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Profa. Raquel Azevedo UNIDADE III Supervisão de Intervenção Profissional Assuntos abordados nesta aula: As atores envolvidos no processo e a importância do estágio para a formação profissional; Produção de conhecimento, sistematização da prática e apropriação dos instrumentais e técnicas no estágio; Desenvolvimento das atividades práticas teórico-metodológicas do estágio nos espaços ocupacionais do Serviço Social; Relatos e descrições. Supervisão de Intervenção Profissional Atores envolvidos no processo de estágio curricular obrigatório em Serviço Social: Cabe aqui uma pergunta: quais seriam os principais atores no processo de estágio curricular obrigatório em Serviço Social? Supervisão de Intervenção Profissional Fonte: autoria própria. Supervisor(a) Acadêmico(a)Supervisor(a) de Campo Aluno(a) Supervisor(a) Acadêmico(a) de Estágio: atribuições e competências Os supervisores pedagógicos ou supervisores acadêmicos têm o papel de orientar os estagiários e também analisar o desenvolvimento de sua aprendizagem. O objetivo desse profissional deve ser o de qualificar a formação do estagiário para sua atuação futura. Supervisão de Intervenção Profissional Para desempenhar suas competências no processo de estágio, há um rol amplo de atribuições assim descritas: 1. Orientar os(as) supervisores(as) de campo e estagiários(as) sobre a política de estágio da UFA, inserindo o debate atual do estágio supervisionado e seus desdobramentos no processo de formação profissional. 2. Orientar os(as) estagiários(as) na elaboração do Plano de Estágio, conjuntamente com os(as) supervisores de campo, de acordo com os objetivos acadêmicos, em consonância com o projeto pedagógico e com as demandas específicas do campo de estágio. 3. Supervisionar as atividades desenvolvidas pelos estagiários na UFA por meio de encontros sistemáticos, com horários previamente estabelecidos, e no local de desenvolvimento do estágio, quando da realização das visitas sistemáticas aos campos de estágio, contribuindo na efetivação da supervisão direta e de qualidade, juntamente com o supervisor de campo. Supervisão de Intervenção Profissional 4. Auxiliar o(a) estagiário(a) no processo de sistematização do conhecimento, orientando e revisando suas produções teóricas, como também contribuindo no processo pedagógico de análise do trabalho profissional. 5. Receber, ler, manter sigilo e observar criticamente as sínteses profissionais construídas pelos(as) estagiários(as), conduzindo a supervisão embasada em pressupostos teóricos, éticos, políticos, técnico-operativos que contribuam com uma formação integral. 6. Organizar e participar de reuniões, encontros, seminários e outras atividades que se fizerem necessárias, com os supervisores de campo na UFA para atualizações acerca de demandas à profissão, qualificação do processo de formação e exercício profissional e o aprofundamento teórico sobre temáticas pertinentes à efetivação da supervisão direta. Supervisão de Intervenção Profissional 7. Acompanhar a trajetória acadêmica do(a) estagiário(a), no que se refere ao processo de estágio, por meio da documentação específica exigida pelo processo didático de aprendizagem da UFA. 8. Fornecer à Coordenação de Estágio ou órgão competente os documentos necessários para compor o prontuário de cada estagiário. 9. Receber e analisar o controle de frequência, relatórios e demais documentos solicitados para avaliação dos acadêmicos em cada nível de estágio. Supervisão de Intervenção Profissional 10. Avaliar o estagiário emitindo parecer sobre sua frequência, desempenho e atitude ético- crítica e técnico-política no exercício do estágio, atribuindo o respectivo conceito ou a respectiva nota. 11. Encaminhar à Coordenação de Estágio relato de irregularidade ou demanda específica sobre a atuação dos campos, para efeito de realização de visita institucional (ABEPSS, 2010, p. 20-21). Supervisão de Intervenção Profissional Existe a necessidade de que as instituições de ensino também