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384672984-Planejamento-Ambiental-TEORIA-E-PRATICA

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2 Etapas, estruturas e instrumentos do planejamento ambiental
Planejamento
Ambiental
Rozely Ferreira dos Santosteoria e prática
Fig 2.1 
Exemplo de estruturação geral das fases do planejamento. 
Espera-se de cada fase determinado produto. Por exemplo, o 
banco de dados — um importante produto da fase INVENTÁRIO 
—, permite a visualização em mapa do uso e ocupação da terra. A 
fase DIAGNÓSTICO,
por meio de análise integrada, permite, por exemplo, delimitar 
áreas de conflito entre mineração e conservação de Mata 
Atlântica. Cada produto é obtido por procedimentos e métodos. 
As fases, com seus produtos, procedimentos e métodos, são 
objetos dos próximos capítulos deste livro.
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Planejamento
Ambiental
Rozely Ferreira dos Santosteoria e prática
desempenho político desempenho operacional
Agentes responsáveis
pelo desenvolvimento,
aprimoramento e
aplicação de instrumentos
de gerência, tais como:
licenciamento, controle
e fiscalização.
Atores com atuação e
interesses considerados
representativos dos
anseios dos demais.
Agentes responsáveis pelo desenvolvimento
de pesquisas, estudos, planos e outras
formas de apoio ao planejamento.
O apoio inclui desde suporte metodológico
nos procedimentos do planejamento
até subsídios técnicos à tomada de
decisão.
vertente institucional vertente comunitária vertente técnico-científica
Consenso e Definição das lLinhas de Planejamento
Fig 2.2 
Atores e agentes do planejamento
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Planejamento
Ambiental
Rozely Ferreira dos Santosteoria e prática
Fases do Planejamento e Estrutura Organizacional
levantamento
de dados
educação
ambiental
mapeamentos
temáticos
diagnóstico
ambiental
área de
influência
critérios
de decisão
quadro institucional
e político
mapas
intermediários
unidade de
paisagem
conflitos
locais estratégicos
(núcleo referência)
definição de
atividades
propostas de
programas
alternativos
cronologia para
implantação
das ações
Primeira Fase Segunda Fase Terceira Fase
propostasdefinição de cenárioslevantamentos e diagnósticos
mapa
síntese
Fig 2.3a e 2.3b
Exemplos de estruturas organizacionais de planejamento. O objetivo inicial em 2.3a foi o ordenamento territorial no Vale do Ribeira, 
tendo em vista conflitos entre atividades humanas e conservação. Já a Fig. 2.3 b teve por objetivo desenvolver o Plano de Manejo do 
Parque Nacional da Bocaina. Os objetivos diferenciados implicaram conteúdos distintos que exigiram equipes com especialistas de 
diferentes formações. Somente no primeiro caso, por exemplo, foram necessários um especialista em piscicultura e outro em mineração; 
já no segundo caso foram necessários especialistas em avaliação de trilhas e um grupo para a definição dos problemas fundiários.
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2 Etapas, estruturas e instrumentos do planejamento ambiental
Planejamento
Ambiental
Rozely Ferreira dos Santosteoria e prática
Fig 2.3a e 2.3b (cont.)
Exemplos de estruturas 
organizacionais de planejamento. 
O objetivo inicial em 2.3a foi o 
ordenamento territorial no Vale do 
Ribeira, tendo em vista conflitos 
entre atividades humanas e 
conservação. Já a Fig. 2.3 b teve 
por objetivo desenvolver o Plano 
de Manejo do Parque Nacional da 
Bocaina. Os objetivos diferenciados 
implicaram conteúdos distintos que 
exigiram equipes com especialistas 
de diferentes formações. Somente 
no primeiro caso, por exemplo, 
foram necessários um especialista 
em piscicultura e outro em 
mineração; já no segundo caso 
foram necessários especialistas em 
avaliação de trilhas e um grupo 
para a definição dos problemas 
fundiários.
Estrutura Organizacional de Planejamento
Elaborada para uma Unidade de Conservação (UC)
Fase 01
caracterização geral e
avaliação de impactos da
UC e zona de
amortecimento
Definição de Objetivos
- Reuniões técnicas
- Oficinas de planejamento
Levantamento de Dados
- Físicos, biológicos e histórico-culturais
- Levantamento de dados bibliográficos
- Avaliação ecológica rápida
- Diagnóstico rápido participativo
Integração dos
dados temáticos
Geração de Produtos | caracterização de:
fatores abióticos
- ambientes naturais
- aspectos culturais e históricos
- ocorrências de fogo e fenômenos naturais e excepcionais
- atividades da unidade de conservação e seus impactos evidentes
- aspectos institucionais
-
Reestruturação dos Objetivos
- reuniões técnicas
- oficinas de planejamento
Detalhamento Temático e Espacialização
dos Dados
- avaliação de paisagens
- entrevistas direcionadas
Fase 02
elaboração do diagnóstico
(integração espacial dos
dados e zoneamento)
Geração de Produtos
- geologia
- geomorfologia
- solos
- hidrografia superficial e sub-superficial
- vegetação
- uso da terra
- principais acessos
- clima
- espeleologia
- fauna
- aspectos culturais e históricos
- atividades antrópicas (mineração,
infra-estrutura, serviços e lazer)
legislação
- caracterização socioeconômica e
organização social da zona de
amortecimento
- aspectos institucionais da UC
situação fundiária
- ocorrência de fogo e fenômenos
excepcionais
-
-
Tratamento dos Dados
- compilação e tratamento de
dados bibliográficos e
cartográficos
- interpretação de imagens de
satélite e fotos aéreas
trabalhos de campo
- reinterpretação
- digitalização da base
cartográfica e mapas temáticos
- entrevistas com lideranças
locais e representantes de órgãos
