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CURSO DE ENGENHARIA ELÉTRICA JANINE BRÍGIDA SANTOS PACHECO LIMA JOÃO VITOR DIAS NASCIMENTO MICHEL DOUGLAS ARAÚJO DOS SANTOS REDES TELEFÔNICAS Aracaju - SE Novembro/ 2018 JANINE BRÍGIDA SANTOS PACHECO LIMA JOÃO VITOR DIAS NASCIMENTO MICHEL DOUGLAS ARAÚJO DOS SANTOS REDES TELEFÔNICAS Trabalho sobre “Redes Telefônicas” da disciplina Sistemas de Comunicação e Telecomunicação, turma N01, do curso de Engenharia Elétrica, ministrada pelo Prof. Cleiton José Rodrigues, na Universidade Tiradentes, como nota parcial da segunda unidade Aracaju - SE Novembro/ 2018 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO..........................................................................................4 2. OBJETIVOS..............................................................................................5 2.1. OBJETIVO GERAL.........................................................................5 2.2. OBJETIVOS ESPECIFICOS..........................................................5 3. REDES TELEFÔNICAS............................................................................6 3.1. APARELHO DE TELEFONE..............................................................6 3.2. CENTRAL E REDES DE TELEFONIA...............................................8 3.3. ESTRUTURA DA REDE TELEFÔNICA.......................................10 3.4. TARIFAÇÃO.................................................................................11 3.4.1. TARIFAÇÃO POR MULTIMEDIÇÃO..................................12 3.4.2. TARIFAÇÃO POR BILHETAGEM AUTOMÁTICA..............13 3.5. PLANO DE NUMERAÇÃO..............................................................14 3.6. SINALIZAÇÃO ................................................................................15 3.6.1. SINALIZAÇÃO ACÚSTICA.................................................15 3.6.2. SINALIZAÇÃO DE LINHA..................................................16 3.6.3. SINALIZAÇÃO DE REGISTRO..........................................18 3.6.4. SINALIZAÇÃO ASSOCIADA A CANAL..............................18 3.6.5. SINALIZAÇÃO POR CANAL COMUM...............................19 3.7. RDSI.................................................................................................20 4. CONCLUSÃO ........................................................................................22 5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS........................................................23 4 1. INTRODUÇÃO O século XIX representa um importante avanço no campo das comunicações, sendo a criação do telefone em 1876, uma das maiores invenções de todos os tempos. A descoberta de Alexander Graham Bell, permitiu a comunicação a distância utilizando a voz, o que acabou gerando a criação outros meios de comunicação e, por conseguinte outras formas de transmissão de informações. Antes mesmo de compreender como funciona o sistema físico de telefonia, é necessário entender o fenômeno por trás da conversão das ondas sonoras em sinais de informações. O mais importante nesse processo é o canal de comunicação, uma vez que a transmissão dos dados só é possível por conta de um meio físico responsável por trafegar esses sinais até o destinatário. No caso da telefonia fixa, o meio físico é o canal a fio que receberá as ondas sonoras e converterá em sinais elétricos através de equipamentos chamados de transceptores. O sistema clássico de telefonia é compreendido como um meio transportador de informação, através da conversão das ondas sonoras em sinais elétricos, porém o novo modelo de telefonia vai muito mais além que isso. Com os grandes avanços nas telecomunicações, possibilitou que fossem implementadas no sistema de telefonia outros recursos de comunicações. O RDSI (Rede Digital de Serviços Integrados) tornou possível que a telefonia permitisse também o envio de mensagens texto, fotos, áudios, vídeos, gráficos e outros dados, através da tão revolucionária internet. A rede de telefonia continua sendo uma das mais importantes formas de telecomunicações existentes nos dias atuais, mesmo com o avanço tecnológico nas telecomunicações, não tornou a rede de telefonia desnecessária, mas foram responsáveis por transformar as redes telefônicas como uma forma de comunicação moderno e muito mais amplo que os primórdios telefones, em um intervalo de tempo pequeno, menos que um meio século. 