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Direito I_ versao aluno

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Avenida Governador Jorge Teixeira, 3146, Setor Industrial. CEP 76821-002 – Porto 
Velho – RO. | https://cursos.ead.ifro.edu.br/ 
 
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA! 
 
Olá! Seja muito bem-vindo(a) à disciplina de Direito I, vamos estudar juntos? 
Meu nome é Marialva de Souza Silva e sou professora de Direito do Instituto Federal 
de Rondônia, Campus Porto Velho Zona Norte. Estou mestranda em Educação e atuo 
na área da docência há três anos. Sou especialista em Metodologias Ativas aplicadas 
ao Ensino Superior e em Direito Penal e Processo Penal, e possuo formação 
pedagógica para professores graduados não licenciados. Acredito que os aprendizados 
que obtive até aqui são de imensa importância para a construção do conhecimento 
neste curso de Gestão Comercial. 
 
Será um prazer estar com você na disciplina de Direito I, em que iremos 
estudar os seguintes conteúdos: 
 
 Introdução ao estudo do direito; 
 Noções de pessoas, bens e fatos jurídicos; 
 Empresa: empresário individual e sociedades empresárias; 
 Registro de empresa; 
 Elementos de identificação de empresa; 
 Dissolução, liquidação e extinção da pessoa jurídica; 
 Demais tópicos de direito empresarial; 
 Direitos do consumidor; 
 Política Nacional de Relações de Consumo; 
 Direitos básicos do consumidor; 
 Qualidade de produtos e serviços, prevenção e reparação dos danos; 
 Práticas comerciais; 
 Proteção contratual; 
 Sanções administrativas. 
 
Nosso estudo tem o objetivo de fazer com que o estudante tenha condições de 
compreender a importância do direito na vida dos gestores comerciais e o significado 
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dos institutos fundamentais, dominar conceitos e terminologia jurídica, bem como 
argumentar, interpretar e valorizar os fenômenos jurídicos e sociais pertinentes ao 
direito em geral. 
 
Faremos nosso estudo de forma a abordar os pontos mais utilizados no seu dia 
a dia como gestor comercial. 
 
Não esqueça de observar a bibliografia recomendada no plano de ensino da 
disciplina, e procure sempre estar atualizado acerca das matérias, pois o direito é 
muito dinâmico e está em constante transformação. 
 
Outra dica não menos importante é a leitura da legislação indicada, isto é 
fundamental! 
 
Lembre-se de que estudar a distância lhe proporciona flexibilidade de horários 
e de locais de estudo, mas requer disciplina e organização, principalmente quanto ao 
cumprimento dos prazos das atividades. Portanto, fique atento ao calendário 
acadêmico, ok? 
 
A disciplina está organizada em seis unidades temáticas e é composta por: 
 
 Duas atividades de percurso; 
 Avaliação regular; 
 Exame final. 
 
Todo o material foi elaborado para que você realize os estudos de forma 
gradual e de acordo com a ementa da disciplina. 
 
Bons estudos! 
 
Professora Marialva de Souza Silva 😊 
 
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UNIDADE I: INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO 
 
Prezado(a) estudante, 
 
Nesta unidade temática, faremos uma introdução ao estudo do direito, e já dou 
o start informando que é necessário ler as obras: NADER, Paulo. Introdução ao estudo 
do direito. 43. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2021 e VALENTE, Rubem. Direito civil 
facilitado. Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: Método, 2017, disponíveis em Minha 
Biblioteca. 
 
 
 
 
 
 
 
 
O objetivo é que, ao final desta unidade, você consiga: 
 
 Descrever as noções fundamentais para a compreensão do fenômeno jurídico, 
bem como reconhecer as noções básicas para a introdução ao estudo do 
direito. 
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Já sabemos que a nossa disciplina é composta por algumas temáticas estudadas 
dentro do ramo do direito, como direito civil, direito empresarial, direito do 
consumidor; mas antes, vamos fazer uma breve introdução ao estudo do direito. Essa 
introdução é importante para o estudante, tendo em vista que, a partir dela, você irá 
adquirir conhecimentos de algumas premissas básicas que vão facilitar seu 
desenvolvimento durante a disciplina como um todo. Vamos lá? 
 
1.1 Introdução ao estudo do direito 
 
Para Paiva (1850), a introdução ao estudo do direito é matéria de iniciação, que 
fornece ao estudante as noções fundamentais para a compreensão do fenômeno 
jurídico. Os primeiros contatos do estudante com a ciência do direito se fazem através 
da introdução ao estudo do direito, que funciona como um elo entre a cultura geral. O 
papel que desempenha é de grande relevância para o processo de adaptação do 
iniciante (NADER, 2021). Assim, a introdução ao estudo do direito é indispensável e de 
extrema importância para o estudante que terá contato com disciplinas de direito em 
geral. 
 
O direito está em função da vida social. A sua finalidade é favorecer o amplo 
relacionamento entre as pessoas e os grupos sociais, que é uma das bases do 
progresso da sociedade. Ao separar o lícito do ilícito, segundo valores de convivência 
que a própria sociedade elege, o ordenamento jurídico torna possíveis os nexos de 
cooperação e disciplina a competição, estabelecendo as limitações necessárias ao 
equilíbrio e à justiça nas relações (NADER, 2021). 
 
Para a introdução ao estudo do direito, também é importante que o estudante 
conheça a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro (LINDB); ela estabelece 
princípios e regras auxiliares à aplicação do direito pátrio em geral, abrangendo tanto 
o direito público quanto o direito privado. A LINDB (Lei 12.376/2010) alterou o 
Decreto-lei 4.657, de 04/09/1942, anteriormente denominado Lei de Introdução ao 
Código Civil (LICC). 
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Segundo Valente (2017), as principais funções da LINDB são: 
 
 Determinar o início da obrigatoriedade das leis (art. 1º); 
 Regular a vigência e a eficácia das normas jurídicas (art. 1º e 2º); 
 Impor a eficácia geral e abstrata da obrigatoriedade, inadmitindo a ignorância 
da lei vigente (art. 3º); 
 Traçar os mecanismos de integração da norma legal para a hipótese de lacuna 
normativa (art. 4º); 
 Delimitar os critérios de hermenêutica, de interpretação da lei (art. 5º); 
 Regulamentar o direito intertemporal (art. 6º); 
 Regulamentar o direito internacional privado no Brasil (art. 7º a 17), no 
tocante: às normas relacionadas à pessoa e à família (art. 7º e 11); aos bens 
(art. 8º); às obrigações (art. 9º); à sucessão (art. 10); à competência da 
autoridade judiciária brasileira (art. 12); à prova dos fatos ocorridos em país 
estrangeiro (art. 13); à prova da legislação de outros países (art. 14); à 
execução da sentença proferida por juiz estrangeiro (art. 15); à proibição do 
retorno (art. 16); aos limites da aplicação da lei e atos jurídicos de outro país no 
Brasil (art. 17); e, finalmente, aos atos civis praticados por autoridades 
consulares brasileiras no estrangeiro (art. 18 e 19). 
 
Para ter acesso ao Decreto-Lei nº 4.657, de 4 de setembro de 1942, acesse o link: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-ei/del4657compilado.htm 
 
Leia mais em: VALENTE, Rubem. Direito civil facilitado. Rio de Janeiro: Forense; São 
Paulo: Método, 2017. p. 13. Disponível em: 
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/reader/books/9788530973971/. 
 
 
1.1.1 Conceito de direito 
 
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Existem vários aspectos acerca do conceito de direito, mas para o nosso 
estudo, é interessante que façamos essa análise de forma objetiva, ou seja, vamos ao 
que interessa para este curso. 
 
Conforme o Dicionário Aurélio, direito é o “Conjunto de normas/leis 
estabelecidas por um poder soberano, que disciplinam a vida social de um povo”. 
 
O direito, sem síntese, é o conjunto de normas e regras que regulam as 
condutas sociais, e a justiça executa as normas estabelecidas pelo direito. Assim, “O 
Direito está em função da vida social. A sua finalidade é a de favorecer o amplo 
relacionamento entre as pessoas e os grupos sociais, que é uma das bases do 
progresso da sociedade” (NADER, 2021). 
 
É através do Estado que o direito é imposto à sociedade, com a finalidade de 
assegurar a convivência pacífica, no sentido de manter a ordem e proteger a vida da 
sociedade como um todo, ajustando os interesses individuais e coletivos. 
 
Direito natural e direito positivo 
 
Direito natural - segundo Nader (2021), o direito natural não é escrito, não é 
criado pela sociedade, nem é formulado pelo Estado. Como o adjetivo natural indica, é 
um direito espontâneo, que se origina da própria natureza social do homem e que é 
revelado pela conjugação da experiência e da razão. É constituído por um conjunto de 
princípios, e não de regras, de caráter universal, eterno e imutável. Como exemplos 
maiores, o direito à vida e à liberdade. 
 
Direito positivo - ainda segundo Nader (2021), positivo é o direito 
institucionalizado pelo Estado. É a ordem jurídica obrigatória em determinado lugar e 
tempo. É o direito escrito. 
 
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Nos dias atuais, não pode ser negada a existência do direito natural, ao menos 
como sendo um complemento do direito positivo constituindo ambos uma só unidade 
para integração do direito vigente. 
 
[INSERIR ÍCONE DA MINHA BIBLIOTECA] Leia mais sobre essa temática no 
capítulo 8 de NADER, Paulo. Introdução ao Estudo do Direito. 43. ed. Rio de Janeiro: 
Forense, 2021. Disponível em: 
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/reader/books/9788530992118. 
 