elaborem uma política de estágio. Nessa política, as instituições devem apresentar normas, padrões e regulamentos com base nas normativas que orientam o estágio e que disciplinam o estágio em Serviço Social no nosso país. Na IES, possuímos uma Coordenadoria de Estágio Bacharelado, que congrega todos os estágios realizados, e dentro dela temos a CEB – Serviço Social, que se ocupa especificamente dos estágios em Serviço Social, a qual elaborou o Manual de estágio curricular supervisionado. Nesse documento, vemos a indicação de responsabilidades do supervisor acadêmico na UFA, a saber: Supervisão de Intervenção Profissional a) Orientar o(a) aluno(a) estagiário(a) e supervisor(a) de campo sobre o preenchimento do campo referente ao Plano de Atividades, que consta no Termo de Compromisso; b) Orientar os(as) supervisores(as) de campo e estagiários(as) sobre a política de estágio da IES, inserindo as questões atuais do estágio supervisionado e seus desdobramentos no processo de formação profissional; c) Orientar os(as) estagiários(as) na elaboração do Plano de Estágio, conjuntamente com os(as) supervisores(as) de campo, de acordo com os objetivos acadêmicos, em consonância com o projeto pedagógico e com as demandas específicas do campo de estágio; Supervisão de Intervenção Profissional d) Notificar ao Cress da sua região, assim que o TCE – Termo de Compromisso de Estágio estiver devidamente assinado por todos os envolvidos, para que o(a) aluno(a) possa posteriormente postar em seu AVA – Ambiente Virtual de Aprendizagem para aprovação e autorização de início de estágio, respeitando, assim, a Resolução n. 533/2008; e) Enviar e-mail para os(as) alunos(as) estagiários(as) com seu(sua) professor(a) orientador(a) em cópia, convocando-os(as) para os encontros obrigatórios semanais, devendo informá-los(as) dos assuntos que serão tratados, visando a propiciar um espaço de trocas de experiências, contribuindo para a construção da identidade profissional desses(as) alunos(as); Supervisão de Intervenção Profissional f) Supervisionar as atividades desenvolvidas pelos(as) alunos(as) estagiários(as) no campo da prática por meio de encontros semanais obrigatórios, com horários previamente estabelecidos e comunicados via e-mail institucional. Os encontros deverão ser registrados em ATA digital, a ser encaminhada para o Polo de matrícula dos(as) alunos(as) com o(a) professor(a) orientador(a) em cópia; g) Auxiliar o(a) aluno(a) estagiário(a) no processo de ensino-aprendizagem, orientando e revisando suas produções de estágio, contribuindo, assim, no processo pedagógico de análise da observação do trabalho profissional; h) Receber, ler, manter sigilo e observar criticamente as sínteses profissionais construídas pelos(as) alunos(as) estagiários(as), conduzindo a supervisão embasada em pressupostos teóricos, éticos, políticos, técnico-operativos que contribuam com a formação profissional; Supervisão de Intervenção Profissional i) Acompanhar, organizar e participar da trajetória acadêmica do(a) aluno(a) estagiário(a) no que se refere ao processo de estágio, por meio da documentação específica disponível no Ambiente Virtual de Aprendizagem – AVA, tais como: Termo de Convênio (quando exigido pela instituição concedente), TCE – Termo de Compromisso de Estágio, Manual de Estágio e Manual de Práticas; j) No período de postagem do portfólio, certificar-se de que o material está correto para que o(a) aluno(a) realize a postagem sem o transtorno de devolutivas posteriores; k) Não assinar fichas fora do padrão deste manual, com preenchimento incompleto, sem assinaturas das respectivas partes, com rasuras e carga horária insuficiente. Materiais nessas condições postados no sistema representam falta de avaliação pelo(a) supervisor(a) acadêmico(a) (UNIP, [s.d.]b, p. 11-12). Supervisão de IntervençãoProfissional A supervisão acadêmica deve ser estruturada numa perspectiva de trabalho participativo e socioeducativo entre supervisores de campo/acadêmicos e estudantes, constituindo um espaço de