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TEATRO DE SÃO FRANCISCO DE ASSIS

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TEATRO DE SÃO FRANCISCO DE ASSIS 
ADAPTADO: OPERETA IRMÃ CLARA E PAI FRANCISCO E TRÂNSITO DE SÃO 
FRANCISCO 
JUVENTUDE FRANCISCANA - FRATERNIDADE LUZ CLARA 
 BOM CONSELHO – PE / OUTUBRO DE 2022 
Adaptado para JUFRA e INAFRA 
CENA 1 - Assis 
Jovem de Assis entra com roupas de época e começa a falar no 
centro da igreja. (O/A jovem é o narrador) 
Luzes apagadas, e holofote acompanhando o/a jovem pela igreja, 
com fundo musical instrumental. 
NARRADOR: Sou apenas um/uma jovem que viveu em Assis, na 
mesma que época que São Francisco e vou lhes contar uma 
história, mas atesto a quem queira saber que vivi no tempo 
de Francisco e para mim ele foi um dos homens mais puros 
que este planeta já viu. E esta, que agora começa é a 
história do nosso pai Francisco. 
NARRADOR: Francisco nasceu no ano de 1182 numa pequena 
cidade da Itália, chamada Assis, agora, transportemo-nos 
para Assis, há mais de 800 anos 
(apagam-se algumas luzes). 
CENA 2 
Acendem-se as luzes 
Entram os jovens vestidos com roupas de época. 
Música: Assis 
(opereta Irmã Clara e Pai Francisco – Padre Zezinho). 
CENA 3 
Após a saída dos jovens de Assis, o/a narrador (a) começa a 
falar: 
NARRADOR: Francisco era filho de um rico comerciante que 
tinha grande ambição, e gostava de ostentar as riquezas que 
seu pai possuía, gostava de sair e festejar com seus amigos. 
Entra jovens, amigos de Francisco, conversando com os copos de 
bebida na mão. 
E Francisco que se junta a eles depois. 
CENA CONGELADA 
NARRADOR: Enquanto Francisco saia para se divertir, 
Conheceremos sua primeira seguidora de nome Clara, doze 
anos mais nova e de família nobre. Clara sempre ajudava 
aqueles que precisavam, e não tinha medo de servir. 
Entra Clara, com uma cesta de pães, para alimentar os leprosos. 
CENA CONGELADA 
Fundo musical instrumental 
NARRADOR: E em lugares tão diferentes, Clara e Francisco 
chegaram a ter o mesmo ideal de vida. A vida do rapaz foi 
normal até os 25 anos, mas a partir daí alguns fatos mudaram 
a vida de Francisco e do mundo inteiro. 
Apagam-se as luzes 
CENA 4 - Crucifixo 
NARRADOR: Um dia Francisco caminhava por uma estrada quando 
ouviu uma voz. 
(entra Francisco, com roupas comuns da época) 
VOZ: Francisco. 
FRANCISCO: Quem é? 
VOZ: Francisco. 
Francisco olhava ao redor, mas não via ninguém. Só ouvia 
uma voz que dizia: 
VOZ: Francisco. 
FRANCISCO: Quem está aí? 
VOZ: o que é melhor? Servir ao servo ou servir ao senhor? 
FRANCISCO: Servir ao senhor. 
VOZ: Então por que, Francisco, tu tens servido ao servo? 
E assim Francisco se ajoelhou e perguntou: 
FRANCISCO: Senhor: que queres que eu faça? 
VOZ: Venha Francisco, e sirva ao Senhor teu Deus. 
Francisco levanta-se e sai de cena 
CENA 5 
Acendem-se as luzes, os jovens estão no centro. 
Bernardo: Oi pessoal, hoje à noite tem serenata na janela 
da Giovana. Vocês vêm ou não? 
Ângelo: Claro que vamos e é bom avisar a Francisco. 
Junípero: Acho que ele não vai, ele está muito mudado, está 
esquisito. 
Leão: E parece que ele cansou de paquerar e beber, deve 
estar ficando louco. 
TODOS: Será? 
Música: O Biruta 
(opereta Irmã Clara e Pai Francisco – Padre Zezinho). 
 
(Os jovens saem), Francisco continua na cena, pensativo. 
CENA 6 - Leproso 
Música: Doce é Sentir - MOMENTO DO ABRAÇO DO LEPROSO 
O LEPROSO ENTRA PELA IGREJA, CAMINHANDO DEVAGAR COM O SINO. 