 
Saiba mais em: Introdução ao Direito passo a passo - https://youtu.be/EWDiT2Dh8P8 
 
1.2 Conceito de lei 
 
As leis físicas indicam aquilo que na natureza necessariamente é. As leis 
jurídicas, ao contrário, indicam apenas aquilo que, na sociedade, deve ser. Por essa 
razão, diz-se que o direito é a ciência do “dever ser”. 
 
Segundo o Glossário de Termos Jurídicos do Ministério Público Federal (MPF) 
da Bahia, a lei é a regra geral e permanente a que todos estão submetidos, sendo 
também um preceito escrito, formulado solenemente pela autoridade constituída em 
função de um poder que lhe é delegado pela soberania popular, e nela reside a 
suprema força do Estado. 
 
[INSERIR ÍCONE PESQUISE OU SAIBA MAIS] Acesse o Glossário de Termos Jurídicos do 
MPF/BA, disponível em http://www.mpf.mp.br/ba/sala-de-imprensa/glossario. 
 
 
1.3 Fontes do direito 
 
Segundo a LINDB, em seu art. 4º, “Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o 
caso por analogia, costumes e princípios gerais do direito”. 
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https://youtu.be/EWDiT2Dh8P8
http://www.mpf.mp.br/ba/sala-de-imprensa/glossario
 
 
 
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“O juiz não se exime de sentenciar ou despachar alegando lacuna ou 
obscuridade na lei. No julgamento da lide caber-lhe-á aplicar as normas legais; não as 
havendo, recorrerá à analogia, aos costumes e aos princípios gerais do Direito”. Assim, 
vamos para alguns conceitos importantes: 
 
 Lei - é a principal fonte do direito. 
 Analogia - implica existir uma semelhança entre uma hipótese tomada como 
padrão e a hipótese a ser resolvida. 
 Costume - em que pese a prevalência da lei, o costume desempenha papel 
importante, principalmente porque a lei não tem condições de predeterminar 
todas as condutas e todos os fenômenos. O uso reiterado de uma conduta ou 
atividade ganha status de costume. É a consciência da obrigatoriedade que dá 
força ao costume. Quando esse uso reiterado e consciente é aceito pelos 
tribunais, estará o costume solidificado como fonte do direito (VENOSA, 2019, 
p. 125). Apesar de o costume ser considerado fonte sob nosso ordenamento, 
de acordo com o art. 4º da Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, é 
ele, sem dúvida, fonte formal, porém subsidiária, uma vez que o legislador 
estatuiu que, na omissão da lei, o juiz decidirá de acordo com a analogia, os 
costumes e os princípios gerais de direito (VENOSA, 2019, p. 125). Lembramos 
que os costumes não podem ser contra a lei. De qualquer modo, ainda que se 
admita o costume, ele só pode ser visto como uma exceção no sistema. É do 
costume que nasce o direito consuetudinário. 
 Princípios gerais do direito - são considerados a essencialidade do direito, uma 
vez que dos PGD são retirados postulados que servirão de suporte à 
regulamentação da sociedade sob o aspecto jurídico, fixando os padrões e 
orientando os preceitos que serão traduzidos pela legislação. É importante 
observar que os PGD não estão formulados materialmente, não constam de 
nenhum diploma legal (VENOSA, 2019, p. 125). 
 Doutrina - embora não seja fonte direta do direito, opina, orienta, critica, 
interpreta, mostra caminhos ao magistrado, sugere modificações ao legislador, 
constrói e destrói mitos e dogmas. Assim, doutrina é conjunto de princípios 
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expostos nos livros de direito, em que se firmam teorias ou se fazem 
interpretações sobre a ciência jurídica, conforme o Glossário de Termos 
Jurídicos do MPF/BA. 
 Jurisprudência - significa, modernamente, um conjunto de decisões dos 
tribunais. Jurisprudência pode ser vista como a coletânea de decisões 
proferidas por juízes e tribunais sobre determinada matéria, fenômeno ou 
instituto jurídico. Em sentido estrito, costuma-se referir à jurisprudência como 
o conjunto de decisões uniformes, isto é, no mesmo sentido, acerca de 
determinada questão. 
 
1.4 Direito público x direito privado 
 
Direito público - é aquele em que há predominância do interesse do Estado, 
que disciplina os interesses gerais. Existe uma relação de subordinação. 
 
Direito privado - é aquele em que há predominância do interesse particular 
(pessoa). Existe uma relação de coordenação. 
 
É importante destacar que a divisão tradicional entre o direito público e o 
direito privado é motivo de divergência entre os estudiosos. Há doutrinas que dizem 
ser impossível não haver uma pequena parcela de interesse do Estado no direito 
privado. 
 
1.5 Alguns ramos do direito 
 
Direito constitucional - tem por objetivo a estrutura do Estado, estabelecendo 
os direitos fundamentais da pessoa humana. Está no topo do ordenamento jurídico 
brasileiro. 
 
 
Veja o vídeo https://youtu.be/pYmRVKwLVOE, em que a AGU explica a Constituição 
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Federal. Ela é objeto do direito constitucional – direito público. 
 
Direito civil - regula os direitos e as obrigações de ordem privada, concernentes 
às pessoas, os bens e as suas relações (Lei 10.406/2002). É classificado pela doutrina 
majoritária como normas de direito privado. 
 
Direito comercial - são normas que disciplinamsob os mais variados aspectos a 
atividade mercantil. É classificado pela doutrina majoritária como normas de direito 
privado. Suas normas estão dentro do Código Civil, bem como em outras leis 
espalhadas pelo mundo jurídico. 
 
Direito do consumidor - é o ramo do direito que atende as relações de 
consumo, ou seja, aquelas travadas entre fornecedores (quem disponibiliza produtos 
ou serviços ao mercado) e consumidores (quem consome produtos ou serviços como 
destinatário final). É amparado pelo Código de Defesa do Consumidor (Lei 
8.078/1990). 
 
1.6 Algumas terminologias jurídicas 
 
É importante que o estudante se aproprie de algumas terminologias jurídicas, 
constantes no Glossário de Termos Jurídicos do MPF/BA. São elas: 
 
 Ação – direito que tem qualquer cidadão para buscar uma decisão judicial, por 
meio de um processo. 
 Jurisdição – é a função do Estado exercida através do juiz dentro de um 
processo para solucionar um litígio entre as partes (conflito de interesses). As 
pessoas não podem por si só decidir quem tem razão ou fazer justiça com as 
próprias mãos. Nas questões de direito controvertidas, o Estado substitui as 
atividades dos litigantes e no lugar deles passa a dizer o direito 
(substitutividade). Podemos dizer que a jurisdição tem a qualidade de realizar 
o direito; ela deve ser provocada (princípio da inércia); deve haver a presença 
de lide (conflito de interesses); e, consequentemente, a produção de coisa 
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julgada. Ademais, para haver jurisdição, é necessário que haja investidura, ou 
seja, o magistrado deve ser legalmente investido na função de julgador; 
também existe a indelegabilidade, por meio da qual o juiz tem que exercer sua 
função pessoalmente, uma vez que é intransferível. Vale dizer que o juiz não 
pode exercer a jurisdição fora do seu território (aderência), cuja extensão é o 
limite do poder de julgar de um juiz. 
 Lide - litígio, processo, pleito judicial. É a matéria conflituosa que está sendo 
discutida em juízo. 
 Princípios – são alicerces do ordenamento jurídico. Os princípios são 
mandamentos que se irradiam sobre as normas, dando-lhes sentido, harmonia 
e lógica. Eles constituem o próprio “espírito” do sistema jurídico-constitucional. 
Alguns exemplos: a administração pública é regida por princípios como os da 
moralidade, legalidade, publicidade, impessoalidade e eficiência; o direito 
tributário, pelo princípio da igualdade tributária e pelo princípio da 
anterioridade (nenhum tributo pode ser cobrado no mesmo exercício 
financeiro em que foi publicada a lei que o instituiu ou aumentou). 
 Processo – atividade por meio da qual se exerce concretamente, em relação a 
determinado caso, a função jurisdicional, e que é instrumento de composição 
das lides; pleito judicial; litígio; conjunto de peças que documentam o exercício 
da atividade jurisdicional em um caso concreto; autos. 
 Jurisprudência - é a interpretação reiterada, de mesmo sentido, que os 
tribunais dão às leis nos casos concretos que são levados a julgamento. 
 Equidade - forma de manifestação de justiça que tem o condão de atenuar, 
amenizar, dignificar a regra jurídica. 
 
 
Saiba mais em: AGU Explica - Doutrina e jurisprudência: https://youtu.be/eqFv-
YUggBA 
Para saber mais, acesse: http://files.deogracio-e-raquinha.webnode.pt/200000125-
95b9596aec/Apostila.Introducao.Ao.Estudo.do.Direito.pdf 
https://cursos.ead.ifro.edu.br/
https://youtu.be/eqFv-YUggBA
https://youtu.be/eqFv-YUggBA
http://files.deogracio-e-raquinha.webnode.pt/200000125-95b9596aec/Apostila.Introducao.Ao.Estudo.do.Direito.pdf
http://files.deogracio-e-raquinha.webnode.pt/200000125-95b9596aec/Apostila.Introducao.Ao.Estudo.do.Direito.pdf
 
 
 
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Leia mais sobre equidade em: VENOSA, Sílvio de Salvo. Introdução ao estudo do 
direito. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2019. p. 150. Disponível em: 
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/reader/books/9788597018592. 
 