ensino-aprendizagem, de reflexão e enfrentamento das situações que permeiam o trabalho profissional, na construção de saberes, conhecimentos da profissão, visando à qualificação no processo de formação profissional do assistente social, bem como a efetivação do projeto ético-político do serviço social (AMICUCCI; OLIVEIRA, 2018, p. 29). Supervisão de Intervenção Profissional Instrumento elaborado entre os três atores do processo de estágio, fundamental para orientar o estágio e indica ainda que os relatórios produzidos por meio dessa vivência são basais para demonstrar o crescimento e o amadurecimento do aluno. a) TCE – Termo de Compromisso de Estágio. b) Diagnóstico Institucional. c) Plano de Estágio. d) Relatório de Atividades. e) Declaração de Estágio. Interatividade Instrumento elaborado entre os três atores do processo de estágio, fundamental para orientar o estágio e indica ainda que os relatórios produzidos por meio dessa vivência são basais para demonstrar o crescimento e o amadurecimento do aluno. a) TCE – Termo de Compromisso de Estágio. b) Diagnóstico Institucional. c) Plano de Estágio. d) Relatório de Atividades. e) Declaração de Estágio. Resposta Supervisor(a) de Campo O(A) supervisor(a) de campo é o(a) assistente social que realiza o acompanhamento do estágio na instituição em que essa atividade se desenvolve. Ele(a) não possui vínculo empregatício com a IES, mas, sim, com a instituição em que o estágio em Serviço Social irá acontecer. Sua função é estruturar o processo de supervisão em parceria com o supervisor pedagógico, visando à construção de uma formação que permita a junção entre teoria e prática. Supervisão de Intervenção Profissional Esse(a) profissional é assim descrito: Aos(às) supervisores(as) de campo cabe a inserção, acompanhamento, orientação e avaliação do estudante no campo de estágio, em conformidade com o Plano de Estágio, elaborado em consonância com o projeto pedagógico e com os programas institucionais vinculados aos campos de estágio; garantindo diálogo permanente com o(a) supervisor(a) acadêmico(a), no processo de supervisão (ABEPSS, 2010, p. 19-20). Supervisão de Intervenção Profissional Há também atribuições que lhes são inerentes e que devem ser seguidas para que o estágio seja, de fato, um processo educativo. Tais atribuições são assim apresentadas: 1. Comunicar à Coordenação de Estágio da UFA o número de vagas por semestre e definir, em consonância com o calendário acadêmico e conjuntamente com a Coordenação de Estágio, o início das atividades de estágio do respectivo período, a inserção do estudante no campo de estágio e o número de estagiários por supervisor de campo, em conformidade com a legislação vigente. 2. Elaborar e encaminhar à coordenação de estágios do Curso de serviço social da UFA o Plano de trabalho do serviço social com sua proposta de supervisão e o respectivo cronograma de realização desta atividade. Supervisão de Intervenção Profissional 3. Certificar se o campo de estágio na área do serviço social está em conformidade às competências e atribuições específicas, previstas nos artigos 4º e 5º da Lei n. 8.662/1993, objetivando a garantia das condições necessárias para o que exercício profissional seja desempenhado com qualidade e competência técnica e ética, requisitos fundamentais ao processo de formação do estagiário. 4. Oportunizar condições institucionais para o desenvolvimento das competências e habilidades do(a) estagiário(a), assumindo a responsabilidade direta das ações desenvolvidas pelo serviço social na instituição conveniada. 5. Disponibilizar ao(à) estagiário(a) a documentação institucional e de temáticas específicas referentes ao campo de estágio. Supervisão de Intervenção Profissional 6. Participar efetivamente na elaboração do Plano de Estágio dos supervisionados, de acordo com o projeto pedagógico do curso, em parceria com o(a) supervisor(a) acadêmico(a), e manter cópia do referido documento no local de estágio. 