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CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM GESTÃO HOSPITALAR UNIVERSIDADE PAULISTA Edilelson Batista de Sena RA: 0587333 UBS DR. LÉLIO SILVA Macapá- AP 2021 CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM GESTÃO HOSPITALAR UNIVERSIDADE PAULISTA Edilelson Batista de Sena RA: 0587333 UBS DR. LÉLIO SILVA Projeto Integrado Multidisciplinar V para obtenção do título de Tecnólogo em Gestão Hospitalar, apresentado a Universidade Paulista– UNIP Orientador (a): Prof.ª Me. Ivete Rolim Daniel. Macapá- AP 2021 RESUMO A Unidade Básica de Saúde Dr. Lélio Silva é constituída em um processo de caráter determinados e participativo, com uma dimensão técnica e política, compreende um conjunto de "ações" desenvolvidas com o objetivo de permitir a estruturação física e o desenvolvimento dos trabalhadores, através de uma alocação adequada dos recursos necessários para a prestação da assistência à saúde da comunidade. O Proposito deste trabalho acadêmico é a realização de um diagnostico na instituição municipal (Pessoa Jurídica), a identificação de práticas executadas na organização estabelecendo relações com as disciplinas praticadas no curso de Gestão Hospitalar, com base nas matérias Epidemiologia, Bioestatística, Gestão de Markenting e Ciências Sociais pois, objetiva-se compreender a satisfação dos usuários com acesso e acolhimento, direitos e deveres destes, fazendo uso das ferramentas disponibilizadas pela UNIP, para apresentação de técnicas que favoreçam excelência na tomada de decisão. Palavras chave: Hospitalar, UBS, Macapá. ABSTRACT The Dr. Lélio Silva Basic Health Unit is constituted in a process of determined and participatory character, with a technical and political dimension, comprising a set of "actions" developed with the aim of allowing the physical structuring and development of workers, through adequate allocation of the resources needed to provide community health care. The purpose of this academic work is to carry out a diagnosis in the municipal institution (Legal Person), the identification of practices carried out in the organization, establishing relationships with the disciplines practiced in the Hospital Management course, based on the subjects Epidemiology, Biostatistics, Marketing Management and Social Sciences, therefore, the objective is to understand the satisfaction of users with access and reception, their rights and duties, making use of the tools made available by UNIP, to present techniques that favor excellence in decision-making. . Keywords: Hospital, Ubs, Macapá. SUMÁRIO 1.INTRODUÇÃO................................................................................................06 2. EPIDEMIOLOGIA..........................................................................................08 2.1 APLICAÇÕES DA EPIDEMIOLOGIA..........................................................09 2.2 PROCESSO SAÚDE-DOENÇA...................................................................11 3. BIOESTATISTICA.........................................................................................13 4. GESTÃO DE MARKENTING........................................................................18 4.1 TAREFAZ DE MARKENTING......................................................................19 4.2 ESCOPO DE MARKENTING.......................................................................20 5. CIÊNCIAS SOCIAIS......................................................................................21 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS......................................................................... 24 6. REFERÊNCIAS.............................................................................................25 1. INTRODUÇÃO Neste Projeto Integrado Multidisciplinar-PIM VII, referente ao 2º semestre de 2021, do Curso Superior de Tecnologia em Gestão Hospitalar, apresento um diagnóstico da Unidade Básica de Saúde Dr. Lélio Silva do Município de Macapá, identificando suas práticas de gestão baseadas nas disciplinas de Epidemiologia, Bioestatística, Gestão de Markenting e Ciências Sociais. Através de pesquisa e coleta de dados realizados em visita presencial na empresa, conhecendo os setores, as informações foram colhidas com o responsável técnico e funcionários da instituição. A Unidade Básica de