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SOLAR NA PRAÇA FEIRA LIVRE

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO JOÃO DEL-REI
SOLAR NA PRAÇA: FEIRA LIVRE
Alunos: Ana Luisa Moreira Campos
Anna Luiza Giarola
Lucas Nehme
Mateus Barbosa
Thiago Vieites
São João Del-Rei
13 de Julho de 2022
SUMÁRIO
1. Introdução
2. O que é economia solidária?
3. Solar na praça
4. Problemas enfrentados
5. Metodologia
6. Recomendações
7. Considerações Finais
8. Referências
1. INTRODUÇÃO
O presente trabalho discorre sobre a organização e o funcionamento da Feira do Solar
da Serra, que ocorre todos os meses no município de São João del Rei e utiliza técnicas de
autogestão e cooperação que o classificam como um empreendimento solidário.
O objetivo deste trabalho é analisar e encontrar os principais problemas enfrentados
pela gestão conjunta da Feira, e a partir disso, buscar soluções práticas que busquem melhorar
a eficiência e efetividade da organização.
A metodologia utilizada foi de pesquisa qualitativa baseada na realização de
entrevistas com membros fundadores do projeto, assim como a visita a uma edição da feira
realizada no mês de junho para a melhor compreensão do funcionamento da mesma, a partir
dos dados coletados e analisados, buscamos encontrar formas de auxiliar os membros da feira
com idéias de melhorias.
O trabalho foi divido em X capítulos que abordarão o funcionamento, gestão e
práticas da Feira do Solar da Serra, assim como um breve resumo de como foi sua fundação e
suas maiores dificuldades atuais, seguidos das resoluções que o grupo encontrou e a
conclusão final.
2. O QUE É ECONOMIA SOLIDÁRIA?
Em um primeiro momento, é fundamental compreender o que é o movimento de
economia solidária. De acordo com Schiochet (2009, p.1), entende-se que a Economia
Solidária é um conceito utilizado para definir as atividades econômicas organizadas
coletivamente pelos trabalhadores que se associam e praticam a autogestão.
Além disso, é imprescindível ressaltar que a economia solidária consiste em uma
alternativa à forma de trabalho capitalista, se caracterizando por ser um modelo cooperativo
de caráter humanístico voltado para a sociedade.
Como modo de produção: economia solidária apresenta vantagens em relação ao capitalismo: a autogestão torna
cada trabalhador(a) consciente do seu papel no todo em que atua; a inteligência coletiva de trabalhadores(as) está
permanentemente a serviço do desenvolvimento do Empreendimento Econômico Solidário e de seus sócios e
sócias - inclusive porque todos os ganhos de produtividade e resultados da realização do processo de produção são
diretamente apropriados pelos(as) próprios(as) trabalhadores(as) -; há uma necessária vinculação ao território em
que a atividade econômica solidária está inserida, acarretando no respeito às especificidades e culturas regionais e
ao meio-ambiente em que está inserida (BRASIL 2010).
No empreendimento estudado encontramos a economia solidária como maior agente
influenciador dos elementos de gestão. Sendo assim, a proposta desse trabalho, com base em
uma perspectiva de economia solidária, é analisar, articular e compreender a gestão do Solar
na Praça.
3. SOLAR NA PRAÇA
O "Solar na Praça - Feira Livre" é um movimento protagonizado por mulheres, de
iniciativa feminista, que acreditam na força dos trabalhos manuais para desbravar caminhos
coletivamente. Localizado na cidade de São João Del Rei, em uma praça no bairro Solar da
Serra, a feira acontece mensalmente, sendo um espaço de lazer, artístico e também para
vendas.
Os primeiros passos para o surgimento do projeto se deram em 2018, quando 5
mulheres e mães, que participavam de uma feira da escola de seus filhos, compartilharam
entre si o desejo de levar a ideia de uma feira para fora do ambiente escolar. Era o início de
uma trajetória marcada pelo desejo de tornar o trabalho artesanal mais acessível, dar mais
visibilidade ao consumo consciente e fortalecer as relações entre a comunidade.