7. Realizar encontros sistemáticos, com periodicidade definida (semanal ou quinzenalmente), individuais e/ou grupais com os(as) estagiários(as), para acompanhamento das atividades de estágio e discussão do processo de formação profissional e seus desdobramentos, bem como de estratégias pertinentes ao enfrentamento das questões inerentes ao cotidiano profissional. Supervisão de Intervenção Profissional 8. Participar efetivamente do processo de avaliação continuada do estagiário, juntamente com o supervisor acadêmico; quando da avaliação semestral, emitir parecer e nota de acordo com instrumental qualitativo, construído pelo coletivo dos sujeitos e fornecido pela Coordenação de Estágio da UFA. 9. Participar das reuniões, encontros de monitoramento, avaliação e atualização, seminários, fóruns de supervisores e demais atividades promovidas pela Coordenação de Estágios da UFA, para o devido estabelecimento da unidade imprescindível ao processo pedagógico inerente ao estágio supervisionado. Supervisão de Intervenção Profissional 10. Encaminhar as sugestões e dificuldades à coordenação de estágios da UFA e contatar com os supervisores acadêmicos, Coordenador(a) de Estágios ou Coordenador(a) de Curso quando julgar necessário. 11. Manter o controle atualizado da folha de frequência do estagiário, observando a carga horária exigida no respectivo nível de estágio e atestando o número de horas realizado pelo estagiário. 12. Atender às exigências de documentação e avaliação solicitadas pela Coordenação de Estágio da UFA. Supervisão de Intervenção Profissional 13. Decidir, juntamente com a Coordenação de Estágios e supervisão acadêmica, sobre os casos de desligamento de estagiários. 14. Avaliar a pertinência de abertura e encerramento do campo de estágio (ABEPSS, 2010, p. 21-22). Supervisão de Intervenção Profissional O Manual de Estágio em Serviço Social ainda destaca: O(A) supervisor(a) de campo da instituição concedente que acompanhar o(a) aluno(a) na realização do seu estágio não poderá exercer outra função além de técnico(a) em Serviço Social (assistente social). A cada 10h de trabalho do(a) supervisor(a) de campo, ele(a) poderá acompanhar somente um(a) aluno(a) em período de estágio (UNIP, [s.d.]b, p. 5). Supervisão de Intervenção Profissional No âmbito da supervisão de campo, (BURIOLLA, 2001) coloca: Que o supervisor de campo é o assistente social que deverá funcionar como uma espécie de guia para o conhecimento do estagiário. Esse conhecimento, além de viabilizar a reflexão sobre a realidade em que o aluno irá atuar, também deve prepará-lo em relação ao uso de instrumentos e das ações técnico-operativas por meio de atividades práticas. Apesar de a autora destacar que o estágio fortalece as dimensões ético-políticas e teórico- metodológicas, é fundamental pensarmos o estágio como o momento em que o aluno irá construir o saber técnico-operativo que o irá embasar na ação profissional. Supervisão de Intervenção Profissional A supervisão é um processo inerente ao assistente social. No entanto, a supervisão de campo não tem sido vista nos setores profissionais com a mesma importância. Temos uma discussão da categoria, no Cfess/Cress e na Abepss, sobre a relevância desse profissional para a supervisão dos alunos e para a constituição desse novo perfil profissional. Essa discussão precisa chegar até os assistentes sociais atuantes que sejam supervisores de campo. Precisa também ser fortalecida nas universidades e nas faculdades para que esses profissionais que estão sendo formados possam, no futuro, perceber a relevância da supervisão de campo e possam desempenhá-la da melhor maneira possível. Caso contrário,estaremos colaborando com uma formação “falha e comprometida” dos assistentes sociais. Supervisão de Intervenção Profissional Partindo de nossa vivência prática, podemos afirmar, à luz das referências curriculares de nossa categoria e considerando ainda os fundamentos teóricos em que nos embasamos, que o supervisor de campo que assina o estágio sem que o aluno compareça, que faz o aluno de secretário, desempenhando apenas papéis que os outros