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INTRODUÇÃO
Gerir igrejas é um desafio diário para pastores, líderes e administradores. Lidar com finanças, organizar a membresia e acompanhar 
o progresso de células exige um trabalho constante de análise, monitoramento e busca de soluções. As tarefas são muitas, e as 
perguntas também. Entre as dúvidas que surgem, uma se destaca:
Nós, da inChurch, entendemos que a realidade administrativa das igrejas é complexa, mas também sabemos que tudo pode 
ser descomplicado com as técnicas e ferramentas certas, permitindo que os pastores e líderes possam se dedicar ao que 
realmente importa: cuidar das ovelhas e anunciar a Palavra. 
Foi pensando nisso que desenvolvemos este e-book. Dividido em duas partes, ele ajudará você e a sua igreja a dar os primeiros 
passos rumo a uma gestão eficiente e organizada. 
Na primeira seção, você entenderá a importância da administração eclesiástica e conhecerá os princípios fundamentais para a 
constituição da igreja como ente jurídico, assim como para a definição de sua estrutura organizacional. Por último, entenderá 
as diferenças entre os papéis do pastor e do gestor. 
Após a primeira parte teórica, entraremos na parte dois, que fornece o passo a passo e as ferramentas necessárias para iniciar 
a gestão da igreja em três grandes áreas: finanças, membresia e células. 
Esperamos que este material seja útil para você. Boa leitura!
COmO lIDaR COm TaNTas qUesTões aDmINIsTRaTIvas e OpeRaCIONaIs
e aINDa TeR TempO paRa pRegaR O evaNgelhO e DIsCIpUlaR vIDas?
SUMÁRIOpaRTe 1 paRTe 21. Gestão de igrejas: o que é e por que fazer? 1.1. O que é administração eclesiástica
 1.2. Por que toda igreja deve ser bem gerida?
2. Estruturando a igreja 
 2.1. Constituição legal
 2.2. Ministérios
 2.3. Organograma
 2.4. Planejamento estratégico
3. Separando os papéis: pastor e gestor
 3.1. O que um gestor pode fazer pela igreja? 
 3.2. Sinais de que a igreja precisa de um gestor
 3.3. Como escolher um gestor? 
4. Gestão financeira: por onde começar?
 4.1. Escolher cuidadosamente as pessoas da
equipe de finanças
4.2. Centralizar os recebíveis e gastos
 4.3. Criar um plano de contas
 4.4. Determinar um orçamento
 4.5. Fazer um planejamento financeiro 
4.6. Manter o controle dos gastos
 4.7. Obter um sistema de gestão financeira
5. Gestão de membresia: por onde começar?
 5.1. Reunir os dados dos membros em um
banco de dados digital
 5.2. Segmentar a membresia
 5.2.1. Segmentação geográfica
 5.2.2. Segmentação demográfica
 5.2.3. Segmentação psicográfica
 5.2.4. Segmentação comportamental
 5.3. Manter um histórico do membro 
 5.4. Criar um histórico de atendimento pastoral
6. Gestão de células: por onde começar?
 6.1. Concentrar a lista de células em uma
plataforma online
 6.2. Cadastrar membros e visitantes da reunião
 6.3. Criar uma biblioteca digital de materiais
de apoio
 6.4. Gerar relatórios
7. Conclusão
8. Referências
A gestão de igrejas é um tema ainda pouco explorado entre as congregações brasileiras. 
Muitas vezes faltam não só técnicas apropriadas para a tarefa, mas sobretudo entendimento 
sobre a importância bíblica do assunto. Neste capítulo introdutório, vamos passar brevemente 
sobre o conceito de administração eclesiástica e explicar, com base em passagens bíblicas, 
por que as igrejas devem ser bem geridas.
Administração eclesiástica é, de forma resumida, o conjunto de atividades desempenhadas 
para garantir a manutenção e o crescimento saudável de uma igreja ou comunidade 
cristã. No livro Administração Eclesiástica, Samuel Câmara e Nemuel Kessler a definem 
como “o estudo dos diversos assuntos ligados ao trabalho do pastor no que tange à sua 
função de líder ou administrador principal da igreja a que serve”. 
Segundo os autores, para gerir uma igreja é preciso levar em conta que esta é, ao mesmo 
tempo, organismo e organização. “É o povo de Deus organizado num tríplice aspecto: 
espiritual, social e econômico, para atender à missão para qual Deus a constituiu”, afirmam. 
A apresentação desses três pilares – espiritual, social e econômico – nos mostra que 
administrar uma igreja vai muito além de pregar o Evangelho, dirigir cultos, aconselhar 
pessoas e fazer obras sociais. Trata-se de uma tarefa que exige conhecimentos específicos 
sobre gestão, legislação e finanças, além de planejamento, organização, delegação de 
funções e controle constante. 
1.1. O qUe é aDmINIsTRaÇÃO eClesIásTICa
1. gesTÃO De IgRejas: O qUe é e pOR qUe fazeR?
1.2. pOR qUe TODa IgReja Deve seR bem geRIDa?
As igrejas são fundadas e formadas por homens, mas pertencem ao Senhor. Ele as confia 
aos seus filhos, que devem honrar essa confiança sendo “mordomos fiéis e prudentes”, 
como está escrito em Lucas 12:42-46. Mas o que exatamente isso quer dizer? 
O Dicionário Aurélio define “mordomo” como “o serviçal encarregado da administração 
de uma casa”. Em outras palavras, é alguém que cuida temporariamente do que não é seu. 
Portanto, quando pede que sejamos mordomos fiéis e prudentes, Jesus nos entrega um 
privilégio como poucos, mas que acompanha uma enorme responsabilidade: gerir com 
zelo e sabedoria tudo aquilo que pertence a Ele, incluindo a casa do Senhor. 
Pastores, apóstolos e bispos não são donos de igrejas. Eles estão apenas cuidando de um 
bem que pertence a Cristo, o verdadeiro proprietário, que exigirá uma prestação de contas 
da administração depois. Veja o que o próprio Jesus disse aos discípulos em Lucas 16:1-2:
O administrador de um homem rico foi acusado de estar desperdiçando os seus bens. 
Então ele o chamou e lhe perguntou: ‘Que é isso que estou ouvindo a seu respeito? Preste 
contas da sua administração, porque você não pode continuar sendo o administrador.
Uma igreja mal gerida é uma igreja que descumpre o princípio da boa mordomia. Para 
cumprir o que o Senhor espera de nós, não podemos negligenciar a gestão da congregação. 