 
UNIDADE II: NOÇÕES DE PESSOAS, BENS E FATOS JURÍDICOS 
 
Prezado(a) estudante, 
 
Nesta unidade, estudaremos de forma objetiva noções de pessoas, bens e fatos 
jurídicos. 
 
O Código Civil de 2002 é dividido em uma parte geral e uma parte especial, 
num total de 2.046 artigos, organizados assim: 
 
 Parte geral – das pessoas; dos bens; e dos fatos jurídicos - é a parte geral; trata 
principalmente dos elementos gerais de uma relação jurídica: pessoas (sujeito), 
bens (objeto) e fatos jurídicos (vínculo jurídico). 
 Parte especial – Direito das obrigações; direito de empresa; direito das coisas; 
direito de família; e direito das sucessões – estudaremos em outra 
oportunidade. 
 
Mas atenção: a leitura do Código Civil (Lei 10.406/2002) é imprescindível. 
Acesse o Código Civil: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10406compilada.htm 
 
O objetivo é que, ao final desta unidade, você consiga: 
 
 Reconhecer a parte geral do Código Civil de 2020; 
 Diferenciar pessoas, bens e fatos jurídicos. 
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Vamos lá! 
 
2.1 Noções de pessoas 
 
Segundo Paulo Lôbo (2021), “Pessoa é o sujeito de direito em plenitude, capaz 
de adquirir e transmitir direitos e deveres jurídicos. Todo ser humano nascido com vida 
é pessoa. Pessoa é atributo conferido pelo direito, ou seja, não é conceito que se extrai 
da natureza. É, portanto, conceito cultural e histórico, que o direito traz para seu 
âmbito”. 
 
Em nosso estudo, iremos utilizar a conceituação jurídica, para a qual a pessoa é 
o ente físico ou moral, suscetível de direitos e obrigações; é o sujeito da relação 
jurídica, o sujeito de direito (SANTIAGO, 2019). 
 
 
Veja os vídeos: 
 Pessoa e personalidade - Art. 1º do Código Civil em: https://youtu.be/_-
Sau5cZ9Zo 
 Início da personalidade - Nascituro - Art. 2º do Código Civil em: 
https://youtu.be/f_OlgLAq5iE 
 
2.2 Sujeitos de direitos e entes não personalizados 
 
Sujeitos de direito são todos os seres e entes dotados de capacidade para 
adquirir ou exercer titularidades de direitos e responder por deveres jurídicos, ou seja, 
a capacidade é uma espécie de medida jurídica da personalidade. Nesse sentido, o 
conceito de sujeito de direito é mais amplo que o de pessoa, que fica abrangido por 
aquele. Em outras palavras, há sujeitos de direito que não são pessoas físicas ou 
jurídicas. Mas não há direito sem sujeito, pois todo direito é de alguém (LÔBO, 2021, p. 
39). 
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https://youtu.be/f_OlgLAq5iE
 
 
 
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O espólio é exemplo clássico, de ente não personalizado, pois representa o 
conjunto de bens deixados por uma pessoa falecida e, embora não seja uma pessoa, 
pode ter direitos e deveres. Contra o espólio podem ser dirigidas ações judiciais, por 
exemplo, para cobrar dívidas deixadas pelo finado. O inventariante é o 
“administrador” do espólio. Outro exemplo é a massa falida, que é “administrada” 
pelo síndico e que não se confunde com a sociedade empresária cuja falência foi 
decretada. A falência não extingue a sociedade, apenas reúne o seu patrimônio sob a 
forma de um ente despersonalizado designado de massa falida para efeito de 
repartição do patrimônio entre os credores na forma da lei falimentar. 
 
[INSERIR ÍCONE PESQUISE OU SAIBA MAIS] Saiba mais em: 
https://meusitejuridico.editorajuspodivm.com.br/2020/05/21/entes-
despersonalizados-controversias-juridicas-e-lacunas-legislativas/.Pessoa física x pessoa jurídica 
 
A pessoa física adquire personalidade por meio do nascimento com vida. Por 
outro lado, para que possa existir juridicamente, a pessoa jurídica depende do registro 
do seu ato constitutivo no órgão competente, sem o qual é considerada sociedade 
despersonificada (despersonalizada; de fato, irregular ou mera associação). Assim, 
pessoa jurídica é o grupamento humano criado na forma da lei e dotado de 
personalidade jurídica própria, com capacidade de ser sujeito de direitos e obrigações, 
objetivando a realização de fins comuns. Caracteriza-se, principalmente, pela atuação 
na vida jurídica com personalidade diversa da dos indivíduos que a compõem 
(interpretação do art. 50 do CC). 
 
 
Veja o vídeo: Pessoa jurídica - Conceito - Art. 40 do CC em: https://youtu.be/cQ-
8nPtiSm4 
 
https://cursos.ead.ifro.edu.br/
https://youtu.be/cQ-8nPtiSm4
https://youtu.be/cQ-8nPtiSm4
 
 
 
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2.3 Desconsideração da personalidade jurídica 
 
O Código Civil, em seu art. 50, prescreve que: 
 
Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de 
finalidade, ou pela confusão patrimonial, pode o juiz decidir, a requerimento 
da parte ou do Ministério Público quando lhe couber intervir no processo, 
que os efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam 
estendidos aos bens particulares dos administradores ou sócios da pessoa 
jurídica. 
 
A atribuição de personalidade jurídica às empresas permite uma separação 
patrimonial entre os bens do ente coletivo e os individuais de cada sócio. Assim, o 
manto protetor da personalização confere proteção do patrimônio dos sócios, 
respondendo a pessoa jurídica pelas suas dívidas e obrigações com o seu próprio 
patrimônio. 
 
 
Leia mais em: 
VALENTE, Rubem. Direito civil facilitado. Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: Método, 
2017. p. 92. 
MAMEDE, Gladston. Manual de direito empresarial. 14 . ed. São Paulo: Atlas, 2020. p. 
231 e seguintes. Disponível em: 
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/reader/books/9788597024111. 
 
Agora que você já sabe alguns conceitos básicos, apresento o rol de capítulos 
do Código Civil de 2002 no que é pertinente à sua parte geral: 
 
LIVRO I - DAS PESSOAS 
Da Personalidade e da Capacidade Art. 1º até 10 
Dos Direitos da Personalidade Art. 11 até 21 
Da Curadoria dos Bens do Ausente Art. 22 até 25 
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Da Sucessão Provisória Art. 26 até 36 
Da Sucessão Definitiva Art. 37 até 39 
Das Pessoas Jurídicas - Disposições Gerais Art. 40 até 52 
Das Associações Art. 53 até 61 
Das Fundações Art. 62 até 69 
Do Domicílio Art. 70 até 78 
LIVRO II - DOS BENS 
Dos Bens Imóveis Art. 79 até 81 
Dos Bens Móveis Art. 82 até 84 
Dos Bens Fungíveis e Consumíveis Art. 85 e 86 
Dos Bens Divisíveis Art. 87 e 88 
Dos Bens Singulares e Coletivos Art. 89 até 91 
Dos Bens Reciprocamente Considerados Art. 92 até 97 
Dos Bens Públicos Art. 98 até 103 
LIVRO III - DOS FATOS JURÍDICOS 
Disposições Gerais Art. 104 até 114 
Da Representação Art. 115 até 120 
Da Condição, do Termo e do Encargo Art. 121 até 137 
Do Erro ou Ignorância Art. 138 até 144 
Do Dolo Art. 145 até 150 
Da Coação Art. 151 até 155 
Do Estado de Perigo Art. 156 
Da Lesão Art. 157 
Da Fraude Contra Credores Art. 158 a 165 
Da Invalidade do Negócio Jurídico Art. 166 até 184 
Dos Atos Jurídicos Lícitos Art. 185 
Dos Atos Ilícitos Art. 186 até 188 
Da Prescrição Art. 189 até 196 
Das Causas que Impedem ou Suspendem a Prescrição Art. 197 até 201 
Das Causas que Interrompem a Prescrição Art. 202 até 204 
Dos Prazos da Prescrição Art. 205 e 206 
Da Decadência Art. 207 até 201 
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Da Prova Art. 202 até 232 
 
 
 Veja as videoaulas. Nelas, daremos destaque aos pontos mais importantes do 
Código Civil para o seu conhecimento como gestor comercial. 
 
 Não deixe de acompanhar todo o conteúdo por meio do livro de VALENTE, 
Rubem. Direito civil facilitado. Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: Método, 
2017, disponível em Minha Biblioteca. 
 
 Algumas questões avaliatias, objetos de estudo desta unidade, serão 
resolvidas por meio da leitura do referido livro. 
 
 Veja os vídeos: Direitos da Personalidade da Pessoa Jurídica - 
https://youtu.be/ReqsKpQbudU 
 https://youtu.be/KtaE2Iy965s 
 
 
 
 
 
 
 
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UNIDADE III: DIREITO EMPRESARIAL - EMPRESA: EMPRESÁRIO 
INDIVIDUAL E SOCIEDADES EMPRESÁRIAS. REGISTRO DE 
EMPRESA. ELEMENTOS DE IDENTIFICAÇÃO DE EMPRESA 
 
Prezado(a) estudante, 
 
Nesta unidade temática, estudaremos direito empresarial, e não é demais dizer 
que o conteúdo desta unidade é de extrema importância para o gestor comercial. É 
aqui que você desenvolverá conhecimentos que serão aplicados no seu cotidiano de 
trabalho. Por isso, o objetivo é que, ao final desta unidade, você consiga: 
 
 Identificar o significado de empresário, de sociedade empresarial (empresa) e 
de estabelecimento empresarial; 
 Distinguir algumas das principais espécies de sociedade empresarial. 
 