ABRAÇO / ENCONTRO DE FRANCISCO COM O LEPROSO 
CENA CONGELADA 
NARRADOR: E Eis O leproso, o ser que sempre lhe parecera 
horripilante, repugnante à vista e ao olfato, cuja presença 
sempre lhe havia causado invencível nojo, agora não tinha 
mais esta visão. Movido por uma força superior, abraçou o 
leproso Talvez a motivação para este nobre e significativo 
gesto tenha sido a recordação daquela frase do Evangelho: 
"Tudo o que fizerdes ao menor de meus irmãos, é a mim que 
o fazeis”. 
O leproso sai da cena 
Cena 7 
FUNDO MUSICAL INSTRUMENTAL 
Entra o bispo, e diante do bispo Francisco começa a se 
despir, o bispo coloca seu manto em Francisco. 
CENA CONGELADA 
NARRADOR: E diante de todos, Francisco tirou as próprias 
vestes, e afirmou que apenas o Senhor Deus agora seria seu 
Pai. E com tal ato propôs a todos que deixassem tudo e o 
seguissem casando-se com a irmã pobreza. Dizendo: Seremos 
como a flor do campo; só vestiremos o necessário; seremos 
como as aves do céu; como os peixes do oceano; como a brisa 
e o orvalho. E quem sabe, sem ter nada e sem ser nada, sem 
posse alguma e sem nenhuma prisão, alcançaremos a vida 
perfeita. 
APAGAM-SE AS LUZES 
CENA 8 – Clara 
NARRADOR: E com tamanho testemunho de amor, muitos o 
seguiram. 
Entra Francisco acompanhado de seus irmãos Frades. 
NARRADOR: Até mesmo Clara, que fugiu de casa, para viver a 
paz que o mundo não poderia lhe dar: a paz de gostar dos 
pobres, misturar-se com eles, ser um com eles, orar por 
eles e ver neles o rosto de Deus. 
Clara entra na cena, e se ajoelha diante de Francisco, veste 
o hábito e joga os cabelos para serem cortados. 
Música de fundo instrumental 
CENA CONGELADA 
NARRADOR: E esta foi a vida que Clara escolheu, seguir os 
passos de Francisco, em uma vida de oração, Clara dizia ser 
Plantinha que Francisco Plantou. 
Apagam-se as luzes 
CENA 9 
Entram todos vestidos de frades e Freiras, passeando por 
toda a igreja. 
Música: CAMINHEMOS EM SILÊNCIO 
(opereta Irmã Clara e Pai Francisco – Padre Zezinho). 
Ao final todos saem de cena 
CENA 10 - Estigmas 
MÚSICA INSTRUMENTAL DE FUNDO 
Francisco no centro, ajoelhado e orando, entra um anjo e coloca 
sob Francisco as Chagas. 
CENA CONGELADA 
NARRADOR: Em um dos homens que mais se aproximou do modo de 
vida de Cristo, as chagas se manifestaram. 
MÚSICA INSTRUMENTAL DE FUNDO 
Apagam-se as luzes e Francisco sai de cena 
CENA 11 
Clara entra e se ajoelha diante do Senhor 
Música instrumental de fundo 
Narrador: Entre Clara e Francisco existia uma relação 
extremamente terna. Clara era uma mulher excepcional. Com 
intuição feminina imperturbável. Mesmo quando os irmãos 
retrocederam, ela se manteve firme e nada foi capaz de mudar 
seu pensamento. Teve sempre uma só meta: viver como 
Francisco tinha vivido. 
VOZ: E tu, cara irmã Clara? O que dirás as tuas companheiras 
quando se for a primavera, quando se for o verão e o outono 
e chegar o inverno dos teus anos? Dirás o que? Que mudaste 
o que com o teu silêncio? Revolucionaste o que com a tua 
renúncia, a tua vida oculta, as tuas preces, a tua pobreza 
e a tua penitência? Os pobres terão mais comida por causa 
do teu gesto? De que terá servido a tua contemplação se 
daqui a mil anos os pobres ainda morrerão de fome? 
Clara: Direi que eu escolhi passar fome quando tinha tudo 
para ser rica. Reparti meus bens e minha vida, vivendo pelo 
meu Deus, no qual eu acreditei com todas as minhas forças, 
e se nada disso adiantar, direi apenas que não usei ninguém, 
não pisei nem explorei ninguém. Vivi apenas do meu silêncio, 
da minha prece e do meu trabalho. E se isso não for 
revolução, então não fui revolucionária, fui apenas Clara. 