Em vez disso, precisamos tratá-la como algo tão importante quanto pregar o Evangelho, 
aconselhar pessoas e fazer obras sociais. 
Agora que você entende a importância de administrar bem uma igreja, já pode dar os primeiros passos rumo a uma gestão organizada. Para 
te ajudar no início desta jornada, vamos pontuar, ao longo deste capítulo, alguns tópicos fundamentais à estrutura da igreja: constituição 
legal, distribuição de ministérios, definição de organograma e construção de planejamento estratégico.
O primeiro passo para gerir bem uma igreja é garantir que ela tenha personalidade jurídica, 
ou seja, que exista aos olhos da lei. A instituição e a constituição das organizações religiosas 
é bem parecida com a de associações. Na igreja, porém, não existem sócios ou associados, 
e sim membros. 
Para instituir a organização religiosa e decidir pela criação da pessoa jurídica, os membros 
interessados devem se reunir em assembleia geral, aprovando o estatuto da igreja e 
elegendo as pessoas que assumirão os cargos de sua administração. 
Em geral os cargos são diretivos e consultivos, como Conselho Geral, Conselho Local, 
Diretoria, Conselho para Assuntos Econômicos e Fiscais e outros órgãos que forem 
convenientes à vida da organização religiosa. Também é importante definir a sede provisória 
ou definitiva da igreja.
A instituição da organização religiosa deve constar de uma ata, que é elaborada pela 
assembleia geral e precisa informar:
2.1. CONsTITUIÇÃO legal
2. esTRUTURaNDO a IgReja
Além disso, a ata deve aprovar o estatuto da organização religiosa. Este documento é 
fundamental para a estruturação da igreja. Segundo a lei1, o estatuto precisa conter, no 
mínimo, os seguintes requisitos:
Explicitamente, a informação de se tratar de ata de instituição da organização religiosa; 
O nome e a qualificação completa de cada membro fundador; 
A pauta da reunião, na forma como convocada (instituição da organização religiosa,
aprovação do estatuto, definição da sede provisória ou definitiva e eleição dos membros 
diretivos e consultivos).
A denominação, os fins e a sede da organização religiosa; 
O fundo social, quandohouver; 
O tempo de duração; 
Os requisitos para a admissão, demissão e exclusão dos membros; 
Os direitos e deveres dos membros; 
Se os membros respondem, ou não, subsidiariamente, pelas obrigações sociais; 
As fontes de recursos para a manutenção da organização; 
O modo de constituição e de funcionamento dos órgãos deliberativos; 
As condições para a alteração das disposições estatutárias e para a dissolução; 
O destino do patrimônio na hipótese de dissolução; 
A forma de gestão administrativa e de aprovação das respectivas contas;
O modo como a associação será representada, ativa e passivamente,
judicial e extrajudicialmente.
1Artigos 46 e 54 do Código Civil, combinados com o
Art. 120 da Lei n.º 6.015/73 (Lei de Registros Públicos).
O estatuto elaborado precisa da assinatura do dirigente da igreja e do visto de um advogado 
com registro na OAB (Ordem dos Advogados do Brasil). Em seguida, o documento e a ata 
de fundação devem ser levados para registro em um cartório civil de pessoas jurídicas. 
Feito o registro, a igreja já está dotada de personalidade jurídica. Para desenvolver suas 
atividades, porém, ela deve obter um CNPJ (Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica) junto 
à Receita Federal e fazer sua inscrição na prefeitura municipal. O último passo, por fim, é 
criar uma conta corrente.
Cada igreja deve estabelecer ministérios conforme a própria realidade, mas existem 
departamentos que são comuns a grande parte das congregações brasileiras. Confira quais 
são eles e o que fazem:
Assim como Cristo confia ao pastor o cuidado da congregação, o pastor deve confiar a 
outras pessoas o cuidado de ministérios e frentes de trabalho. A delegação de autoridade 
não é apenas uma prática que facilita a gestão. Trata-se, sobretudo, de uma prática bíblica. 
Em Efésios 2:20, Paulo afirma que Jesus é a pedra angular da igreja, e que esta é edificada 
sobre o fundamento dos apóstolos e profetas. O versículo aponta, portanto, para uma 
liderança com poder distribuído entre pessoas alinhadas à visão do Reino de Deus e 
comprometidas com o serviço. 
Outra passagem bíblica que indica a importância da delegação de autoridade está em 
Êxodo 18. Neste capítulo, Moisés se via cercado por uma grande multidão e tinha que 
aconselhá-la, mas havia tantas pessoas que era preciso esperar desde a manhã até o fim 
da tarde pelo atendimento. Ao perceber a situação, Jetro, sogro de Moisés, recomenda que 
ele delegue autoridade para não ficar sobrecarregado.
O que você está fazendo não é bom. Você e o seu povo ficarão 
esgotados [...] Agora, ouça-me! [...] Oriente-os [o povo] quanto aos 
decretos e leis, mostrando-lhes como devem viver e o que devem 
fazer. Mas escolha dentre todo o povo homens capazes, tementes 
a Deus, dignos de confiança e inimigos de ganho desonesto. 
2.2. mINIsTéRIOs
Estabeleça-os como chefes de mil, de cem, de cinqüenta e de dez. 
Eles estarão sempre à disposição do povo para julgar as questões. 
Trarão a você apenas as questões difíceis; as mais simples decidirão 
sozinhos. Isso tornará mais leve o seu fardo, porque eles o dividirão 
com você. Se você assim fizer, e se assim Deus ordenar, você será 
capaz de suportar as dificuldades, e todo este povo voltará para 
casa satisfeito”. (Êxodo 18:17-23, grifo nosso)
Os versículos deixam claro que, para trabalhar com eficácia, é preciso compartilhar 
a liderança com pessoas confiáveis e tementes a Deus. Na igreja de hoje, isso significa 
estabelecer ministérios e designar líderes para cada um deles.
VALE LEMBRAR que os líderes devem ser não apenas gestores de um grupo, mas 
pastores das pessoas que compõem cada departamento, preparando, motivando 
e exortando os discípulos. Além disso, é recomendado que os líderes sejam 
profissionalmente capacitados para estar à frente do ministério (um contador 
para liderar a tesouraria, um assistente social para liderar a assistência social, um 
comunicólogo para a comunicação etc). 
A distribuição de autoridade permite que o corpo de Cristo trabalhe com harmonia, 
já que desta forma cada membro desempenha o seu papel e está ligado a todos os 
outros por um propósito comum. 
