uso exclusivo da palavra.
CLASTRES, P. A sociedade contra o Estado. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1982 (adaptado).
O modelo político das sociedades discutidas no texto contrasta com o do Estado liberal burguês porque se baseia em:
a) Imposição ideológica e normas hierárquicas.
b) Determinação divina e soberania monárquica.
c) Intervenção consensual e autonomia comunitária.
d) Mediação jurídica e regras contratualistas.
e) Gestão coletiva e obrigações tributárias.
Gabarito
1
a
2
a
3
e
4
b
5
c
6
d
7
a
8
b
9
d
10
b
11
a
12c
13
b
14
c
15
e
16
c Por: Danielle Freire

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