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BIOSSEGURANÇA-E-EPIDEMIOLOGIA-DAS-INFECÇÕES-EM-C.C-E-CME-1

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BIOSSEGURANÇA E EPIDEMIOLOGIA DAS 
INFECÇÕES EM C.C E CME 
 
1 
Sumário 
NOSSA HISTÓRIA ......................................................................................... 1 
1.INTRODUÇÃO ............................................................................................ 3 
2.BIOSSEGURANÇA E EPIDEMIOLOGIA DAS INFECÇÕES EM CC E 
CME................ ............................................................................................... 5 
3.DIRETRIZES DE BIOSSEGURANÇA EM SAÚDE NO BRASIL ................. 9 
4.CLASSIFICAÇÃO DE RISCO DE AGENTES BIOLÓGICOS .................... 11 
5.ACIDENTES COM MATERIAL BIOLÓGICO ............................................. 12 
6.BIOSSEGURANÇA EM CENTRO CIRÚRGICO ....................................... 16 
7.MEDIDAS PREVENTIVAS ........................................................................ 18 
10.CONCLUSÃO .......................................................................................... 24 
11.REFERÊNCIAS ....................................................................................... 25 
 
 
 
 
 
 
 
 
 NOSSA HISTÓRIA 
 
 
2 
A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de 
empresários, em atender à crescente demanda de alunos para cursos de 
Graduação e Pós-Graduação. Com isso foi criada a nossa instituição, como 
entidade oferecendo serviços educacionais em nível superior. 
A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas 
de conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a 
participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua 
formação contínua. Além de promover a divulgação de conhecimentos 
culturais, científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e 
comunicar o saber através do ensino, de publicação ou outras normas de 
comunicação. 
A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de 
forma confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir 
uma base profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma 
das instituições modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela 
inovação tecnológica, excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Vídeos de Apoio 
 
 
3 
Visando promover mais um pouco de conhecimento sobre o assunto 
de BIOSSEGURANÇA E EPIDEMIOLOGIA DAS INFECÇÕES EM C.C E 
CME, foram selecionados alguns vídeos que deverão ser assistidos 
antes de inciar a leitura do conteúdo da apostila. 
 
 Vídeo 1: Biossegurança em Serviços de Saúde 
Disponível em:< https://www.youtube.com/watch?v=PhEXqSqujGc > 
Sinopse: No vídeo a professora Giovanna Cruz aborda pontos chaves acerca 
da Biossegurança em Serviços de Saúde. 
 
 Vídeo 1: Aula Gratuita- Biossegurança: Classificação de 
risco dos agentes biológicos 
Disponível em:< https://www.youtube.com/watch?v=i0SZifKCpqQ > 
Sinopse: No vídeo a professora Fernanda Coelho aborda a Classificação dos 
Riscos biológicos em serviços de saúde. 
 
 Vídeo 2: Prevenção de Infecção de Sítio Cirúrgico 
Disponível em:< https://www.youtube.com/watch?v=n8j0DdDBAus > 
Sinopse: o Canal RVSAÚDE Cursos Online, por meio da professora Rosilene 
Alves, apresenta uma aula voltada para os tipos de Infecção de Sítio Cirúrgico, 
assim como as suas formas de prevenção. 
 
1. INTRODUÇÃO 
Biossegurança pode ser definida como uma série de ações focadas na 
prevenção, controle, redução ou eliminação de riscos ligados às atividades 
https://www.youtube.com/watch?v=PhEXqSqujGc
https://www.youtube.com/watch?v=i0SZifKCpqQ
https://www.youtube.com/watch?v=n8j0DdDBAus
 
4 
que sejam capazes de interferir ou comprometer a qualidade de vida, a saúde 
humana e o meio ambiente. Sendo assim, trata-se de um método estratégico 
e indispensável para a pesquisa e o desenvolvimento sustentável sendo de 
extrema relevância para avaliação e prevenção de prováveis efeitos adversos 
de novas tecnologias à saúde. 
Na esfera do Ministério da Saúde (MS), a Biossegurança é zelada pela 
Comissão de Biossegurança em Saúde (CBS), sendo esta coordenada pela 
Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos (SCTIE) e 
composta pelas Secretarias de Vigilância em Saúde (SVS) e de Atenção à 
Saúde (SAS), pela Assessoria de Assuntos Internacionais em Saúde (AISA), 
pela Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ), pela Fundação Nacional de Saúde 
(FUNASA) e pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). 
Através da sua implantação, a CBS apresenta como objetivo a 
delimitação de estratégias de atuação, avaliação e acompanhamento das 
ações ligadas à Biossegurança, para se ter uma melhor articulação entre o 
Ministério da Saúde com órgãos e entidades referentes ao tema. Suas 
principais atribuições são: participação e acompanhamento nos âmbitos 
nacional e internacional, da elaboração e reformulação de normas de 
biossegurança; realização do levantamento e análise das questões referentes 
à biossegurança, buscando identificar seus impactos e suas correlações com 
a saúde humana; possibilitar debates públicos acerca da biossegurança, por 
meio de reuniões e eventos abertos à comunidade; estimulação da integração 
de ações dos diversos órgãos do Sistema Único de Saúde (SUS), nas 
questões de biossegurança em saúde; e assessoramento nas atividades 
relacionadas à formulação, à atualização e à implementação da Política 
Nacional de Biossegurança. 
As ações de biossegurança em saúde são essenciais para a promoção 
e manutenção do bem-estar e proteção à vida. A evolução de forma 
extremamente veloz do conhecimento científico e tecnológico gera condições 
 
