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capítulo 3 • 112 A obra emblemática desse ecletismo de meados do século XIX é a Opéra de Paris, ou L'Opéra Garnier - Ópera de Paris (1861-1875) [figura 3.3]: Figura 3.3 – Ópera Garnier.de Paris. Arquitetura-espetáculo de Charles Garnier (1825-1898). O edifício combina um marco para a ópera com um marco para a exibição social, de forma que a sala ocupa somente dez por cento da superfície do edifício, enquanto os espaços de convívio e exibição (os salões e foyers, e, sobretudo a escada principal) predomi- nam física e simbolicamente sobre o conjunto, alcançando níveis de teatralidade verdadeiramente barrocos.136 Duas das principais casas de ópera brasileiras foram construídas sob clara in- fluência da Ópera Garnier de Paris. O Theatro Municipal do Rio de Janeiro (1905-1909) [figura 3.4], projetado por Albert Guilbert e Francisco de Oliveira Passos e o Theatro Municipal de São Paulo (1903-1911) projetado por Cláudio e Domiziano Rossi e construído pelo Escritório Técnico de Ramos de Azevedo. Ambos foram edificados como parte de uma grande remodelação e modernização do centro dessas cidades. Desta forma, executá-los como cópia do mais renomado teatro de ópera do mundo estava em consonância com a contemporaneidade em termos culturais. 136 PEREIRA, J.R.A.P. Introdução à história da arquitetura: das origens ao século XXI. Porto Alegre: Bookman, 2005., p.199.
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