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CAPÍTULO 4
Limpeza, Desinfecção e Esterilização
A partir da perspectiva do saber e fazer, neste capítulo você terá os seguintes 
objetivos de aprendizagem:
� Conceituar os agentes infecciosos relacionados ao risco biológico.
�	Descrever os métodos de limpeza, desinfeção e esterilização de materiais 
e equipamentos utilizados em estabelecimentos prestadores de serviços na 
área da estética.
�	Relacionar os equipamentos utilizados na área da estética que possuam risco 
potencial (biológico e físico).
�	Aplicar os conceitos de biossegurança na prevenção e minimização dos riscos 
biológicos pelos processos de utilização de EPIs e processos de limpeza, 
desinfecção e esterilização.
72
 BIOSSEGURANÇA EM ESTÉTICA
73
Limpeza, Desinfecção e Esterilização Capítulo 4 
Contextualização
Os estabelecimentos que prestam serviços na área de beleza e estética 
estão atendendo a um contingente cada vez maior de consumidores em todo 
o mundo. No Brasil, há uma grande valorização no campo da estética corporal, 
pois algumas pessoas precisam estar em perfeita sintonia com os padrões 
estabelecidos para alcançar um patamar socioeconômico; outras, para melhorar a 
autoestima (GARBACCIO, 2013).
 E com isto aumenta a preocupação e o cuidado em manter utensílios e 
equipamentos limpos, higienizados ou esterilizados após cada atendimento, 
medidas que possibilitam a prevenção e minimização de transmissão de doenças 
por meio de infecção cruzada. 
Algumas pesquisas realizadas por profissionais da saúde em alguns 
salões de beleza na Região Norte do Brasil apresentaram resultados de que o 
conhecimento e aplicação da Biossegurança ainda são praticamente nulos. 
A propagação da informação por meio de campanhas educativas na área da 
estética é uma das formas de ajudar na prevenção de transmissão de doenças 
infectocontagiosas, principalmente, as hepatites e HIV.
Você, neste capítulo, conhecerá os processos existentes sobre limpeza, 
desinfecção e esterilização, desenvolvidos e padronizados para a área da saúde 
e adaptados para a estética, procedimentos estes, fundamentais na prevenção e 
minimização dos riscos biológicos, aos quais, tanto profissional como cliente podem 
estar expostos durante o desenvolvimento da Estética Facial, Estética Corporal, 
Estética Capilar e Embelezamento dos Anexos (manicure e pedicure, depilação).
Conceitos e Classificação de 
Agentes Infectantes
Os micro-organismos desempenham funções vitais para a manutenção 
da vida na Terra, sendo agentes primários de processos de decomposição 
e reciclagem de matéria orgânica. Associam-se simbioticamente aos seres 
humanos, colonizando diversos tecidos e órgãos, incluindo a pele, mucosas e 
no trato respiratório, geniturinário e digestório, formando a chamada microbiota 
natural (RAMOS, 2009).
74
 BIOSSEGURANÇA EM ESTÉTICA
Devido à sua localização e extensa superfície, a pele é constantemente 
exposta a vários tipos de micro-organismos do ambiente. A colonização microbiana 
da pele em diferentes áreas do corpo tem concentração de bactérias variáveis por 
centímetro quadrado (cm²), porém semelhantes entre si. Citam-se como exemplo: 
Couro cabeludo: 106 UFC (Unidades Formadoras de Colônias)/cm²; Axila: 105 
UFC/cm²; Abdome ou antebraço: 104 UFC/cm²; Mãos de profissionais de saúde: 
104 a 106 UFC/cm² (CARDOSO; MIMICA, 2008).
Como descreveu Ramos (2009), os micro-organismos que colonizam os 
diversos tecidos do organismo formam a macrobiota natural, entretanto, a pele 
apresenta dois tipos de microbiota: a transitória e a residente. A microbiota 
transitória, que coloniza a camada superficial da pele, sobrevive por curto período 
de tempo e é passível de remoção pela higienização simples das mãos, com água 
e sabonete, por meio de fricção mecânica. É geralmente adquirida por profissionais 
de saúde durante contato direto com o paciente (colonizados ou infectados), 
ou em ambiente, superfícies próximas ao paciente, produtos e equipamentos 
contaminados (CARDOSO; MIMICA, 2008). E a microbiota transitória consiste 
de microrganismos não patogênicos ou potencialmente patogênicos, tais como 
bactérias, fungos e vírus, que raramente se multiplicam na pele. No entanto, 
alguns micro-organismos podem provocar infecções relacionadas à saúde 
(GARBACCIO, 2013).
A microbiota residente, que está aderida às camadas mais profundas da 
pele, é mais resistente à remoção apenas por água e sabonete. As bactérias 
que compõem esta microbiota (e.g., estafilococos coagulase negativos e bacilos 
difteroides) são agentes menos prováveis de infecções veiculadas por contato. 
As mãos dos profissionais de saúde podem ser persistentemente colonizadas 
por microrganismos patogênicos (e.g., Staphylococcus aureus, bacilos Gram-
negativos ou leveduras) que, em áreas críticas como unidades com pacientes 
imunocomprometidos, pacientes cirúrgicos e Unidade de Terapia Intensiva (UTI), 
podem ter um importante papel adicional como causa de infecção relacionada à 
assistência à saúde (CARDOSO; MIMICA, 2008).
Kampf e Kramer (2004 apud GARBACCIO, 2013) advertem que os fungos 
(Candida spp.) e alguns vírus, como os da hepatite A, B, C; da imunodeficiência 
humana/HIV, podem colonizar transitoriamente a pele, principalmente polpas digitais, 
após contato com pessoas ou superfícies inanimadas, podendo ser transmitidos 
ao hospedeiro susceptível (entretanto, algumas espécies de micro-organismos 
são causadoras de doenças patogênicas. Júnior e Costa (2009) alertam que a 
contaminação das mãos dos profissionais da saúde pode ocorrer durante o contato 
direto com o paciente ou por meio de contato com equipamentos e produtos. 
75
Limpeza, Desinfecção e Esterilização Capítulo 4 
Figura 14 – Microrganismo
Fonte: Espaciociencia.com (2017).
As doenças infecciosas são manifestações clínicas de um desequilíbrio 
no sistema parasito-hospedeiro-ambiente provocado pelo aumento da 
patogenicidade do parasita em relação aos mecanismos de defesa anti-infecciosa 
do hospedeiro (RAMOS, 2009). A autora ainda menciona que a transmissão dos 
agentes infecciosos pode ocorrer de maneira direta e indireta. A transmissão 
direta se dá por meio de contato físico entre transmissor e receptor por via cutânea 
ou secreções. E o indireto ocorre por meio de instrumentos contaminados, 
especialmente os perfurocortantes ou por meio de infecção cruzada.