O nosso estudo será feito com base no Código Civil de 2002 (CC), pois é nele 
que encontraremos os principais temas desta unidade. Isso porque o Código Civil de 
2002 trata, num mesmo código, do direito civil e de parte das regras do direito 
empresarial. 
 
3.1 Introdução 
 
A partir da entrada em vigor do novo Código Civil, a denominação passou a ser 
direito empresarial em substituição a direito comercial, sendo direito empresarial o 
conjunto de regras jurídicas tendentes a organizar a atividade empresarial. A 
nomenclatura direito empresarial se mostra mais adequada do que simplesmente 
direito comercial, pois a preocupação da disciplina não está apenas na atividade de 
intermediação de mercadorias, mas também na produção e na prestação de serviços. 
 
Destaca-se que outras leis continuam a compor o ordenamento empresarial, 
como a Lei 11.101/2005, que trata da recuperação de empresas e da falência; a Lei 
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7.357/1985, que regula o cheque; a Lei 9.279/1996, que trata da propriedade 
industrial, entre outras, sem contar que o próprio Código Comercial continua em vigor 
em relação ao comércio marítimo. 
 
Nas sábias palavras de Vido (2020), “O direito empresarial é, o ramo do Direito 
que tem por objeto a regulamentação da atividade econômica daqueles que atuam na 
circulação ou produção de bens, bem como na prestação de serviços”, que 
conheceremos a seguir com a denominação de empresário. 
 
 
 
Leia mais em: VIDO, Elisabete. Curso de direito empresarial. 8. ed. São Paulo: Saraiva, 
2020. Disponível em: 
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/reader/books/9788553618323. 
 
3.2 Empresa 
 
Juridicamente, a empresa é a atividade econômica organizada de produção ou 
circulação de bens ou serviços. 
 
Portanto, trata-se de atividade, isto é, do conjunto de atos destinados a uma 
finalidade comum que organiza os fatores da produção para produzir ou fazer circular 
os bens ou serviços. Não basta um ato isolado, é necessária uma sequência de atos 
dirigidos a uma mesma finalidade para configurar a empresa. 
 
E não se trata de qualquersequência de atos. A economicidade da atividade 
exige que a mesma seja capaz criar novas utilidades, novas riquezas, afastando-se as 
atividades do simples prazer. Nessa criação de novas riquezas, pode-se transformar 
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matéria-prima (indústria), como também pode haver a interposição na circulação de 
bens (comércio em sentido estrito), aumentando o valor dos mesmos. 
 
Além disso, tal atividade deve ser dirigida ao mercado, isto é, deve ser 
destinada à satisfação de necessidades alheias, sob pena de não configurar empresa. 
Assim, não é empresa a atividade daquele que cultiva ou fabrica para o próprio 
consumo. Vale dizer, o titular da atividade deve ser diferente do destinatário último 
(cliente) do produto. 
 
 
 
Leia mais em: VIDO, Elisabete. Curso de direito empresarial. 8. ed. São Paulo: Saraiva, 
2020. p. 26 a 30. 
 
3.3 Empresário 
 
O Código Civil, em seu art. 966, caput, definiu do ponto de vista jurídico o que 
se deve entender como empresário. Especificando, considera-se empresário quem 
exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a 
circulação de bens ou de serviços. 
 
Segundo Vido (2020), o empresário é o sujeito da atividade empresarial, o 
titular de direitos e obrigações. Essa atividade pode ser realizada: 
 
• Pelo empresário individual, que exerce sua atividade como pessoa física e 
assume o risco da atividade empresarial, já que não há um patrimônio da 
pessoa jurídica e um patrimônio da pessoa física; 
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• Pela empresa individual de responsabilidade limitada (EIRELI, modalidade 
inserida pela Lei 12.441/2011), que exerce a atividade individualmente, mas 
com a constituição de personalidade jurídica; 
• Pelas sociedades empresárias, que exercem a atividade empresarial pela 
contribuição de duas ou mais pessoas, constituindo ou não personalidade 
jurídica, dependendo da ocorrência do registro. 
 
 
 
Leia mais em: VIDO, Elisabete. Curso de direito empresarial. 8. ed. São Paulo: Saraiva, 
2020. p. 32. 
 
Em regra, toda e qualquer pessoa que possua capacidade civil plena pode 
exercer a atividade empresarial, salvo aqueles que a lei proíbe: em especial, os 
funcionários públicos, os militares, os magistrados, os corretores e leiloeiros, os 
cônsules, o médico na atividade de farmácia, o falido e os estrangeiros não residentes 
no país. Veja que estes não estão proibidos de ingressar em sociedades, mas não 
podem ocupar cargos de gerência, apenas de investidores da sociedade empresarial. 
 
3.4 Obrigações do empresário 
 
Podemos destacar como principais obrigações do empresário: 
 
 Registro do nome empresarial (obrigação mais importante); 
 Registro dos contratos e estatutos de constituição da empresa; 
 Registro dos livros comerciais. 
 
Os atos empresariais são registrados perante o órgão principal de comércio de 
cada cidade, ou seja, a junta comercial. As empresas mercantis devidamente 
registradas são protegidas pelo Sistema Nacional de Registro de Empresas Mercantis 
(SINREM), composto pelo Departamento Nacional de Registro de Comércio (DNRC) – 
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órgão central do SINREM – pertencente ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e 
Comércio Exterior (MDIC) e pelas juntas comerciais, na qualidade de órgãos locais. 
 
 
 
Veja o vídeo: https://youtu.be/W78YQcNjkp8 
 
3.5 Empresário individual 
 
Razão social do empresário individual – é o nome do empresário que exerce 
sozinho a atividade empresarial em nome, por conta e riscos próprios. Neste caso, a 
responsabilidade pelas dívidas sociais sempre será ilimitada. Equipara-se à pessoa 
jurídica apenas para efeitos tributários, já que na legislação civil é tratado como pessoa 
física. Também possui vinculação ao Registro Público de Empresas Mercantis – juntas 
comerciais. 
 
 
Não vamos nos alongar muito, tendo em vista que temos um arsenal de livros na 
Minha Biblioteca, em que o estudante poderá e deverá fazer a leitura do livro abaixo 
indicado. 
Leia mais em: MAMEDE, Gladston. Manual de direito empresarial. 14. ed. São Paulo: 
Atlas, 2020. p. 17. 
 
3.6 Sociedades empresárias 
 
Agora que você já sabe alguns conceitos básicos, é preciso entender quais dos 
tipos existentes de sociedade se encaixam dentro do perfil e das características do 
negócio do seu interesse, de forma que possam atender às suas expectativas e às 
necessidades da futura empresa. Vamos ver cada uma delas de forma bem objetiva, e 
não esqueça: você deve fazer a leitura das páginas dos livros indicados dentro de cada 
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temática, bem como deve ver os vídeos indicados (eles te ajudarão a esclarecer as 
mais diversas dúvidas). 
 
3.6.1 Sociedade em conta de participação 
 
Como já vimos, o Código Civil atual revogou expressamente o Código Comercial 
na parte referente ao direito societário e, hoje, a “sociedade” em conta de 
participação corresponde a uma das modalidades de sociedade não personificada, 
com regime jurídico entre seus art. 991 a 996. 
 
Fábio Ulhoa Coelho (2021, p. 150) também comunga do entendimento de que 
a sociedade em conta de participação mais se assemelha a um contrato de 
investimento, pois se trata de sociedade despersonalizada, sem nome, sem registro na 
junta comercial, em que um dos sócios, empresário, por sua conta e risco, desenvolve 
exclusivamente o objeto social, enquanto o sócio participante poderá, por exemplo, 
contribuir para o desenvolvimento do negócio com a doação de um imóvel. Veja o 
esquema abaixo: 
 
 
Fonte: CHAGAS, Edilson Enedino das. Direito empresarial esquematizado. 7. ed. São Paulo: Saraiva Jur, 
2020. p. 762. 
 
 
3.6.2 Sociedade simples 
 
A sociedade simples é aquela constituída para parcerias profissionais que 
prestam serviços. Ou seja, os próprios sócios exercem as atividades da empresa. 
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Nas sociedades simples não se verifica a organização de bens materiais e 
imateriais, de procedimentos, como meio para a produção ordenada de riqueza; pelo 
contrário, há trabalho não organizado, quase autônomo, sendo desempenhado por 
cada um dos sócios sem conexão maior com a atuação dos demais. É o que se teria, 
por exemplo, numa sociedade entre três dentistas, cada qual com sua clientela 
própria; não há uma empresa. 
 
Além disto, eles devem possuir registro em órgão de classe, como por exemplo 
no Conselho Regional de Odontologia. Neste caso, a constituição, a alteração e o 
distrato são registrados em cartório de registro civil das pessoas jurídicas. 
 
Outro exemplo é quando se constitui uma sociedade de advogados, à qual se 
aplicam os dispositivos da Lei 8.906/94, que lhe vedam forma empresária; tais 
sociedades, por determinação legal, serão sempre sociedades simples, organizadas na 
forma de sociedades em nome coletivo, com registro nas seções da Ordem dos 
Advogados do Brasil. 
 
 
Leia mais em: MAMEDE, Gladston. Manual de direito empresarial. 14. ed. São Paulo: 
Atlas, 2020. p. 40. 
 