5 2. OBJETIVOS 2.1. OBJETIVO GERAL • Apresentar em forma de seminário sobre as redes telefônicas. 2.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS • Estudar sobre todos os assuntos que englobam o tema central, redes de telefonia; • Compreender a importância da rede de telefonia para as telecomunicações; • Estudar um artigo que tenha como assunto alguma parte importante do tema central; • Complementar todo o conhecimento já adquirido na disciplina sobre Telecomunicações. 6 3. REDES TELEFÔNICAS A transformação das ondas sonoras em sinais elétricos é um dos fenômenos mais observados no estudo da telecomunicação. O ouvido humano é capaz de captar as ondas sonoras através do ouvido, o que causa uma sensação ao sistema nervoso. Essa onda é causada por um corpo, por exemplo, o autofalante. Em telefonia, a largura de faixa considerada satisfatória para a reprodução da voz é de 4 kHz. Nessa faixa, considera-se que é possível chegar a 80% da compreensão das palavras numa conversação, também é onde encontra-se a maior concentração de energia da voz. [2] 3.1. APARELHO DE TELEFONE Os aparelhos telefônicos têm evoluído ao longo da história, embora os princípios utilizados por Alexander Graham Bell, tornaram possíveis criar novas funções nunca antes imaginadas. [1] Para haver a troca de informações a longas distâncias é necessário que haja conversão de sinal sonoro em elétrico, o processo inverso é realizado quando a informação chega ao seu destino final. [2] Além de realizar tal função, os aparelhos telefônicos são responsáveis por algumas funções como toque de campainha e indicar o estado da chamada. Nem sempre essas funções são realizadas de maneira independente, quase sempre é necessário a execução em conjunto com a central. [1] Para que a comunicação seja viável existem componentes que desempenham um papel específico durante o processo. Dentre eles estão os transdutores, sendo um transmissor ou microfone, e outro chamado de cápsula receptora. Basicamente, são responsáveis por receber a vibração da voz quando incide sobre o microfone, ao ser transformada em sinal elétrico, a mesma percorre o meio de transmissão chegando à cápsula receptora, onde o sinal é novamente convertido em ondas sonoras. [2] A Figura 1 mostra como se dá a ligação entre os dois transdutores. 7 Figura 1 – Ligação telefônica entre pontos. [2] Ao receber uma chamada é dado um sinal sonoro pelo aparelho avisando ao usuário que está sendo chamado. A campainha, como é chamada, é acionada por corrente alternada, é produzida nas centrais telefônicas em baixa frequência, geralmente 25 Hz. Um esquema de circuito simplificado de uma campainha é mostrado na Figura 2. [1] Figura 2 – Esquema de uma campainha. [1] A transmissão é feita através de um par de fios, os transdutores são lidados ao restante do circuito por um par de fios cada, é necessário que haja uma interface entre os fios dos transdutores, que são quatro, com os dois do aparelho telefônico. Dessa forma, faz-se o uso da híbrida, uma bobina indutora que também realiza o procedimento contrário. O uso do teclado tem a função de informar à central telefônica o número do assinante com quem desejamos falar. Existem no geral dois tipos de teclados, numérico e alfanumérico. Do tipo teclado decádico (disco ou teclas), em aparelhos mais antigoso modelo disco utiliza intervalo de aproximadamente 100 ms para que, através de pulsos (10 pulsos por segundos), os dígitos sejam enviados à central. Com pelo menos 12 teclas, sendo dez enumeradas e duas 8 auxiliares (* e #), o modelo teclas possui um dispositivo sequencial e memórias reservado a fim de enviar à central, em sequência, os dígitos teclados pelo usuário. Um segundo tipo de teclado trabalha com duas bandas de frequências, baixa e alta, dentro da banda de voz, sendo que cada número é enviado em forma de combinação de duas frequências. Dessa forma, é possível enviar até doze tipos de informações à central telefônica. Cada linha é formada por uma frequência baixa, e cada coluna formada por frequência alta. As combinações são transmitidas, filtradas e decodificadas na central telefônica, esse tipo de teclado é chamado de dual tone multi-frequency (DTMF) ou multifrequencial.