Os micro-organismos podem ser veiculados por via aérea, via cutânea e via 
ocular.
• Via aérea: o contágio ocorre pela inalação de micro-organismos presentes 
nas partículas de aerossóis.
• Via cutânea: ocorre por meio de contato de sangue e secreções 
contaminadas com a pele não íntegra (cortes, pústulas, dermatites).
• Via ocular: a contaminação da mucosa conjuntiva ocorre invariavelmente, 
por lançamentos de gotículas ou aerossóis de material infectante no olho.
Os serviços de beleza e estética podem também ser responsáveis pela 
transmissão e disseminação de micro-organismos, além de parasitas, como os 
causadores da escabiose e pediculose, pelo contato direto com secreções e 
artigos contaminados (GARBACCIO; OLIVEIRA, 2012).
76
 BIOSSEGURANÇA EM ESTÉTICA
Outro tipo de infecção muito comum de ser encontrada em clientes durante 
os atendimentos dos serviços de manicure e pedicure são as infecções fúngicas, 
entre elas as mais comuns são as micoses de unha.
As infecções fúngicas, segundo Mamikusa e Hirata (2002), têm assumido 
grande importância devido ao aumento da incidência em pessoas com 
comprometimento imunológico. Cerca de cem mil espécies de fungos descritos na 
literatura têm sido capazes de causar infecção em pessoas saudáveis.
Ramos (2009) complementa a informação de Mamikusa e Hirata (2002) 
evidenciando que as micoses podem ser oportunistas quando atingem pessoas 
com algum grau de comprometimento na barreira protetora externa (pele), no 
sistema imunológico, pelo uso contínuo de corticoides e antibióticos, e naqueles 
acometidos por doenças de basecomo diabetes e câncer.
Na classificação proposta por Mamikusa e Hirata (2002), as micoses podem 
se apresentar como: 
• Superficiais: acometem as camadas mais superficiais da pele e pelos.
 
• Cutâneas ou dermatomicoses: localizadas na pele, no pelo, nas unhas e 
nas mucosas.
 
• Subcutâneas: acometem a pele e o tecido subcutâneo.
• Sistêmicas: acometem órgãos internos e vísceras. 
As infecções fúngicas de maior relevância para a área da estética são 
as onicomicoses e as dermatites fúngicas, sendo estas caracterizadas pelo 
crescimento de fungos nas unhas e dobras periungueais (ao redor da unha), sendo 
que a lâmina ungueal pode ser infectada principalmente por fungos dermatófitos e 
mais raramente pela levedura Candida albicans (RAMOS, 2009).
Os fungos causadores de micoses têm como reservatórios principais o 
homem, os animais e o solo (MAMIKUSA; HIRATA, 2002). As onicomicoses 
são consideradas como as micoses superficiais mais difíceis de diagnosticar e 
tratar. A forma clínica mais frequente da onicomicose por fungos filamentosos não 
dermatófitos é a proximal, associada à inflamação da dobra proximal, podendo ser 
limitada à região da lúnula ou afetar a totalidade da unha (ARAÚJO et al., 2003).
77
Limpeza, Desinfecção e Esterilização Capítulo 4 
Figura 15 – Onicomicose de unha
Fonte: Gonzales (2013).
Atividade de Estudos:
1) Qual é a diferença entre microbiota residente e microbiota 
transitória?
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
Higienização das Mãos
As mãos do profissional são grandes veículos para o transporte dos agentes 
infectados. Estando muito bem higienizadas, podem prevenir uma infinidade de 
doenças que na maioria das vezes são causadas por infecções cruzadas. Mãos 
limpas são consideradas a prevenção e o controle mais importantes para não 
ocorrer contaminações em serviços de saúde e beleza (RAMOS, 2009).
78
 BIOSSEGURANÇA EM ESTÉTICA
Figura 16 – Campanha de conscientização na higienização das mãos nos 
hospitais
Fonte: Socel News (2018).
A higienização das mãos tem como objetivos: retirar sujidade, suor, oleosidade, 
pelos, células mortas e microbiota da pele, interrompendo a transmissão de 
infecções veiculadas ao contato; prevenção e redução das infecções causadas 
pelas transmissões cruzadas (SOUZA; SANTANA, 2009).
São poucos os profissionais que têm a conscientização sobre a higienização 
correta das mãos, o número varia sempre de 16% a 81%. A transmissão de 
agentes infecciosos por contato das mãos se baseia no potencial que estas têm 
de armazenamento em sua microbiota resistente e transitória (MIMS; WAKELIN; 
WILLIAN, 1999).
Conforme relata Kawagoe (2009, p. 33), o principal problema de higienização 
das mãos “não é o produto utilizado, mas a falta de adesão desta prática entre 
profissionais da saúde”.
Em uma clínica de estética, o ato de friccionar as mãos com detergente 
específico e enxaguá-las com água pode ser feito várias vezes durante um 
único atendimento, principalmente quando há presença de secreções, sangue e 
mucosas, pode reduzir em até 80% das infecções cruzadas (ANDRADE, 2008). 
Procedimento correto de lavagem das mãos (GUADALINI, 1997):
79
Limpeza, Desinfecção e Esterilização Capítulo 4 
01) Retirar anéis, pulseiras, relógios das mãos e antebraços.
02) Ficar em uma posição confortável.
03) Não se encostar na pia com o corpo.
04) Abrir a torneira com a mão dominante ou cotovelo, neste caso é melhor 
possuir uma torneira com acionamento por pedal ou por sensor elétrico 
que o aciona. 
05) Molhar as mãos com água potável corrente com temperatura de 24ºC.
06) Colocar na palma das mãos apenas 3 ml de detergente ou sabão líquido 
à base de clorexidine ou qualquer outra substância que realiza assepsia, 
espalhar pelas duas mãos e antebraços.
07) Friccionar as palmas das mãos uma contra a outra, dorso das mãos, abrir 
os dedos e esfregar as regiões interdigitais, primeiro uma e após a outra. 
Em seguida, friccionar as pontas dos dedos e as unhas nas palmas das 
mãos, friccionar as laterais das mãos uma a outra, finalmente friccionar o 
polegar e sua região interdigital.
08) Enxaguar as mãos com água potável corrente e repetir todo o processo.