5 
oportunas que permitem atos que inserem o Brasil em níveis de 
biossegurança recomendados pela Organização Mundial de Saúde (OMS). 
2. BIOSSEGURANÇA E EPIDEMIOLOGIA DAS INFECÇÕES EM CC E 
CME 
Há bastante tempo as repercussões do trabalho na vida e na saúde do 
Homem servem como objeto de reflexões e análises em diferentes estudos. 
As doenças e os acidentes relacionados com o trabalho constituem um 
importante problema de saúde pública em todo o mundo. 
Os trabalhadores da área da saúde nem sempre foram apontados 
como categoria de alto risco para acidentes do trabalho e doenças 
ocupacionais. No entanto, nas últimas décadas diversos estudos realizados 
na área, vem apontado dados alarmantes, isso ocorre devido à exposição 
destes indivíduos a múltiplos riscos, tais como, físicos, químicos, biológicos, 
psicossociais, ergonômicos, mecânicos e de acidentes. 
As enfermidades tem a atingir todos aqueles inseridos direta ou 
indiretamente na prestação de serviços de saúde. É necessário destacar que 
o dimensionamento real de casos de doenças ocupacionais é dificultado 
devido a diversos fatores, como por exemplo, a evolução silenciosa e 
demorada das doenças, o despreparo dos profissionais de saúde no 
reconhecimento do trabalho como possível agente causal para os agravos à 
saúde e a falta de informação dos trabalhadores acerca dos riscos 
ocupacionais, auxiliando na subnotificação das exposições. 
O risco de doenças ocupacionais depende de vários fatores, podendo 
ser destacados: as tarefas executadas pelo profissional e os setores de 
atuação dentro dos serviços de saúde; a natureza e a freqüência das 
exposições; a probabilidade de a exposição envolver material infectado pelo 
agente infeccioso; a resposta imunológica do profissional exposto e a 
possibilidade de infecção após determinado tipo de exposição. 
 
6 
A prática da biossegurança é um desafio para os profissionais da 
saúde, em principal, no caso do Centro de Materiais e Esterilização (CME). 
Essa unidade possui extrema importância, devido sua função de ser 
responsável pelo processamento de produtos para saúde (PPS), o que 
garante segurança ao paciente e permite o uso de materiais em condições 
adequadas de preparo e esterilização.Na área hospitalar, o CME é apontado como área crítica, devido o 
processamento de artigos resultantes de intervenções clínicas e cirúrgicas, o 
que tende a causar riscos aos profissionais atuantes no setor, os quais são 
suscetíveis a acidentes ocupacionais. 
A biossegurança pode ser enfocada em duas direções: tanto em 
relação aos organismos geneticamente modificados e seus derivados quanto 
às atividades inerentes a biotecnologia, proteção social e ocupacional dos 
trabalhadores. O Ministério da Saúde por meio da Norma Regulamentadora 
nº 32 (NR-32) dispõe acerca da segurança e saúde no trabalho em serviços 
de saúde, representando considerável avanço para os trabalhadores da área, 
por meio de diretrizes para a implementação de medidas de proteção à saúde 
e segurança do trabalhador. 
O termo contenção é utilizado na descrição de procedimentos de 
biossegurança utilizados na manipulação de agentes biológicos conforme sua 
classificação de risco. Ou seja, são as medidas de biossegurança adotadas, 
que incluem barreiras físicas e biológicas, necessárias para evitar o contato 
ou a disseminação de agentes biológicos ativos potencialmente perigosos. 
BRASIL (2010), destaca: 
A contenção se dá em dois níveis principais, contenção primária e 
contenção secundária. A contenção primária refere-se à proteção 
dos profissionais e dos usuários contra a exposição aos agentes de 
risco geralmente alcançada pelo uso adequado de equipamentos 
de proteção individual, pela implementação das Boas Práticas de 
Laboratório - BPL, além de incluir a imunização como fator de 
proteção. Já a contenção secundária consiste na proteção do 
ambiente contra a exposição aos agentes de risco. Esse nível de 
contenção inclui a adoção de medidas e práticas relacionadas: a) à 
adequação das instalações e da infraestrutura do local de trabalho; 
 