trabalhadores não querem desenvolver, ou até mesmo que requer a contratação de estagiários em Serviço Social para usá-los como mão de obra barata está colaborando para: a) Demonstrar ser um profissional comprometido com o Código de Ética que disciplina a prática profissional no assistente social. b) Uma formação eficiente dos futuros assistentes sociais e respeitando todos os postulados que regem a nossa categoria profissional. c) Seguir as normas legais e princípios que regem o processo de estágio. d) Reproduzir os ideais que fundamentam a profissão de Serviço Social. e) Uma formação deficiente dos futuros assistentes sociais e contrariando todos os postulados que regem a nossa categoria. Interatividade Partindo de nossa vivência prática, podemos afirmar, à luz das referências curriculares de nossa categoria e considerando ainda os fundamentos teóricos em que nos embasamos, que o supervisor de campo que assina o estágio sem que o aluno compareça, que faz o aluno de secretário, desempenhando apenas papéis que os outros trabalhadores não querem desenvolver, ou até mesmo que requer a contratação de estagiários em Serviço Social para usá-los como mão de obra barata está colaborando para: a) Demonstrar ser um profissional comprometido com o Código de Ética que disciplina a prática profissional no assistente social. b) Uma formação eficiente dos futuros assistentes sociais e respeitando todos os postulados que regem a nossa categoria profissional. c) Seguir as normas legais e princípios que regem o processo de estágio. d) Reproduzir os ideais que fundamentam a profissão de Serviço Social. e) Uma formação deficiente dos futuros assistentes sociais e contrariando todos os postulados que regem a nossa categoria. Resposta Estagiário O estagiário é o terceiro partícipe desse elo formado especialmente para colaborar com o desenvolvimento do perfil profissional do futuro assistente social. Ele é apresentado pela Política Nacional de Estágio da seguinte maneira: E ao(à) estagiário(a), sujeito investigativo, crítico e interventivo, cabe conhecer e compreender a realidade social, inserido no processo de ensino-aprendizagem, construindo conhecimentos e experiências coletivamente que solidifiquem a qualidade de sua formação, mediante o enfrentamento de situações presentes na ação profissional, identificando as relações de força, os sujeitos, as contradições da realidade social (ABEPSS, 2010, p. 20). Supervisão de Intervenção Profissional Como atribuições que o estagiário deve desempenhar, citamos: 1. Observar e zelar pelo cumprimento dos preceitos ético-legais da profissão e as normas da instituição campo de estágio. 2. Informar ao supervisor acadêmico, ao supervisor de campo e/ou ao coordenador de estágios, conforme o caso, qualquer atitude individual, exigência ou atividade desenvolvida no estágio, que infrinja os princípios e preceitos da profissão, alicerçados no projeto ético-político, no projeto pedagógico do curso e/ou nas normas institucionais do campo de estágio. 3. Apresentar sugestões, proposições e pedido de recursos que venham a contribuir para a qualidade de sua formação profissional ou, especificamente, o melhor desenvolvimento de suas atividades. Supervisão de Intervenção Profissional 4. Agir com competência técnica e política nas atividades desenvolvidas no processo de realização do estágio supervisionado, requisitando apoio aos supervisores, de campo e acadêmico, frente a um processo decisório ou atuação que transcenda suas possibilidades. 5. Comunicar e justificar com antecedência ao supervisor acadêmico, ao supervisor de campo e/ou ao coordenador de estágios, conforme o caso, quaisquer alterações, relativas a sua frequência, entrega de trabalhos ou atividades previstas. 6. Apresentar ao coordenador de estágio, no início do período, atestado de vacinação, no caso de realizar seu estágio em estabelecimento de saúde. Supervisão de Intervenção Profissional 7. Realizar seu processo de estágio supervisionado em consonância com o projeto ético- político profissional. 