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POSIÇÃO ESQUIZO-PARANOIDE E POSIÇÃO DEPRESSIVA

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POSIÇÃO ESQUIZO-PARANOIDE
✸ Melanie Klein aborda processos psíquicos dos 3 primeiros meses de vida: estados
esquizoides, idealização, desintegração do ego e processos projetivos ligados à cisão.
✸ Define as características do ego arcaico, suas relações de objeto e ansiedades.
✸ Renomeia a posição paranoide como “posição esquizo-paranoide”.
✸ Conceito chave da posição esquizo-paranoide: cisão.
✸ Introduz conceito de “identificação projetiva”:
⤷ ligado à cisão e à projeção;
⤷ principal defesa contra a ansiedade na posição esquizo-paranoide;
⤷ processo que constrói as relações de objeto narcisistas (partes escindidas do self são
projetadas nos objetos).
✸ Posição esquizo-paranoide: acontece em média entre 3 ou 4 meses de vida. Já existe
aí uma predisposição biológica para dar valor á nutrição e a pulsão de vida, assim como
valor negativo à fome e pulsão de morte. É daí que surgem os sentimentos de ansiedade
persecutória quando o bebê não é amamentado e sente fome, por exemplo. Ocorre
também a cisão (ou clivagem) onde todos os objetos são vistos como bons OU maus. O
seio que alimenta é bom, o seio que não alimenta é mau. Existe agressividade ao mau,
chutes, mordidas, etc.
➤ A ANSIEDADE PERSECUTÓRIA é a base das primeiras relações do bebê com sua
mãe (6 primeiros meses de vida).
✸ Se os medos persecutórios forem muito intensos e o bebê não puder elaborar a posição
esquizo-paranoide, a elaboração da posição depressiva ficará impedida, fortalecendo
pontos de fixação para as psicoses graves.
✸ Dificuldades sérias no período da posição depressiva poderão desencadear distúrbios
maníaco-depressivos na vida futura.
✸ Perturbações menos graves do desenvolvimento: os mesmos fatores influenciam a
escolha da neurose.
POSIÇÃO DEPRESSIVA
↳ Predominância de ansiedade depressiva decorrente de culpa por perceber objeto total
(bom E mau) e ataques realizados ao seio mau sob efeito de ansiedade persecutória.
↳ Vivência de culpa e sensação de perda que podem:
⧫ ser reparadas;
⧫ projetadas no outro;
⧫ fixadas resultando em estados maníaco-depressivos.
↳ A primeira vez que vivenciamos a posição depressiva (nos processos de luto) causa
pré-disposições sobre como lidaremos com o luto.
↳ No luto é normal passarmos por estados maníaco-depressivos.
↳ Posição depressiva: acontece em média entre 5 ou 6 meses de vida. O bebê une os
aspectos ambivalentes e passa a ver a mãe como um todo, boa E má ao mesmo tempo. O
ego começa a amadurecer e tolerar seus desejos de destruição ao invés de projetá-los em
objetos maus. O bebê entende que a mãe é separada dele e pode ir embora, desaparecer,
tem então medo de perder a mãe e por saber que não pode protegê-la tem sentimentos de
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culpa, inclusive pelas atitudes anteriores, de chutes e mordidas, aí vem a busca por
reparação, com sorrisos e gracinhas. Se a resolução da posição depressiva não for
completa pode ocorrer ausência de confiança, problemas na superação do luto e várias
outras desordens psíquicas.
↳ Com a REPARAÇÃO/INTEGRAÇÃO o bebê torna se capaz de experimentar uma
privação sem ser dominado pelo ódio, pois o amor pode restaurar aquilo que o ódio
destruiu.
✿ EXTRA: na posição esquizo-paranoide, a ansiedade decorrente da pulsão de morte
provoca, como mecanismo de defesa, uma cisão do ego. Da qual decorre que os aspectos
bons permanecem no ego e os aspectos maus (destrutivos) são projetados no objeto — o
qual é vivido como ameaçador (perseguidor), dando o colorido paranoide à ansiedade.
Predomina o temor de que o objeto invada o ego para aniquilá-lo.
Em havendo um manejo bem-sucedido das ansiedades experimentadas nestes
primeiros meses de vida, o bebê gradativamente sentirá que seus impulsos libidinais são
mais fortes que seus impulsos destrutivos. Assim, a necessidade da cisão do ego com
projeção dos aspectos destrutivos diminuirá, fazendo com que o objeto externo deixe de ser
vivido como ameaçador. O processo de integração dos aspectos amorosos e destrutivos do
bebê dá início à posição depressiva, onde o bebê já tem condições de reconhecer um
objeto total, estabelecendo uma relação de objeto total e não mais parcial (com aspectos ou
partes dissociadas do objeto) como é na posição esquizo-paranoide. Este reconhecimento
tem duas consequências: por um lado implica na percepção de que o objeto é separado e
tem vida própria, dando origem a sentimentos de desamparo, dependência e ciúme no
bebê; por outro, leva a sentimentos hostis, gerando o medo de ter destruído o objeto amado
e a ansiedade depressiva típica desta posição, a qual sempre se acompanha de culpa e
tentativas de reparação.
Ao não suportar a ansiedade depressiva e suas consequências (percepção da
própria hostilidade e a culpa dela decorrente), o ego lança mão de um conjunto de
mecanismos de defesas: cisão, idealização, identificação projetiva, negação e controle
onipotente, que atuam em conjunto formando a defesa maníaca.

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