3.6.3 Sociedades cooperativas 
 
Nos termos do site da junta comercial do estado de Rondônia (JUCER/RO), a 
cooperativaé a sociedade de pessoas, com forma e natureza jurídica própria e, 
independentemente de seu objeto, a lei (parágrafo único, art. 982, CC/ 2002) a 
classifica como sociedade simples, não sujeita à falência. É constituída para prestar 
serviços em proveito dos associados (art. 4º da Lei 5764/76), sem finalidade lucrativa. 
 
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Exige-se, para constituição de uma cooperativa singular, o concurso de 
associados, pessoas físicas, em número mínimo necessário para compor a 
administração da sociedade, órgão de administração e conselho fiscal (inciso II, art. 
1094, CC 2002), levando em conta a necessidade de renovação desses órgãos. 
 
Mesmo sendo uma sociedade simples, o arquivamento dos atos das 
cooperativas deve ser realizado na junta comercial, conforme dispõe a alínea “a” do 
inciso II, do art. 32 da Lei 8.934/94. 
 
Assim, as sociedades cooperativas são sempre sociedades simples, 
independentemente da atividade negocial existente em concreto. 
 
[INSERIR ÍCONE SAIBA MAIS]: Acesse: 
http://www.rondonia.ro.gov.br/jucer/cooperativa/ 
 
 
3.6.4 Sociedades limitadas (artigos 1.052 a1.087 do Código Civil) 
 
A sociedade limitada corresponde ao tipo societário que proporciona a 
limitação da responsabilidade dos sócios, reduzindo o risco da atividade, razão pela 
qual é o mais atrativo, correspondendo à maioria dos registros de sociedades 
empresárias no Brasil. 
 
O diferencial das sociedades limitadas é que a responsabilidade dos sócios é 
limitada ao valor das cotas do capital social que possuem: se integralizadas 
(incorporadas ao patrimônio da sociedade), devem ser utilizadas para o pagamento 
das dívidas; se ainda não estiverem integralizadas, o respectivo valor pode ser retirado 
do patrimônio pessoal do sócio (CHAGAS, 2020). 
 
As principais características desse tipo societário são a responsabilidade 
limitada dos sócios e a contratualidade. Nela, a responsabilidade de cada sócio é 
restrita ao valor de suas quotas, mas todos respondem solidariamente pela 
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integralização do capital social. Assim, eventuais perdas decorrentes do insucesso da 
empresa são limitadas ao valor de suas quotas, ressalvada a solidariedade pela 
integralização do capital social. 
 
 
Leia mais em: CHAGAS, Edilson Enedino das. Direito empresarial esquematizado. 7. 
ed. São Paulo: Saraiva Jur, 2020. p. 257. Disponível em: 
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788553618491/. 
 
Veja o vídeo: https://youtu.be/ev2r-xCfHys 
 
3.6.5 Sociedade anônima (por ações) 
 
Para Vido (2020), a sociedade anônima é necessariamente uma sociedade 
empresária. Não importa a atividade exercida, a sociedade anônima não poderá ser 
uma sociedade simples (art. 982, parágrafo único, do Código Civil de 2002 e art. 2º da 
Lei n. 6.404/76). 
 
Nas sociedades anônimas, o interesse da sociedade é a manutenção do fim 
social, e, para tanto, importa apenas que o investimento seja feito pelos 
sócios/acionistas, o que a torna essencialmente uma sociedade de capital. Exatamente 
por ter essa característica é que na sociedade anônima não é possível o controle na 
entrada de terceiros, daí que a cessão de cotas é livre, assim como é igualmente livre a 
sucessão em caso de falecimento. 
 
Pode ser aberta ou fechada, caso exista ou não autorização para a negociação 
de seus títulos no mercado de valores mobiliários, como trataremos posteriormente. 
Exemplo: Bradesco S/A; Banco Itaú S/A. 
 
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Veja o vídeo: https://youtu.be/iIuybS591S8 
Lei a Lei n.6.404, de 15 de dezembro de 1976. 
 
Leia mais em: VIDO, Elisabete. Curso de direito empresarial. 8. ed. São Paulo: Saraiva, 
2020. p. 206 e 207. 
 
 
3.6.6 Sociedade em nome coletivo 
 
É regida pelos art. 1.039 a 1.044 do Código Civil de 2002 e subsidiariamente 
pelas regras das sociedades simples. O vínculo de confiança e colaboração para a 
realização do fim social é indispensável, o que torna a sociedade em nome coletivo 
uma sociedade de pessoas. Esse vínculo é tão forte nessa relação que na sociedade em 
nome coletivo só se admitem como sócios pessoas físicas (VIDO, 2020). 
 
O nome da sociedade em nome coletivo é escrito sob a forma de firma ou 
razão social, composta pelo patronímico de um ou mais sócios. Se na redação do nome 
empresarial não for possível incluir o nome de todos os sócios, então se deve 
acrescentar a expressão “e Companhia” – sua abreviação é “& Cia.” –, ou termo 
equivalente. Exemplo: Vieira, Oliveira & Cia.; Tavares e irmãos (art. 1.042 do Código 
Civil de 2002), conforme Vido (2020). 
 
O seu ato constitutivo é um contrato social, o que a torna, portanto, uma 
sociedade contratual. Esse contrato social poderá ser registrado na junta comercial 
(sociedade empresária) ou no cartório de registro civil de pessoas jurídicas (sociedade 
simples), dependendo de o objeto social ser ou não empresarial. Com o registro surge 
a personalidade jurídica, e com ela a separação patrimonial dos bens da sociedade e 
dos sócios. Apesar dessa autonomia, na sociedade em nome coletivo, os sócios 
responderão ilimitadamente pelas obrigações sociais, ou seja, poderão ser atingidos 
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em seu patrimônio pessoal no valor das dívidas sociais. Por essa razão é que, na 
prática, raramente existe esse tipo societário. A responsabilidade dos sócios é 
subsidiária, solidária e ilimitada (VIDO, 2020, p. 183). 
 
 
Leia mais em: VIDO, Elisabete. Curso de direito empresarial. 8. ed. São Paulo: 
Saraiva, 2020. p. 181 a 183. 
 
Veja o vídeo: https://youtu.be/n-naXc22hbk 
 
3.6.7 Sociedade em comandita simples (artigos 1.045 a 1.051 do Código Civil) 
 
A sociedade em comandita simples é regida pelos art. 1.045 a 1.051 do Código 
Civil de 2002, e subsidiariamente pelas regras da sociedade em nome coletivo e, em 
seguida, pelas regras da sociedade simples, no que for compatível com esse tipo 
societário (art. 1.046 do Código Civil de 2002). 
 
A principal característica deste tipo de sociedade é que ela possui duas espécies 
de sócios: os comanditados e os comanditários. 
 
Os comanditados são aqueles que respondem ilimitadamente pelas obrigações 
contraídas pela sociedade, ao passo que os comanditários têm responsabilidade 
limitada ao valor de suas cotas. 
 
A especificação do tipo de sócio (comanditado ou comanditário) deve ser feita 
no contrato social. 
 
A sociedade em comandita simples pratica seus atos em seu próprio nome, que 
pode ser apenas por firma, na qual somente pode constar o nome civil dos sócios 
comanditados. Se no nome da sociedade constar o nome de algum sócio comanditário, 
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ele automaticamente passa a responder ilimitadamente pelas obrigações da 
sociedade. 
 
A administração da sociedade só pode ser feita pelos sócios comanditados. 
 
A dissolução deste tipo de sociedade ocorre quando vencer o prazo de sua 
duração; por acordo entre os sócios; pela falta de pluralidade dos sócios ou pela 
extinção da autorização para funcionar, quando exigida por lei. 
 
 
Leia mais em: VIDO, Elisabete. Curso de direito empresarial. 8. ed. São Paulo:Saraiva, 
2020. p. 184. 
 
3.6.8 Sociedade em comandita por ações (artigos 1.090 a 1.092 do Código Civil) 
 
As sociedades em comandita por ações, na verdade, são do gênero das 
sociedades estatutárias, de modo que também são constituídas por um estatuto 
social, cujo capital social é dividido em ações que podem ser adquiridas por qualquer 
pessoa. 
 
A característica peculiar deste tipo de sociedade é que ela possui dois tipos de 
sócios: aqueles que exercem cargos de administração da empresa (diretoria) e aqueles 
que não exercem cargos de direção. 
 
Assim, a categoria de sócios que ocupam a direção da sociedade possui 
responsabilidade ilimitada pelas obrigações sociais. Já os sócios que não exercem 
função de direção possuem responsabilidade limitada ao valor de suas ações. 
 
3.7 Registro de empresa 
 
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Segundo Mamede (2020), uma das obrigações elementares para o exercício da 
empresa é o registro do empresário (pessoa física) ou da sociedade empresária 
(pessoa jurídica). Esse registro é regulado pelos artigos 967 a 970 do Código Civil e pela 
Lei 8.934/1994, que disciplinam o Registro Público de Empresas Mercantis, a cargo das 
juntas comerciais. As juntas atuam sob a supervisão, orientação e coordenação do 
Departamento de Registro Empresarial e Integração (DREI). Se há dúvidas na 
interpretação das leis, dos regulamentos e de demais normas relacionadas com o 
registro de empresas, serão elas solucionadas pelo DREI, que poderá estabelecer 
normas (as instruções normativas) sobre o tema. 
 