Saúde Dr. Lélio Silva é a porta de entrada dos atendimentos na comunidade que atua 24 horas, estruturada por decreto pelo chefe do executivo Estadual para atender pacientes com suspeitas de Covid- 19, Urgência e emergência de complexidade média e alta, Exames laboratoriais, Exames radiológicos e Medicação. . Após a consulta, o paciente é direcionado para coleta de material e realização dos exames e depois passa pela farmácia para receber os remédios receitados. A coleta para exames é enviada ao Laboratório Central do Estado (Lacen/AP) e os resultados saem em entre 10 a 20 dias, se não houver imprevistos. O atendimento inicial na Unidade Municipal permite que os pacientes com sintomas claros possam ser identificados pelas equipes médicas e o protocolo de medicação possa ser iniciado sem perda de tempo e sem colocar em risco a vida da população. Ao todo, cerca de 100 pessoas são atendidas todos os dias, neste ano de 2021 a unidade chegou a atender em seu ápice mais de 300 pacientes. Esse protocolo é adotado para todos os pacientes que estão com suspeita ou já estão com o diagnóstico confirmado de covid-19 ou outra patologia. Atualmente a Unidade Básica de Saúde Dr. Lélio Silva conta com uma equipe de profissionais por turno, dentre os Servidores estão: médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, Biomédicos, Psicólogos, Farmacêuticos, Assistente Social, Técnicos em Enfermagem, Técnicos em Laboratório, Condutores de veículo de emergência, assistentes administrativos e serviços gerais. 2. EPIDEMIOLOGIA Epidemiologia pode ser definida como a ciência que estuda o processo saúde doença em coletividades humanas, analisando a distribuição e os fatores determinantes das enfermidades, danos à saúde e eventos associados à saúde coletiva, propondo medidas específicas de prevenção, controle ou erradicação de doenças e fornecendo indicadores que sirvam de suporte ao planejamento, administração e avaliação das ações de saúde (ROUQUAYROL; GOLDBAUM; SANTANA, 2013). O significado etimológico do termo epidemiologia deriva do grego. (PEREIRA, 2013): Epi + Demo + Logos Sobre + população + estudo Portanto, de forma simplificada, o termo “epidemiologia” significa o estudo sobre a população, que direcionado para o campo da saúde pode ser compreendido como o estudo sobre o que afeta a população. A epidemiologia tem como princípio básico o entendimento de que os eventos relacionados à saúde (como doenças, seus determinantes e o uso de serviços de saúde) não se distribuem ao acaso entre as pessoas. Há grupos populacionais que apresentam mais casos de certo agravo, e há outros que morrem mais por determinada doença. Tais diferenças ocorrem porque os fatores que influenciam o estado de saúde das pessoas não se distribuem igualmente na população, portanto, acometem mais alguns grupos do que outros (PEREIRA, 2013). 2.1 APLICAÇÕES DA EPIDEMIOLOGIA Como observado no tópico anterior, a epidemiologia tornou-se ao longo dos anos uma ciência ampla que abriga inúmeras áreas do conhecimento e muitas subdivisões, tais como (PEREIRA, 2013): No entanto, em linhas gerais, ela apresenta três grandesáreas de atuação (PEREIRA, 2013): » epidemiologia clínica; » epidemiologia investigativa; » epidemiologia nutricional; » epidemiologia de campo; » epidemiologia descritiva; » etc. O diagnóstico da situação de saúde consiste na coleta sistemática de dados sobre a saúde da população, informações demográficas, econômicas, sociais, culturais e ambientais, que servirão para compor os indicadores de saúde. Apesar de parecer uma tarefa simples, o diagnóstico da situação de saúde apresenta minúcias importantes para a sua realização (PEREIRA, 2013). O epidemiologista ou profissional de saúde que pretenda realizar tal diagnóstico deve dominar a fundo conceitos e ferramentas da epidemiologia para que sua avaliação não apresente erro metodológico (ROUQUAYROL; GURGEL, 2013). O diagnóstico de situação de saúde tem como principais objetivos a construção de um plano de ação em saúde que venha a minimizar os problemas identificado se a formulação de hipóteses sobre os fatores envolvidos na construção e manutenção de um cenário epidemiológico. Tais hipóteses poderão e deverão ser testadas. Portanto, o diagnóstico da situação de saúde é o primeiro passo para se compreender e se atuar sobre os problemas de saúde encontrados em qualquer coletividade (PEREIRA, 2013). A investigação dos agentes etiológicos das doenças sempre foi, desde os seus primórdios, um objetivo prioritário da epidemiologia. No final do século XIX até meados do século XX, foi dado um grande enfoque às doenças infectocontagiosas, tendo em vista a evolução da microbiologia e a grande prevalência de doenças infecciosas no mundo (PEREIRA, 2013). 