TesOURaRIa
Departamento encarregado de cuidar das contas de igreja, bem como da 
arrecadação. Também é responsável pela organização de documentos financeiros 
e definição de orçamento.
zelaDORIa
Departamento responsável pela limpeza do templo, conservação do patrimônio e 
organização das dependências da igreja (salão de culto, salas de estudo, cantina 
etc). Também pode auxiliar na logística de eventos. 
ReCepÇÃO
Departamento responsável pelo acolhimento de visitantes, o que inclui recepção 
na porta do templo, cadastro e manutenção de contato. 
assIsTêNCIa sOCIal
Departamento responsável pelo planejamento, coordenação e execução de ações 
de assistência social, como arrecadação de cestas básicas e estabelecimento de 
parcerias com projetos sociais. 
eNsINO bíblICO
Departamento responsável pelas escolas de ensino bíblico, o que inclui definição 
de projeto pedagógico, seleção de materiais de apoio e planejamento de aulas. 
evaNgelIsmO
Departamento responsável pelo planejamento, coordenação e execução de ações 
evangelísticas (cultos na rua, visitas em hospitais etc).
COmUNICaÇÃO/míDIa
Departamento responsável pela comunicação interna, externa e institucional da 
igreja. Também auxilia na preparação da identidade visual do ministério. 
seCReTaRIa
Departamento responsável pelo registro das atas da igreja no cartório, organização 
de documentos legais e gestão de membresia, incluindo cadastro de membros 
e agendamento de aconselhamentos pastorais. A secretaria também auxilia na 
administração da agenda anual da igreja. 
Agora que você já estabeleceu ou reviu os 
ministérios que compõem a sua igreja e 
atribuiu líderes para cada frente de trabalho, 
é a hora de organizar os departamentos e ver 
como eles se relacionam uns com os outros na 
estrutura organizacional da igreja. Para isso, 
uma boa ferramenta é o organograma, gráfico 
que representa a estrutura organizacional da 
igreja e serve para descrever a hierarquia e 
comunicação entre as áreas e cargos. 
Talvez você pense que o organograma é uma 
ferramenta muito empresarial e que não se 
aplica à realidade da sua igreja, mas isso não é 
verdade. Em I Coríntios 14:40, a Bíblia diz que 
“tudo deve ser feito com decência e ordem”. 
O que Paulo está dizendo é que é preciso 
organização para lidar com os assuntos do 
Reino de Deus.
2.3. ORgaNOgRama
membRO 01
CONselhO
aDmINIsTRaTIvO
CONselhO
DIaCONal CONselhO fIsCal mINIsTéRIOs
DIReTORIa exeCUTIva
pasTOR pResIDeNTe
assembleIa geRal
membRO 02
membRO 03
membRO 01
membRO 02
membRO 03
membRO 01 evaNgelIsmO
mUlheRes
hOmeNs
jUveNTUDe
assIs. sOCIal
membRO 02
membRO 03
As igrejas, portanto, devem ter uma estrutura 
organizacional bem delimitada. Em outras 
palavras, precisam estabelecer de forma 
clara as próprias divisões (departamentos e 
ministérios). Por ser visual, o organograma 
facilita o entendimento dessa organização e 
é importante para:
A criação de um organograma não é uma 
tarefa difícil e, como você pôde ver acima, 
traz muitos benefícios para a gestão da igreja. 
RECONHECER o responsável por
cada departamento;
FACILITAR a identificação dos líderes
por parte dos liderados;
PROPORCIONAR uma conexão entre
todas as áreas;
DESENVOLVER padrões para atividades; 
DISTRIBUIR recursos humanos e
materiais para cada ministério.
CONselhO pasTORal
O termo “planejamento estratégico”, assim como o organograma, pode soar excessivamente 
empresarial ou como um “bicho de sete cabeças” para algumas igrejas. A verdade, porém, é 
que o ato de planejar é comum ao dia a dia de todos e consiste simplesmente em estabelecer 
objetivos e determinar o que deve ser feito para alcançá-los. 
A Bíblia está repleta de histórias que mostram a importância de um bom planejamento para 
ações bem-sucedidas. Uma delas é a reconstrução do templo de Jerusalém, encabeçada 
por Neemias. Veja como ele foisábio e estratégico em sua conduta:
Se for do agrado do rei, que me dê cartas aos governadores do 
Trans-Eufrates para que me deixem passar até chegar a Judá. Que 
me dê também uma carta para Asafe, guarda da floresta do rei, para 
que ele me forneça madeira para as vigas das portas da cidadela 
que fica junto ao templo, do muro da cidade e da residência que irei 
ocupar. Visto que a bondosa mão de Deus estava sobre mim, o rei 
atendeu os meus pedidos. Com isso fui aos governadores do Trans-
Eufrates e lhes entreguei as cartas do rei. O rei fez-me acompanhar 
uma escolta de oficiais do exército e de cavaleiros. (Neemias 2:7-9)
A passagem deixa claro que Neemias pensou antes de executar cada uma das ações 
descritas. Em vez de se precipitar querendo fazer tudo de uma só vez, ele agiu conforme 
etapas. Primeiro, pediu para ir a Jerusalém. Como o rei se mostrou favorável, Neemias pediu 
outras coisas fundamentais para a conclusão do projeto: cartas de salvo-conduto para ele 
poder transitar livremente pelas terras do império, madeiras para reconstruir os muros e 
“guarda-costas” para assegurar sua integridade física.
2.4. plaNejameNTO esTRaTégICO
Aprendemos com Neemias que as ações da igreja devem ser não só orientadas pelo Espírito 
Santo, como também intencionais. A igreja deve entender a realidade que a cerca, definir 
alvos e traçar cursos de ação para atingir esses objetivos. É nesse ponto que entra o famoso 
planejamento estratégico, que difere um pouco do planejamento pessoal cotidiano.
No livro Administração nos Novos Tempos, o autor Idalberto Chiavenato define o 
planejamento estratégico como “um processo organizacional compreensivo de adaptação 
através da aprovação, tomada de decisão e avaliação” que “procura responder a questões 
básicas como: por que a organização existe, o que ela faz e como faz”. 
Como indica o autor, trata-se de um processo que requer estudo, análise de cenário e 
bastante empenho por parte da igreja. Não vamos esconder a verdade de você: vai dar 
trabalho. Mas a boa notícia é que o tempo investido em planejamento estratégico resulta 
em benefícios como uso eficiente dos recursos financeiros, cumprimento da missão da 
igreja e embasamento técnico para a tomada de decisões.