7 
b) ao uso adequado de equipamentos de segurança; c) à adoção 
de técnicas e práticas de trabalho em conformidade com a classe 
de risco do agente manipulado, e d) à proteção individual. BRASIL 
(p.242, 2010) 
Para implantação da NR-32 nos serviços de saúde se faz necessário o 
investimento em recursos físicos, materiais e pessoais, assim como 
capacitação e motivação dos funcionários e administradores, gerando novos 
conceitos culturais e comportamentais. 
Com objetivo de normatização do trabalho e garantia da segurança dos 
artigos processados no CME, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária 
(Anvisa) publicou, em 2012, a Resolução nº 15 (RCD-15), a qual contém os 
requisitos de boas práticas para o processamento de produtos para saúde, 
tratando, entre outras esferas, dos recursos humanos, da segurança e saúde 
no trabalho e das atribuições do responsável técnico. 
Ainda que a RDC-15 não categorize a formação profissional do 
responsável do setor , citando apenas que este deve possuir nível superior, 
presume-se que o enfermeiro venha a ser o profissional ocupante do cargo, 
devido a sua formação lhe conferir competências técnica e gerencial para 
administrar esse setor, ademais deste possuir ter conhecimento aprofundado 
sobre o cuidado integral do paciente. No entanto, nota-se que a enfermagem 
não demonstra tanto interesse em atuar nesse âmbito, deixando espaço para 
a atuação de outros profissionais que possuam interesse nesse setor. 
O trabalho mal executado no CME acarreta riscos para a saúde dos 
trabalhadores e pacientes, de modo que esse setor hospitalar se articula com 
todas os outros, ofertando artigos para prestação da assistência, fato que gera 
uma relação de correlação, em que a qualidade dos serviços realizados está 
relacionada de modo direto à qualidade e à segurança dos produtos 
processados no CME. 
É considerado que as falhas no CME podem ser geradas devido 
desatualização profissional, não padronização das ações, falta de uso dos 
Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), e execução de técnicas 
 
8 
inadequadas. Assim como, sobrecarga de trabalho, desgaste físico, falta de 
condições, entre outros. Os maiores riscos à exposição dos profissionais de 
saúde tendem a ser observados em locais de trabalho insatisfatórios, em que 
há desorganização dos serviços, deficiência de recursos humanos e materiais 
e área física inadequada do ponto de vista ergonômico. 
A adoção de medidas de biossegurança é essencial em todos os 
setores e profissionais da saúde expostos aos riscos ocupacionais. Visando a 
garantia da eficiência e segurança nos processos de trabalho, fazem-se 
necessárias a contínua atualização e a adoção de uma postura comprometida 
por parte dos profissionais. 
BRASIL (2019), leciona: 
Com o advento da biotecnologia moderna e do uso de Técnicas 
Inovadoras de Melhoramento de Precisão - TIMPS, amplia-se o 
conceito clássico de agentes biológicos de risco, pois, permite a 
modificação de genes ou a inserção de genes de organismos 
filogeneticamente distantes, anteriormente impossíveis de serem 
incorporados através do processo natural, o que do ponto de vista 
de biossegurança suscita preocupação adicional quanto a 
classificação dos agentes biológicos “manipulados ou modificados” 
além de ser um alerta à comunidade científica e a sociedade em 
geral de eventuais implicações de segurança biológica e de 
bioética. BRASIL (p.18, 2019) 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
3. DIRETRIZES DE BIOSSEGURANÇA EM SAÚDE NO BRASIL 
 
As Diretrizes Gerais para o Trabalho em Contenção com Agentes 
Biológicos do Ministério da Saúde firmam um grupo de recomendações 
agrupado em um documento estruturado e ordenado pela Comissão de 
Biossegurança em Saúde que possui como intuito a implementação de 
medidas que aumentem a confiança, a segurança biológica e diminua os 
danos à saúde produzidos por agentes biológicos. As diretrizes são 
vinculantes para atividades que englobam agentes biológicos de risco na área 
da saúde no Brasil. 
Com a elaboração das diretrizes pelo Ministério, pretende-se atender 
às demandas básicas de biossegurança em serviços com agentes biológicos 
em regime de contenção, provendo procedimentos seguros, aos serviços de 
saúde, profissionais e pacientes expostos a estes. As diretrizes gerais 
delimitam critérios e condições técnicas, procedimentos e instalações físicas 
essenciais para práticas seguras com agentes e materiais biológicos de risco 
para a saúde e o meio ambiente. 
BRASIL (2019), destaca: 
As diretrizes se aplicam ao trabalho em contenção que utilize 
material ou agentes biológicos potencialmente patogênicos, 
independentemente do volume a ser manipulado. Para o trabalho 
em nível de biossegurança em grande escala, o nível de 
biossegurança deve ser automaticamente superior ao 
recomendado para a manipulação do agente biológico envolvido. 
Os níveis de biossegurança recomendados para os agentes 
biológicos representam as condições nas quais esses agentes 
podem ser manuseados com segurança. O coordenador da unidade 
onde se manipula agentes biológicos de risco é o responsável pela 
avaliação do risco e por implementar as medidas e o nível de 
biossegurança indicados. É também o responsável pelo 
cumprimento das diretrizes e normas, devendo promover a 
conscientização e o treinamento de todos os profissionais 
envolvidos, direta ou indiretamente, no trabalho. As diretrizes são 
utilizadas em treinamento de profissionais que trabalham com 
agentes biológicos de risco e atividades correlatas, como, por 
exemplo, na capacitação de inspetores em biossegurança da 
Fiocruz, Anvisa e Inmetro, que avaliam conformidades e fiscalizam 
laboratórios de biossegurança que desenvolvem atividades 
pesquisa, diagnóstico e produção de insumos para a saúde ou 
 
10 
ainda atividades com OGM. As principais referências normativas 
das diretrizes gerais são o Manual de Segurança Biológica em 
Laboratório da OMS, a Lei Orgânica da Saúde, (Lei nº 8.080, de 19 
de setembro de 1990), as resoluções da Anvisa, a legislação de 
segurança e saúde ocupacional (Lei nº 6.514,de 22 de dezembro 
de 1977), as normas regulamentadoras do Ministério do Trabalho e 
Emprego (Portaria nº 3.214, de 08 de junho de 1978) e as 
resoluções do Conselho Nacional de Meio Ambiente – Conama. 
BRASIL (p.18, 2019). 
 