8. Reconhecer a disciplina de Estágio Curricular em Serviço Social como processo e elemento constitutivo da formação profissional, cujas estratégias de intervenção constituam-se na promoção do acesso aos direitos pelos usuários. 9. Participar efetivamente das supervisões acadêmicas e de campo, tanto individuais como grupais, realizando o conjunto de exigências pertinentes à referida atividade. 10. Comprometer-se com os estudos realizados nos grupos de supervisão de estágio, com a participação nas atividades concernentes e com a documentação solicitada (ABEPSS, 2010, p. 23-24). Supervisão de Intervenção Profissional Buriolla (2003) traz uma importante e válida compreensão sobre o papel do estagiário. [...] o papel do estagiário como aquele de “estar disponível” para se preparar profissionalmente para ser assistente social. É desse papel que deveriam os outros por ela apontados: o de aprender a ser responsável pelas tarefas que competem ao aluno, o de fazer o conteúdo do curso para discutir no estágio; o de saber correlacionar teoria-prática e esta com seu contexto sócio-histórico (BURIOLLA, 2003, p. 99). Supervisão de Intervenção Profissional Coordenação de Estágio As atribuições da Coordenação de Estágio estão ligadas a requisições de ações para abordagens, como elaborar normas de estágios, constituir uma Comissão de Estágio, acompanhar a realização dos estágios, identificar vagas de estágio junto às instituições e ainda atuar em prol de abertura e nos casos em que for necessário o fechamento dos campos de estágio. No âmbito da documentação, também compete à Coordenação de Estágio a análise quanto à necessidade de renovação e alteração dos modelos de documentação utilizados. Supervisão de Intervenção Profissional Organizar encontros e eventos com supervisores de campo e pedagógicos e também com supervisores e alunos, além de promover cursos de capacitação e buscar organizar os fóruns de supervisores. É de responsabilidade dessa coordenação, ainda, atender a todas as demandas apresentadas pelo Cress e desenvolver com esse órgão uma prática articulada e reflexiva. Supervisão de Intervenção Profissional Enfim, destacamos que todos os atores – supervisores de campo, supervisores pedagógicos e estagiários – são elementos fundamentais para a organização do estágio em Serviço Social e para que essa experiência possa resultar na junção entre teoria e prática e na consolidação dos parâmetros difundidos pela categoria. Supervisão de Intervenção Profissional Fonte: Santiago (2020). Supervisor pedagógico Supervisor de campo Acompanhar o estágio dentro de cada especificidade Atender às indicações dos supervisores Junção teoria-prática Estagiário Oferecer orientações para organização do estágio Coordenação de estágio Figura 2 – representação sobre o processo de estágio em serviço social O estagiário deve atuar com ética e competência técnica nas atividades de estágio. A quem ele deve informar sempre que se deparar com situações ou condutas que possam comprometer a ética do Serviço Social? a) Supervisores ou à coordenação. b) Chefia. c) Instituição concedente. d) Ouvidoria. e) Ninguém, pois deve manter sigilo. Interatividade O estagiário deve atuar com ética e competência técnica nas atividades de estágio. A quem ele deve informar sempre que se deparar com situações oucondutas que possam comprometer a ética do Serviço Social? a) Supervisores ou à coordenação. b) Chefia. c) Instituição concedente. d) Ouvidoria. e) Ninguém, pois deve manter sigilo. Resposta A importância do estágio curricular para a formação profissional do estagiário em Serviço Social O estágio surgiu na Inglaterra no período da industrialização. As primeiras escolas de Serviço Social surgiram e se ampliaram em meados dos anos 1920 e 1930 na América do Norte e na Europa, nesse momento esses centros de formação visavam ao treinamento de moças que executavam, a pedido das obras de caridade, ajuda aos mais pobres. Em meados dos anos 1930, surgiram no Brasil as primeiras escolas: em 1936, a Escola de