De forma resumida, as etapas de um planejamento estratégico são as seguintes:
Fonte: Instituto Jetro
NÃO CONfUNDa plaNejameNTO
esTRaTégICO COm CRONOgRama De eveNTOs.
eTapa O qUe fazeR?
CRIaÇÃO Da esTRUTURa
Da ORgaNIzaÇÃO
esTabeleCImeNTO 
Da mIssÃO, vIsÃO
e valORes
aNálIse DO
ambIeNTe exTeRNO
aNálIse DO
ambIeNTe INTeRNO
CRIaÇÃO DOs
plaNOs De aÇÃO
CRIaÇÃO Da esTRUTURa
Da ORgaNIzaÇÃO
COmUNICaÇÃO
aCOmpaNhameNTO
Definir organograma.
Determinar a razão de existir da igreja (a essência do ministério), onde ela 
quer chegar e os valores que devem envolver todas as atividades.
Avaliar as oportunidades que a igreja pode aproveitar e as ameaças externas que a rondam.
Exemplos: Quais são as oportunidades na área de atuação da igreja? De quais tendências 
(tecnológicas, por exemplo) a igreja poderia se beneficiar? Que comportamentos sociais 
podem ser danosos à igreja? Que fatores podem afastar o público-alvo da igreja do templo?
Avaliar as forças e fraquezas da igreja. 
Exemplos: O que a igreja faz bem? Quais são seus diferenciais? No que ela pode 
melhorar? Há problemas que ameaçam a subsistência ou saúde espiritual da igreja?
Com base nas análises anteriores, a igreja terá encontrado fatores críticos de sucesso, 
ou seja, fatores que podem contribuir ou não para a concretização do planejamento 
estratégico.
Nesta fase, portanto, ela deverá traçar objetivos e metas para suprir suas necessidades 
(no caso de pontos fracos) e para potencializar suas fortalezas. O estabelecimento 
de alvos também deve ocorrer de acordo com a visão da igreja.
Elaborar um plano de ação para cada meta e definir os responsáveis para a execução 
delas. Recomenda-se o uso da ferramenta 5W2H, que esquematiza as tarefas com 
base nas respostas a sete perguntas:
O que fazer? Como fazer? Quando fazer? Quem vai fazer? Onde vai ser feito? Quanto 
custa fazer? Por que fazer?
Comunicar o plano de ação a todos os níveis relacionados na estrutura organizacional, 
para que a equipe tenha direcionamento e possa pôr as mãos na massa.
Fazer reuniões periódicas para avaliar se o plano está evoluindo de acordo com o 
esperado ou se há necessidade rever ou modificar objetivos
Em muitas igrejas, é comum que a gestão administrativa seja feita pelo pastor. Embora 
recorrente, essa situação não é ideal. Isso porque as funções administrativas nem sempre 
condizem com a formação, a vocação e os dons que Deus concedeu aos pastores. Eles 
foram chamados para ensinar a Palavra, liderar e cuidar de pessoas, não para lidar com 
questões como auditoria, controle patrimonial e demonstrações contábeis.
Além disso, o Novo Código Civil (Lei 10.406/2002), que atualizou as regras para o funcionamento 
e a organização das organizações religiosas no Brasil, exigiu das igrejas a constituição de 
uma organização com CNPJ próprio e a definição de órgãos deliberativos com obrigações 
complexas, que não são pastorais (conforme descrito no item 1 do capítulo 2). 
Na verdade, a realidade criada pela lei indica que a implantação de gestão profissional nas 
igrejas é um caminho sem volta. A coordenação e o controle das atividades exigidas por lei não 
deveriam ficar sob a responsabilidade de pastores que não foram preparados para administrar 
organizações. O risco de falhas quando o pastor tem essa responsabilidade sobre os ombros 
é grande, e isso pode trazer sérios prejuízos legais e financeiros para a igreja. 
Entenda: o objetivo deste capítulo não é culpar o pastor por não saber ou conseguir administrar 
a igreja. Afinal, ele estudou Teologia, e não Administração. Estamos, na verdade, estabelecendo 
papéis e alertando para a necessidade de suporte ao pastor, que deve ter tempo livre para se 
dedicar à sua real vocação. Uma forma forma de fazê-lo é contratando ou elegendo um gestor. 
3. sepaRaNDO Os papéIs: pasTOR e gesTOR
O administrador profissional é a melhor escolha para igrejas que querem ser geridas de 
forma organizada e eficiente. Por ter formação acadêmica específica e experiência na área, 
esse profissional ajuda a congregação a honrar compromissos financeiros e deveres legais, 
zelando pelo cumprimento do princípio bíblico da boa mordomia. 
A maior vantagem da contratação de um gestor, no entanto, é o alívio da carga do pastor. 
Como afirmamos no item anterior, muitas congregações ainda tomam o ministro religioso 
como responsável legal pela igreja como ente jurídico. Às vezes essa é uma decisão do 
próprio pastor, que, por uma questão cultural, entende que cabe só a ele a responsabilidade 
total por todo e qualquer assunto da igreja.
Seja qual for o caso, isso sobrecarrega o líder, pondo sobre seus ombros uma carga que 
ele não tem condições de suportar a longo prazo. Além de cansaço, essa situação pode 
gerar frustração, já que o cuidado da administração da igreja toma tempo que deveria ser 
dedicado à vocação original do pastor. 
Por outro lado, se houver um gestor para cuidar dos trâmites administrativos, financeiros e 
jurídicos, o pastor poderá se dedicar completamente ao seu real chamado, que inclui ensino 
da Palavra, preparação de mensagens, discipulado, aconselhamento e visita às ovelhas.
3.1. O qUe Um gesTOR pODe fazeR pela IgReja?
3.2. sINaIs De qUe a IgReja pReCIsa De Um gesTOR
“Pastoreiem o rebanho de Deus que está aos seus cuidados. Olhem 
por ele, não por obrigação, mas de livre vontade, como Deus quer. 
Não façam isso por ganância, mas com o desejo de servir.”
(I Pedro 5:2)
Já explicamos como o contexto atual aponta para a importância da gestão profissional 
nas igrejas e mostramos como a atuação do gestor pode aliviar a carga de atividades do 
pastor e permitir que ele se dedique ao seu real chamado. Ainda assim, existem perguntas 
que ajudam a determinar com mais precisão se a igreja tem mesmo necessidadede um 
administrador. 
A igreja sofre com consumo excessivo de receita com serviços
públicos (água, luz, telefonia etc) e serviços contratados?
A igreja tem funcionários e sofre com dificuldade no controle 
de horas?
A igreja tem um volume significativo de compra de suprimentos 
como materiais de limpeza, materiais de escritório e materiais para 
uso dos departamentos, mas não faz controle dessas compras?