Em relação às diretrizes, cabe ressaltar que a biossegurança em saúde 
possui diversas dimensões, que precisam sem consideradas e tem 
implicações importantes para a saúde, entre as quais se distinguem as 
dimensões: Política e Econômica que dizem respeito a segurança biológica e 
a bioproteção de agentes biológicos ou de material biológico que representam 
ameaças à saúde, bem como importantes impactos econômicos; 
Epidemiológica e Sanitária, que interpreta as ações e medidas de prevenção 
e controle relativas aos agentes ou material biológicos, ; Qualidade e 
segurança, a gestão dos riscos e a busca pela qualidade e segurança são 
elementos demonstram o compromisso institucional e dos profissionais pela 
excelência em suas atividades; e a Regulatória e Controle que representa a 
tradução das diretrizes políticas em relação a biossegurança e bioproteção, 
incluindo normas vinculantes para que o poder público mantenha a 
governança sobre agentes e material biológico com potencial risco à saúde. 
 
 
 
 
 
 
11 
4. CLASSIFICAÇÃO DE RISCO DE AGENTES BIOLÓGICOS 
A avaliação de risco de agentes biológicos pondera princípios que 
possibilitam reconhecimento, a identificação e a probabilidade do dano 
resultante destes, definindo a sua distribui em classes de risco diversas 
conforme a magnitude dos males. 
BRASIL(2017), leciona: 
Os agentes biológicos que afetam o homem, os animais e as 
plantas são distribuídos em classes de risco assim definidas: 
Classe de risco 1 (baixo risco individual e para a comunidade): Inclui 
os agentes biológicos conhecidos por não causarem doenças no 
homem ou nos animais adultos sadios. Exemplos: Lactobacillus 
spp. e Bacillus subtilis. 
Classe de risco 2 (moderado risco individual e limitado risco para a 
comunidade): Inclui os agentes biológicos que provocam infecções 
no homem ou nos animais, cujo potencial de propagação na 
comunidade e de disseminação no meio ambiente é limitado, e para 
os quais existem medidas profiláticas e terapêuticas conhecidas 
eficazes. Exemplos: Schistosoma mansoni e vírus da rubéola. 
Classe de risco 3 (alto risco individual e moderado risco para a 
comunidade): Inclui os agentes biológicos que possuem capacidade 
de transmissão, em especial por via respiratória, e que causam 
doenças em humanos ou animais potencialmente letais, para as 
quais existem usualmente medidas profiláticas e terapêuticas. 
Representam risco se disseminados na comunidade e no meio 
ambiente, podendo se propagar de pessoa a pessoa. Exemplos: 
Bacillus anthracis e Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV). 
Classe de risco 4 (alto risco individual e para a comunidade): Inclui 
os agentes biológicos com grande poder de transmissibilidade, em 
especial por via respiratória, ou de transmissão desconhecida. Até 
o momento, não há nenhuma medida profilática ou terapêutica 
eficaz contra infecções ocasionadas por estes. Causam doenças 
humanas e animais de alta gravidade, com alta capacidade de 
disseminação na comunidade e no meio ambiente. Esta classe 
inclui principalmente vírus. Exemplos: vírus Ebola e vírus da varíola. 
BRASIL (p.16, 2017) 
 
 
 
 
 
12 
5. ACIDENTES COM MATERIAL BIOLÓGICO 
A maioria das pesquisas, abrange aspectos epidemiológicos dos 
acidentes com material biológico, tais como a caracterização dos profissionais 
mais envolvidos em acidentes, a atividade relacionada ao momento do 
acidente, a parte do corpo atingida e instrumentos envolvidos. 
A enfermagem é uma das principais profissões sujeitas a exposição a 
material biológico. Essa exposição elevada é relativa devido sua equipe ser a 
de maior número no serviço de saúde, possuindo mais contato na assistência 
ao paciente. Dentro da equipe de enfermagem, os técnicos geralmente são a 
categoria mais envolvida nos acidentes com material biológico. 
Os acidentes acontecem, de forma mais frequente, durante a 
realização de cuidados com o paciente no leito, tais como administração de 
medicamentos, punção venosa, soroterapia e aspiração. Sendo as mãos a 
parte do corpo mais envolvida nos acidentes, causados principalmente por 
agulhas. A lâmina de bisturi também é responsável por grande parcela de 
acidentes, sendo relacionada com seu uso indevido ou descarte em local 
inadequado. A realização de reencapamento de agulhas ainda é um dos 
maiores comportamentos de risco relativos a acidentes biológicos, fato que 
não deveria ser observado devido ao conhecimento dos profissionais sobre a 
contraindicação dessa pratica. 
Conhecer as características dos acidentes biológicos é de extrema 
importância para realização de planejamento e desenvolvimento de medidas 
que reduzam a ocorrência de acidentes, incluindo os programas de educação 
em serviço. 
ALMEIDA (2009), destaca: 
Quando comparamos as características de qualquer acidente da 
atualidade com os acidentes ocorridos no passado, percebemos 
que o atual não é uma completa novidade. Altos índices de 
subnotificação foram identificados, variando de 29,9% a 91%. 
Este é um aspecto muito preocupante, pois acidentes não 
notificados podem significar que o trabalhador não recebeu os 
 