São Paulo; em 1937, a Escola do Rio de Janeiro, nas quais se iniciou a organização de estágios. Supervisão de Intervenção Profissional Em 1949, por conta do 2º Congresso Pan-Americano de Serviço Social, foi identificada pelos participantes do evento a necessidade de organização e sistematização dos espaços de supervisão. Nessa fase há também forte influência do Movimento Escola Nova no Brasil. Para os pensadores desse movimento, o aluno aprende somente quando faz. Tal perspectiva educacional influenciou o Serviço Social, que também passou a entender o estágio como uma forma de o aluno aprender. Aproximadamente em 1965, começaram a surgir muitas críticas a essa forma de preparar o aluno para a ação. Nesse sentido, a “metodologia” de preparar o aluno para a intervenção passa a ser alvo de objeção de muitos assistentes sociais, de docentes vinculados aos cursos de Serviço Social e dos próprios alunos. Supervisão de Intervenção Profissional O currículo mínimo de 1970 indica que o estágio era algo necessário, mas não o apresenta como um elemento que deveria ser desenvolvido vinculado a uma disciplina. Nos anos 1980, o estágio em Serviço Social passa a ser apresentado como algo que deveria integrar os currículos dos centros de formação. Nos anos 1990, o estágio muda, uma vez que agora os estagiários não são mais estimulados a promover mudanças nas pessoas e tampouco são estimulados a pensar somente no fazer técnico; assim, passa a ser compreendido como um momento necessário para a formação técnica, mas que deve vir sustentado por sólida reflexão teórica. Supervisão de Intervenção Profissional As mudanças pelas quais passou a nossa categoria e o amadurecimento de nossa profissão nos levam a possuir o entendimento de que o estágio hoje é fundamental para a formação dos assistentes sociais. O estágio é essencial para a formação do assistente social. De tal forma, o estágio não é algo importante, mas basal para a formação do aluno. É no estágio que o aluno vivencia momentos específicos de aprendizagem que permitem a reflexão sobre a ação profissional. Essa reflexão, respaldada na visão crítica, possibilita ao estagiário analisar a realidade, que é dinâmica e mutável, e, a partir desse estudo, elaborar novos conhecimentos sobre a ação profissional e sobre as situações observadas no campo de estágio. Supervisão de Intervenção Profissional O estágio é também um momento de treinamento, de preparo para a atuação. Nele, o aluno vivencia situações do cotidiano dos assistentes sociais e constrói com os supervisores, coletivamente, suas análises. Nesse processo, o aluno estagiário tanto é modificado quanto modifica os supervisores. Assim, compreender o estágio como o momento de reflexão não deve fazê-lo ou torná-lo algo que se contraponha à aprendizagem de instrumentos e técnicas de ação do assistente social. É uma etapa de grande importância para os supervisores e para o estagiário. Supervisão de Intervenção Profissional Estágio como possibilidade de produção de conhecimento e sistematização da prática Setubal (2010) aponta que ao olharmos para a nossa prática e para a nossa realidade e pensarmos a partir dela uma produção de conhecimento, precisamos reconstruir as mediações do nosso tema com a totalidade. Assim, é necessário compreender que o particular por nós estudado guarda relação com o total, o geral – ou, dito de outra maneira, o particular expressa o geral. Esse conhecimento ou tipo de análise só é possível quando somos estimulados a realizar leituras constantes sobre os objetos pesquisados. Tais leituras nos iluminam na análise dos objetos de pesquisa, os quais são também, em grande parte dos casos, nossos objetos de intervenção. O contato com autores clássicos que orientam a nossa categoria é condição fundamental para promover qualquer investigação, incluindo ainda aquela que acontece por meio da observação da ação desenvolvida. Supervisão de Intervenção Profissional A pesquisa e a investigação, por outro lado, exigem esforço, sistematização e olhar atento aos