09) Fechar a torneira com o auxílio de um papel toalha, para torneiras 
convencionais.
10) Enxugar as mãos com papel toalha descartável ou compressa ou tolha 
de pano que deve ser trocada a cada paciente.
Figura 17 – Como lavar as mãos corretamente
1- PALMA
2- DORSO
 DAS MÃOS
3- ESPAÇOS
INTERDIGITAIS 4- POLEGAR
5- ARTICULAÇÃO
6- UNHAS E 
EXTREMIDADES 
DOS DEDOS 7- PUNHOS
Como lavar corretamente as mãos. 
Fonte: Genesi (2010).
80
 BIOSSEGURANÇA EM ESTÉTICA
Produtos para higiene das mãos: 
• Sabão neutro, que tem menor potencial irritativo, deve ser usado na 
higiene rotineira das mãos. Preferencialmente, deve ser acondicionado 
individualmente em saboneteira tipo “bag”, diminuindo assim o risco de 
contaminação do produto. 
• Saboneteiras com sabão líquido podem ser utilizadas, desde que não 
preenchidas antes do esvaziamento total e higienizadas antes do novo 
envaze. Estas saboneteiras devem ter um dispositivo com acionamento 
que não permita o contato direto com as mãos. 
• Papel toalha descartável: a utilização deste produto para secar as mãos 
é indispensável. Toalhas de tecido que ficam penduradas não são 
recomendadas para a utilização em serviços de saúde.
Álcool 70% com emoliente (álcool gel ou álcool glicerinado): 
antisséptico com excelente atividade germicida, pode ser usado em 
substituição à lavagem de mãos com água e sabão, quando não 
estiverem visivelmente sujas ou contaminadas com fluidos corporais. 
Pode ser acondicionado em saboneteiras tipo “bag” ou em frascos tipo 
“pamper” e ser disponibilizado próximo do local onde se desenvolvem 
atividades de assistência direta ao paciente ou requeiram a higiene 
das mãos (RAMOS, 2009).
Souza e Santana (2009) ainda fazem as seguintes recomendações 
no que se refere à higienização das mãos: manter as unhas naturais, 
limpas e curtas; não usar unhas postiças quando entrar em contato direto com 
os pacientes; evitar o uso de esmaltes nas unhas; evitar utilizar anéis, pulseiras 
e outros adornos quando assistir ao paciente; aplicar creme hidratante nas mãos 
(uso individual) diariamente, para evitar ressecamento da pele.
Álcool 70% com 
emoliente (álcool gel 
ou álcool glicerinado): 
antisséptico com 
excelente atividade 
germicida, pode ser 
usado em substituição 
à lavagem de mãos 
com água e sabão, 
quando não estiverem 
visivelmente sujas ou 
contaminadas com 
fluidos corporais.
Doenças Infecciosas Transmitidas 
Ocupacionalmente em 
Estabelecimentos Prestadores de 
Serviço na Área da Saúde e Estética
Os profissionais da área da saúde, assim como os da estética, estão 
frequentemente expostos aos agentes infecciosos transmitidos por acidentes 
ocupacionais envolvendo materiais contaminados com sangue ou fluidos 
81
Limpeza, Desinfecção e Esterilização Capítulo 4 
corpóreos. Os principais agentes são os vírus da imunodeficiência humana (HIV) 
e das hepatites tipos B (HBV) e C (HVC). Evitar a exposição ocupacional é o 
principal caminho para prevenir a transmissão dos vírus das hepatites B e C e 
do HIV. Entretanto, a imunização contra hepatite B e o atendimento adequado 
pós-exposição são componentes importantes para um completo programa de 
prevenção de infecção após acidente ocupacional e importantes elementos para 
segurança do trabalho (DESTRA, 2008).
Vamos ver então os conceitos das doenças infecciosas mais importantes que 
podem ser transmitidas durante as atividadesrealizadas durante os procedimentos 
estéticos.
a) Hepatites
As hepatites virais acometem milhares de pessoas em todo o mundo. Vários são 
os vírus que podem causar hepatites, sendo os mais conhecidos os vírus da hepatite 
A, B, C, D, citomegalovírus e outros. Os de maior frequência na população são os três 
primeiros tipos, sendo que as vacinas disponíveis previnem a infecção apenas contra 
as duas primeiras, A e B (BRASIL, 2002; BRASIL, 2008; RAMOS, 2009).
A hepatite B, provocada por vírus, é hoje uma doença bem conhecida do 
ponto de vista clínico, laboratorial e epidemiológico. Trata-se da mais frequente 
forma de hepatite infecciosa, sendo a nona causa de mortalidade no mundo. O 
Ministério da Saúde estima que, no Brasil, pelo menos 15% da população já esteve 
em contato com o vírus da hepatite B e que 1% da população apresenta doença 
crônica relacionada a este vírus (BRASIL, 2002; BRASIL, 2008; YOSHIDA,1996).
A hepatite B na área da estética pode ser transmitida ocupacionalmente por 
meio de instrumentos perfurocortantes contaminados. O sangue é o principal 
veículo para transmissão, embora sêmen, secreções vaginais, saliva, lágrima e 
suor possam contribuir para sua disseminação (RAMOS, 2009).
O vírus da hepatite B pode sobreviver ativo no ambiente externo por vários 
dias. O período de incubação dura, em média, de um a quatro meses. Uma 
pessoa infectada por ele pode desenvolver as seguintes formas da doença: 
hepatite aguda, hepatite crônica (ou ambas) e hepatite fulminante, uma forma rara 
da doença que pode ser fatal (PINHEIRO; ZEITOUNE, 2008; YOSHIDA, 1996). 
O risco de aquisição do vírus após exposição percutânea a materiais e 
instrumentos contaminados varia de 6% a 30%. Sabe-se também que o vírus da 
hepatite B é altamente resistente, podendo sobreviver por até sete dias no sangue 
seco em temperatura ambiente. Além disso, sua infectividade é 100 vezes maior 
que o HIV e 10 vezes maior que o HCV (MORAES et al., 2012).
82
 BIOSSEGURANÇA EM ESTÉTICA
Ramos (2009) salienta que a exposição a sangue por material cortante ou 
perfurocortante de uso coletivo sem esterilização adequada, como é o caso de 
procedimentos realizados em acupuntura, tatuagem, manicure e pedicure com 
instrumentos contaminados, é um fator de risco importante para o contágio com o 
vírus da hepatite B e C.