2.2 PROCESSO SAÚDE-DOENÇA Como definido anteriormente, o processo saúde-doença constitui-se das etapas pelas quais passa o indivíduo, ou a população, durante o processo de adoecimento, levando-se em consideração todas as variáveis que influenciam a saúde e as doenças, bem como seus desfechos, a cura ou a morte. (GOMES, 2015). Dentro dessa perspectiva, a concepção de História natural da doença torna se fundamental. Um dos conceitos clássicos deste processo foi dado por Leavell e Clack (1976), que definem história natural da doença como um conjunto de processos interativos que compreendem as inter-relações do agente etiológico, do susceptível e do meio ambiente, passando desde as variações ambientais/biológicas, que criam o estímulo patógeno, até a resposta do susceptível a este agente, e que pode levar o indivíduo à doença, à invalidez, à recuperação ou à morte. GOMES, 2015). Segundo Rouquayrol, Goldnaum e Santana (2013), a história natural da doença se desenvolve em dois períodos sequenciais e Santana (2013), a história natural da doença se desenvolve em dois períodos sequenciais: E claro, não se pode esquecer o desenlace desse processo, que pode ser considerado o terceiro período dentro do processo saúde-doença. Tais períodos podem ser melhor visualizados na ilustração a seguir (figura 1): Figura 1 – História natural da doença O período pré-patogênese configura-se como a interação dos fatores: Portanto, os estímulos sobre o susceptível têm essa característica multifatorial, que, a depender de sua vulnerabilidade, irá desencadear ou não a doença. Note que a configuração do risco ao longo do tempo não é linear, portanto, um mesmo indivíduo ou uma mesma população pode responder de forma diferente aos agentes agressores ao longo do tempo (ROUQUAYROL; GOLDBAUM; SANTANA, 2013). 3. BIOESTATÍSTICA Estatística é a parte da matemática que trata da coleta, organização, tabulação e análise de dados colhidos em um levantamento de dados (popularmente chamado de pesquisa). Pode ser dividida em dois grandes grupos, a estatística descritiva e a Inferencial ou Indutiva. A descritiva é empregada para caracterizar a amostra em estudo, já a inferencial ou indutiva permite elaborar hipóteses em relação à amostra estudada para que possamos transferir essas conclusões à população que deu origem a essa amostra. (CARVALHO, 2021). A Bioestatística tem como principal vantagem o fato dela não apenas resolver, como é capaz de compreender uma complexa metodologia de estudo para responder às hipóteses, além de agilizar e organizar o sistema de investigação, desde o projeto geral, a amostra, o controle da qualidade de informação e a prestação dos resultados. Ela também tem benefícios como poder desenvolver estudos que possibilitem a criação de novos remédios e a compreensão de doenças crônicas, como a AIDS e o câncer. bioensaiosa, ecologia e bioensaios. (CARVALHO, 2021). Bioestatística são conceitos da Estatística aplicados às Ciências Biológicas, como Medicina, Biologia, Biomedicina, Farmácia, Odontologia, Medicina Veterinária, Enfermagem e outras (ARANGO, 2009). Por definição, a Bioestatística é um conjunto de métodos utilizados para planejar e executar um trabalho científico, que envolve a obtenção, a organização, a análise, e a interpretação dos dados, e ainda possibilita a obtenção das conclusões (TRIOLA, 1999) O objetivo maior da bioestatística é a tomada de decisões, quando se refere a registros de doenças, surtos, epidemias, endemias, registros de qualidade de vida, condições de alimentação, sanitárias e habitacionais, prevenção de doenças, educação, enfim, tudo que se refere à saúde pública e que é de interesse, também, da OMS (Organização Mundial da Saúde). Ainda, na área da saúde, é utilizada quando da elaboração de experiências e pesquisa científica, tais como testes de vacinas, avaliação de terapêuticas e tratamentos, testes de medicamentos etc. (CARVALHO, 2021). 