objetos estudados, o que colabora para a consolidação de um novo perfil profissional, o perfil pesquisador. Iamamoto (2017) nos diz que é a pesquisa que tira o assistente social da repetição de funções e do desempenho acrítico de atividades. É ela que rompe com a prática pragmática e cria o perfil do profissional propositivo, versado na pesquisa e na atualização permanente, o qual precisa ser estimulado desde a formação. Supervisão de Intervenção Profissional Estágio como espaço de apropriação dos instrumentais e técnicas: relatórios e demais documentos Instrumentos e técnicas são itens basais para os assistentes sociais. No entanto, o instrumental sozinho não dá conta de uma intervenção qualificada. Uma ação qualificada pressupõe, essencialmente, que os instrumentais sejam compreendidos como meios que o assistente social utiliza para desenvolver a sua intervenção e a sua prática de forma reflexiva. O assistente social não pode realizar intervenções sem pensar sobre elas. Se assim o fizer, poderá empreender ações técnicas, mas sem criticidade, pois a técnica pela técnica não qualifica uma ação. Supervisão de Intervenção Profissional Desenvolvimento das atividades práticas teórico-metodológicas do estágio nos espaços ocupacionais do Serviço Social Desenvolvimento das atividades na esfera privada: - Serviço Social nas empresas capitalistas privadas. - Organizações não governamentais. Desenvolvimento das atividades na esfera pública: - Há intervenções nas mais variadas políticas sociais, entre as quais: assistência social, saúde, previdência social, educação, habitação etc. Supervisão de Intervenção Profissional Título vinculado a organizações que buscam firmar parcerias com órgãos públicos e que recebem recursos da iniciativa privada: a) Entidade beneficente. b) Entidade beneficente de assistência social. c) Fundações. d) Fundos comunitários. e) Organização da sociedade civil de interesse público. Interatividade Título vinculado a organizações que buscam firmar parcerias com órgãos públicos e que recebem recursos da iniciativa privada: a) Entidade beneficente. b) Entidade beneficente de assistência social. c) Fundações. d) Fundos comunitários. e) Organização da sociedade civil de interesse público. Resposta AMICUCCI, E. M. de M.; OLIVEIRA, C. A. H. da S. Significado da supervisão acadêmica de estágio na formação profissional do assistente social. Serviço Social em Revista, Londrina, v. 20, n. 2, jan./jun. 2018. ABEPSS. Resolução n. 533, de 29 de setembro de 2008. Brasília: ABEPSS, 2008. Disponível em: http://www.cfess.org.br/arquivos/Resolucao533.pdf. Acesso em: 01 jul. 2022. ABEPSS. Política Nacional de Estágio. Brasília: ABEPSS, 2010. BRASIL. Lei n. 8.662, de 7 de junho de 1993. Brasília, 1993. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8662.htm. Acesso em: 4 jul. 2020. BRASIL. Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Lei de Diretrizes e Bases. Brasília, 1996. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm. Acesso em: 4 jul. 2020. BRASIL. Lei n. 11.788,de 25 de setembro de 2008. Brasília, 2008. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007- 2010/2008/lei/l11788.htm. Acesso em: 4 jul. 2020. Referências BURIOLLA, M. A. F. Supervisão em Serviço Social: o supervisor, sua relação e seus papéis. 3. ed. São Paulo: Cortez, 2003. COSTA, S. F. O planejamento do estágio em Serviço Social. Serviço Social em Revista, v. 1, n. 1, jul.-dez. 1998. CURY, T. C. H. Elaboração de projetos sociais. In: ÁVILA, C. M. de. Gestão de projetos sociais. São Paulo: AAPCS, 2001. IAMAMOTO, M. V. Serviço social em tempo de capital fetiche: capital financeiro, trabalho e questão social. São Paulo: Cortez, 2017. SANTIAGO, Daniela Emilena. Supervisão de intervenção profissional. São Paulo: Editora Sol, 2020. SETUBAL, A. A. Pesquisa em serviço social: utopia e realidade. São Paulo: Cortez, 2010. UNIP. Manual de práticas supervisionadas de Serviço Social. São Paulo: UNIP, [s.d.]c. Referências ATÉ A PRÓXIMA!
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