A hepatite A é doença autolimitada, que não apresenta formas crônicas, evoluindo 
para cura na maioria das vezes. A forma fulminante pode ocorrer em até 1% dos 
casos e a incidência aumenta com a idade, sendo maior em pessoas com mais de 65 
anos. O homem é o único reservatório natural do vírus da hepatite A (HAV), sendo de 
maior importância para saúde pública os casos assintomáticos ou oligossintomáticos, 
que mantêm a cadeia de transmissão (BRASIL, 2002; BRASIL, 2008).
O Ministério da Saúde (BRASIL, 2008) cita que o vírus da hepatite C (HCV) 
foi identificado nas pesquisas realizadas por Choo e colaboradores (1989 apud 
BRASIL, 2008), mas os exames para detecção do vírus só se tornaram disponíveis 
comercialmente a partir de 1992. O HCV é o principal agente etiológico da hepatite 
crônica não-A não-B. Sua transmissão ocorre principalmente por via parenteral. 
Em percentual significativo de casos não é possível identificar a via de infecção. 
São consideradas populações de risco acrescido para a infecção pelo HCV por via 
parenteral: indivíduos que receberam transfusão de sangue e/ou hemoderivados 
antes de 1993, usuários de drogas intravenosas, usuários de cocaína inalada, 
pessoas com tatuagem, piercing ou que apresentem outras formas de exposição 
percutânea (BRASIL, 2002; BRASIL, 2008).
A transmissão sexual é menos frequente e ocorre principalmente em pessoas 
com múltiplos parceiros e com prática sexual de risco (sem uso de preservativo). 
A transmissão vertical é rara quando comparada à hepatite B. Entretanto, já se 
demonstrou que gestantes com carga viral do HCV elevada ou coinfectadas pelo 
HIV apresentam maior risco de transmissão da doença para os recém-nascidos. 
Em adultos, a cronificação ocorre em 80% a 85% dos casos, sendo que um terço 
deles evolui para formas graves no período de 20 anos. O restante evolui de forma 
mais lenta e talvez nunca desenvolva hepatopatia grave (BRASIL, 2002; BRASIL, 
2008; RAMOS, 2009; YOSHIDA, 1996).
• Prevenção contra a hepatite
Nenhuma cura é prevista para hepatite B, portanto, prevenção é essencial. 
Vacinas podem oferecer proteção de 90% a 95%, ao profissional de saúde. A 
vacina pode ser dada seguramente às crianças, em três doses, num período de 
seis meses. Recomendação para Profilaxia de Hepatite B para profissionais de 
saúde com exposição a materiais biológicos (YOSHIDA, 1996).
83
Limpeza, Desinfecção e Esterilização Capítulo 4 
Quadro 5 – Recomendação para profilaxia de hepatite b para profissionais de 
saúde com exposição a materiais biológicos
Profissional de Saúde
Paciente Fonte Hbs 
Ag positivo ou 
desconhecido 
COM RISCO
Paciente Fonte Hbs 
Ag positivo ou 
desconhecido 
SEM RISCO
Paciente Fonte Hbs 
Ag NEGATIVO
Não vacinado ou
vacinação Incompleta
01 dose de HBIG 
e iniciar esquema 
vacinal completar 
vacinação
Iniciar esquema 
vacinal ou completar 
vacinação
Iniciar esquema vacinal
ou completar vacinação.
Vacinado com 
resposta Adequada Não Imunizar Não Imunizar Não Imunizar
Vacinado sem 
resposta adequada
01 dose de HBIG 
REVACINAR REVACINAR REVACINAR
Vacinado com 
resposta Não 
conhecida
Fazer Anti HBS, com 
resposta adequada 
não imunizar e sem 
resposta adequada: 
01 dose de HBIG e 
Revacinar
Fazer Anti Hbs, com 
resposta adequada 
não imunizar e sem 
resposta adequada: 
Revacinar
Fazer Anti HBs,
 Não imunizar.
Fonte: Adaptado de ANVISA (2000).
b) AIDS (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida)
A AIDS é causada pelo vírus HIV (sigla em inglês do vírus da imunodeficiência 
humana), que ataca o sistema imunológico, responsável por defender o organismo 
de doenças. As células mais atingidas são os linfócitos T CD4+, os quais são 
utilizados pelo vírus HIV para se multiplicar através de alterações 
no DNA dessas células. Depois de se multiplicar, o vírus rompe os 
linfócitos em busca de outros para continuar a infecção. O HIV é um 
retrovírus, classificado na subfamília dos Lentiviridae. Esses vírus 
compartilham algumas propriedades comuns: período de incubação 
prolongado antes do surgimento dos sintomas da doença, infecção das 
células do sangue e do sistema nervoso e supressão do sistema imune 
(BRASIL, 2018; RAMOS, 2009).
O conhecimento e a divulgação dos métodos de proteção anti-
infecciosa são de extrema relevância, uma vez que a atuação do 
profissional de saúde e da estética está na interdependência do material 
que está sendo usado como veículo de transmissão de infecção, tanto 
para o paciente/cliente como na manipulação dos artigos sem os 
devidos cuidados.
O conhecimento e 
a divulgação dos 
métodos de proteção 
anti-infecciosa 
são de extrema 
relevância, uma vez 
que a atuação do 
profissional de saúde 
e da estética está 
na interdependência 
do material que 
está sendo usado 
como veículo de 
transmissão de 
infecção, tanto para 
o paciente/cliente 
como na manipulação 
dos artigos sem os 
devidos cuidados.
84
 BIOSSEGURANÇA EM ESTÉTICA
A exposição ao vírus e sua transmissão podem ocorrer com a utilização 
principalmente de objetos perfurocortantes utilizados durante as atividades, 
portanto, alicates, agulhas e lâminas devem ser manuseados com cuidado e 
atenção, sempre utilizando os EPIs adequados para sua proteção.
Oda, Rocha e Teixeira (1996) acrescentam que alguns dos principais fatores 
de risco para a transmissão da AIDS ocupacional estão relacionados ao próprio 
acidente, à fonte contaminadora ou doadora e ao receptor acidentado. Agregam 
também como fatores o grau de risco os tipos de exposição, como: percutânea, 
mucosa ou cutânea; o tipo de fluido envolvido, como: sangue ou fluidos corpóreos, 
assim como outros fatoresenvolvidos, como: temperatura, pH, umidade, tempo 
de exposição e gravidade da exposição.