[2] A Figura 3 demonstra a representação de uma combinação de frequências. Figura 3 – Representação de combinação de frequências. [2] 3.2. CENTRAL E REDES DE TELEFONIA Para promover a interligação de aparelhos telefônicos foram criadas as centrais telefônicas. Consiste num sistema capaz de realizar a comutação entre aparelhos de dois a dois. Os sistemas na época dos anos de 1920 eram compostos por mesa e telefonista, estes eram os elementos básicos das centrais. Com o surgimento das centrais automáticas as telefonistas foram extintas, sendo as novas capazes de interpretar os algarismos enviados pelos 9 aparelhos. As CPA, como são conhecidas as centrais digitais por programa armazenado, são responsáveis atualmente pelas comutações. As funções gerais de uma central telefônica é supervisionar, receber dígitos, alertar, transmitir informação, estabelecer e selecionar caminhos. São dois os sistemas que basicamente compõem essas centrais, sistema de comutação e sistema de controle. Comutação conecta centrais e assinantes por meio de relés ou comutação digital é responsável por sinalizar assinantes/centrais ou centrais/centrais. Já o controle administra a comutação para que haja conexão e sinalização corretas. De acordo com sua função na rede telefônica, é que se dá a classificação das centrais, são elas central local, central de trânsito que se divide em trânsito internacional, trânsito classe I, II, III e IV e por último Central Tandem. Todas elas são consideradas centrais públicas de comutação, tais centrais obedecem a uma hierarquia como é mostrado na Figura 4. [2] Figura 4 – Hierarquia das centrais públicas de comutação. [2] Há empresas que necessitam de canais de comunicação, para isso existem as centrais privadas como PABX (private autmatic branch exchange) e a KS. A primeira tem possibilidade de fornecer até 25000 portas configuráveis para ramais com recursos de controle, já a segunda é de menor porta e contra até 24 ramais com baixa capacidade de controle. 10 Os sistemas computacionais com controle por programa armazenado (CPA) são responsáveis por controlar as chamadas dos assinantes junto às centrais digitais. Através deste recurso foi possível oferecer serviços novos como por exemplo, chamada em espera e caixa postal. Toda comutação entre usuários é feita de forma digital, todas as informações de chamadas telefônicas são digitalizadas e multiplexadas no tempo, dessa maneira é possível obter conjunto de vias padronizadas, originadas das multiplexações de vários canais de informação. [2] 3.3. ESTRUTURA DA REDE TELEFÔNICA A rede telefônica pode ser descrita como um sistema integrado de fios, de cabos, de terminais correspondentes aos aparelhos utilizados pelos usuários do sistema e de um vasto conjunto de acessórios, tudo isto com o objetivo de interligar os assinantes às centrais telefônicas e várias centrais entre si. Outro termo utilizado é sistema telefônico, que pode ser conceituado como o sistema que permite a comunicação de dois assinantes, através do telefone. [4] As principais redes telefônicas dentro do sistema telefônico são basicamente divididas em: Rede de Comutação, Rede de Acesso, Rede de Transmissão e Infraestrutura para Sistemas de Telecomunicações. A evolução da rede telefônica começa a partir do serviço telefônico básico como uma das estruturas de comunicações mais complexas e de maior capilaridade, com um portfólio de serviços denso e variado. A rede telefônica é composta pela rede longa distância, que inclui as centrais interurbanas e internacionais e os respectivos entroncamentos; a rede local, contendo as centrais e entroncamento em área urbana e o enlace de assinante, constituído pelos terminais e linhas de assinante; a rede de assinante, redes de alimentação primária e de distribuição secundária. As redes locais se dividem em redes de assinantes (que ligam os assinantes às estações telefônicas) e redes de entroncamentos (que interligam as estações locais). Por fim, as redes de assinantes podem ser classificadas em redes de alimentação (primárias), redes de distribuição (secundárias) e redes internas (terciárias). A linha do assinante é a conexão elétrica do telefone à 11 central telefônica. As centrais telefônicas são os equipamentos responsáveis pela conexão entre os diversos assinantes e têm como funções principais a gerência, distribuição, concentração, interligação e tarifação das chamadas produzidas pelos