13 
cuidados imediatos que podem reduzir o risco de soroconversão 
para infecções pelos Vírus da Hepatite B e HIV, como a 
administração de imuno e quimioprofilaxia, respectivamente 
quando indicados. Significa, também, que este trabalhador perdeu 
a oportunidade de caracterizar o acidente com material biológico 
como acidente de trabalho, pois dificilmente terá sido orientado para 
preenchimento da Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT), 
que teria implicações trabalhistas protetoras no caso de vir a 
contrair uma infecção em decorrência do acidente. ALMEIDA (2009) 
Os profissionais de saúde estão expostos ao risco biológico em todas 
as unidades nas quais ocorre contato com os pacientes ou seus resíduos 
biológicos, podendo acontecer a transmissão de microrganismo por via 
percutânea, pele não integra, mucosas. O risco é elevado quando relativo aos 
cuidados diretos ao paciente e com alto número de procedimentos, tais como, 
higiene, punções, sondagens, aspiração, e outras tarefas que demandam o 
uso de materiais perfurocortantes. 
A identificação de locais, momentos e atividades que apresentam risco 
para os trabalhadores é essencial para a elaboração de ações com intuito de 
minimizar o risco de acidentes. É necessário também, por meio do 
entendimento dos profissionais, da possibilidade de adquirir doenças 
infectocontagiosas após acidentes, leva-los a ponderar acerca da sua 
compreensão e conduta em relação às práticas de biossegurança, com o 
objetivo de reduzir o risco no ambiente de trabalho. 
As situações de risco, quando discutidas e explicadas, possuem um 
maior impacto do que apenas a transmissão de informações, ao serem 
somente repassadas é necessário reforçar a demanda de intensificação do 
componente educativo no cotidiano das ações de enfermagem. Para a 
maioria das situações de risco, protocolos preventivos já foram preconizados, 
mas o grande desafio é a adesão pelos profissionais da área da saúde. 
Fatores como as novas técnicas diagnósticas e terapêuticas, a 
resistência microbiana, emergência de novas doenças, como COVID-19, e 
retorno de outras como o sarampo sinalizam para o aumento do risco 
ocupacional entre os profissionais da área da saúde. No entanto é necessário 
salientar que a descoberta da AIDS (Síndrome da Imunodeficiência Humana) 
 
14 
colaborou para uma conscientização e divulgação maior do risco biológico, 
bem como aumento na produção científica acerca do tema e introdução de 
políticas que viabilizam a notificação desses agravos possibilitando o 
conhecimento epidemiológico. 
É necessário ressaltarque o acidente com exposição a material 
biológico é apontado como agravo de notificação compulsória. Acidentes não 
notificados são um fato de grande preocupação, pois tendem a significar que 
o trabalhador não recebeu os cuidados imediatos que reduzem o risco de 
soroconversão para infecções pelos Vírus da Hepatite B e HIV, como a 
administração de imuno e quimioprofilaxia, respectivamente quando 
indicados. 
Ao não realizar a notificação o profissional perde a oportunidade de 
caracterizar o acidente com material biológico como acidente de trabalho, pois 
provavelmente não foi orientado para preenchimento da Comunicação de 
Acidente de Trabalho (CAT), que possui implicações trabalhistas protetoras 
no caso de acometimento de uma infecção em decorrência do acidente. 
A não adesão às medidas preventivas é bastante discutida, tendo como 
fatores condicionantes, o desconhecimento dos profissionais quanto ao risco 
de adquirir uma doença, indisponibilidade de equipamentos ou subestimação 
do risco. 
Na discussão da não adesão às precauções padrão, os EPI são 
protagonistas. Os profissionais mesmo tendo acesso a esses equipamentos, 
por diversas vezes não os utilizam. Já em relação aos empregadores, nota-
se também que muitas instituições não os ofertam, ou são inadequados e 
insuficientes. 
Segundo a NR 32, os EPI, descartáveis ou não, devem estar à 
disposição em número suficiente nos postos de trabalho, de forma que seja 
garantido o imediato fornecimento ou reposição. O trabalhador deve receber 
 