Classificação de Materiais Quanto 
ao Risco de Contaminação
A variedade de materiais utilizados nos estabelecimentos de saúde e estética 
pode ser classificada segundo riscos potenciais de transmissão de infecções para 
os pacientes/clientes, em três categorias: críticos, semicríticos e não críticos.
a) Artigos críticos
Os artigos destinados aos procedimentos invasivos em pele e mucosas 
adjacentes, nos tecidos subepiteliais e no sistema vascular, bem como todos os 
que estejam diretamente conectados com este sistema, são classificados em 
artigos críticos. Estes requerem esterilização (BRASIL, 1994; RAMOS, 2009).
b) Artigos semicríticos
 Os artigos que entram em contato com a pele não íntegra, porém, restrito 
às camadas da pele ou com mucosas íntegras são chamados de artigos 
semicríticos e requerem desinfecção de médio ou de alto nível ou esterilização 
(ANVISA, 2000; RAMOS, 2009).
c) Artigos não críticos
Os artigos destinados ao contato com a pele íntegra e também os que não 
entram em contato direto com o paciente são chamados artigos não críticos e 
requerem limpeza ou desinfecção de baixo ou médio nível, dependendo do uso a 
que se destinam ou do último uso realizado (RAMOS, 2009).
85
Limpeza, Desinfecção e Esterilização Capítulo 4 
A seguir apresentamos uma tabela proposta por Ramos (2009) em que 
consta a classificação dos materiais, exemplos e forma de descontaminação. A 
autora inclui os artigos descartáveis, entretanto alerta que estes materiais não 
devem ser processados por métodos de limpeza, desinfecção ou esterilização, 
pois perdem suas características originais, e devem sim ser descartados.
Os artigos descartáveis não devem ser reaproveitados, sendo de uso 
individual. Os utensílios perfurocortantes devem ser manuseados e descartados 
conforme apresentado no Capítulo 5.
Quadro 6 - Exemplos de artigos utilizados nas atividades da estética
Artigos Exemplos Processamento
Críticos
Alicates, pinças, espátulas 
de cutícula e podologia, bro-
cas, espátulas e pinças de 
depilação.
Limpeza, secagem, 
desinfecção (opcional), 
esterilização.
Semicríticos
Escovas e pentes para 
cabelos, pincéis de ma-
quiagem, toalhas, acessórios 
de equipamentos.
Limpeza, secagem, desin-
fecção de alto nível ou 
esterilização.
Não críticos
Recipientes e espátulas 
para aplicação de produtos 
cosméticos na pele e nos 
cabelos, macas e cadeiras de 
atendimentos.
Limpeza, secagem e 
desinfecção de baixo 
nível.
Descartáveis
Lençóis, protetores de ma-
cas, protetores de bacias 
e recipientes de manicure, 
lixas de unhas, palitos, luvas, 
máscaras, gorros.
Separação, acondiciona-
mento, identificação, trans-
porte e descarte adequado, 
dependendo do grau e 
natureza da contaminação 
(ver cap. 5).
Perfurocortantes
Descartáveis
Agulhas e navalhas
Separação, acondicio-
namento, identificação, 
transporte e descarte 
adequados.
Fonte: Adaptado de Ramos (2009).
86
 BIOSSEGURANÇA EM ESTÉTICA
• Limpeza
É o procedimento de remoção de sujidade e detritos para manter em estado de 
asseio os artigos, reduzindo a população microbiana. Constitui o núcleo de todas 
as ações referentes aos cuidados de higiene com os artigos críticos, semicríticos 
e não críticos. A limpeza deve preceder aos procedimentos de desinfecção ou de 
esterilização, pois reduz a carga microbiana através da remoção da sujidade e da 
matéria orgânica presentes nos materiais (ANVISA, 2000; RAMOS, 2009).
O excesso de matéria orgânica aumenta não só a duração do processo de 
esterilização, como altera os parâmetros para este processo. O avanço tecnológico 
tem lançado no mercado equipamentos complexos dotados de estreitos lúmens 
que tornam a limpeza um verdadeiro desafio. Assim, é lícito afirmar que a limpeza 
rigorosa é condição básica para qualquer processo de desinfeção ou esterilização. 
“É possível limpar sem esterilizar, mas não é possível garantir a esterilização sem 
limpar” (ANVISA, 2000, p. 10).
A limpeza de artigos é uma condição básica que antecede qualquer processo 
de desinfecção ou esterilização. Deve ser realizada imediatamente após o uso 
do material, evitando que a matéria orgânica fique colada à sua superfície e, 
consequentemente, dificultando sua remoção. Antes de iniciar a limpeza, o 
material deve ser desmontado em todas as partes possíveis, facilitando o contato 
do detergente com todas as suas superfícies, com atenção especial a ranhuras 
e canais. A limpeza pode ser realizada de forma mecânica (automatizada) ou 
manual. Na limpeza manual o processo é realizado por meio de fricção com auxílio 
de escovas. É fundamental a utilização rigorosa de equipamentos de proteção 
individual (EPI). Os detergentes a serem utilizados devem ser de uso hospitalar e 
possuir registro na Anvisa, sendo recomendados os enzimáticos (RAMOS; 2009; 
SANTOS, 2008; ANVISA, 2000).
• Desinfecção
Descontaminação e desinfecção não são sinônimos. A descontaminação 
tem por finalidade reduzir o número de microrganismos presentes nos artigos 
sujos, de forma a torná-los seguros para manuseá-los, isto é, ofereçam menor 
risco ocupacional. O termo desinfecção deverá ser entendido como um processo 
de eliminação ou destruição de todos os microrganismos na forma vegetativa, 
independentemente de serem patogênicos ou não, presentes nos artigos e 
objetos inanimados (ANVISA, 2000).
87
Limpeza, Desinfecção e Esterilização Capítulo 4 
O uso de agentes químicos desinfetantes como glutaraldeído, 
formaldeído, hipoclorito de sódio e outros no processo de 
descontaminação, prática largamente utilizada, não tem 
fundamentação. O agente químico é impedido de penetrar nos 
microrganismos, pois há tendência de as soluções químicas ligarem-
se com as moléculas de proteínas presentes na matéria orgânica, não 
ficando livres para ligarem-se aos microrganismos nas proporções 
necessárias, dando uma “falsa segurança” no manuseio do material 
como descontaminado. Além disso, o uso desses agentes na prática 
da descontaminação causa uma aderência de precipitado de matéria 
orgânica no artigo, prejudicando sobremaneira a posterior limpeza 
(ANVISA, 2000, p. 11).