Em 2019, houve a inauguração do "Solar na Praça - Feira Livre", fundamentado nos
princípios de economia solidária. Atualmente, são 90 mulheres que participam do
movimento, artesãs e cozinheiras. O critério para se entrar no projeto é produzir
artesanalmente.
Mensalmente acontece uma reunião entre as integrantes para realizar a organização da
feira do mês e para tomadas de decisões importantes. Por ser uma gestão compartilhada,
todas as integrantes devem participar de forma igualitária. Além disso, há divisão de tarefas
em grupos de trabalho, por exemplo, grupo de recrutamento de pessoas, grupo do financeiro,
grupo de divulgação, etc. Sendo que os integrantes podem escolher sua função de acordo com
suas habilidades.
Dessa maneira, podemos dizer que o projeto "Solar na Praça - Feira Livre" possui
como seus principais pilares a cooperação, autogestão e desenvolvimento local.
4. PROBLEMAS ENFRENTADOS
O cotidiano dos trabalhadores do Solar na Praça apresenta-se com graus diversos de
entusiasmo, mas também se revela cheio de contradições e dúvidas, girando em torno de
algumas problemáticas. A primeira problemática é a manutenção da consistência ideológica,
ou seja, a preocupação dos defensores do movimento da Economia Solidária quanto à
fidelidade aos preceitos desta, principalmente em uma fase de crescimento do
empreendimento.
A segunda problemática, e talvez a mais importante, é a questão geográfica. Por a
feira estar localizada na Colônia, um bairro afastado do centro de São João Del Rei, muitas
pessoas ainda não tiveram a oportunidade de conhecer o projeto. Além disso, o uso do local
escolhido não é legalizado pela prefeitura. Portanto, o grande desafio é fazer com que a
prefeitura consiga seguir as leis sobre a Economia Solidária na cidade, cedendo um espaço
físico para a comercialização. Para que tudo isso ocorra, é necessário um movimento para o
município reconhecer a Economia Solidária.
Outra problemática encontrada é a questão da infraestrutura. O projeto não possui
nenhum local para encontrar, fazer as reuniões e guardar os equipamentos utilizados por eles.
Ademais, a instabilidade climática também é um grande desafio identificado. Visto que, como
a praça é um espaço aberto e sem proteção, os participantes do projeto devem estar sempre
atentos às previsões de chuva.
Em relação à gestão do projeto, notamos problemas como: a falta de um CNPJ, a
dificuldade de atingir artesãs de outros bairros, as diferenças do grau de entusiasmo dos
participantes e a dificuldade em relação à participação de todos.
Outro importante problema abordado é a alta rotatividade dos membros. Apesar de
deter um seleto grupo de pessoas fiéis ao projeto, é comum que outros membros entrem no
negócio e depois de pouco tempo saiam. Isso faz com que as responsabilidades e o
conhecimento de gestão fique muito centralizado nas pessoas que já estão há mais tempo no
empreendimento, criando uma dependência delas para sobreviver.
Por fim, outro problema é o desconhecimento das pessoas de outros bairros acerca do
projeto. Os frequentadores do Solar na Praça são majoritariamente moradores do bairro
Colônia, limitando o seu crescimento. Apesar de já terem investido em alternativas para que
mais pessoas conhecessem, como entrevistas na rádio, o projeto enfrenta grande dificuldade
em furar a bolha do bairro e ser reconhecido por mais pessoas da cidade.
5. METODOLOGIA
A metodologia utilizada foi de caráter qualitativo. Os instrumentos de coleta de dados
foram: observação do cotidiano no trabalho e nas reuniões da feira, entrevistas informais com
Josie e Adriana e análise documental da constituição desta organização. Além disso, foram
realizados encontros semanais via chamada de vídeo no WhatsApp, a fim de discutir as
dificuldades enfrentadas no cotidiano da organização e a possibilidade de solucioná-las.
6. RECOMENDAÇÕES SOBRE OS PROBLEMAS QUE ESCOLHEMOS
Em questão dos problemas encontrados, o grupo estudou quais meios eram cabíveis
para esses determinados problemas. Após análises, selecionamos dois problemas principais
para solucionar,que pudessem dar resultado a curto prazo e não exigisse muito investimento
de capital financeiro do empreendimento, são eles: alta rotatividade e divulgação.