15 
capacitação quanto ao risco biológico e sobre a utilização de EPI e vestimenta 
de trabalho. 
A questão da falta de adesão às medidas preventivas é extremamente 
complexa, possuindo diversos fatores que contribuem para o risco 
ocupacional do trabalhador. Na CME, por exemplo, o uso de EPI é 
indispensável, devido à alta probabilidade de exposição a material biológico 
na área suja, entretanto a raramente a disponibilidade de EPI corresponde ao 
número de trabalhadores na unidade. 
A adesão às medidas preventivas deve ser estimulada contínua entre 
os profissionais de enfermagem, focando em consolidar o conhecimento 
apreendido e permitir ao profissional ser corresponsável pela manutenção da 
sua própria integridade física. No entanto, além da viabilização de atividades 
de educação permanente, é essencial analisar as formas como estão sendo 
realizadas, pois a transmissão de informações, nos moldes da pedagogia 
tradicional, não atende as demandas da sociedade moderna. A construção do 
conhecimento deve ser baseada na vivência de experiências significativas, 
com uma abordagem dialógica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
16 
6. BIOSSEGURANÇA EM CENTRO CIRÚRGICO 
O centro cirúrgico exerce uma função de grande importância em 
relação à prestação de serviços aos pacientes, sendo uma das áreas mais 
importantes no ambiente hospitalar. Nele ocorrem a realização procedimentos 
que acometem de forma direta a saúde do paciente. 
Em sua definição, centro cirúrgico (CC) é a unidade hospitalar na qual 
são realizadas as intervenções cirúrgicas. Sendo formado constituído por uma 
área em que se encontram salas, equipamentos e materiais utilizados pela 
equipe cirúrgica, assim como os responsáveis pelos serviços auxiliares. A 
sala cirúrgica consiste em um dos elementos do CC, sendo o local onde ocorre 
realmente o ato cirúrgico. 
 O serviço de limpeza e higiene possui como objetivo, preparar o 
ambiente hospitalar para as suas atividades, mantendo a ordem do ambiente, 
além de conservar equipamentos e instalações limpas e em condições de 
higiene ideais para as práticas hospitalares. Tendo a NR 32 como base, é 
necessário que ocorra uma capacitação inicial e continuada a todos os 
profissionais destacando as operações de limpeza, a indicação e manuseio 
das soluções apropriadas, a utilização dos equipamentos de proteção 
individual (EPI), alertando-os para a percepção do risco ocupacional e para 
outros cuidados maiores com a própria saúde. 
No ano de 2005 foi aprovada de maneira unanime a NR 32, por meio 
Comissão Tripartirde Partidária Permanente (CTPP) do Ministério do Trabalho 
na qual, deverão todos os estabelecimentos de saúde por em prática 
iniciativas bem mais específicas das aplicadas anteriormente, no que se refere 
a prevenção de acidentes físicos, químicos, radioativos e biológicos. Esta 
propõe um maior rigor na segurança dos profissionais de saúde e que os 
Hospitais e especificando um prazo máximo para adequação à Legislação. 
A NR 32 possui como objetivo, minimizar os riscos a que os 
profissionais estão expostos por meio de medidas de proteção, avaliações de 
risco, capacitação continuada, vacinação, monetarização individual e 
 
17 
monitorização de área. Esta também relaciona regras referentes a Segurança 
e Saúde no Trabalho em Estabelecimento de Saúde, e estabelece as 
diretrizes básicas para a implementação de medidas de proteção à segurança 
e a saúde dos trabalhadores e daqueles que exercem atividades de promoção 
e assistência à saúde em geral. 
Em relação as regras referentes a medidas de proteção, a NR 32 
dispõe as seguintes: 
• Os EPIs, descartáveis ou não, devem ser armazenados em número 
suficiente nos locais de trabalho; 
• Em locais em que são utilizados materiais perfurocortantes deve ser 
utilizado recipiente apropriado para seu descarte, respeitando o limite máximo 
de preenchimento do recipiente, este devendo estar próximo a realização do 
procedimento; 
Segundo a NR 32, os resíduos de serviço de saúde, inclusive aqueles 
provindos do centro cirúrgico, necessitam ser descartados de forma adequada 
e segura, pertencendo a gerencia do hospital o dever de capacitação dos 
funcionários para que possam realizar seu trabalho com competência. 
Como anteriormente citado, os acidentes mais comuns em hospitais 
são relacionados a lesões perfurantes e cortantes, causadas por picadas de 
agulhas e lancetas, ferimentos com lâminas de bisturi, ampolas ou tubo de 
ensaio, sendo inúmeras doenças adquiridas nesses eventos. Dessa forma, os 
profissionais atuantes no Centro cirúrgico devem conhecer todos os riscos ao 
qual estão sujeitos, visando a conscientização da importância em manter um 
ambiente de trabalho seguro 
 
 
 
 
 
18 
7. MEDIDAS PREVENTIVAS 
É de extrema importância que os profissionais envolvidos diretamente 
com processos de programa de gerenciamento, estabeleçam os protocolos 
de segurança e de saúde, dos quais estão inclusos exames periódicos, assim 
como garantam que as empresas mantenham seus empregados imunizados 
conforme o Programa Nacional de Imunização (PNH), mantendo em seus 
arquivos cópia dos comprovantes. Além de estabelecer educação continuada 
em relação ao manejo dos resíduos, é necessário salientar a necessidade de 
higiene pessoal, da limpeza do uniforme separadamente das demais roupas, 
e do uso correto e obrigatório dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI). 
O Equipamento de Proteção Individual (EPI) pode ser definido como 
todo dispositivo de uso individual, de fabricação nacional ou estrangeira, que 
objetiva proteger a saúde e a integridade física do trabalhador, em 
conformidade com a NR 06 do Ministério do Trabalho. Sendo dividido em: 
Proteção para os membros superiores; Proteção para os membros inferiores; 
Proteção contra quedas com diferença de nível; Proteção de tronco; Proteção 
do corpo inteiro; Proteção auditiva; Proteção para a cabeça; Proteção 
respiratória; Proteção da pele. 
É necessário destacar a importância do conhecimento dos símbolos, 
das expressões, padrões que são fundamentais à completa integração ao 
Programa de Gerenciamento de risiduos do Serviço de Saúde e para a 
integridade física dos trabalhadores e todos os usuários dos estabelecimentos 
de saúde. Possuindo este conhecimento, o funcionário ao visualizar a 
simbologia, será cauteloso ao manusear o resíduo, e se protegerácom o 
equipamento de proteção individual adequado a situação. 
 