O termo desinfecção deverá ser entendido como um processo de 
eliminação ou destruição de todos os microrganismos na forma vegetativa, 
independentemente de serem patogênicos ou não, presentes nos artigos e 
objetos inanimados. A destruição de algumas bactérias na forma esporulada 
também pode ocorrer, mas não se tem o controle e a garantia desse resultado 
no seu espectro de ação, a desinfecção de alto nível deve incluir a eliminação de 
alguns esporos, o bacilo da tuberculose, todas as bactérias vegetativas, fungos e 
todos os vírus (ANVISA, 2000; RAMOS, 2009; MAMIKUSA; HIRATA, 2002). 
Quando se fala em processo de desinfecção, subentende-se o uso de 
agentes químicos, cujos princípios ativos permitidos pelo Ministério da Saúde, 
através da Portaria número 15, de 1988, são: os aldeídos, fenólicos, quaternário 
de amônia, compostos orgânicos liberados de cloro ativo, iodo e derivados, 
álcoois e glicóis, biguanidas e outros, desde que atendam à legislação específica 
(ANVISA, 2000).
O agente mais comumente utilizado para desinfecção de alto nível é o 
glutaraldeído. Na desinfecção de nível intermediário não é esperada ação 
sobre os esporos bacterianos e ação média sobre vírus não lipídicos, mas que 
seja tuberculicida, elimine a maioria dos fungos e atue sobre todas as células 
vegetativas bacterianas. Cloro, iodóforos, fenólicos e álcoois pertencem a este 
grupo. Os desinfetantes desta classificação, juntamente com os de baixo nível, 
são tipicamente usados para artigos que entrarão em contato somente com a pele 
íntegra ou para desinfecção de superfícies (RAMOS, 2009; MAMIKUSA; HIRATA, 
2002; ROMÃO, 1996).
88
 BIOSSEGURANÇA EM ESTÉTICA
 Na desinfecção de baixo nívelnão há ação sobre os esporos ou bacilo da 
tuberculose, podendo ter ou não ação sobre vírus não lipídicos e com atividade 
relativa sobre fungos, mas capaz de eliminar a maioria das bactérias em forma 
vegetativa. Compostos com quaternário de amônia são exemplos de desinfetantes 
de baixo nível. Quando se fala em processo de desinfecção, subentende-se o uso 
de agentes químicos, cujos princípios ativos permitidos pelo Ministério da Saúde, 
através da Portaria número 15, de 1988, são: os aldeídos, fenólicos, quaternário 
de amônia, compostos orgânicos liberados de cloro ativo, iodo e derivados, 
álcoois e glicóis, biguanidas e outros, desde que atendam à legislação específica 
(ANVISA, 2000; MAMIKUSA; HIRATA, 2002; RAMOS, 2009).
Apesar da grande oferta de produtos químicos no mercado, a escolha do 
mais adequado não é uma tarefa simples. Várias características devem ser 
consideradas nesta seleção: amplo espectro de ação antimicrobiana; inativar 
rapidamente os microrganismos; não ser corrosivo para metais; não danificar 
artigos ou acessórios de borracha, plásticos ou equipamento ótico; sofrer pouca 
interferência, na sua atividade, de matéria orgânica; não ser irritante para a pele 
e mucosas; possuir baixa toxicidade; tolerar pequenas variações de temperatura 
e de pH; ter ação residual sobre superfícies quando aplicado no ambiente; 
manter sua atividade mesmo sofrendo pequenas diluições; ser um bom agente 
umectante; ser de fácil uso; ser inodoro, ou ter odor agradável; ter baixo custo; ser 
compatível com sabões e detergentes; ser estável quando concentrado ou diluído 
(ANVISA, 2000; SANTOS, 2008).
Quadro 7 – Exemplos de agentes microbianos e sua eficiência
EFICIÊNCIA, ANTIMICROBIANA DE ALGUNS AGENTES QUÍMICOS DESINFETANTES 
FRENTE A AGENTES MICROBIANOS: 
B
A
C
TÉ
R
IA
S
VÍ
RU
S
LI
PO
FÍ
SI
CO
S
VÍ
R
U
S 
H
ID
R
O
-
FÍ
SI
C
O
S
M
IC
O
B
A
C
TÉ
-
R
IA
S
FU
N
G
O
S
ES
PO
R
O
S
B
A
C
TE
R
IA
N
O
S
ETANOL + + - + V -
FORMALDEIDO + + + + + +
GLUTARALDEIDO + + + + + +
COMP. CLORO + + + + + +
FENOIS + + - + + -
QUATERNÁRIOS
AMÔNIA + + + - + -
IODÓFOROS + + + - + -
Fonte: Laboratório Oswaldo Cruz (s.d.).
89
Limpeza, Desinfecção e Esterilização Capítulo 4 
Atividade de Estudos:
1) Quais são os aspectos fundamentais a serem considerados no 
processo de desinfecção?
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
2) Qual é o conceito de limpeza e por que ela deve preceder os 
procedimentos de desinfecção e esterilização dos artigos?
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____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
• Esterilização
Para a prevenção da ocorrência de infecções causadas pela utilização de 
instrumentos não esterilizados em salões de beleza, é de suma importância a 
adoção de métodos adequados e eficientes de esterilização, principalmente em 
se tratando de materiais perfurocortantes (RAMOS, 2009; ANVISA, 2000).
 Dentre os processos de esterilização de materiais por agentes físicos, 
destaca-se o uso do calor, seja sob a forma seca, em estufas de ar quente, ou 
através do calor úmido operacionalizado em autoclaves, sendo o desempenho 
do calor úmido em autoclaves um processo rápido e mais eficiente. Entretanto, 
existem fatores que podem afetar a eficácia da esterilização, possibilitando 
a exposição do profissional de beleza e seus clientes a risco de contaminação 
(AZEVEDO; MOREIRA, 2017).
A presença de matéria orgânica no instrumental a ser esterilizado é um 
desses fatores. Por isso, toda esterilização deve ser precedida da lavagem prévia 
90
 BIOSSEGURANÇA EM ESTÉTICA
do artigo para haver a remoção dos detritos ou sujidades, podendo ser feita de 
maneira mecânica, através de aparelhos ou de limpadores enzimáticos, os quais 
facilitam o procedimento de lavagem.
Quanto ao calor úmido, existem vários tipos de autoclaves, que diferem entre 
si pelo modelo, tamanho e tempo, pela temperatura e pressão empregadas. A 
esterilização através da autoclave convencional é feita a 121º C com o tempo de 
exposição de 15 a 30 minutos. Outros modelos empregam temperatura e pressão 
mais elevadas e um tempo de exposição menor. A penetração do vapor d’água no 
material a ser esterilizado garante maior nível de destruição dos microrganismos. 