4. GESTÃO DE MARKENTING O marketing envolve a entrega de valor para o cliente, e quando abordamos o termo valor na área de marketing não significa apenas o preço a pagar pelo produto, mas também os benefícios que esse produto ou serviço proporciona a quem compra. Ou ainda, de acordo com a Kotler (1990), “conceitua-se marketing como uma orientação da administração baseada no entendimento de a tarefa primordial da organização é determinar as necessidades, desejos e valores de um mercado visado e adaptar a organização para promover as satisfações desejadas de forma mais efetiva e eficiente que seus concorrentes. (ÁVILA E STECCA 2015). Marketing é um processo social, com o desenvolvimento, a oferta e a livre negociação, as pessoas adquirem os produtos ou serviços que necessitam. Muitas vezes, a função de marketing é confundida com vender produtos, no entanto, precisamos entender que as vendas fazem parte do marketing, mas o objetivo principal, de acordo com Peter Drucker um dos maiores teóricos dessa área, é conhecer e entender tão bem o cliente, fazendo com que o produto ou o serviço se adeque a ele e se venda naturalmente. (ÁVILA E STECCA 2015). O marketing, no contexto das cooperativas, auxilia as mesmas a demonstrar o que o seu papel, como instituição social, deseja atender para experimentar melhorias, em termos de eficácia em produtos e serviços, em razão dos seus associados e seus clientes. Entender e buscar implementar a gestão de marketing nas cooperativas pode trazer muitos benefícios, muitas vezes as cooperativas passam por problemas de relacionamentos com seus cooperados e talvez com uma visão exata do marketing e de suas ferramentas administrativas esses problemas poderiam ser facilmente resolvidos. No caso das cooperativas, o principal cliente é o associado, e todas as operações tem como objetivo melhorias para os sócios. (ÁVILA E STECCA 2015). Além de compreender as necessidades dos consumidores, o marketing possui outras responsabilidades. Ele é também responsável pelo relacionamento com os clientes. Por algum tempo as organizações ignoraram essa função domarketing, mas hoje entende-se que manter um relacionamento com os clientes mesmo após a compra é fundamental também para fidelizar e manter esses clientes. (ÁVILA E STECCA 2015). 4.1 TAREFAS DE MARKENTING De acordo com Ávila e Stecca (2015). As atividades de marketing podem passar por três diferentes estágios que aprofundaremos a seguir: Marketing empreendedor – grande parte das empresas são criadas por indivíduos com características empreendedoras, ou seja, por pessoas que identificam oportunidades, desenvolvem suas ideias e realizam suas visões com base na criatividade e inovação. É nisto que consiste o marketing empreendedor, de ações criativas e inovadoras das pessoas que criam seus negócios. (ÁVILA E STECCA 2015). Marketing profissionalizado – a partir do momento em que as empresas alcançam um maior sucesso nos seus negócios, elas passam a adotar e implementar práticas de marketing mais profissionais. E ainda muitas das empresas, cooperativas e organizações passam a contratar pessoas e empresas especializadas para auxiliar na administração dos negócios. (ÁVILA E STECCA 2015). Marketing burocrático – a empresa com o marketing profissionalizado passa a adotar um marketing rotineiro e em processos estáveis, onde o foco é investigar relatórios de pesquisa de mercado a fim de maximizar suas relações com distribuidores e o desenvolvimento das campanhas publicitárias. Assim, muitas vezes a criatividade, a inovação e a paixão das empresas são esquecidas, ao contrário do que acontece no marketing de “guerrilha” apresentado no primeiro estágio, o marketing empreendedor. (ÁVILA E STECCA 2015). 4.2 ESCOPO DO MARKENTING De acordo com Ávila e Stecca (2015). A área de marketing é percebida como a área responsável por desenvolver, promover e proporcionar bens ou serviços que satisfaçam as necessidades dos clientes. Portanto, o escopo de marketing é amplo e envolve bens, serviços, experiências, eventos, pessoas, lugares, propriedades, organizações, informações e ideias. Bens – os bens ou produtos possuem a característica de tangibilidade e são predominantes na área de produção e de marketing. Em países desenvolvidos os bens como commodities, alimentos, artigos de vestuário, são os responsáveis por manter o setor econômico ativo. Serviços – com a evolução do sistema econômico a produção de serviços é cada