mesmos. A ligação física dos telefones às centrais de comutação é realizada através da rede de acesso e a interligação entre os equipamentos comutadores é realizada pelos sistemas de transmissão. [3] Figura 5: Arquitetura da rede local. [2] Existem ainda sistemas secundários que fornecem apoio aos equipamentos de comutação e transmissão, são chamados de infraestrutura como torres de transmissão, aterramento, refrigeração e energia. [2] 3.4. TARIFAÇÃO Um sistema de tarifação telefônica propõe-se a efetuar o registro e associar um custo correspondente a todas as ligações recebidas ou feitas, chamadas no jargão técnico de entrantes e saintes, respectivamente. Onde ocorre a cobrança aos assinantes pelos serviços utilizados pelo mesmo que é fornecido por uma empresa/concessionária. Alguns fatores, chamados dados de tarifação, são levados em consideração para realizar a tarifação em uma conexão telefônica: Duração da chamada, Distância entre os assinantes e Tipo de assinante. [4] No processo de tarifação, o sistema de comutação cria um registro de dados de tarifação para cada chamada. Esses dados são armazenados e, 12 quando atingem certo nível ou determinado período, transferidos para um centro de tarifação, que calcula a conta dos assinantes. Além do número do destino e da duração, outras condições influenciam a tarifação da chamada; classe de originação indica que o assinante deve ser tarifado pela chamada. Normalmente, a chamada é cobrada do assinante chamador. Entretanto, em alguns casos, é cobrada do assinante chamado; Índice de bilhetagem da mensagem é atribuído para cada destino de chamada; Data e hora o valor da tarifa varia sazonalmente com o horário e o dia; Número de serviços especiais chamada para serviços disponíveis ao assinante, como auxílio à lista telefônica. Os métodos de tarifação determinam como o sistema de comutação registra os dados de tarifação e podem ser: tarifação por multimedição e tarifação por bilhetagem automática. [2] 3.4.1. TARIFAÇÃO POR MULTIMEDIÇÃO Existem dois tipos de tarifação por multimedição, a Multimedição por trens de pulsos, que tem base do tempo sempre fixa, ou seja, o período em que são enviados os pulsos é sempre o mesmo. A distinção entre as diferentes ligações é realizada através do número de pulsos enviados em cada período. Por exemplo, numa ligação para uma região próxima, a central envia para o contador do assinante apenas um pulso a cada períodode tempo, enquanto que quando a ligação é para uma região mais distante podem ser enviados vários pulsos e tem Multimedição por pulsos a intervalos variáveis, que como o nome sugere, a consideração sobre a distância das ligações é realizada através da variação do período do pulso enviado para o contador. Assim, numa ligação para uma área próxima, teremos um período entre pulsos menor e consequentemente um número maior de pulsos dentro do período total da conversação. [2] O assinante é conectado a uma central onde possui um contador associado, que é incrementado toda vez que se estabelece uma chamada. A incrementação do contador ocorre com a geração de pulsos de tarifação, cujo período varia de acordo com o tempo de ligação, a distância entre os assinantes chamado e chamador e a hora da chamada. Essa variação tem o nome de degrau tarifário. Existem dois tipos de pulsos por multimedição: 13 • Karlson puro (KP): nesse método a duração do período é variável, porém o primeiro pulso é enviado em um instante inteiramente ao acaso dentro do primeiro período. Isto ocorre, quando não se dispõe na central telefônica de uma base de tempo para cada usuário. Assim, a base de tempo fica funcionando continuamente e o usuário ao estabelecer uma ligação é que se liga a mesma. Neste método, o início da contagem dos períodos não coincide com o início da chamada, podendo-se ter em ligações curtas, chamadas não cobradas.; • Karlson Acrescido (KA): nesse método o primeiro pulso é dado logo no início da chamada, mas não é eliminado o pulso randômico que pode chegar a qualquer instante dentro do primeiro período; • Karlson Modificador (KM): nesse método o primeiro pulso gerado é anulado e a contagem começará a ser feita a partir do segundo pulso. 