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Deus e a Igreja na Idade Média

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DEUS E IGREJA NA IDADE MÉDIA
No presente trabalho, trataremos sobre a religião no período da idade média, mas especificamente a sociedade medieval e Deus e a igreja católica, mas antes de entrarmos no tema principal, precisamos entender o período da idade média e suas principais características para assim podermos entender Deus e a Igreja Católica no período medieval. 
A idade média se deu inicial no século V, logo após a queda do Império Romano do Ocidente, terminando somente no século XV, com a conquista de Constantinopla pelo Império Turco-Otomano. Nesse período a Igreja Católica tornou-se uma instituição poderosa e influente não apenas na religião, mas também na sociedade medieval. A invasão bárbara provocou a fuga da cidade em direção ao campo. A Europa ocidental ruralizava-se, e a riqueza era a terra. A agricultura tornou-se a principal atividade econômica, e a produção dos feudos era para o próprio sustento.
Com a expansão do feudalismo por toda a Europa Medieval, observamos a ascensão de uma das mais importantes e poderosas instituições desse mesmo período, a Igreja Católica, com a expansão do cristianismo nesse período durante o fim do Império Romano, a Igreja Católica alcançou a condição de principal instituição a disseminar e refletir os valores da doutrina cristã.
No ano de 391, a religião cristã foi transformada em religião oficial do Império Romano. A partir deste momento, a Igreja Católica começou a se organizar e ganhar força no continente europeu. Nem mesmo a invasão dos povos bárbaros no século V atrapalhou o crescimento do catolicismo.
Logo depois do Primeiro Século, diversas interpretações da doutrina cristã e outras religiões pagãs se faziam presentes no contexto europeu. Foi através do Concílio de Niceia, em 325, que se assentaram as bases religiosas e ideológicas da Igreja Católica Apostólica Romana. 
A Igreja católica se baseia no cristianismo, a crença em Jesus Cristo, um homem que afirmava ser enviado pelo criador do mundo, Deus, para salvar à humanidade.
A sociedade estava marcada pelo pensamento religioso, a Igreja esteve nos mais diferentes extratos da sociedade medieval. A própria organização da sociedade medieval a qual era dividida em Clero, Nobreza e Servos sendo um reflexo da Santíssima Trindade, “pois acreditava-se num só Deus, que compreendia três pessoas – três figuras distintas, se preferirem – chamadas de “Santíssima Trindade”. Havia o Deus Pai, o Deus Filho (Jesus Cristo) e o Espírito Santo.” (Goff, Jacques Le Livro: A idade Média explicada aos meus filhos, pag. 79.
A vida terrena era desprezada em relação aos benefícios a serem alcançados pela vida nos céus. Dessa maneira, muitos dos costumes dessa época estavam influenciados pelo dilema da vida após a morte. No livro de Jacques Le Goff, O Deus da Idade Média, Conversas com Jean-Luc Pouthier – “E como a Igreja é a única a distribuir os sacramentos, o homem não pode se salvar a não ser pela Igreja e graças à Igreja.” (Goff, Jacques Le, Livro: O Deus da idade Média. Rio de Janeiro. Editora: Civilização brasileira. Ano: 2007, pag. 88). 
O poder da Igreja Católica era tão grande que influenciava até a própria monarquia. Nesta época, a igreja pregava para seus súditos oferecerem seus bens para conquistar a tão sonhada salvação, já que a vida terrena supostamente não valia de absolutamente nada. Com esse pensamento de desprendimento, o Clero conquistou cerca de um terço das terras cultiváveis da Europa Ocidental, sendo ela uma grande senhora feudal.
Com a expansão da Igreja Católica a qual expandia cada vez mais seu "império da fé". Assim, acreditar em Deus pressupunha uma série de regras que todo indivíduo deveria seguir para merecer um lugar após a sua morte no Paraíso celeste, ao lado de Deus.
A fé era a força dominante na vida do homem medieval, inspirava e determinava os mínimos atos da vida cotidiana. Na idade média a figura de Deus era como o centro do universo, a Igreja era representante de Deus na terra e, portanto, tinha poderes ilimitados. 
Os nobres, então, como forma de se livrarem do que a religião considerava seus pecados terrenos, deveriam doar à Igreja bens materiais, como dinheiro, terras e riquezas. Portanto, o crescimento do poder dessa instituição e o tamanho de sua fortuna estão diretamente relacionados com a capacidade que a Igreja tinha de fazer com que os fiéis acreditassem nas verdades que ela pregava. Mais do que acreditar nelas, os fiéis deveriam temer a ira divina e o risco de queimarem no fogo do Inferno após a morte. 
Praticamente, todos os europeus, durante a Idade Média eram cristões. A Igreja Católica Romana exercia domínio religioso total, com grande influência na sociedade. Ela exercia grande influência na vida social e comportamental das pessoas. O papa (líder da Igreja e considerado um representante de Deus na Terra) possuía grande poder religioso e político na sociedade medieval europeia.
Durante a Idade Média a Igreja Católica conquistou e manteve grande poder (temporal e espiritual). Possuía muitos terrenos (poder econômico), influenciava nas decisões políticas dos reinos (poder político), interferia na elaboração das leis (poder jurídico) e estabelecia padrões de comportamento moral para a sociedade (poder social). 
Em uma sociedade fragmentada como era na Idade Média, a Igreja Católica garantia não só a unidade religiosa, mas também a política e a cultural. Com o controle da fé, ela ditava a forma de nascer, morrer, festejar, pensar, enfim, de todos os aspectos da vida dos seres humanos no mundo medieval.
“A Igreja não só assumia a função “política – para simplificar – que o senhor acaba de descrever também estava no coração da vida cotidiana dos homens e das mulheres da Idade Média.” (Goff, Jacques Le, Livro: O Deus da idade Média. Rio de Janeiro. Editora: Civilização brasileira. Ano: 2007, pag 87).
Mesmo contando com tamanho poder e influência, a Igreja também sofreu com manifestações dissidentes. Por um lado, as heresias, seitas e ritos pagãos interpretavam o texto bíblico de forma independente ou não reconheciam o papel sagrado da Igreja.
Não cabe a nós querer criminalizar ou repudiar a Igreja dos dias de hoje, com base nas suas ações passadas. As questões e práticas dessa instituição não são exatamente iguais àquelas encontradas entre os séculos V e XV. Dessa maneira, ao darmos conta do papel desempenhado por essa instituição religiosa, durante a Idade Média, obtemos uma grande fonte de reflexão sob tal período histórico.
BIBLIOGRAFIA
Goff, Jacques Le, Livro: O Deus da idade Média. Rio de Janeiro. Editora: Civilização brasileira. Ano: 2007. Capitulo 4 - Deus na Cultura Medieval.
Goff, Jacques Le Livro: A idade Média explicada aos meus filhos. Capitulo 6 - A Religião e a Unidade da Europa.

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