A igreja possui um ou mais veículos, mas não faz controle de 
manutenção preventiva, esquece a data de renovar o seguro e 
não observa o período de pagamento do IPVA e vistoria anual? 
A igreja faz controle do patrimônio (cadeiras, mesas, 
equipamentos de som, computadores etc)? 
A igreja tem um volume suficiente de receita, mas paga contas 
em atraso?
Se a igreja tomou a decisão de contratar um gestor, deve prestar atenção a uma série de 
critérios antes de admitir qualquer profissional. Em primeiro lugar, é necessário que a pessoa 
seja íntegra, temente a Deus e comprometida com os valores do Evangelho. Recomenda-
se também que o gestor esteja alinhado à cultura da igreja e à visão do pastor principal, 
já que ambos trabalharão juntos.
Além disso, é fundamental que o escolhido tenha formação acadêmica específica e 
experiência na área administrativa, tendo gerido outras igrejas ou organizações. Vale 
lembrar que, no Brasil, apenas os administradores registrados nos Conselhos Regionais de 
Administração (CRAs) podem exercer a profissão. 
Se a maior parte das questões foi respondida conforme a tabela acima, a igreja certamente 
precisa de um gestor.
3.3. COmO esCOlheR Um gesTOR?
sIm NÃO
Na primeira parte deste e-book, explicamos que todas as igrejas devem ser bem geridas 
porque elas pertencem ao Senhor, que espera que sejamos bons mordomos do seu 
patrimônio. Isso vale para todos os aspectos que envolvem a administração de uma igreja, 
inclusive as finanças. 
O fato de serem organizações sem fins lucrativos não isenta as igrejas de gerir o dinheiro 
com muita disciplina e organização. Isso porque, além de os recursos com os quais lidam 
pertencerem ao Senhor, as igrejas não estão isentas de obrigações legais. Se alguma delas 
não for cumprida, como ficará o testemunho da congregação diante da sociedade? É o 
nome de Deus que está em jogo.
Gestão financeira é um assunto sério e que não pode ser negligenciado. Ao mesmo tempo, 
o tema é complexo e causa uma série de dúvidas, especialmente entre as igrejas que ainda 
estão estruturando o departamento de finanças. Por isso, vamos te guiar, ao longo deste 
capítulo, pelo caminho que as igrejas precisam percorrer para serem capazes de administrar 
o dinheiro de forma sábia e eficiente.
Na prática isso significa que, ao recrutar integrantes para a tesouraria, a igreja deve procurar 
pessoas que já cuidaram das finanças de outras denominações, organizações sem fins 
lucrativos ou empresas. Lembre-se de que, além de coração ensinável e postura ética, os 
escolhidos precisam ter conhecimentos administrativos, financeiros e contábeis.
4. gesTÃO fINaNCeIRa: pOR ONDe COmeÇaR?
Decidimos elencar a definição da equipe de finanças em primeiro lugar não apenas porque 
a gestão financeira é uma tarefa que demanda trabalho em grupo, mas também porque a 
composição da tesouraria deve receber atenção especial. Se for negligenciada, esta etapa 
pode colocar a saúde financeira da igreja em risco. 
As pessoas encarregadas de administrar os livros contábeis e orçamentos precisam ser 
profissionais ou voluntários capacitados, confiáveis e alinhados à visão espiritual da 
congregação. É importante que elas trabalhem em harmonia com a liderança, mas que 
também tenham expertise suficiente para operar de forma relativamente independente. 
Conforme explicamos no terceiro capítulo, é preciso abrir uma conta corrente com o CNPJ 
da igreja. Desta forma, além de centralizar os recebíveis e gastos em um só lugar, a igreja 
poderá se beneficiar de um pequeno rendimento através de juros. Vale lembrar ainda que a 
abertura de conta também é um passo fundamental para as igrejas que pretendem receber 
dízimos e ofertas via cartões de débito e crédito e boleto bancário. Confira os documentos 
necessários para a igreja abrir uma conta corrente no banco:
4.1. esCOlheR CUIDaDOsameNTe as pessOas
Da eqUIpe De fINaNÇas
4.2. CeNTRalIzaR Os ReCebíveIs e gasTOs
COmpROvaNTe De INsCRIÇÃO e sITUaÇÃO 
CaDasTRal DO CNpj Na ReCeITa feDeRal;
DOCUmeNTOs De IDeNTIfICaÇÃO DOs RespONsáveIs
fINaNCeIROs Da IgReja (Rg, Cpf, CNh, eTC);
esTaTUTO;
COmpROvaNTe De ResIDêNCIa DOs RespONsáveIs 
fINaNCeIROs Da IgReja;
aTa De fUNDaÇÃO e úlTIma aTa RegIsTRaDa;
DeClaRaÇÃO De aRReCaDaÇÃO méDIa OU esTImaDa
assINaDa pelO CONTaDOR RespONsável pela IgReja.
Após a centralização dos recebíveis e gastos em uma conta bancária, a igreja deve se 
organizar minimamente para gerir o dinheiro. Isso significa, entre outras coisas que 
pontuaremos ao longo deste e-book, criar um plano de contas. Trata-se de um documento 
que identifica as contas da organização por meio de códigos e classificações para todos 
os registros de entradas e saídas.
De forma simplificada, o que a igreja precisa fazer é categorizar as despesas e receitas e 
definir centros de custo e recebimento. Imagine, por exemplo, que foram gastos R$ 100 
para decorar o templo para um evento do ministério de jovens. Neste caso, o centro de 
custo no qual a despesa será lançada é “Juventude”. 
O mesmo vale para os centros de recebimento. Se a igreja tem uma campanha em curso 
para arrecadar fundos para a reforma da sala das crianças, as doações provenientes da 
campanha devem ser lançadas no centro de recebimento “Ministério Infantil”. 
Para determinar um orçamento anual, liste os custos fixos da igreja e estime o volume de 
receita ao longo dos 12 meses do ano. Use períodos anteriores como referência, mas lembre-
se de avaliar os objetivos da igreja para definir corte de gastos, revisar contratos de serviços 
e até mesmo estipular novos investimentos. Vale ressaltar também que o orçamento deve 
incluir todas as categorias cadastradas no plano de contas.
Você já entendeu que é preciso conhecer a estrutura e as despesas da igreja para criar um 
plano de contas e determinar um orçamento anual, certo? Essas duas coisas fazem parte 
de algo maior: o planejamento financeiro. É a partir dele que a igreja determina metas e 
traça os caminhos (estratégias) necessários para o cumprimento delas.