vez mais frequente e diversificada. Caracteriza-se como serviço aqueles prestados por hotéis, médicos, advogados, locadores, empresas aéreas entre outros que ofertam um benefício em forma de serviço. Experiências – gerindo serviços e produtos, podem-se também criar e comercializar experiências. Por exemplo, passar uma semana em uma conferência sobre cooperativismo com grandes teóricos da área pode proporcionar um grande nível de experiência aos participantes. Eventos – dentro do escopo de marketing, há os profissionais responsáveis por planejar, organizar eventos, como aniversários da empresa, feiras comerciais, eventos esportivos entre outros. Pessoas – o marketing também pode assumir um foco em pessoas, é o chamado marketing de celebridades. Sabemos que hoje toda pessoa famosa ou que tem uma grande importância no meio artístico ou social possui um agente, ou um gerente pessoal vinculado a alguma agência de relações públicas. Lugares – o marketing também está presente na questão das cidades, regiões e países, pois há uma competição para atração de turistas, indústrias, novos moradores. Entre os exemplos de empresas de marketing de lugares, podemos citar especialistas em desenvolvimento econômico, agências de propaganda, imobiliárias. Propriedades – o conceito de propriedade consiste em direitos de posse de bens imóveis e de bens financeiros. Esses direitos podem ser comprados e vendidos e, por isso, há instituições que trabalham para quem procura comprá- los, podemos citar nesse caso imobiliárias e instituições financeiras. Organizações – as organizações procuram trabalhar para construir uma imagem positiva para seu público. São comuns os anúncios de identidade corporativa que procuram maior reconhecimento público, a fim de competir com maior sucesso por um público maior. Informações – as informações podem ser geradas e comercializadas como um produto e representam um dos principais setores econômicos. Como exemplo, pode-se citar a internet, livros e enciclopédias que, por um determinado preço, vendem informação e conhecimento a quem adquire. Ideias – toda vez que adquirimos um produto ou um serviço, estamos adquirindo uma ideia, um conceito. 5. CIÊNCIAS SOCIAIS As ciências sociais se definem a partir da possibilidade de o homem contemporâneo entender a realidade social em que vive sob uma perspectiva científica. (SILVA, 2011). A sociologia como ciência é vista por Mills (1965, p. 11) como um “conhecimento capaz de conduzir o homem comum a compreender os nexos que ligam sua vida individual com os processos sociais mais gerais”. A percepção que o homem comum tem da realidade social é marcada pelo seu cenário mais imediato, o do cotidiano, levando-o à formação de uma visão distorcida do todo. Segundo Mills (1965), a superação dessa condição de alienação se dá com o desenvolvimento do que chama de “imaginação sociológica”, que permite “usar a informação e desenvolver a razão”. (SILVA, 2011). O conhecimento científico se pauta na realidade concreta e é baseado na experimentação e não apenas na razão. É um saber que possui uma ordenação lógica e busca constantemente se repensar. A característica elementar do pensamento científico é a procura pela verdade através do desenvolvimento de métodos de análise e de uma linguagem objetiva que evite ambiguidades. (SILVA, 2011). A sociologia geral, ainda no século XIX, a partir de autores clássicos como Comte, Durkheim, Weber e Marx, já refletia sobre a influência dos contextos sociais nos interesses de pesquisa e na formulação de teorias e métodos científicos, bem como analisava a função social da ciência e das consequências culturais e ambientais de suas práticas. (SILVA, 2011). Esse tipo de sociologia também analisa o espectro de concepções sociais sobre o conhecimento científico. Em um dos extremos, estão as concepções de ciência como regime de saber teórico-prático, ética e politicamente neutro, derivado da racionalidade lógico-cognitiva pura e sustentado no valor da verdade objetiva, imune à subjetividade e a interesses externos. No outro extremo, encontra-se a concepção de ciência como conjunto de práticas contextuais e circunstanciais de busca de conhecimento, jogo resultante da interação entre fatores políticos, econômicos e sociais que, portanto, na essência, não difere de outras manifestações culturais, como a religião ou a arte. (SILVA, 