Em questão da divulgação, pensamos em estratégias de marketing mensais. Uma boa
alternativa para se comunicar com pessoas de outros bairros é a distribuição de panfletos pela
cidade divulgando mensalmente a feira, bem como as atrações que estarão presentes. No
meio digital, propomos ao negócio a realização de sorteios mensais no instagram de produtos
produzidos pelas artesãs do projeto, possibilitando, além de aumentar o alcance e
engajamento do instagram, também divulgar os produtos das artesãs.
Quanto ao problema da rotatividade, ao perguntar qual seria a principal motivação das
pessoas em abandonarem o projeto, nos foi mostrado um desconhecimento das razões. Sem
uma noção clara do que está levando as pessoas a se desligarem do projeto, é difícil para a
gestão corrigir possíveis erros e diminuir a taxa de rotatividade. Por isso, sugerimos que seja
implementado pela gestão um protocolo para quando as pessoas fossem se desligar do
empreendimento. Para tanto, foi criado um formulário que esses indivíduos deverão
responder para melhor entender o que os levou a tomar tal decisão. O questionário, realizado
via Google Forms, contará com sete perguntas, sendo elas: De 0 a 10, qual a chance de você
recomendar o projeto para um amigo?; Quão satisfeito você está com a sua experiência no
Solar na Praça?; Em sua opinião, quanto o projeto te ajudou como artesã autônoma?; O
projeto cumpriu com as expectativas que tinha?; Como você acredita que o projeto te ajudou
como artesã autônoma?; O que te levou a sair do projeto?; Quais pontos você acredita que
precisa melhorar dentro do projeto?.
Uma vez que mais pessoas, além de moradores do bairro, conheçam o Solar na Praça
e o nível da rotatividade diminua, será possível que o trabalho cresça e prospere como um
todo.
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ao fim do trabalho, pudemos concluir que grande parte dos problemas enfrentados
pela Feira do Solar da Serra são relacionados a infraestrutura do projeto e a demais situações
que poderiam ser resolvidas através de uma participação mais ativa do estado em incentivar e
fomentar as iniciativas de empreendimentos solidários.
A feira do Solar da Serra é um bom exemplo de autogestão e cooperatividade, sendo
um projeto de grande sucesso que possui um forte potencial de expansão e que ajuda a
comunidade onde está inserida de forma significativa.
O projeto tem uma grande participação social e hoje ajuda e incentiva o artesanato
local, garantindo um espaço organizado e seguro para que os artesãos possam mostrar e
comercializar seus produtos, a feira também contribui e ajuda com a manutenção da praça
onde é sediada, assim como oferece uma área de lazer para os indivíduos da comunidade
local, tudo isso através das práticas de economia solidária que são a base e os valores da
Feira.
Concluímos também que o curso de administração ministrado pela UFSJ é um grande
parceiro em potencial na fomentação, gestão e divulgação da Feira do Solar da Serra, mais
trabalhos de alunos do curso com a intenção de ajudar aos diferentes problemas apontados
pode vir a ser algo muito produtivo para ambas as partes, devido ao conhecimento prático que
os graduandos absorverão e aos ganhos de produtividade, eficiência e praticidade que a Feira
obterá, outro ponto que pode vir a ser muito proveitoso para a autogestão da feira é a
utilização de serviços prestados pela Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares ,
ITCP/UFSJ que é um Programa de Extensão Universitário que, desde 1999, vem inserindo no
sistema formal de economia setores marginalizados economicamente. Centrada no
fortalecimento do cooperativismo e da autogestão, atua no campo do desenvolvimento
econômico, subsidiando propostas de políticas públicas e dedicando parte significativa de
seus esforços na busca de respostas para as novas relações no mundo de trabalho e afirmação
da cidadania.
8. REFERÊNCIAS
SCHIOCHET, Valmor. Institucionalização das Políticas Públicas de Economia Solidária:
Breve trajetória e desafios. ago. 2009.
BRASIL. II Conferência Nacional de Economia Solidária. Documento Base. Brasília:
Senaes/MTE, 2010.

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