O trabalho da igreja não acaba após a criação do plano de contas, da definição do orçamento 
anual, da estipulação de metas e da estratégia necessária para alcançá-las. A tarefa agora 
é acompanhar constantemente a atividade financeira e ajustar os gastos sempre que 
houver imprevistos, como gastos emergenciais ou projeções orçamentárias de receita que 
acabaram não se cumprindo. 
A criação de um orçamento anual sólido é essencial para uma gestão financeira eficiente. 
Ele ajuda a garantir que os recursos de que a igreja precisa para cumprir sua missão e 
investir na expansão do Reino de Deus não serão consumidos por demandas diárias e 
gastos emergenciais. Sem um orçamento, por outro lado, até mesmo uma congregação 
com altos rendimentos pode ter problemas financeiros e “sustos” ao final do mês. 
4.3. CRIaR Um plaNO De CONTas
4.5. fazeR Um plaNejameNTO fINaNCeIRO
4.6. maNTeR O CONTROle DOs gasTOs
e mONITORaR O flUxO De CaIxa4.4. DeTeRmINaR Um ORÇameNTO
lembRe-se De UsaR CaTegORIas qUe ajUDaRÃO Os gesTORes, O 
CONselhO fIsCal e O pasTOR a TeR Uma vIsÃO geReNCIal DOs 
gasTOs e INvesTImeNTOs Da IgReja.
em NOssO blOg há Um pOsT qUe explICa em DeTalhes COmO 
CRIaR Um ORÇameNTO paRa IgReja. ClIqUe aqUI e CONfIRa.
“Qual de vocês, se quiser construir uma torre, primeiro não se assenta e 
calcula o preço, para ver se tem dinheiro suficiente para completá-la? Pois, 
se lançar o alicerce e não for capaz de terminá-la, todos os que a virem 
rirão dele, dizendo: ‘Este homem começou a construir e não foi capaz de 
terminar’”. (Lucas 14:28-30)
https://inchurch.com.br/blog/orcamento-para-igrejas-como-fazer/Nesse sentido, as igrejas devem prestar atenção especial ao fluxo de caixa, ou seja, ao 
montante de dinheiro arrecadado e gasto durante determinado período de tempo. A análise 
constante do fluxo de caixa permite identificar possíveis problemas de gestão e ajuda a 
igreja a tomar decisões em conformidade com o planejamento financeiro.
Se o saldo for negativo, por exemplo, será preciso investigar as causas, que podem ser desde 
queda repentina nas arrecadações até altas diferenças entre os prazos de recebimentos 
previstos e os pagamentos. Neste último caso, para não ficar no vermelho, a igreja precisará 
organizar melhor seu capital de giro.
A análise de um saldo positivo, por sua vez, confere à igreja a responsabilidade de tomar 
decisões sobre o direcionamento do excedente. Ele irá para uma reserva de emergência? 
Será usado para quitar parcelas de uma despesa? Para abençoar a vida de uma família? É 
importante ter clareza quanto a essas opções. 
Por último, mas não menos importante, as igrejas que querem gerir suas finanças com 
eficácia devem adotar um sistema de gestão. Além de facilitarem o controle das receitas 
e despesas a partir de recursos como emissão de DRE (Demonstração de Resultado do 
Exercício) e emissão de relatório de fluxo de caixa, softwares permitem cruzar dados de 
forma inteligente, o que facilita o processo de tomada de decisão.
Ao escolher um sistema de gestão financeira, recomenda-se que a igreja dê preferência a 
plataformas integradas aos próprios dispositivos de entrada (maquininha de cartão, totem 
de autoatendimento, site e aplicativo, por exemplo), como a plataforma inChurch. Desta 
forma, é possível concentrar todas as fontes de receita (dízimos, ofertas, pagamento de 
ingressos de eventos, entre outras) em um só lugar e otimizar a administração dos recursos, 
distribuindo-os conforme os centros de recebimento correspondentes. 
4.7. ObTeR Um sIsTema De gesTÃO fINaNCeIRa
Quando falamos em gestão de membresia, muitas igrejas imaginam amontoados de papéis 
distribuídos (não necessariamente organizados) em gavetas pesadas de madeira ou de 
ferro. E não é por acaso: durante muito tempo a gestão foi feita dessa forma, que deixa a 
desejar em termos de praticidade e segurança.
Imagine os seguintes cenários:
1. Um membro que era solteiro quando preencheu a ficha se casou. Agora, para atualizar 
o cadastro e inserir apenas três novas informações (estado civil, nome do cônjuge e data 
de casamento), ele precisará preencher toda a ficha à mão outra vez.
2. O pastor está no escritório revendo informações de atendimentos anteriores. Ele percebe, 
então, que precisa entrar em contato com determinado membro para ver como ele está. 
Abre a gaveta em busca da ficha, retira o papel correspondente e o coloca em cima da 
mesa. Antes de olhar o número de celular da pessoa, porém, o pastor decide pegar um 
café e acaba derrubando o líquido bem em cima da ficha. 
As duas situações ilustram como o armazenamento de dados cadastrais em fichas de 
papel dificulta a gestão e compromete a segurança das informações. Felizmente, graças 
aos recursos digitais, é possível arquivar informações pessoais, eclesiásticas e de contato 
em ambientes online seguros, que podem ser acessados de qualquer lugar e facilitam o 
cruzamento inteligente de dados. 
Neste capítulo, vamos mostrar como a tecnologia pode ajudar a gerir a membresia da 
igreja, identificar necessidades, discipular e acompanhar o progresso das pessoas. 
Explicaremos ainda como dar início ao processo de gestão. 
5. gesTÃO De membResIa: pOR ONDe COmeÇaR?
O primeiro passo para gerir a membresia é reunir os dados dos membros em um banco 
de dados digital. A plataforma inChurch, por exemplo, fornece às igrejas um modelo 
de cadastro completo, que contempla informações básicas, informações de contato e 
informações eclesiásticas. A ficha cadastral pode ser atualizada a qualquer momento, tanto 
pelo secretariado quanto pelo próprio membro (sujeito à aprovação dos administradores). 
5.1. ReUNIR Os DaDOs DOs membROs
em Um baNCO De DaDOs DIgITal
Uma vez feito o cadastro dos membros, será possível mapear o perfil da congregação, 
avaliar a necessidade de criação de ministérios, orientar e monitorar ações de discipulado e 
direcionar ações de comunicação. Além disso, o uso de um sistema de gestão de membresia 
também permite gerar relatórios que ajudam a mensurar o crescimento da comunidade e 
planejar a expansão do ministério.