Assim, toda e qualquer sociedade empresária, independentemente de seu 
objeto, deve ser registrada na junta comercial do estado em que está sediada, por 
força da Lei de Registro de Empresas Mercantis e atividades afins (Lei 8.934/1994 e 
Decreto 1.800/1996) e, consoante o novo Código Civil (art. 1.150), as sociedades 
simples e as empresas individuais devem ter o Registro Civil das Pessoas Jurídicas, o 
qual deverá obedecer às normas fixadas para aquele registro. Vale frisar que as 
sociedades adquirem personalidade com o registro de seus atos constitutivo no órgão 
competente, devendo-se atentar para o fato de que também as sociedades 
empresárias estão disciplinadas, neste particular, pelo Código Civil, artigo 986. 
 
 
Leia mais em: MAMEDE, Gladston. Manual de direito empresarial. 14. ed. São Paulo: 
Atlas, 2020. p. 8. 
 
3.8 Microempresa (ME) 
 
A Constituição de 1988 elevou à preocupação constitucional o tratamento da 
microempresa e, no seu art. 179, dispôs: 
 
A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios dispensarão às 
microempresas e às empresas de pequeno porte, assim definidas em 
lei, tratamento jurídico diferenciado, visando a incentivá-las pela 
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simplificação de suas obrigações administrativas, tributárias, 
previdenciárias e creditícias, ou pela eliminação ou redução destas 
por meio de lei”, além de ter elevado a um dos princípios da 
atividade econômica, no art. 170, IX. 
 
Posteriormente, a Emenda Constitucional n. 42/2003 acrescentou a alínea “d” ao art. 
146, III da CF/88, determinando que cabe à lei complementar dar tratamento 
diferenciado e favorecido para as ME e EPP. Assim, foi criada a LC 123/2006. 
 
De acordo com a LC 123/2006, a microempresa (ME) é sociedade empresária simples e 
o empresário, devidamente registrados nos respectivos órgãos competentes, que 
tenham a receita bruta anual de até R$ 360.000,00. Note, a principal característica que 
diferencia as modalidades e os tipos de empresa é a renda bruta. 
 
Uma microempresa (ME) tem um regime de abertura e tributação mais simplificado, 
que permite que o empreendedor trabalhe na formalidade. Sua formalização deve ser 
feita na junta comercial. O primeiro benefício e o mais visível é poder optar pelo 
enquadramento tributário do Simples Nacional. 
 
 
Leia mais em: VIDO, Elisabete. Curso de direito empresarial. 8. ed. São Paulo: Saraiva, 
2020. p. 132 e seguintes. 
 
Veja o vídeo: https://youtu.be/JPf4wbMQWkA 
 
3.9 Microempreendedor individual (MEI) 
 
Trata-se de uma empresa individual, voltada para a formalização das pessoas que 
trabalham por conta própria. Essa é uma excelente forma de iniciar um negócio, 
enfrentar pouca burocracia inicial e ganhar tempo para crescer e se organizar. 
 
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O Microempreendedor Individual (MEI) é uma modalidade de ME, conforme art. 18-E, 
§ 3º da LC 123/2006; é o empresário individual a que se refere o art. 966 do Código 
Civil de 2002, que tenha auferido receita bruta, no ano-calendário anterior, de até R$ 
81.000,00, optante pelo Simples Nacional (art. 18-A, § 1º da LC 123/2006). 
 
 
Veja os vídeos: 
https://youtu.be/9VRNLdpG5ig 
https://youtu.be/7qdUw_X-7AI 
 
3.10 Empresa individual de responsabilidade limitada (EIRELI) 
 
A empresa individual de responsabilidade limitada (EIRELI) é aquela constituída por 
uma única pessoa titular da totalidade do capital social, devidamente integralizado, 
que não poderá ser inferior a 100 vezes o maior salário-mínimo vigente no país. O 
titular não responderá com seus bens pessoais pelas dívidas da empresa. No caso da 
EIRELI, faz-se necessária a integralização do capital social, no momento da 
constituição. 
 
A pessoa natural que constituir empresa individual de responsabilidade limitada 
somente poderá figurar em uma única empresa dessa modalidade. Ao nome 
empresarial deverá ser incluída a expressão “EIRELI” após a firma ou a denominação 
social da empresa individual de responsabilidade limitada. O titular da EIRELI pode ao 
mesmo tempo sócio em sociedade limitada ou anônima. O que não pode ocorrer é o 
titular constituir mais de uma EIRELI ao mesmo tempo. 
 
Veja a redação do Código Civil de 2002, que foi incluída por meio da Lei nº 12.441, de 
2011: 
 
DA EMPRESA INDIVIDUAL DE RESPONSABILIDADE LIMITADA 
 
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Art. 980-A. A empresa individual de responsabilidade limitada será 
constituída por uma única pessoa titular da totalidade do capital 
social, devidamente integralizado, que não será inferior a 100 (cem) 
vezes o maior salário-mínimo vigente no País. 
 
§ 1º O nome empresarial deverá ser formado pela inclusão da 
expressão "EIRELI" após a firma ou a denominação social da empresa 
individual de responsabilidade limitada. 
 
§ 2º A pessoa natural que constituir empresa individual de 
responsabilidade limitada somente poderá figurar em uma única 
empresa dessa modalidade. 
 
§ 3º A empresa individual de responsabilidade limitada também 
poderá resultar da concentração das quotas de outra modalidade 
societária num único sócio, independentemente das razões que 
motivaram tal concentração. 
 
§ 4º (VETADO). 
 
§ 5º Poderá ser atribuída à empresa individual de responsabilidade 
limitada constituída para a prestação de serviços de qualquer 
natureza a remuneração decorrente da cessão de direitos 
patrimoniais de autor ou de imagem, nome, marca ou voz de que 
seja detentor o titular da pessoa jurídica, vinculados à atividade 
profissional. 
 
§ 6º Aplicam-se à empresa individual de responsabilidade limitada, 
no que couber, as regras previstas para as sociedades limitadas. 
 
§ 7º Somente o patrimônio social da empresa responderá pelas 
dívidas da empresa individual de responsabilidadelimitada, hipótese 
em que não se confundirá, em qualquer situação, com o patrimônio 
do titular que a constitui, ressalvados os casos de fraude. 
 
 
Leia mais em: MAGALHÃES, Giovani. Direito empresarial facilitado. Rio de Janeiro: 
Forense; São Paulo: Método, 2020. p. 82 e seguintes. Disponível em: 
https://cursos.ead.ifro.edu.br/
 
 
 
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Veja o vídeo: https://youtu.be/O36TRu4qgqo 
 
3.11 Empresa de pequeno porte (EPP) 
 
Está solidificada na Lei Complementar 123, de 14 de dezembro de 2006, que institui o 
Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte. 
 
As empresas que tenham faturamento anual no limite de R$ 4,8 milhões podem ser 
registradas como Empresas de Pequeno Porte, cuja sigla comum é EPP. Vejamos: 
 
Art. 3º 
(...) 
II - no caso de empresa de pequeno porte, aufira, em cada ano-
calendário, receita bruta superior a R$ 360.000,00 (trezentos e 
sessenta mil reais) e igual ou inferior a R$ 4.800.000,00 (quatro 
milhões e oitocentos mil reais) 
 
 
Leia mais em: VIDO, Elisabete. Curso de direito empresarial. 8. ed. São Paulo: Saraiva, 
2020. p. 131 e seguintes. 
 
Veja o vídeo: MEI, EPP, ME, EIRELI, qual tipo de empresa escolher? (Vantagens | 
Tributação | Enquadramento) https://youtu.be/HiuRDPmbpdQ 
 
 
3.12 Elementos de identificação de empresa 
 
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O Código Civil, em seu TÍTULO IV (Dos Institutos Complementares), CAPÍTULO II, dispõe 
sobre as formas de escolha do nome empresarial. O referido capítulo engloba do art. 
1.155 até o 1.168. 
 
O nome empresarial serve para individualizar e assinalar a espécie de responsabilidade 
patrimonial do empresário ou da sociedade empresária, distinguindo-a dos demais 
empresários; trata-se, portanto, do elemento de identificação do empresário e, 
consequentemente, da própria empresa. 
 
Nas sábias palavras de Gonçalves e Perrota (2018), é importante frisar que o nome 
empresarial não se confunde com o título do estabelecimento, nem com a marca 
conferida a produtos ou serviços produzidos ou fornecidos pela empresa. Vale dizer 
que o nome empresarial recebe proteção automaticamente com o registro do ato 
constitutivo da empresa na junta comercial. 
 
Nome empresarial: segundo Guilherme (2017, p. 633), nome empresarial é a firma ou 
denominação social com que o empresário, a sociedade empresária e também, por 
equiparação, a sociedade simples, a associação e a fundação se apre- sentam no 
exercício de suas atividades, visto ser seu elemento de identificação. A firma só pode 
ter por base o nome civil do empresário ou os dos sócios da sociedade, que constitui 
também a sua assinatura. Na denominação poder-se-á usar nome civil ou um 
“elemento fantasia”, mas a assinatu-ra, neste último caso, será sempre com o nome 
civil, lançado sobre o nome empresarial impresso ou carimbado. 
 
Vejamos as disposições do CC de 2002: 
 
Art. 1.155. Considera-se nome empresarial a firma ou a denominação 
adotada, de conformidade com este Capítulo, para o exercício de 
empresa. 
 
Parágrafo único. Equipara-se ao nome empresarial, para os efeitos da 
proteção da lei, a denominação das sociedades simples, associações 
e fundações. 
 
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Art. 1.156. O empresário opera sob firma constituída por seu nome, 
completo ou abreviado, aditando-lhe, se quiser, designação mais 
precisa da sua pessoa ou do gênero de atividade. 
 
