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Copia de ESTUDO DE CASO (1)

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FACULDADE UNINASSAU 
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
DISCIPLINA CUIDADO DE ENFERMAGEM EM EMERGÊNCIA E TRAUMAS
	
ESTUDO DE CASO
	ALUNO
	
· História Clínica: A.J.D, masculino, 68 anos, deu entrada na emergência acompanhado pela filha, queixando-se de astenia generalizada, taquicardia, náuseas e vômitos há 5 horas. Quando questionada, a acompanhante relatou que o paciente vem perdendo o apetite e tem acordado diversas vezes a noite para fazer xixi. Informa também que o paciente é hipertenso, fazendo uso de captopril, irregular, há 20 anos. Durante o atendimento o paciente fica inconsciente e sem pulso.
· Exame Físico: O exame físico direcionado foi realizado antes do rebaixamento do nível de consciência do paciente
· Exame físico geral: Mau estado geral e nutricional; descorado +++/4+; anictérico; afebril.
· Dados vitais: FC = 47 bpm; FR = 13 ipm; PA = 110×70 mmHg.
· Neurológico: Pupilas simétricas e fotoreagentes; Força muscular grau 3; Glasgow = 14.
· ACV: Ritmo cardíaco irregular. Bulhas arrítmicas, normofonéticas, em 3 tempos sem sopros.
· AR: Tórax simétrico, ausência de lesões cutâneas, retrações ou abaulamentos. Expansibilidade preservada. Som claro pulmonar à percussão. Murmúrio vesicular bem distribuído sem ruídos adventícios.
· ABD: Plano e levemente distendido; ruídos hidroaéreos diminuídos globalmente; timpânico; indolor a palpação; ausência de visceromegalias.
· Extremidades: Pulsos fracos e arrítmicos. Ausência de edema e cianose.
· Exames complementares:
ECG/monitor cardíaco: Fibrilação ventricular
Pontos de Discussão:
1- Qual a condição clínica apresentada pelo paciente?
O paciente do caso apresentado foi vítima de uma parada cardiorrespiratória (PCR).
2- Quais as condutas a serem tomadas assim que o paciente fica inconsciente?
Quando a PCR ocorre dentro do hospital, além das manobras de ressuscitação cardiopulmonar (RCP) já utilizadas no suporte básico de vida, é de extrema importância o acionamento imediato da equipe médica de emergência (equipe de profissionais capacitados ao atendimento da PCR) e do desfibrilador.
Logo confirmada a parada, através da checagem do pulso carotídeo por cerca de 10 segundos, deve-se iniciar as compressões torácicas imediatamente. Para que sejam efetivas, as compressões devem ser feitas na frequência de 100-120/min, na profundidade de 5-6cm, permitindo o retorno total do tórax a cada compressão. Além disso, na ausência de uma via aérea avançada, deve-se obedecer a taxa de 30 compressões para cada 2 ventilações, evitando-se ao máximo interrupções.
Assim que o desfibrilador esteja disponível, os eletrodos devem ser colocados no tórax do paciente e o desfibrilador deve ser ligado. 
3- Quais são os principais ritmos no ECG que indicam a condição clínica apresentada pelo paciente?
O paciente do caso apresentado, cursa com fibrilação ventricular, por esse motivo, a desfibrilação precoce deve ser priorizada. Após aplicado o primeiro choque, iniciar RCP por 2 minutos, enquanto acesso venoso periférico ou intraósseo é conseguido. O ritmo é avaliado a cada 2 minutos e um novo ciclo é iniciado a partir de desse ponto, com a aplicação de um novo choque (em ritmos chocáveis) ou das manobras de RCP (em ritmos não chocáveis).
Após nova avaliação, e caso o ritmo permaneça chocável, aplicar nova desfibrilação e iniciar epinefrina 1mg (em flush), continuando a cada 3 a 5 minutos e elevando o membro logo em seguida. Um antiarrítmico pode ser administrado em caso de ritmos chocáveis. Amiodarona é o mais indicado e deve ser administrada em bolus entre as aplicações de epinefrina (alternar ciclos com epinefrina e amiodarona), divididas em 2 doses (uma a cada ciclo), sendo a primeira de 300 mg e a segunda de 150 mg (dose máxima de 450 mg).
O processo deve ser continuado até que haja retorno a circulação espontânea (RCE) ou decisão da equipe em parar os esforços para reversão da PCR.
4- Quais as principais drogas utilizadas para a reversão do quadro clínico desse paciente?
O tratamento deve ser feito com gluconato de cálcio a 10% (10 a 20 ml em bolus, podendo repetir a dose a cada 2-5 min), glicose (50g) + insulina (10U), ambos IV em bolus e bicarbonato de sódio 8,4% (1ml = 1 mEq), dose de ataque 1 mEq/kg de peso com metade da dose podendo ser repetida após 10-15 min. Caso haja RCE, monitorizar o paciente e reavaliá-lo periodicamente.

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