Dentro de cada igreja existem pessoas com perfis muito diferentes. Embora unidas por 
uma decisão comum (viver ao lado de Cristo), elas têm idades e sexos diferentes, vivem 
em lugares diferentes, apresentam personalidades diferentes, estão em diferentes estágios 
da caminhada cristã, entre outras diferenças.
A segmentação geográfica, como o nome já indica, divide os membros com base na 
região onde eles moram. Além de facilitar o encaminhamento de pessoas para células ou 
pequenos grupos, essa modalidade de segmentação também ajuda a mapear a necessidade 
– especialmente no caso de denominações – de abertura de novas igrejas locais.
Gerir uma comunidade tão plural não é fácil, e é justamente por isso que a segmentação 
de membresia se mostra uma aliada tão estratégica. Na prática, ela consiste em dividir as 
pessoas em grupos com características comuns, para que seja possível conhecer melhor 
os membros e mapear as necessidades deles de forma muito mais precisa. 
Ao segmentar a membresia, a igreja faz o discipulado das pessoas a partir de informações 
muito mais ricas, aumenta a eficácia da comunicação e redireciona os membros para 
ministérios e células com muito mais precisão. 
Para dar início à segmentação, a igreja precisa, como explicamos no tópico anterior, reunir 
os dados dos membros em uma única plataforma, de preferência com armazenamento em 
nuvem (ou seja, que não esteja instalada em um único computador e possa ser acessada 
via internet). 
Feito isso, o próximo passo é escolher um conjunto de referências como base para a 
segmentação. Existem quatro tipos principais de segmentação que a igreja pode aplicar: 
segmentação geográfica, segmentação demográfica, segmentação psicográfica e 
segmentação comportamental. 
5.2. segmeNTaR a membResIa
5.2.1 segmeNTaÇÃO geOgRáfICa
Este tipo de segmentação consiste em separar a membresia de acordo com critérios como 
estado civil, sexo, idade e profissão. Para isso, é fundamental que o formulário de cadastro 
tenha contemplado todas essas informações. A análise desses dados é especialmente útil 
para a abertura de novos ministérios.
5.2.2 segmeNTaÇÃO DemOgRáfICa
Por exemplo: se a segmentação demográfica aponta a existência de muitos empreendedores 
na igreja, por que não criar um ministério dedicado a negócios? Se houver, por outro lado, 
uma série de membros divorciados, a igreja pode investir na estruturação de classes bíblicas 
sobre restauração de casamentos. Isso se aplica também a jovens, mulheres, idosos, entre 
outros grupos. 
Na segmentação psicográfica, a formação de grupos ocorre com base nos interesses, 
estilo de vida, personalidade e valores das pessoas. Embora bastantes subjetivas, essas 
características não são impossíveis de serem mapeadas. É preciso, porém, um conhecimento 
mais próximo e profundo dos membros para fazê-lo.
Assim como a segmentação demográfica, a segmentação psicográfica também é uma 
grande aliada na formação de frentes de trabalho e na definição de atividades. Imagine, 
por exemplo, que os homens de determinada igreja gostam muito de jogar futebol, mas 
têm dificuldades de reunir os amigos para uma partida. 
Sabendo disso, a igreja pode avaliar a disponibilidade geral dos membros, encontrar um 
campo de futebol público nas proximidades e definir um dia da semana para os jogos, que 
serão um momento de lazer e comunhão.
Como o próprio nome indica, a segmentação comportamental divide as pessoas com base 
no comportamento. Na prática, ela pode ajudar as igrejas a entender como os membros 
se comportam emrelação a doações, eventos, ações de voluntariado, entre outras coisas.
Tomando como exemplo o comparecimento aos cultos e células, é possível criar grupos 
como: pessoas que vão apenas aos cultos de domingo; pessoas que vão a todos os cultos; 
pessoas que vão aos cultos e células; pessoas que vão aos cultos, mas não frequentam 
células etc. 
Sabendo quem compõe cada um desses grupos, a igreja pode identificar possíveis problemas 
comuns aos membros e formular estratégias para aumentar a taxa de frequência às reuniões. 
5.2.3 segmeNTaÇÃO psICOgRáfICa
5.2.4 segmeNTaÇÃO COmpORTameNTal
Mesmo que a membresia esteja cadastrada em uma plataforma online e devidamente 
segmentada, ainda há trabalho a fazer. Para uma gestão organizada e eficiente, também é 
importante que a igreja mantenha um histórico da trajetória dos membros.
Em outras palavras, é preciso acompanhar cada ovelha de forma individual, observando e 
registrando o percurso percorrido desde a entrada na igreja. Isso inclui as classes e cursos 
aos quais o membro compareceu, os ministérios nos quais ele já foi voluntário, as células 
que ele já liderou, viagens missionárias que fez, entre outras coisas. 
Na plataforma inChurch, há um espaço dedicado especialmente ao registro do histórico 
do membro. A seção é associada à ficha cadastral da pessoa e pode ser atualizada pelo 
secretariado a qualquer momento. Desta forma, a igreja não negligenciará sequer um marco 
importante na trajetória da membresia.
5.3. maNTeR Um hIsTóRICO DO membRO
Discipular pessoas não é uma tarefa fácil. É preciso ouvi-las, aconselhá-las e acompanhar 
o progresso delas na caminhada cristã. Embora o discipulado tenha caráter espiritual, isso 
não significa que a tecnologia não pode torná-lo mais fácil e eficiente, maximizando o 
aproveitamento das sessões de gabinete pastoral. 
Um bom exemplo é a função de cadastro de atendimentos da plataforma inChurch. Assim 
como o histórico de membro, ela é uma ferramenta preciosa para o acompanhamento do 
desenvolvimento pessoal. 
Com o recurso de cadastro, o pastor ou líder pode registrar a data do atendimento, o 
membro que foi atendido, o motivo daquele encontro e observações relevantes feitas 
durante a conversa. Vale ressaltar que, para preservar a privacidade dos membros, apenas 
o discipulador consegue ter acesso às informações do atendimento.
Sempre que um novo atendimento for feito, o líder ou pastor poderá consultar as informações 
registradas no histórico, recobrando o que se passou na última conversa e direcionando 
de forma mais estratégica a sessão atual. A longo prazo, será possível conferir a jornada 
evolutiva do membro, inclusive para mostrá-lo o quanto ele mudou e amadureceu.