2011) A sociologia da ciência nasce no bojo do desenvolvimento de uma disciplina ainda mais ampla: a sociologia do conhecimento. Karl Mannheim, um de seus autores pioneiros, produziu suas principais obras entre 1930 e 1947. Ele considerava que, independentemente da categoria de conhecimento (incluindo as resultantes das ciências naturais e exatas), a produção seria invariavelmente definida no contexto de determinada experiência existencial e histórica, não sendo, portanto, possível atingi-la por razão a-histórica e universal, como queriam os herdeiros da tradição iluminista, entre eles os positivistas. (SILVA, 2011). A sociologia do conhecimento propôs a si mesmo conjunto de tarefas teóricas e de pesquisa que incluía: 1) investigação das relações entre pensamento e ação; 2) interpretação dos fatores não teóricos que determinam ou condicionam o conhecimento; 3) descrição de perspectivas intelectuais, em vários momentos históricos, sobre o condicionamento social do conhecimento; 4) identificação dos segmentos sociaisque compõem os estratos intelectuais dedicados a determinada questão. (SILVA, 2011). De Durkheim utiliza a noção da relação entre ordem social e cognitiva, ou seja, a compreensão de que a própria cognição humana, a maneira como se organiza a racionalidade, é socialmente definida. Isso, consequentemente, implica a impossibilidade de existirem racionalidades universais. Essa ideia é compartilhada por Mannheim, de quem o programa forte também empresta a proposta de estudar a associação entre os padrões de comportamento de determinado grupo detentor de saber e as ideias que esse grupo forma de si e da sociedade que o circunda. (SILVA, 2011). 6. CONSIDERAÇÕES FINAIS Este projeto integrado multidisciplinar tem como objetivo principal observar o quanto é importante a relação que a associam as disciplinas incluídas, a respeito da Epidemiologia, Bioestatística, Gestão de Markenting e Ciências Sociais sobre a instuição. A viabilização da otimização dos recursos disponíveis com o objetivo de melhorar a qualidade do atendimento prestado à população. Fortalecendo espaços de troca e de produção de conhecimento, voltado para uma melhor qualidade de trabalho e saúde. A UBS Dr. Lélio Silva é uma instituição que oferece serviços 24 horas com atendimentos de caráter emergencial, com profissionais de saúde envolvidos na assistência social dos cidadãos, especialmente aquela direcionada para os atendimentos de ambulatorial. Foram destacados pontos positivos pois a instituição tem seus valores e sua visão que são o tratamento e recuperação dos usuários que buscam atendimento, o órgão utiliza de matérias diversos para integralizar a eficiência no trabalho dos profissionais. Por fim, consideramos o comprometimento da equipe no atendimento aos usuários em uma instituição pública que disponibiliza atendimento universilizado. Todas as formas e situações descritas validaram os conceitos teóricos ensinados pela UNIP, inserindo-me para assimilação do conteúdo ensinado pelas disciplinas em questão. 7. REFERÊNCIAS ARANGO, H. G. Bioestatística teórica e computacional. 3. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan S.A., 2009. AVILA, Lucas Veiga; STECCA, Fabiana Letícia Pereira Alves. Gestão de Marketing. SANTA MARIA-RS. 2015. CAEVALHO, Mara Cynthia Ferreira de. Bioestatística. – São Paulo: Editora Sol, 144 p. 2021. GOMES, Elainne Christine de Souza. Conceitos e ferramentas da epidemiologia – Recife: Ed. Universitária da UFPE, 83 p. 2015. ROUQUAYROL, M. Z; GURGEL, M.(Orgs.). Epidemiologia & saúde. 7. ed. Rio de Janeiro: história natural e prevenção de doenças. In: Medbook, 2013. cap. 2, p.11–24. PEREIRA, M. G. Epidemiologia: teoria e prática. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013. ROUQUAYROL, M. Z.; GOLDBAUM, M.; SANTANA, E. W. de P. Epidemiologia, história natural e prevenção de doenças. In: ROUQUAYROL, M. Z; GURGEL, M. (Orgs.). Epidemiologia & saúde. 7. ed. Rio de Janeiro: Medbook, 2013. cap. 2, p.11–24. ROUQUAYROL, M. Z.; GOLDBAUM, M.; SANTANA, E. W. de P.Epidemiologia, ROUQUAYROL, M. Z; GURGEL, M. (Orgs.). Epidemiologia & saúde. 7. ed. Rio de Janeiro: Medbook, 2013. SILVA, Josefa Alexandrina da. Ciências Sociais. - São Paulo: Editora Sol, 2011. TRIOLA, M.F. Introdução a Estatística (Tradução). Rio de Janeiro: LTC, 1999.
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