3.4.2. TARIFAÇÃO POR BILHETAGEM AUTOMÁTICA É o processo de tarifação automática no qual as informações relativas às chamadas telefônicas são registradas em fita magnética ou mensagem impressa. As informações armazenadas são: número do assinante chamador, número do assinante chamado, data, hora e duração da conversação. Este sistema realiza automaticamente o que a telefonista fazia nos sistemas manuais. É um sistema bastante complexo e de custo muito elevado, sendo utilizado no caso de ligações interurbanas. Utilizando o método da bilhetagem automática é fornecido com as informações que foram passadas no parágrafo anterior, no mesmo contém dados aos quais são interpretados com base no código nacional dos assinantes e prefixo das centrais, possibilitando estimar a distância por meio do degrau tarifário e efetuar o cálculo da tarifação. [4] 14 3.5. PLANO DE NUMERAÇÃO O plano de numeração foi criado para obter a identificação e o acesso do assinante, por meio de um código numérico que tem classificação no plano de numeração nacional e internacional. O plano de numeração nacional é dividido em nove regiões, de 1 a 9, onde cada uma delas é composta por um ou mais estados, obtendo várias áreas numéricas. Cada área numérica é identificada por um dígito, não repetitivo, dentro da região numérica. As áreas numéricas são formadas por centrais telefônicas, que fazem parte da rede de telefonia pública nacional. Elas também recebem uma identificação numérica, de três ou quatro dígitos, denominada prefixo da central. O primeiro algarismo do prefixo (o mais significativo) deve ser diferente de 0 e 1, pois estes são utilizados para outras finalidades. O prefixo não se repete dentro de uma área numérica. Os assinantes de uma central local são identificados por números, que podem possuir sete ou oito dígitos, com a seguinte formação: numeração com sete dígitos: ABC-MCDU; numeração com oito dígitos: ABCD-MCDU. ABC e ABCD representam o prefixo da central; MCDU, milhar, centena, dezena e unidade. O plano de numeração internacional é usado também para separar cada país onde todos tem seu código próprio, formado por um, dois ou três dígitos. Existem também os códigos de serviços especiais, são números iniciados por 0 e 1 não atribuídos aos assinantes. O algarismo 0 discrimina o fluxo de tráfego que se destina para fora da área numérica (tráfego nacional e internacional) e o 1, os códigos especiais, que, segundo o CCITT (Comitê Consultivo de Telefonia e Telegrafia Internacional), devem ser compostos por três dígitos (1XY). O objetivo dos códigos especiais é proporcionar o acesso aos serviços e às informações de utilidade pública, designados por números curtos e de fácil memorização. Alguns serviços são gratuitos e outros tarifados. No Brasil utilizamos os códigos especiais para acionar serviços da operado, como reclamações, informações dentre outras coisas; serviços públicos, horário, farmácias de plantão entre outros serviços compostos nessa área; e o serviço 15 de emergência o qual é o mais utilizado por motivos óbvios, como acionar o corpo de bombeiro, ambulância em caso de urgência, defesa civil e a polícia. As chamadas são classificadas em: chamada local ocorre dentro de uma área numérica; chamada de longa distância (DDD) ocorre entre áreas numéricas, dentro do mesmo país. O assinante chamador deve discar o prefixo nacional 0 antes da identificação de destino, indicando à central que a chamada é para fora da sua área; chamada internacional (DDI) ocorre entre países. O assinante chamador deve discar o prefixo internacional 00 antes da identificação de destino, indicando à central que a chamada é para fora do país. Para possibilitar a escolha da operadora de serviço de telefonia, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) designou um código de acesso para cada operadora. Utilizado em chamadas de longa distância e internacionais, o código de acesso deve ser discado depois do prefixo nacional 0 (DDD) ou internacional 00 (DDI). [2] 3.6. SINALIZAÇÃO A sinalização é um termo genérico utilizado em telefonia para a troca de informações entre dois elementos da rede, podendo ser entre terminais e central e entre centrais. Quando a sinalização é entre assinantes e centrais, divide-se entre sinalização de assinante e sinalização acústica (tons diversos e campainhas). Já quando tratar-se da sinalização entre centrais, pode ser associada a canal (sinalização de linha e registro e de registro) e sinalização por canal comum SS7. [5] 3.6.1. SINALIZAÇÃO