As células são pequenos grupos que se reúnem periodicamente (uma vez por semana, 
em geral) nos lares de pessoas da igreja para compartilhar a Palavra, cantar louvores e 
orar. Por serem reduzidos, esses grupos facilitam a formação de amizades e permitem aos 
líderes discipular os participantes de forma muito mais próxima. A organização celular cria 
ainda oportunidades para o aprendizado individual e coletivo, revelando talentos e dons. 
Além disso, as células têm um papel muito importante no evangelismo e na integração de 
visitantes ao corpo de Cristo. É comum que algumas pessoas decidam por Jesus e depois 
deixem de ir à igreja porque se sentem “um peixe fora d’água” no templo. Nesse sentido, a 
célula serve como uma ponte que conecta o visitante a uma vida de comunhão prazerosa.
Acontece que essa ponte dificilmente permanecerá de pé sem uma gestão eficiente, atenta 
e organizada. Para que as pessoas se sintam pertencentes à comunidade e para que a igreja 
cresça em qualidade, é necessário conhecer bem as características dos pequenos grupos. 
Neste capítulo, você será introduzido às práticas fundamentais para uma boa gestão de 
células. 
5.4. CRIaR Um hIsTóRICO De aTeNDImeNTO pasTORal
6. gesTÃO De CélUlas: pOR ONDe COmeÇaR?
Em primeiro lugar, é fundamental que a igreja concentre, em uma única plataforma ou 
sistema, a relação de todas as células. Entre as informações relevantes que precisam ser 
inseridas estão nome da célula, líder(es), supervisor(es), endereço, data e horário da reunião. 
Aliada à estratégia de segmentação de membresia, essa listagem não só permite melhor 
organização, como ajuda a encaminhar novos membros para grupos mais próximos do 
local onde eles moram ou mais adequados ao seus perfis.
Vale lembrar que o segundo fator pode, em muitos casos, ter mais peso que o primeiro. 
Um adolescente provavelmente se sentirá deslocado em uma célula cuja maior parte dos 
participantes são idosos, ainda que a reunião ocorra a 500 metros da casa dele. 
Usar materiais de apoio é importante para que as pessoas compreendam melhor o conteúdo 
apresentado e aprofundem os estudos. Com um sistema de gestão de células integrado ao 
aplicativo da igreja, é possível disponibilizar apostilas de estudo, guias rápidos e outros 
documentos em PDF direto no app. Assim, a igreja elimina custos de impressão e permite 
que os participantes tenham acesso ao material a qualquer momento e em qualquer lugar. 
Os relatórios são ferramentas essenciais para avaliar a consistência da assiduidade dos 
participantes e o progresso da multiplicação de células. Eles devem ser preenchidos a 
cada reunião e precisam conter o número total de participantes, bem como observações 
relevantes (se algum visitante aceitou Jesus, por exemplo) sobre o encontro, se houver. 
As células costumam ser a porta de entrada na igreja para muitas pessoas, já que as reuniões 
são mais intimistas e têm menos “cara de culto”, o que costuma ser visto com bons olhos 
por quem tem resistência a frequentar um templo. 
Justamente por isso, o segundo passo para fazer uma gestão de células eficiente é cadastrar 
os visitantes da reunião e manter o registro sempre atualizado no sistema. Quando sabem 
quem está se conectando com o grupo, os líderes podem se preparar para iniciar um ciclo 
saudável de relacionamento e garantir que a célula seja tão acolhedora quanto possível. 
Lembramos ainda que é igualmente importante cadastrar os participantes que são membros 
da igreja, para que esta possa conhecer os irmãos que são engajados na reunião. Desta 
forma, o ideal é que o sistema de gestão de células seja o mesmo da gestão de membresia. 
Na plataforma inChurch, ambas funcionalidades são integradas.
6.1. CONCeNTRaR as CélUlas em Uma plaTafORma ONlINe 6.3. CRIaR Uma bIblIOTeCa DIgITal De maTeRIaIs De apOIO
6.4. geRaR RelaTóRIOs
6.2. CaDasTRaR vIsITaNTes e paRTICIpaNTes Da ReUNIÃO
O objetivo é que, a partir da geração dos relatórios, seja possível conferir, em determinado 
período (quinzena, semana, mês ou ano):
Na plataforma inChurch, o fornecimento desses dados ocorre de forma automática e 
inteligente. O sistema, que é integrado à gestão de membresia, também informa o perfil 
dos participantes (idade média e sexo) e aponta quantos membros da igreja participam de 
células, assim como quantos estão fora dos pequenos grupos. 
Com esses dados em mãos, os supervisores podem verificar se os alvos estabelecidos 
estão ou não perto de serem alcançados, identificar possíveis problemas que impedem a 
multiplicação e entregar um diagnóstico preciso ao pastor para que ele possa conduzir a 
igreja a ser frutífera.
Por fim, uma boa gestão de células não estará completa sem um monitoramento periódico 
das multiplicações. Na plataforma inChurch, é possível visualizar, em um mapa, a localização 
de todas as células. Com esse recurso, a igreja identifica facilmente as regiões que mais 
concentram os pequenos grupos e pode avaliar a oportunidade para a abertura de novas 
unidades (filiais) da denominação. 
6.5. mONITORaR O CResCImeNTO Das CélUlas
7. CONClUsÃO
Ao longo deste e-book, você aprendeu: Agora, sempre que quiser rever os conteúdos ao lado, você poderá consultar este material. 
Quando estiver pronto para pôr os conhecimentos sobre gestão financeira, de membresiae de células em prática, não hesite em contratar a plataforma inChurch, que já ajudou a 
descomplicar a gestão de mais de 30 mil igrejas.
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com burocracias e otimizar a tomada de decisões na sua igreja.
qUeRO falaR COm Um espeCIalIsTa
https://page.inchurch.com.br/fale-com-especialista/
8. RefeRêNCIas
sUgesTÃO De leITURa:C MARA, Samuel; KESSLER, Nemuel. Administração eclesiástica. 20ª edição. Ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2012.
CHIAVENATO, Idalberto. Administração dos novos tempos. 2ª edição. Ed. Campus, 2005.
MONZATTO, Thayna Danthes. Administração eclesiástica. Monografia (Graduação em 
Administração). Universidade Federal Fluminense. Volta Redonda, 2013.
DE FRANÇA, José Antonio (Org.). Manual de procedimentos para o terceiro setor: aspectos 
de gestão e de contabilidade para entidades de interesse social. Brasília: CFC: FBC: Profis, 
2015.
Instituto Jetro. Disponível em: www.institutojetro.com
Planejamento Estratégico Para Igrejas
Josué Campanhã

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