públicos
- compilação e tratamento
de dados
Integração dos Dados
- avaliação das potencialidades
dos condicionadores e aptidões
à conservação ambiental
- caracterização dos cenários
passado e atual em relação à
apropriação do espaço pelo
homem
- avaliação das conformidades,
impactos e conflitos com a
conservação ambiental
Fase 03
Fase 04
ações gerenciais gerais internas e
externas
áreas estratégicas de ação
ações de manejo para áreas internas
zoneamento e recomendações
Estrutura Organizacional de Planejamento
Elaborada para uma Unidade de Conservação (UC)
Fase 01
caracterização geral e
avaliação de impactos da
UC e zona de
amortecimento
Definição de Objetivos
- Reuniões técnicas
- Oficinas de planejamento
Levantamento de Dados
- Físicos, biológicos e histórico-culturais
- Levantamento de dados bibliográficos
- Avaliação ecológica rápida
- Diagnóstico rápido participativo
Integração dos
dados temáticos
Geração de Produtos | caracterização de:
fatores abióticos
- ambientes naturais
- aspectos culturais e históricos
- ocorrências de fogo e fenômenos naturais e excepcionais
- atividades da unidade de conservação e seus impactos evidentes
- aspectos institucionais
-
Reestruturação dos Objetivos
- reuniões técnicas
- oficinas de planejamento
Detalhamento Temático e Espacialização
dos Dados
- avaliação de paisagens
- entrevistas direcionadas
Fase 02
elaboração do diagnóstico
(integração espacial dos
dados e zoneamento)
Geração de Produtos
- geologia
- geomorfologia
- solos
- hidrografia superficial e sub-superficial
- vegetação
- uso da terra
- principais acessos
- clima
- espeleologia
- fauna
- aspectos culturais e históricos
- atividades antrópicas (mineração,
infra-estrutura, serviços e lazer)
legislação
- caracterização socioeconômica e
organização social da zona de
amortecimento
- aspectos institucionais da UC
situação fundiária
- ocorrência de fogo e fenômenos
excepcionais
-
-
Tratamento dos Dados
- compilação e tratamento de
dados bibliográficos e
cartográficos
- interpretação de imagens de
satélite e fotos aéreas
trabalhos de campo
- reinterpretação
- digitalização da base
cartográfica e mapas temáticos
- entrevistas com lideranças
locais e representantes de órgãos
públicos
- compilação e tratamento
de dados
Integração dos Dados
- avaliação das potencialidades
dos condicionadores e aptidões
à conservação ambiental
- caracterização dos cenários
passado e atual em relação à
apropriação do espaço pelo
homem
- avaliação das conformidades,
impactos e conflitos com a
conservação ambientalFase 03
Fase 04
ações gerenciais gerais internas e
externas
áreas estratégicas de ação
ações de manejo para áreas internas
zoneamento e recomendações
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2 Etapas, estruturas e instrumentos do planejamento ambiental
Planejamento
Ambiental
Rozely Ferreira dos Santosteoria e prática
Fig 2.4
Representação simplificada das etapas usadas no Zoneamento Ambiental da Borda Oeste do Pantanal, cuja preocupação central foi 
identificar unidades estabelecidas pelos ecossistemas naturais e impactos humanos predominantes. As unidades foram delimitadas em 
escala regional (1:100.000). 
Fonte: Silva, 2000, e Fidalgo, 2003 (modificado)
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2 Etapas, estruturas e instrumentos do planejamento ambiental
Planejamento
Ambiental
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Fig 2.5 
Exemplo de estrutura de um Plano Diretor de 
cunho ambiental visando o desenvolvimento 
sustentável do município e qualidade de vida.
Nesse tipo de instrumento, os inventários 
setoriais enfocam diversas questões voltadas 
à vida do homem, associadas à problemática 
ambiental regional. Essa concepção conduz à 
estrutura adotada.
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2 Etapas, estruturas e instrumentos do planejamento ambiental
Planejamento
Ambiental
Rozely Ferreira dos Santosteoria e prática
mapa de geo-paisagens na
bacia hidrográfica (sobreposição
de mapas do meio fisico)
avaliação das unidades de
paisagem
características
da qualidade e
quantidade de
água, flora e
impactos
pontuais das
planícies de
inundaçãosobreposição do mapa de uso
e ocupação da terra
mapa de unidades de paisagem
identificação das planícies de
inundação pelas características
biofísicas, pelo estado de
conservação e
heterogeneidade espacial
definição das unidades de
paisagem nas planícies
de inundação
avaliação multidimensional do estado de
conservação das planícies de inundação
Exemplo de estrutura adotada para o planejamento de recursos hídricos
sob enfoque ambiental
Fases metodológicas
escala regional escala local escala puntual
planícies de inundação
limite do baixo Cotia
rio Cotia
afluentes do rio Cotia
pontos de coleta
S23º33´
W46º59´ W46º50´
S23º37´
0 1 3 km
S23º33´
S23º37´
W46º59´ W46º50´
Fig 2.6 
Exemplo de estrutura de um Plano de Bacia 
Hidrográfica. A bacia hidrográfica do rio 
Cotia foi planejada com o objetivo central de 
melhorar a qualidade da água e conservar 
a vazão. Foram realizados diagnósticos 
em três escalas, em níveis crescentes de 
detalhamento. O zoom foi de 1:50.000, 
escala regional, 1:20.000, escala local 
e 1:2.000, escala puntual, que permitiu 
identificar impactos indiretos (como erosão 
propiciada por loteamentos) e diretos 
(como lançamentos clandestinos de esgoto 
e espécies indicadoras de depósitos de 
assoreamento). Essa concepção de análise 
induziu à estrutura adotada. 
Fonte: Silva e Santos, 2000 (modificado)

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