Art. 1.157. A sociedade em que houver sócios de responsabilidade 
ilimitada operará sob firma, na qual somente os nomes daqueles 
poderão figurar, bastando para formá-la aditar ao nome de um deles 
a expressão "e companhia" ou sua abreviatura. 
 
Parágrafo único. Ficam solidária e ilimitadamente responsáveis pelas 
obrigações contraídas sob a firma social aqueles que, por seus 
nomes, figurarem na firma da sociedade de que trata este artigo. 
 
Art. 1.158. Pode a sociedade limitada adotar firma ou denominação, 
integradas pela palavra final "limitada" ou a sua abreviatura. 
 
§ 1 o A firma será composta com o nome de um ou mais sócios, 
desde que pessoas físicas, de modo indicativo da relação social. 
 
§ 2 o A denominação deve designar o objeto da sociedade, sendo 
permitido nela figurar o nome de um ou mais sócios. 
 
§ 3 o A omissão da palavra "limitada" determina a responsabilidade 
solidária e ilimitada dos administradores que assim empregarem a 
firma ou a denominação da sociedade. 
 
Art. 1.159. A sociedade cooperativa funciona sob denominação 
integrada pelo vocábulo "cooperativa". 
 
Art. 1.160. A sociedade anônima opera sob denominação designativa 
do objeto social, integrada pelas expressões "sociedade anônima" ou 
"companhia", por extenso ou abreviadamente. 
 
Parágrafo único. Pode constar da denominação o nome do fundador, 
acionista, ou pessoa que haja concorrido para o bom êxito da 
formação da empresa. 
 
Art. 1.161. A sociedade em comandita por ações pode, em lugar de 
firma, adotar denominação designativa do objeto social, aditada da 
expressão "comandita por ações". 
 
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Art. 1.162. A sociedade em conta de participação não pode ter firma 
ou denominação. 
 
Art. 1.163. O nome de empresário deve distinguir-se de qualquer 
outro já inscrito no mesmo registro. 
 
Parágrafo único. Se o empresário tiver nome idêntico ao de outros já 
inscritos, deverá acrescentar designação que o distinga. 
 
Art. 1.164. O nome empresarial não pode ser objeto de alienação. 
 
Parágrafo único. O adquirente de estabelecimento, por ato entre 
vivos, pode, se o contrato o permitir, usar o nome do alienante, 
precedido do seu próprio, com a qualificação de sucessor. 
 
Art. 1.165. O nome de sócio que vier a falecer, for excluído ou se 
retirar, não pode ser conservado na firma social. 
 
Art. 1.166. A inscrição do empresário, ou dos atos constitutivos das 
pessoas jurídicas, ou as respectivas averbações, no registro próprio, 
asseguram o uso exclusivo do nome nos limites do respectivo Estado. 
 
Parágrafo único. O uso previsto neste artigo estender-se-á a todo o 
território nacional, se registrado na forma da lei especial. 
 
Art. 1.167. Cabe ao prejudicado, a qualquer tempo, ação para anular 
a inscrição do nome empresarial feita com violação da lei ou do 
contrato. 
 
Art. 1.168. A inscrição do nome empresarial será cancelada, a 
requerimento de qualquer interessado, quando cessar o exercício da 
atividade para que foi adotado, ou quando ultimar-se a liquidação da 
sociedade que o inscreveu. 
 
 
Para melhor compreensão desta temática, leia os comentários de cada um dos 
supracitados artigos em: GUILHERME, Luiz Fernando do Vale de A. Código Civil 
comentado e anotado. 2. ed. Barueri: Manole, 2017. p. 633 e seguintes. Disponível 
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em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/reader/books/9788520454589. 
 
Veja o vídeo: AGU Explica - Nome Empresarial – https://youtu.be/hsZU_FxB_fU 
Leitura obrigatória: GONÇALVES, Victor Eduardo R.; PERROTTA, Maria Gabriela V. 
Direito empresarial: direito de empresa e sociedades empresárias. São Paulo: Saraiva, 
2018. p. 49 e seguintes. (Coleção Sinopses Jurídicas21). Disponível em: 
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/reader/books/9788553172917. 
 
 
 
 
UNIDADE IV: DIREITO EMPRESARIAL: DISSOLUÇÃO, 
LIQUIDAÇÃO E EXTINÇÃO DA PESSOA JURÍDICA. DEMAIS 
TÓPICOS DE DIREITO EMPRESARIAL. 
 
Prezado(a) estudante, 
Nesta unidade temática, veremos sobre dissolução, liquidação e extinção da 
pessoa jurídica, bem como demais tópicos importantes do direito empresarial. 
 
O objetivo é que, ao final desta unidade, você consiga: 
 
 Diferenciar os institutos da dissolução, da liquidação e da extinção da pessoa 
jurídica; 
 Explicar a função social da propriedade. 
 
Vamos lá! 
 
4.1 Conceitos iniciais 
 
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Conforme os ensinamentos de Mamede (2020, p. 81), “a sociedade pode ser 
desfeita, dissolvendo-se os vínculos entre os sócios, parcial ou totalmente. A 
dissolução total implica extinção da pessoa jurídica. A dissolução parcial, por seu 
turno, traduz uma resolução do contrato em relação a um sócio, mantendo-se o 
vínculo contratual entre os demais”. 
 
A sociedade pode ser dissolvida, resolvendo-se em relação a todos os sócios, 
conduzindo à liquidação do patrimônio societário e, ao final, à extinção da pessoa 
jurídica, com baixa no registro. 
Dissolução liquidação extinção da personalidade jurídica 
 
A dissolução da sociedade pode ter origem em alguns fatores: 
 
Dissolução total: 
 
 Vencimento do prazo de duração; 
 Consenso unânime dos sócios; 
 Unicidade social; 
 Objeto social que se tornou ilícito; 
 Determinação legal; 
 Anulação da constituição do registro; 
 Fim social exaurido ou inexequível; 
 Outras causas previstas no contrato; 
 Falência. 
 
Nesses casos, gera-se a liquidação do patrimônio social da empresa e, 
consequentemente, a extinção da personalidade jurídica. 
 
Já na dissolução parcial da sociedade (em relação a um dos sócios) ocorrerá a 
liquidação das cotas. Pode ter origem nas seguintes causas: 
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 Morte de sócio, sem que haja aceitação dos herdeiros; 
 Partilha das quotas do sócio, em caso de separação do cônjuge ou sucessão 
causa mortis do cônjuge; 
 Penhora e arrematação de quota de sócio; 
 Retirada do sócio; 
 Exclusão do sócio. 
 
Destaca-se que a dissolução pode ser feita por meio da retirada do sócio ou pela 
exclusão do sócio, vejamos: 
 
Retirada do sócio: 
 
 Nos casos previstos em lei ou no contrato social; 
 Quando a sociedade for por prazo indeterminado, basta fazer a notificação aos 
demais sócios; 
 Quando a sociedade for por prazo determinado, deve-se provar a justa causa. 
 
Exclusão do sócio: 
 
 Quando ele não cumprir com o dever de contribuição; 
 Quando ele praticar falta grave; 
 Quando ocorrer a incapacidade superveniente, devendo apresentar sentença 
de interdição; 
 Quando ocorrer a liquidação da quota penhorada por credor do sócio; 
 Quando ocorrer a falência ou a insolvência do sócio. 
 
Assim, a sociedade pode ser dissolvida, resolvendo-se em relação a todos os sócios, 
conduzindo à liquidação do patrimônio societário e, ao final, à extinção da pessoa 
jurídica, com baixa no registro. 
 
Liquidação da sociedade 
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Uma vez ocorrida a dissolução, a pessoa jurídica não está, de imediato, extinta; é 
preciso liquidar o seu patrimônio, ou seja, apurar os elementos de seu ativo (bens e 
créditos), realizá-los em dinheiro e efetuar o pagamento do passivo, pagando os 
débitos existentes. Somente com a conclusão da liquidação, extrajudicial ou judicial, 
tem-se o término da existência jurídica da pessoa jurídica, vale dizer, a extinção de sua 
personalidade (MAMEDE, 2020, p. 81). 
 
Seguindo com o raciocínio de Mamede, a liquidação não atende apenas aos interesses 
dos sócios, mas também de terceiros, razão pela qual o liquidante deve dar 
publicidade do que se passa – e alterar, no Registro Público, o nome da sociedade 
(razão social ou denominação), acrescentando a expressão “em liquidação”. 
 
Conclusão 
 
A dissolução não é por si um processo final, é apenas o início do processo de extinção 
da pessoa jurídica. Depois da dissolução, virá a liquidação e, por fim, a extinção da 
pessoa jurídica. Porém, é possível que a sequência não seja completa, como no caso de 
recuperação da empresa/sociedade. 
 
Já a liquidação compreende o processo intermediário entre a dissolução e a extinção, 
que tem por finalidade realizar os bens e direitos da companhia (transformar os ativos 
da entidade em dinheiro) e proceder o pagamento de seus débitos (liquidar as 
dívidas). 
 
E, por fim, a extinção representa a baixa da personalidade jurídica. Desfaz-se 
juridicamente uma entidade. É o término. É o fim. Há duas formas de uma pessoa 
jurídica ser extinta: pelo encerramento da liquidação ou pela incorporação, fusão e 
cisão total. 
 
 
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Para mais detalhes acerca desta temática, deve-se fazer a leitura (obrigatória) do 
capítulo 6 – Dissolução e liquidação de MAMEDE, Gladston. Manual de direito 
empresarial. 14 . ed. São Paulo: Atlas, 2020. p. 81. 
 
