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O presente estudo trata das políticas educacionais sobre a Educação de Jovens e Adultos. Os resultados obtidos foram com base na abordagem qualitativa, sobre um questionário aberto aplicado à trinta alunos da EJA no Centro Estadual de Educação Básica para jovens e adultos do município de Curitiba para sanar as dificuldades encontradas no cotidiano escolar. Atualmente a Educação de Jovens e Adultos (EJA) não se destina somente a adultos e idosos, o número de adolescentes tem crescido por diversos motivos, esses jovens ingressam cada vez mais cedo nesta modalidade. Os professores se deparam cada vez mais com esse alunos jovens e desmotivados em sala de aula. Para Brunel (2004) é importante ouvir esses jovens e retomar com eles sua posição de sujeitos no processo educativo. A cada ano a EJA recebe maior número de jovens e adolescentes, seja na rede privada ou pública, com isso, a oferta desta modalidade de ensino aumenta, surgem novos programas de incentivo para que diminua a evasão escolar. A primeira constituição de 1824 garantia a instrução primária gratuita para todos os cidadãos, mas durante todo o período imperial, ela esteve ausente (HADDAD, 1987). Em 1940 houve uma divulgação de que 55% dos brasileiros com 18 anos eram analfabetos, com isso, o país despertou para a necessidade do combate ao analfabetismo. Em 1958 foi realizada a Campanha Nacional de Erradicação do analfabetismo com o objetivo de escolarizar em cinco anos crianças de 7 a 15 anos, mas essa proposta teve vida curta. (HADDAD; DI PIERRO, 2000, p.111). Em 1967 foi criado o MOBRAL e ele atingiu uma média de 500.000 alunos, com a promulgação da Constituição em 1988 fica assegurado o ensino fundamental obrigatório e gratuito. Na década de 90 o Brasil passa por grandes mudanças econômicas e a educação acompanha essas mudanças dentro da sua área, por isso, a demanda de educação de jovens e adultos aumenta, isso se deve também a redução da idade para o ingresso na EJA, de 18 e 21 anos para 15 e 18 anos. Com a criação do Decreto do PROEJA para o público do ensino fundamental da EJA, o ensino fundamental e médio fica integrado com a educação profissional, buscando inserir o educando no mercado de trabalho. (BRASIL, 2006). Na sua maioria, os jovens e adultos que se ingressam na EJA são trabalhadores, que no passado, por algum motivo tiveram que parar com os estudos. Em 2006 o ensino da EJA passa a ser presencial com carga horária de 12 horas para o ensino fundamental fase II e 12 horas para o ensino médio. Para Arroyo (2003) o estado responsabiliza apenas o aluno pelo fracasso e evasão escolar, se esquecendo que as questões não são apenas de ordem individual e sim socioeconômica, que deixam mais nítidas as desigualdades.
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