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PLANO DE ESTUDO TUTORADO EJA EM ESCOLA ESTADUAL GOVERNADOR MILTON CAMPOS ANO DE ESCOLARIDADE: VOLUME: 02/2021 ESTUDANTE: __________________________________ TURMA:__________________________ TURNO:________________ BIMESTRE: 2º NÚMERO DE AULAS POR SEMANA: EIXO TEMÁTICO: Soluções TEMA/ TÓPICO(S): Soluções e propriedades coligativas HABILIDADE(S): -Misturas - Funções inorgânicas CONTEÚDOS RELACIONADOS: Química inorgânica Soluções As soluções químicas são misturas homogêneas formadas por duas ou mais substâncias. Os componentes de uma solução são denominados de soluto e solvente: Soluto: representa a substância dissolvida. Solvente: é a substância que dissolve. Geralmente, o soluto de uma solução está presente em menor quantidade que o solvente. Um exemplo de solução é a mistura de água e açúcar, tendo a água como solvente e o açúcar como soluto. A água é considerada o solvente universal, devido ao fato de dissolver uma grande quantidade de substâncias. Classificação das soluções Como vimos, uma solução consiste de duas partes: o soluto e o solvente. Formação de uma solução Porém, esses dois componentes podem apresentar diferentes quantidades e características. Como resultado, existem diversos tipos de soluções e cada uma delas baseia-se em uma determinada condição. Quantidade de soluto De acordo com a quantidade de soluto que possuem, as soluções químicas podem ser: Soluções saturadas: solução com a quantidade máxima de soluto totalmente dissolvido pelo solvente. Se mais soluto for acrescentado, o excesso acumula-se formando um corpo de fundo. Soluções insaturadas: também chamada de não saturada, esse tipo de solução contém menor quantidade de soluto. Soluções supersaturadas: são soluções instáveis, nas quais a quantidade de soluto excede a capacidade de solubilidade do solvente. Exemplo de soluções saturada e insaturada Estado físico As soluções também podem ser classificadas de acordo com o seu estado físico: Soluções sólidas: formadas por solutos e solventes em estado sólido. Por exemplo, a união de cobre e níquel, que forma uma liga metálica. Soluções líquidas: formadas por solventes em estado líquido e solutos que podem estar em estado sólido, líquido ou gasoso. Por exemplo, o sal dissolvido em água. Soluções gasosas: formadas por solutos e solventes em estado gasoso. Por exemplo, o ar atmosférico. Natureza do soluto Além disso, segundo a natureza do soluto, as soluções químicas são classificadas em: Soluções moleculares: quando as partículas dispersas na solução são moléculas, por exemplo, o açúcar (molécula C12H22O11). Soluções iônicas: quando as partículas dispersas na solução são íons, por exemplo, o sal comum cloreto de sódio (NaCl), formado pelos íons Na+ e Cl-. Coeficiente de solubilidade Solubilidade é a propriedade física das substâncias de se dissolverem, ou não, em um determinado solvente. O coeficiente de solubilidade representa a capacidade máxima do soluto de se dissolver em uma determinada quantidade de solvente. Isso conforme as condições de temperatura e pressão. Conforme a solubilidade, as soluções podem ser: Soluções diluídas: a quantidade de soluto é menor em relação ao solvente. Soluções concentradas: a quantidade de soluto é maior que a de solvente. Quando temos uma solução concentrada, podemos notar que o soluto não se dissolve completamente no solvente, o que leva a presença de um corpo de fundo. Concentração das soluções O conceito de concentração (C) está intimamente relacionado com a quantidade de soluto e de solvente presente em uma solução química. Sendo assim, a concentração da solução indica a quantidade, em gramas, de soluto existente em um litro de solução. Para se calcular a concentração utiliza-se a seguinte fórmula: Onde: C: concentração m: massa do soluto V: volume da solução No Sistema Internacional (SI), a concentração é dada em gramas por litro (g/L), a massa em gramas (g) e o volume em litros (L). Diluição das soluções A diluição de soluções corresponde à adição mais solvente em uma solução. Como resultado, passamos de uma solução mais concentrada para uma solução mais diluída. Diferença entre solução concentrada e solução diluída É importante ressaltar que a mudança ocorre no volume da solução e não na massa do soluto. Podemos concluir então que quando há o aumento do volume, a concentração diminui. Em outras palavras, o volume e a concentração de uma solução são inversamente proporcionais. C1xV1=C2xV2 Concentração 2 e volume 1 (solução inicial). Concentração 2 e volume 2 (solução final). Densidade das Soluções No caso da densidade das soluções, as variáveis determinadas de forma prática são volume (com a utilização de um recipiente graduado, como a proveta) e o peso (determinado por uma balança). Assim como a densidade de qualquer matéria, a densidade das soluções é determinada quando estabelecemos a relação entre a massa e o volume da solução, como mostra a expressão abaixo: d = m V Nessa expressão: m = massa da solução; V = volume da solução. Vale ressaltar que, no preparo de uma solução, são utilizados obrigatoriamente soluto e solvente, os quais apresentam massas individuais. Logo, a massa da solução (m) é a resultante da soma entre a massa do soluto (m1) e a massa do solvente (m2): m = m1 + m2 Dessa forma, podemos escrever a fórmula da densidade das soluções substituindo a massa da solução pela soma das massas do soluto e do solvente: d = m1 + m2 V Podemos ainda considerar o volume da solução como sendo a soma do volume do soluto com o volume do solvente, porém, na grande maioria das misturas, não temos uma variação expressiva no volume. Molaridade ou Quantidade de Matéria A concentração em quantidade de matéria é a relação entre a quantidade de matéria do soluto, medida em mol (n1), e o volume da solução em litros (V). Essa concentração é medida em mol por litro (mol/L). Consideremos o suco gástrico que nosso estômago produz com a finalidade de realizar o processo de digestão. Na realidade, trata-se de uma solução de ácido clorídrico (HCl) em uma concentração de 0,01 mol/L. Isso significa que, para cada litro de suco gástrico, há 0,01 mol de HCl. A concentração em quantidade de matéria é muitas vezes chamada por alguns autores de concentração molar ou molaridade, mas os termos corretos são “concentração em mol/L” ou “concentração em quantidade de matéria”. Além disso, essa concentração é a mais recomendada pelo Sistema Internacional de Unidades (SI) e pela União Internacional da Química Pura e Aplicada (IUPAC); portanto, ela é a mais usada em laboratórios e indústrias químicas. Fórmulas utilizadas na molaridade A fórmula matemática usada para calcular essa concentração é dada por: Em muitos casos, não é fornecido o valor da quantidade de matéria do soluto, mas, sim, a sua massa expressa em gramas (m1). Nesses casos, temos que a quantidade de matéria do soluto em mols (n1) pode ser conseguida pela divisão da massa do soluto pela massa molar do próprio soluto, conforme a fórmula a seguir: Substituindo n1 na equação, temos: Propriedades Coligativas As propriedades coligativas são aquelas que não são influenciadas pela natureza do soluto adicionado ao solvente, mas sim pela quantidade de partículas presentes. Certas propriedades da água, tais como a pressão de vapor e os pontos de ebulição e fusão, variam quando se adiciona um soluto não volátil a ela. Certas propriedades da água, tais como a pressão de vapor e os pontos de ebulição e fusão, variam quando se adiciona um soluto não volátil a ela. As substâncias possuem diversas propriedades, que podem ser gerais, específicas, químicas e físicas.Porém, quando temos uma solução, isto é, uma mistura de duas ou mais substâncias com aspecto homogêneo, suas propriedades são bem diferentes das propriedades das substâncias iniciais. Os estudos da variação de determinadas propriedades do solvente com a adição de um soluto são chamados de propriedades coligativas, podendo ser definidas mais especificadamente como: As propriedades coligativas das soluções são aquelas que não dependem da natureza do soluto, isto é, de sua estrutura; mas sim da concentração (número de partículas dissolvidas) de soluto. Tonoscopia ou tonometria: Abaixamento da pressão de vapor. Quando se adiciona um soluto não volátil a um solvente, a pressão de vapor do solvente diminui. Por exemplo, no caso da água, quando ela está a 25 ºC, a sua pressão de vapor é igual a 1 atm. Se adicionarmos açúcar à água, a sua pressão de vapor irá sofrer um abaixamento. Isso ocorre porque os solutos não voláteis iônicos ou moleculares interagem com as moléculas de água por meio de forças intermoleculares de atração, impedindo que mais moléculas passem para o estado de vapor, à mesma temperatura. Ebulioscopia ou ebuliometria: Elevação da temperatura de ebulição. Essa propriedade coligativa pode ser vista quando estamos fazendo café, quando a água está para ferver e, então, adicionamos açúcar. Nesse momento a água para instantaneamente de ferver e demora mais para entrar em ebulição, ou seja, o seu ponto de ebulição será maior. Água com açúcar aumenta o ponto de ebulição da água pura Ao nível do mar, a água pura entra em ebulição ao atingir os 100ºC. Entretanto, se for adicionado um soluto não volátil à água, ela atingirá temperaturas acima de 100ºC. É por isso que a queimadura de uma calda de doce ou de água com sal é mais séria do que se fosse apenas com água quente. A explicação para esse fenômeno é o mesmo do que foi dito para a tonoscopia, ou seja, deve-se à interação entre as moléculas ou os íons do soluto não volátil com as moléculas de água, dificultando sua passagem para vapor. Crioscopia ou criometria: Diminuição da temperatura de congelamento. A água se congela ao nível do mar a 0ºC. Porém, se colocarmos sal sobre o gelo (água já congelada), ele começará a derreter. Isso porque o sal interage com as moléculas de água, aumentando a sua massa molar e dificultando o seu congelamento. Em lugares frios, usa-se essa propriedade coligativa para impedir que a água dos radiadores dos carros congele, por se adicionar um anticongelante, como o etilenoglicol. Adição de anticongelante em radiador de carro Osmose Ocorre uma variação da pressão de osmose, pois há o fluxo por uma membrana semipermeável de solvente de uma solução mais diluída ou de um solvente puro para outra menos diluída (mais concentrada). Processo de osmose Por exemplo, a salga é muito comum na conservação de carnes. Quando se coloca sal sobre a carne, ela desidrata, ou seja, o lado interior da carne está menos concentrado que o exterior, por isso há um fluxo de solvente (água) de dentro da carne para fora. Isso conserva a carne porque sem água a proliferação de fungos e bactérias no alimento é dificultada. Isso também ocorre quando salgamos uma salada com alface e com o tempo ele desidrata. Ocorrência de osmose em alface