Veja o vídeo: Fim da Pessoa Jurídica Art. 51 do Código Civil em: 
https://youtu.be/DdEdKvXIaSA 
 
4.2 Demais tópicos do direito empresarial 
 
Função social das sociedades empresariais 
 
A função social da propriedade corresponde, basicamente, ao uso do direito de 
propriedade de forma racional e compatível com os anseios da coletividade. Está 
prevista na Constituição Federal de 1988, nos artigos 5º, XXII, 182, § 2º e 186. 
Portanto, na verdade, a função social da empresa nada mais é do que um alongamento 
da própria função social da propriedade. 
 
No entendimento de Mamede (2020), é fato que as empresas são instituições voltadas 
para o exercício de atividade econômica organizada, atuando para a produção e 
circulação de riqueza, pela produção e circulação de bens e/ou pela prestação de 
serviços. Além de beneficiar o empresário, beneficia também todos aqueles que estão 
direta e indiretamente envolvidos: não só os empregados, mas os fornecedores (e seus 
empregados, que têm trabalho); os clientes (outras empresas ou consumidores, que 
têm bens e serviços à sua disposição); o próprio mercado, que ganha com a 
concorrência entre as diversas empresas, bem como com a complexidade dos 
produtos – bens e serviços – que o compõem; o Estado, com os impostos; a região em 
que a empresa atua, com os benefícios decorrentes da circulação de valores etc. 
 
É por isso que o legislador possibilitou a intervenção do Judiciário para permitir a 
recuperação da empresa, evitando sua falência. Isso porque, como dito anteriormente, 
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ela é responsável por toda geração de riqueza de um Estado, proporcionando a 
dignidade humana de todos em sua volta. 
 
Assim, a função social da empresa diz respeito à continuidade das atividades de 
produção de riquezas como um valor que deve ser protegido, sempre que possível, 
reconhecendo, em oposição, os efeitos deletérios da extinção das atividades 
empresariais, que não só prejudicao empresário ou a sociedade empresária, mas 
também prejudica todos os demais: trabalhadores, fornecedores, consumidores, 
parceiros negociais e o Estado (MAMEDE, 2020). 
 
Além do mais, é possível produzir benefícios sociais por meio da gestão eficiente da 
atividade econômica, pois os resultados positivos de uma empresa traduzem-se, quase 
sempre, na expansão de suas atividades. O que, consequentemente, contempla a 
sociedade, já que a ampliação das atividades de uma empresa gera mais empregos, 
mais impostos (que podem ser revertidos em benefícios para a sociedade), mais 
circulação de renda (dinheiro), entre outros. Enfim, melhorias na sociedade em que se 
encontra estabelecida (SILVA, 2013). 
 
 
Leia mais em: MAMEDE, Gladston. Manual de direito empresarial. 14 . ed. São Paulo: 
Atlas, 2020. p. 439. 
 
Veja o vídeo: https://youtu.be/at2Otp1WiNU 
 
 
 
 
 
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UNIDADE V: DIREITOS DO CONSUMIDOR. POLÍTICA NACIONAL 
DE RELAÇÕES DE CONSUMO. DIREITOS BÁSICOS DO 
CONSUMIDOR. QUALIDADE DE PRODUTOS E SERVIÇOS, 
PREVENÇÃO E REPARAÇÃO DOS DANOS 
 
Prezado(a) estudante, 
 
Nesta unidade, iremos falar sobre o direito do consumidor e seus desdobramentos 
com base na Lei 8.078, de 11 de setembro de 1990. É importante que você faça uma 
leitura atenta da legislação basilar disponível no link: 
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8078.htm, bem como acesse os conteúdos 
didáticos e vídeos que serão indicados no decorrer das nossas aulas. 
 
O objetivo é que, ao final desta unidade, você consiga: 
 
 Apontar os direitos do consumidor, 
 Reconhecer a política nacional de relações de consumo; 
 Analisar os direitos básicos do consumidor; 
 Reconhecer os fatores protegidos no CC que garantem a qualidade de produtos 
e serviços, prevenção e reparação dos danos. 
 
Vamos lá! 
 
5.1 Direito do consumidor: conceitos iniciais e suas bases legais 
 
Inicialmente, precisamos saber o que é o direito do consumidor. O direito do 
consumidor é uma área do direito brasileiro responsável por tratar dos casos 
pertinentes ao consumo e à defesa dos direitos que a pessoa, seja ela física ou jurídica, 
possui em relação a um determinado produto, bem ou serviço. 
 
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https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8078.htm
 
 
 
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Em março de 1991, entrou em vigor a Lei 8.078/1990, mais conhecida como CDC – 
Código de Defesa do Consumidor. Antes desse período, não existia uma regra que 
protegesse o consumidor. O CDC veio para fiscalizar as relações de consumo desde 
então. Com o avanço da tecnologia e, consequentemente, das compras pela internet, 
essa legislação ganhou ainda mais força. Isso porque, dentro outros motivos, muitos 
golpes e ofertas falsas são feitas de forma on-line pela internet. 
A Lei 8.078/1990 apresenta, em seus artigos 2º e 3º alguns elementos básicos 
conceituais sobre consumidor, fornecedor, produto e serviço, elementos estes 
necessários para a compreensão da temática objeto da nossa aula, vejamos: 
 
Art. 2° Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou 
utiliza produto ou serviço como destinatário final. 
 
Parágrafo único. Equipara-se a consumidor a coletividade de pessoas, 
ainda que indetermináveis, que haja intervindo nas relações de 
consumo. 
 
Art. 3° Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou 
privada, nacional ou estrangeira, bem como os entes 
despersonalizados, que desenvolvem atividade de produção, 
montagem, criação, construção, transformação, importação, 
exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou 
prestação de serviços. 
 
§ 1° Produto é qualquer bem, móvel ou imóvel, material ou imaterial. 
 
§ 2° Serviço é qualquer atividade fornecida no mercado de consumo, 
mediante remuneração, inclusive as de natureza bancária, financeira, 
de crédito e securitária, salvo as decorrentes das relações de caráter 
trabalhista. 
 
 
Para informações mais aprofundadas sobre diferenças entre consumidor, fornecedor, 
produto e serviço, veja o vídeo disponível no seguinte link: 
https://www.youtube.com/watch?v=u6nQaH5F88g 
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Vale ressaltar que a base constitucional do CDC advém da CF/88. Segundo Almeida 
(2020), no Brasil, o direito do consumidor tem amparo na Constituição Federal de 
1988, que, aliás, trouxe dois mandamentos em seu corpo principal (art. 5º, XXXII, e 
170, V) e um no Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (art. 48): 
 CF/88: “Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer 
natureza, garantindo‐se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a 
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à 
propriedade, nos termos seguintes: (...) XXXII — o Estado promoverá, na forma 
da lei, a defesa do consumidor”. 
 CF/88: “Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho 
humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, 
conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes princípios: (...) V 
— defesa do consumidor”. 
 ADCT: “Art. 48. O Congresso Nacional, dentro de cento e vinte dias da 
promulgação da Constituição, elaborará código de defesa do consumidor”. 
 
 
Para aprofundamento sobre as bases legais do direito do consumidor, leia o capítulo 
I, p. 40 a 44, do livro de ALMEIDA, Fabricio Bolzan de. Direito do consumidor 
esquematizado. 8. ed. São Paulo: Saraiva Jur, 2020. Disponível em: 
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/reader/books/9788553618026. 
 
5.2 Política Nacional das Relações de Consumo 
 
Não tem como estudarmos a Política Nacional das Relações de Consumo sem 
adentrarmos no art. 4º do CDC, pois ele estabelece os objetivos da política e prevê os 
princípios que devem ser trilhados nas relações de consumo, conforme disposto a 
seguir, in verbis: 
 
https://cursos.ead.ifro.edu.br/
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/reader/books/9788553618026
 
 
 
Avenida Governador Jorge Teixeira, 3146, Setor Industrial. CEP 76821-002 – Porto 
Velho – RO. | https://cursos.ead.ifro.edu.br/ 
 
Art. 4º. A Política Nacional das Relações de Consumo tem por 
objetivo o atendimento das necessidades dos consumidores, o 
respeito à sua dignidade, saúde e segurança, a proteção de seus 
interesses econômicos, a melhoria da sua qualidade de vida, bem 
como a transparência e harmonia das relações de consumo, 
atendidos os seguintes princípios: (Redação dada pela Lei nº 9.008, 
de 21.3.1995) 
 
I − reconhecimento da vulnerabilidade do consumidor no mercado 
de consumo; 
II − ação governamental no sentido de proteger efetivamente o 
consumidor: 
a) por iniciativa direta; 
b) por incentivos à criação e desenvolvimento de associações 
representativas; 
c) pela presença do Estado no mercado de consumo; 
d) pela garantia dos produtos e serviços com padrões adequados 
de qualidade, segurança, durabilidade e desempenho. 
III − harmonização dos interesses dos participantes das relações de 
consumo e compatibilização da proteção do consumidor com a 
necessidade de desenvolvimento econômico e tecnológico, de modo 
a viabilizar os princípios nos quais se funda a ordem econômica (art. 
170, da Constituição Federal), sempre com base na boa-fé e 
equilíbrio nas relações entre consumidores e fornecedores; 
IV − educação e informação de fornecedores e consumidores, quanto 
aos seus direitos e deveres, com vistas à melhoria do mercado de 
consumo; 
V − incentivo à criação pelos fornecedores de meios eficientes de 
controle de qualidade

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