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capítulo 5 • 207 No dia a dia, o art déco era frequentemente chamado Moderno, ou Arte Moderna, a expressão art déco provém da Exposition Internationale des Arts Décoratifs et Industriels Modernes – Exposição Internacional de Artes Decorativas e Industriais Modernas, organizada em Paris (1925) e seu nome só foi adotado de- finitivamente em 1966 após a exposição Les années ‘25’: Art Déco, Bauhaus, Stijl: Esprit Nouveau, realizada no Musée des Arts Décoratifs em Paris. O art déco surgiu nas grandes cidades, se firmou como uma opção a mais num momento de renovação do ecletismo e do art nouveau, por exemplo, e em que o racionalismo clássico ou modernizado eram apontados como caminhos possíveis para a arquitetura em um quadro de modernização social, técnica e ur- banística. Nesse caso, o surto de modernidade expresso por projetos déco, verifi- cado inicialmente na Europa, em seguida nos Estados Unidos e posteriormente nos países periféricos entre as décadas de 1920 e 1925 pode ser entendido como “uma plêiade de manifestações culturais e artísticas que visavam exprimir elemen- tos modernos”234. O velho mundo havia presenciado os horrores de uma guerra que jamais ti- nham experimentado. Com uma aparente estabilidade e paz e uma vontade de reconstrução a vivia um momento de euforia. Neste contexto, nos “les folles années vingt” os “loucos anos 1920" a Europa vivenciou o pico da popularidade do Art Déco, transferindo-se para os Estados Unidos na década de 1930. Foi, inicialmente, um estilo meramente decorativo destinado em grande parte às artes aplicadas, e como tal a classe média, sua principal consumidora, o acolheu tão bem.Representou a adaptação pela sociedade em geral dos princípios cubistas e da “obra de arte total” herdado do art nouveau. Sem abrir mão do requinte, os objetos tinham decoração geometrizada (asso- ciada à indústria) na arquitetura, na escultura, na joalheria, nas luminárias e mó- veis. Mesmo quando foram executados sobre suportes simples, como o concreto armado, por exemplo, foi revestido de madeira ou outros ornamentos: bronze, mármore, prata, madrepérola, marfim etc.O uso de materiais menos nobres e o início da produção em série contribuíram para baixar o preço unitário das obras, como é o caso das luminárias de vidro criadas pelo francês René Lalique. Trata-se do principio de venda de artigos de consumo de massa que posteriormente, após a 2ª Guerra, dominou o mundo todo. 234 BLANCO Giovanni, CAMPOS Candido Malta: Redescobrindo o Art Déco e o racionalismo clássico na arquitetura belenense. Disponível em: <http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/03.032/719>.
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