Por esse motivo, autoclavação é um método mais rápido que o calor seco 
(AZEVEDO; MOREIRA, 2017; RAMOS, 2009).
Figura 18 – Modelo de autoclave
Fonte: Multimed (s.d.).
O calor úmido atua através de desnaturação e coagulação de proteínas 
vitais para os microrganismos, ocorrendo em temperatura e tempo de exposição 
menor do que os requeridos para a oxidação em estufas. Em ambos os métodos 
é importante realizar o monitoramento do ciclo da esterilização, assegurando 
a eficácia dos processos utilizados antes da liberação de cada artigo. Essa 
validação poderá ser feita utilizando-se indicadores físicos, químicos e biológicos.
A eficácia do processo de esterilização deve ser constantemente monitorada, 
sendo obrigatória a utilização dos seguintes indicadores: 
• Indicador químico externo (fita crepe zebrada). Tem sua coloração alterada 
na exposição à temperatura. Deve ser utilizado externamente em todos os 
pacotes que passam pela autoclave.
91
Limpeza, Desinfecção e Esterilização Capítulo 4 
Figura 19 – Embalagem e monitoramento biológico para autoclaves
Fonte: Cipamed (s.d.).
Acesse o site <https://www.cristofoli.com/biosseguranca/vitale-
class-cd-como-usar-video/> e assista ao vídeo sobre como manusear 
uma autoclave.
Aproveite também este tempo e assista ao vídeo muito 
interessante sobre o empacotamento de artigos críticos na autoclave. 
Acesse o site: <https://www.youtube.com/watch?v=6vtjD0F_TsM>.
Já a esterilização pelo calor seco em estufas é realizada em temperaturas de 
170ºC por 1 hora ou a 160ºC por duas horas. A temperatura interior é controlada 
por um termostato, possuindo um termômetro bimetálico. A esterilização é gerada 
por meio do aquecimento e da irradiação do calor, que é menos penetrante e 
uniforme que o vapor saturado, sendo necessário um tempo maior de exposição e 
maiores temperaturas (RAMOS, 2009; OLIVEIRA; QUARESMA, 2010).
• Indicador biológico com a frequência mínima semanal. Colocados dentro 
de pacotes em locais de maior dificuldade de penetração do vapor, simulam 
a morte microbiana.
92
 BIOSSEGURANÇA EM ESTÉTICA
Figura 20 – Modelos de estufa (calor a seco) para esterilização
Fonte: Hair Beauty cosméticos (2018).
Os invólucros indicados para esterilização pelo calor a seco (forno de 
Pasteur) são as caixas metálicas, os instrumentais contidos em seu interior devem 
ter um limite de volume que proporcione a circulação do calor e todas as caixas 
deverão ser fechadas com tampa. O invólucro recomendado para esterilização 
em autoclave é o papel grau cirúrgico, que já possui os indicadores químicos de 
processo, podendo ser encontrados na forma de envelopes prontos, ou rolos 
de diferentes tamanhos e larguras. Se utilizados em rolo, deverão ser selados 
a quente com seladoras próprias, de forma que a selagem fique íntegra e sem 
rugas (MOREIRA; SILVA, 2017; RAMOS, 2009).
A utilização de caixas não é obrigatória, porém protege os instrumentais 
e a integridade da embalagem, uma vez que muitos são perfurocortantes. A 
esterilização deve ser repetida se o pacote estiver danificado (rasgado, furado, 
aberto), se apresentar umidade, ou se o indicador deprocesso não estiver com a 
cor alterada. As embalagens de papel grau cirúrgico são de uso único, podendo 
ser descartadas junto com os resíduos do grupo D (MOREIRA; SILVA, 2017; 
RAMOS, 2009). 
É aconselhável que os equipamentos e os processos de 
esterilização estejam em uma sala adequada a estes procedimentos. 
Deve haver uma pia, de preferência de material aço inoxidável, luvas 
para serem usadas nos processos de limpeza e desinfecção dos 
artigos, máquina seladora para os invólucros, e instalação elétrica 
adequada para autoclave e estufas.
É aconselhável que 
os equipamentos 
e os processos 
de esterilização 
estejam em uma sala 
adequada a estes 
procedimentos.
93
Limpeza, Desinfecção e Esterilização Capítulo 4 
Figura 21 – Sala de esterilização
Fonte: Flickr (s.d.).
Figura 22 – Tipos de invólucros – para autoclave e para estufa
Fonte: Nogueira (2015).
Atividades de Estudos:
1) Correlacione respectivamente os artigos críticos, semicríticos, não 
críticos, descartáveis e perfurocortantes descartáveis, usados na 
estética, assinalando a alternativa de acordo com as letras C, SC, 
NC, D, PD.
( ) alicates de unha.
( ) pincéis de maquiagem.
( ) escova para cabelo.
94
 BIOSSEGURANÇA EM ESTÉTICA
( ) cumbucas para coloração.
( ) pinças de metal.
( ) esponjas de maquiagem.
( ) toalhas de algodão.
( ) pentes para cabelo.
( ) espátulas de metal para manicure.
( ) brocas de metal para podologia.
( ) lâminas para navalha.
( ) agulhas.
( ) luvas, máscara e gorro.
2) A eficácia no processo de esterilização depende de quais 
procedimentos?
_______________________________________________________
_______________________________________________________
______________________________________________________
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3) Por que os artigos críticos devem ser esterilizados e os 
semicríticos apenas sofrer processo de desinfecção?
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• Cuidados de manuseio de equipamentos de risco potencial
Em diversas atividades desenvolvidas pelos profissionais de estética são 
utilizados equipamentos eletroterápicos. Estes aparelhos por vezes possuem 
acessórios que entram em contato com a pele do cliente, esteja ela íntegra ou não 
íntegra. Neste caso, estes artigos são considerados não críticos ou, em alguns 
casos, semicríticos, requerendo o processo de limpeza e desinfecção após o uso 
em cada cliente (RAMOS, 2009).
95
Limpeza, Desinfecção e Esterilização Capítulo 4 
Borges (2006) relaciona alguns dos equipamentos utilizados na área da 
estética, como: radiofrequência, lipocavitação, luz intensa pulsada, vacuoterapia, 
fototerapia, laser e LED, alta frequência, aparelho de ultrassom, vapor de ozônio, 
eletroestimulação, entre outros, os quais devem passar pelo processo de limpeza 
e desinfecção dos seus acessórios após o seu uso.