 
 
19 
Normas e Rotinas do Centro Cirúrgico 
A Organização Mundial de Saúde, assim como o Ministério da Saúde 
publicam, com periodicidade, manuais sobre normas de segurança. Na 
atualidade, no meio desta área, o assunto mais enfocado, devido sua 
importância é a Biossegurança, que diz respeito as normas que envolvem os 
profissionais da área da saúde. 
A lavagem de mãos é considerada a medida mais importante na 
prevenção das infecções hospitalares, devendo ser obrigatoriamente 
realizada antes e após a assistência prestada a qualquer paciente. 
O banho pré-operatório possui como objetivo a eliminação dos detritos 
depositados sobre a pele, reduzindo a sua colonização, no entanto, este não 
deve ser realizado próximo a cirurgia devido a fricção e a água tépida 
removerem as células superficiais e aumentarem a ascensão das bactérias 
dos reservatórios mais profundos para a superfície. A tricotomia deve ser 
realizada somente quando necessária, geralmente nos casos em que os pelos 
impedem a visualização do campo ou dificultem a colocação de curativos, 
devendo ser realizada máximo 2 horas antes da cirurgia. 
No Centro Cirúrgico os profissionais de toda equipe devem preocupa-
se com o uso correto de touca, devendo cobrir todo o couro cabeludo, no caso 
da presença de barba, deve ser utilizado uma touca apropriada. Em relação a 
máscara, essa deve cobrir toda superfície do nariz e da boca. 
 A sondagem vesical deve ser evitada, devido ao alto risco de 
desenvolvimento de Infecções de Trato Urinário (ITU). Caso possua 
indicação, deverá ser realizada com técnica asséptica, utilizando sistema 
fechado de coleção de urina para os pacientes submetidos ao cateterismo 
vesical de demora. 
Segue abaixo algumas orientações que carecem ser destacadas: 
 
20 
• Manter toda a unidade do centro cirúrgico sob refrigeração, com 
portas e janelas fechadas. 
• Toda alimentação utilizada pelos profissionais no centro cirúrgico 
deve ser preparada fora da unidade. São permitidos em área afim: café, chá, 
leite, refresco, refrigerantes, biscoitos e sanduíches frios. Para alimentos não 
especificados acima (marmita, pratos e sanduíches quentes), funcionário 
deverá utilizar sala na área externa do Centro-Cirúrgico, realizando a troca de 
roupa. Proibido qualquer tipo de alimento. 
• Desprezar o lixo em sacos plásticos resistentes, encaminhá-los 
fechados para área de recolhimento para ser encaminhado à área de 
incineração. 
• Manter os recipientes de lixo tampados. 
• Desprezar toda roupa suja do centro cirúrgico em sacos plásticos 
resistentes, encaminhá-los fechados para a área de recolhimento, para ser 
encaminhado à lavanderia. 
• O sistema de ventilação e refrigeração no centro cirúrgico deve 
garantir o funcionamento da sala com uma temperatura média de 21º C, troca 
de ar na S.O. de no mínimo 15 vezes por hora de pressão positiva no seu 
interior. 
• As soluções utilizadas no centro cirúrgico deverão conter em seu 
rótulo a data de abertura. Manter as soluções utilizadas em quantidade 
suficiente para o uso de sete dias. 
• O funcionário deve utilizar sala na área externa do Centro-Cirúrgico, 
para realização da troca de roupa. 
• Desprezar o lixo em sacos plásticos resistentes, encaminhá-los 
fechados para área de recolhimento para ser encaminhado à área de 
incineração. 
 
21 
8. LAVAGEM DAS MÃOS 
Sabe-se que a principal via de transmissão de infecção são as mãos 
dos profissionais que atuam nos serviços de saúde. Dessa forma, é 
recomendado a realização da lavagem das mãos rotineiramente. 
Em relação a técnica correta de escovação das mãos em centro 
cirúrgico, cita-se: 
• Escovar todas as faces das mãos, dedos, unhas, e antebraços, 
utilizando escovas com cerdas macias, caso a instituição não as oferte, optar 
pela fricção das mãos em todas as superfícies a mencionadas e antebraços. 
• O tempo de escovação deve ser de cinco minutos antes da 1ª cirurgia 
e entre as próximas recomenda-se apenas a cuidadosa lavagem das mãos e 
antebraços com antisséptico pelo tempo de dois minutos sem a necessidade 
do uso da escova. Após a escovação, deve ser retirado todo o detergente 
antisséptico com água corrente, no sentido dos dedos para o antebraço. A 
torneira deve ser fechada com o cotovelo, caso não possua fotossensor. 
• Os braços devem ser mantidos fletidos e voltados para cima. As mãos 
devem ser enxugadas em toalhas ou compressas estéreis com movimentos 
compressivos, iniciando pelas mãos e seguindo pelo antebraço e o cotovelo, 
atentando para utilizar as diferentes dobras da toalha/compressa para regiões 
distintas. 
 