ACÚSTICA A sinalização acústica consiste de uma série de tons audíveis emitidos pela central ao aparelho telefônico como tom de discar, corrente de toque (toque do telefone), tom de controle de chamada (som da chamada para outro telefone), tom de ocupado e o tom de número inacessível. [5] 16 Figura 6: Características dos sinais acústicos. [5] 3.6.2. SINALIZAÇÃO DE LINHA A sinalização de linha é a troca de informações entre circuitos denominados de juntores localizados nas centrais. Os juntores são utilizados para supervisionar as linhas de junção entre duas centrais que são utilizadas para troca de informações dos órgãos de controle (sinalização de registro) e pode também servir como caminho de voz. [5] Exemplos de sinalizações de linha são: iniciar os procedimentos de ocupação e liberação de juntor, informar a colocação e a retirada de fone no gancho do assinante (chamado para fins de tarifação) e todas as demais fases da chamada. [2] Figura 7: Ligação de centrais com juntores. [2] Os sinais de linhas podem ser classificados de acordo com sua direção, tendo o sinal para frente e o sinal para atrás, cada qual responsável por distintos 17 sinais. No sinal para frente, compreende quando ocorre no sentido do chamador A para o chamado B, tendo os sinais de ocupação, confirmação de ocupação, rechamada, desligar para frente e/ou desconexão. Já o sinal para trás é o oposto, como exemplo, tem os sinais de atendimento, confirmação de desconexão, desconexão forçada,desligar para trás, bloqueio, tarifação e falha. A sinalização de linha pode ser implementada de acordo com 4 variantes: E + M pulsada, E + M contínua, corrente contínua e codificação digital R2. A sinalização E + M é utilizada nos circuitos com equipamentos de transmissão multiplex analógico (FDM) ou multiplex digital (TDM), na sinalização de corrente contínua é utilizada diretamente em um par de condutores metálicos, por fim a sinalização digital R2 é utilizada quando o circuito de transmissão adota a técnica PCM. A sinalização E + M pulsada é utilizada entre centrais interligadas a longa distância por sistema de multiplexação e transmissão, devido à inviabilidade econômica da interligação a dois fios. Os entroncamentos são realizados através de circuitos a seis fios, onde esses dois fios são para transmissão da voz, dois fios s para recepção da voz, um canal de sinalização para envio de sinalização de linha (fio M) e um canal de sinalização para recepção desinalização de linha (fio E). [5] Figura 8: Juntores em sistemas analógicos utilizando a sinalização E + M pulsada [2] 18 Na sinalização R2 digital, utiliza-se dois bits de sinalização para frente (af e bf) e dois bits de sinalização para trás (ab e bb). Esses bits são usados na troca de informações entre os juntores com enlace da transmissão digital PCM e transmitidos por um intervalo, chamado intervalo de sinalização (IT 16). 3.6.3. SINALIZAÇÃO DE REGISTRO A sinalização que compreende a troca de informações sobre os assinantes entre órgãos de controle das centrais, por exemplo: número, tipo, condições, entre outros, são chamadas de sinalização de registro. Alguns dos tipos de informações são: identificação do assinante chamado, estado operacional do assinante chamado, categoria do assinante chamador, identificação do assinante chamador e estado operacional dos órgãos envolvidos na chamada. [2] 3.6.4. SINALIZAÇÃO ASSOCIADA A CANAL As sinalizações de linha e de registro fazem parte do que chamamos de sinalização associada a canal, também utilizado para a transmissão de voz (conversação). Como desvantagens nesse tipo de sinalização, temos: • Impossibilidade do envio de códigos por um enlace relacionado a canais de voz, por conta de cada enlace transportar seu próprio circuitos; • Impossibilidade do envio de informação não relativa aos dados, pois os códigos formados por pares de frequência foram um quadro limitados de significados; • Uma chamada requer numerosas trocas, por conta do tratamento sequencial; • Impossibilidade da sinalização em conversação; 19 Figura 9: Esquema de uma sinalização associada a canal. [2] 3.6.5. SINALIZAÇÃO POR CANAL COMUM Além da sinalização associada a canal, temos também a sinalização por canal comum, quando a sinalização contém um canal de comunicação dedicado à sinalização, interligando os sistemas de processamento das