Ramos (2009, p. 85) descreve os procedimentos corretos para o manejo do 
equipamento nestes processos:
− Com o equipamento desligado, desconectar a parte que entrou em contato 
com a pele da cliente.
− Se o acessório não puder ser imerso em água para limpeza, passar um 
pano limpo e umedecido com água.
− Secar com um pano limpo.
− Friccionar etanol 70ºGL com auxílio de uma gaze ou papel absorvente.
− Guardar em local fechado, limpo e seco (gavetas ou armários) a fim de 
evitar deposição de poeira e aerossóis.
− Se preferir, embalar os artigos em sacos plásticos vedados, abrindo-os na 
frente do cliente.
Temos aqui uma questão polêmica. Acesse o site <https://
www.youtube.com/watch?v=7walNdeG4Us> e assista ao vídeo. 
Após assistir a ele, vamos discutir um pouco a questão sobre os 
procedimentos do microagulhamento em um de nossos fóruns.
96
 BIOSSEGURANÇA EM ESTÉTICA
Figura 23 – Técnica de microagulhamento
Fonte: Guarasemin (2016).
Para realizar o microagulhamento é utilizado um pequeno instrumento em 
forma de rolo, composto por 190 a 540 microagulhas de aço inoxidável e estéreis 
alinhadas de modo simétrico em fileiras. O comprimento da agulha varia de 
0,25mm a 2,5mm. (LIMA; LIMA; TAKANO, 2013). A técnica consiste em deslizar 
o rolo nos sentidos vertical, horizontal e diagonal na média de 10 a 15 vezes 
em cada sentido, com uma pressão moderada, provocando escoriações na 
pele (LIMA, 2015). O tratamento consiste em provocar uma lesão superficial na 
epiderme, causando um processo inflamatório, levando ao estímulo de produção 
de fibroblastos. 
Destaca-se aqui que este equipamento se classifica como perfurocortante 
descartável, sendo PROIBIDA sua reutilização após o seu uso. 
Mas acreditamos que você já deva ter assistido nos canais da internet a 
vídeos caseiros, onde pessoas fazem em si mesmas, além de guardarem o roller, 
reutilizando-o mais que uma vez. Antes do procedimento, nos vídeos é apresentado 
(sugerido) que o roller fique imerso no álcool 70ºGL antes do seu uso.
Lembre-se de que o uso do equipamento é de uma única seção, devendo ser 
descartado no lixo de material perfurocortante (ver Capítulo 5).
97
Limpeza, Desinfecção e Esterilização Capítulo 4 
Estamos quase terminando o capítulo, mas ainda tenho uma 
parte importante que não deve deixar de ser mencionada: o cuidado 
com a limpeza e desinfecção do ambiente e mobiliário. Vamos então 
a uma leitura complementar. 
Acesse o link: <http://www.saude.sp.gov.br/resources/cve-
centro-de-vigilancia-epidemiologica/areas-de-vigilancia/infeccao-
hospitalar/aulas/ih08_manual.pdf>.
Manual de Prevenção de Infecções Associadas a Procedimentos 
Estéticos – Capítulo Limpeza ambiental – página 22, autor Sílvia Alice 
Ferreira, e veja como você pode orientar os prestadores de serviço 
na correta limpeza e desinfecção do ambiente de trabalho.
Algumas Considerações
A prática da limpeza, desinfecção e esterilização de artigos, equipamentos, 
ambiente e mobiliário deve ser feita de forma sistematizada, para ter como 
resultado a prevenção e minimização das infecções cruzadas em ambientes de 
trabalho, seja na área da saúde como na estética.
É de responsabilidade do estabelecimento prestador de serviço elaborar 
um plano padrão de operacionalização de cada atividade realizada para que os 
profissionais possam manter um padrão de atendimento de qualidade. Treinar 
e orientar é outra tarefa necessária para que todos que trabalham na empresa 
tenham a informação correta e a forma de realização destes procedimentos.
Disponibilizar materiais, equipamentos e produtos para que os processos 
de limpeza, desinfecção e esterilização sejam realizados dentro da legislação 
sanitária vigente e adequar-se a cada necessidade também faz parte obrigatória 
dos responsáveis pelo estabelecimento prestador de serviço.
Entretanto, o objetivo maior dos processos de limpeza, desinfecção e 
esterilização é evitar ou minimizar a propagação de doenças infectocontagiosas, 
principalmente as hepatites, AIDS e infecções fúngicas, através dos processos que 
acabamos de estudar. Conscientizar o profissional e supervisionar a realização das 
boas práticas nos estabelecimentos de estética é uma obrigação de todos nós.
98
 BIOSSEGURANÇA EM ESTÉTICA
Vamos então para o próximo capítulo, lá conheceremos onde e como deve ser 
feito o descarte correto dos resíduos gerados nos estabelecimentos da Estética e 
como o gerenciamento correto destes resíduos pode impactar em processos de 
sustentabilidade e meio ambiente.Referências
ANDRADE, A. Normas básicas para prevenção de infecção. In: ANDRADE et al. 
Manual de prevenção de infecções associadas a procedimentos estéticos. 
São Paulo: Retec, 2008. Disponível em: <http://www.saude.sp.gov.br/resources/
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aulas/ih08_manual.pdf>. Acesso em: 20 jan. 2018.
ANVISA. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Curso básico de controle de 
infecção hospitalar. Caderno C: métodos de proteção anti-infecciosa. Brasília 
(DF): Anvisa, 2000. Disponível em: <http://www.cvs.saude.sp.gov.br/pdf/CIHCad-
ernoC.pdf>. Acesso em: 22 fev. 2018.
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ria Auxiliadora Jeunon; OLIVEIRA, Jeferson Carvalhaes de. Onicomicoses por 
fungos emergentes: análise clínica, diagnóstico laboratorial e revisão. An bras. 
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www.scielo.br/pdf/%0D/abd/v78n4/16906.pdf>. Acesso em: 21 fev. 2018.
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beleza de Salvador, BA. Rev. Ciênc. Méd. Biol., Salvador, v. 16, n. 1, p. 73-78, 
jan./abr. 2017.
BORGES, S. Fábio. Dermatofuncional. Modalidades terapêuticas nas dis-
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Processamento de Artigos e Superfícies em Estabelecimentos de Saúde. 2. 
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da assistência às hepatites virais no Brasil. Brasília: Ministério da Saúde, 2002. 
Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/avaliacao_assisten-
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Limpeza, Desinfecção e Esterilização Capítulo 4 
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