Música instrumental de fundo 
Entram as outras irmãs e se juntam com clara em oração. 
CENA 12 – Morte de Francisco 
os frades entram com Francisco numa padiola. 
Narrador: Nos últimos anos de sua vida, Francisco se 
encontrava bastante doente. Tossia, escarrava sangue e não 
enxergava direito, mas seu amor pela vida aumentara. Não 
tinha sido nada fácil, nem romântico o seu caminho. 
Francisco pede, então, que o levem para a Santa Maria dos 
anjos da Porciúncula, pois queria entregar sua alma a Deus 
naquela igrejinha onde tomara a decisão de seguir Jesus 
Cristo pobre e crucificado. 
Francisco: Leão, Jacoba; estou feliz. A irmã morte está 
chegando, ela me sorriu pela manhã. 
Jacoba: O que há de bonito se a morte nos separa de quem 
nós amamos? 
Francisco: Nós amamos o Deus da vida e a morte nos leva 
para Ele. Sema dor não existe nem mesmo a vida. 
Narrador: No meio disso tudo Francisco encontrava ainda 
forças para cantar, fora um grande cantor na adolescência, 
agora a voz já lhe fugia, mas ainda era bonita. E foi num 
desses dias de profundo amor pela criação que ele compôs um 
dos mais belos poemas de amor que se conhece. O jovem das 
serenatas ainda cantava, mas agora para o Deus da vida e da 
morte. Para provar um pouco de alívio pediu, então, que 
alguns frades lhe entoassem o Cântico das Criaturas que ele 
mesmo compusera dois anos antes para louvar e engrandecer 
seu Senhor. 
Todos cantam o CÂNTICO DAS CRIATURAS 
Narrador: Querendo imitar seu Mestre e Senhor em todas as 
coisas, amando até o fim seus irmãos e irmãs, mandou que 
lhe trouxessem um pão. Abençoou-o, partiu-o e deu um 
pedacinho para cada um comer. 
(Francisco estende as mãos sobre os pãezinhos dos cestos. 
Traça sobre eles o sinal da Cruz. Reparte a pão com os 
frades.) 
Narrador: Recordava, assim, A sagrada Ceia que foi a última 
celebrada pelo Senhor com seus discípulos em sinal de seu 
eterno amor para com eles e para com todos os homens. 
Francisco levanta as mãos para o céu dizendo: 
FRANCISCO: “Louvado sejas, meu Senhor, /Pela minha irmã 
Morte corporal, /À qual nenhum vivente pode escapar. /Feliz 
o que ela encontra cumprindo tua vontade; /Porque a morte 
não lhe pode fazer mal.” 
Francisco morre 
Narrador: Por fim, tendo-se realizado nele todos os planos 
de Deus, o bem-aventurado adormeceu no Senhor, rezando e 
cantando um salmo. Sua santíssima alma se desprendeu da 
carne para ser absorvida no abismo da claridade de Deus. 
(Os frades colocam o capuz. Um dos frades avisa as irmãs 
que se consolam. Francisco é colocado na maca e levado aos 
fundos da Igreja.) 
Clara: Se alguém neste mundo chegou perto de um ideal de 
nosso Senhor Jesus Cristo, este alguém foi Francisco de 
Assis. Francisco soube viver de amor e morreu por amor. 
Música: Ternura 
Todos saem e apagam-se as luzes 
CENA FINAL 
Narrador: Louco? Revolucionário? Desequilibrado? Neurótico? 
Santo?... Francisco morreu no ano de 1226 com a fama de 
santo, cego e anêmico, mas sem nenhum medo da morte. Estava 
com 42 anos de idade, havia 16 anos que fizera sua opção 
pela pobreza. Clara viveu ainda muitos anos, rodeada por 
sua irmã de sangue, Inês, e das outras irmãs de fé, no 
silêncio de onde nunca mais saiu. 
Acima de tudo, eles viveram. Não saíram de suas casas em 
busca de títulos, foram em busca da verdade e viveram-na do 
jeito que sabiam. Se o mundo não mudou com eles, pelo menos 
eles mudaram, mas na mudança não houve opressão, nem perda 
de liberdade, nem violência, nem crime algum contra a vida 
de ninguém, porque tudo que os dois queriam era um pouco 
mais de amor e ternura. Ficaram pobres para libertar os 
pobres. Se não conseguiram a culpa não foi deles. 
Todos entram em cena 
Música: Louvado sejas meu Senhor 
(opereta Irmã Clara e Pai Francisco – Padre Zezinho).

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