 
 
 
 
 
 
22 
9. NORMAS E PRECAUÇÕES UNIVERSAIS 
 Precauções básicas são medidas de prevenção que devem ser 
utilizadas na assistência a todos os pacientes na manipulação de sangue, 
secreções e excreções, contato com mucosas e com pele não íntegra. Estão 
incluídas nesta utilização os Equipamentos de Proteção Individual (EPI), que 
tem a finalidade de reduzir a exposição do profissional a sangue ou a fluidos 
corpóreos, e os cuidados específicos recomendados para a manipulação e 
descarte de materiais pérfuro-cortantes contaminados por material orgânico. 
SEVILHA; PAIVA; POVEDA (2014), lecionam: 
A infecção do sítio cirúrgico (ISC) ocupa o terceiro lugar em termos 
de incidência, representando entre 14% e 16% de todas as 
infecções nosocomiais dentro das instituições hospitalares 
brasileiras, merecendo destaque dadas as repercussões físicas, 
financeiras e sociais, que podem, inclusive, culminar com a morte 
do cliente acometido. Dentre estas repercussões, aquela que 
acomete mais diretamente a estrutura hospitalar é representada 
pelo aumento da estadia e, consequentemente, dos custos 
associados a esta; isto é, o tratamento de um paciente com infecção 
triplica em relação a um paciente que não a desenvolve. SEVILHA; 
PAIVA; POVEDA (p. 123-128, 2014) 
A contaminação ambiental é um fator extrínseco que influencia 
diretamente na ocorrência da Infecção do Sítio Cirúrgico (ISC), desse modo, 
a prevenção da contaminação ambiental é uma das formas de prevenção de 
sua ocorrência 
. A limpeza de pisos, paredes e equipamentos do Centro Cirúrgico, 
assim como, o comportamento da equipe atuante nesse CC, diminuindo o 
trânsito de pessoas, a abertura de portas, realizando a adequada degermação 
das mãos e a paramentação correta tendem a auxiliar na diminuição dos 
casos de ISC. 
O ar da sala cirúrgica também pode contribuir para a contaminação do 
ambiente, visando a prevenção disto, a temperatura deve ser mantida entre 
20 e 23 °C, a umidade entre 30 e 60%, e, no mínimo, 15 trocas de ar por hora. 
Desse modo, a prevenção de ISC está relacionada ao comportamento dos 
 
23 
profissionais que atuam no Centro Cirúrgico (CC), assim como à adequada 
realização de tarefas e à implementação de medidas preventivas. 
A ocorrência de infecções em cirurgias serve como indicador de 
qualidade entre os aspectos que podem contribuir para a ocorrência de ISC 
está a contaminação do ar da sala operatória derivada de vários fatores, como 
roupas contaminadas, partículas vindas do ambiente externo à sala e micro-
organismos do trato respiratório dos profissionais. Dessa forma, quanto maior 
o número de pessoas dentro do CC ou A quantidade de abertura da porta 
durante o ato cirúrgico, maior é o risco de contaminação do ar, o que pode, 
potencialmente, levar estes micro-organismos suspensos no ar ambiente até 
a ferida cirúrgica. 
Atualmente, as instituições de saúde, atendendo à legislação vigente, 
proíbem o uso de adornos, para a equipe de saúde e de limpeza, devido a 
probabilidade de presença de bactérias nos locais. Além disso, durante o ato 
cirúrgico, esse uso dificulta a realização da antissepsia das áreas. Em relação 
ao uso de esmaltes, estes devem ser evitados, devido possibilidadede 
descascamento o que pode servir de abrigo para microrganismos. 
Uma outra forma de prevenção da contaminação dentro de CC é o uso 
de avental cirúrgico, formando uma barreira entre a equipe e a ferida 
operatória, prevenindo a contaminação. No entanto, vale ressaltar que a 
literatura científica ainda é controversa sobre as vantagens e desvantagens 
da utilização de aventais de uso único ou reutilizáveis. 
O uso do propé vem sendo abolido, devido sua utilização não prevenir 
a contaminação ambiental, podendo levar microrganismos até as mãos dos 
funcionários, ao tocarem seus pés para retirá-lo. Desse modo, não deve ser 
considerado como uma barreira de proteção ambiental, pois evita somente 
que os sapatos dos profissionais sejam sujos por sangue e outros líquidos. 
 
24 
 
10. CONCLUSÃO 
Dessa forma, reforça-se a importância de fortalecer a adesão as 
práticas de biossegurança entre as Equipes de saúde, por meio da 
implementação de atividades de educação continuada e de monitoramento 
das medidas preventivas ambientais e comportamentais.dos procedimentos 
executados por estes profissionais. 
Diversos aspectos presentes na assistência de saúde podem favorecer 
a ocorrência de Infecções de Sitio Cirúrgico; cabendo a Equipe de 
Enfermagem estar atenta aos diversos riscos ambientais, sendo necessário 
investir na educação dos profissionais que prestam cuidados diretor e 
indiretos ao paciente no centro cirúrgico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
25 
11. REFERÊNCIAS 
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