centrais envolvidas na conexão, independentemente dos outros canais existentes para o transporte de voz e dados comutados. Os caminhos usados pela sinalização e pelo tráfego de voz e dados são separados, resultando no desmembramento da rede telefônica em duas: rede de sinalização e rede de conexão de circuitos. [2] Figura 10: Esquema da sinalização por canal comum. [2] A rede de sinalização por canal comum é independente da rede de telefonia, e os sinais são transferidos utilizando comutação de pacotes (64 kbps). Cada componente da rede de sinalização SS7 é chamado de ponto de sinalização, com funções básicas e cada uma dessas funções tem um tipo de ponto de sinalização correspondente: 20 • Service switching point (SSP) ou ponto de serviço (PS): enviar e receber as informações (corresponde às centrais de comutação telefônica); • Signal transfer point (STP) ou ponto de transferência de sinalização (PTS): rotear ou transferir as informações; • Service control point (SCP): permitir o acesso a banco de dados centralizados. Cada ponto da rede de sinalização possui um endereço chamado point code, que permite que um ponto da rede acesse outro ponto e cada rede SS7 possui três modos de operações: modo associado (transportadas em uma rota que consiste de um enlace direto), modo não associado (composta por mais de um enlace de sinalização) e o modo quase associado (modo particular do não associado). [2] Figura 11: Modos de operação da rede de sinalização SS7. [2] 3.7. RDSI A Rede Digital de Serviços Integrados (RDSI) ou Integrated Services Digital Network (ISDN) representa uma nova rede, pensa ainda na década de 70. O melhor conceito para uma RDSI é uma rede digital integrada de telefonia, que proporciona conectividade digital, para suportar uma variedade de serviços vocais e não vocais, aos quais os usuários têm acesso de um conjunto limitado de interfaces padronizada. Essa rede digital é capaz de transmitir comunicações de voz e dados por uma única linha telefônica usando cabo de par trançado 21 convencionais e baratos. Abaixo, as imagens apresentam os dois tipos de redes e todas as características que demonstram a importância e necessidade da RDSI. [3] Figura 12: Comparação das redes isolada e única. [3] 22 4. CONCLUSÃO Levando em conta tudo que foi exposto, graças à evolução e descobertas na área das telecomunicações, atualmente é possível estabelecer a comunicação de usuários de redes telefônicas no mundo inteiro. Desde as descobertas de Alexander Graham Bell até os mais modernos aparelhos telefônicos, a voz humana tem sido convertida e transmitida como sinal elétrico, em faixas de frequências que conservam os parâmetros definindo as características das ondas sonoras. Afirmamos que a rede telefônica é o ponto central para ocorrer uma comunicação entre os assinantes, ao qual é composta por um sistema integrado de fios, cabos e terminais, o mesmo fornece um vasto conjunto de acessórios onde é interligada à central telefônica. Importante ressaltar que a telefonia fixa foi uma grande e talvez a mais importante entre todas as descobertas no ramo de telecomunicações, uma vez que a invenção do telefone inspirou outras formas de tecnologia de comunicações. Mesmo com o desuso dos aparelhos de telefone fixo, com a implementação da RDSI, a rede de telefonia continua sendo uma peça importante nos meios de comunicação, uma tecnologia que tem sido aperfeiçoada ao longo dos anos. Contudo, a rede telefônica é basicamente, um sistema telefônico que se divide em: rede de comutação, rede de acesso, rede de transmissão, infraestrutura para sistemas de telecomunicações, por meio desses sistemas de redes podemos interligar os assinantes. Sendo hoje a rede de telefonia não só usada para transporte de voz, mas também transportando outros dados como imagens, gráficos, documentos, vídeos, entre outros, facilitando cada vez mais a comunicação. 23 5. REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO [1] MATOYAMA, Professor. Telefonia: Rede Digital de Serviços Integrados. Unicamp. 2004. cap. 2, p. 14-32. Disponível em: <http://www.dt.fee.unicamp.br/~motoyama/ee981/apostilas/Capitulo2.pdf>. Acesso em: 25 out. 2018. [2] REDES Telefônicas. In: DE CARVALHO, Álvaro Gomes; BADINHAN, Luiz Fernando da Costa. Eletrônica: Telecomunicações. São Paulo: Fundação Padre Achieta, 2011. cap. 8, p. 135-156. v. 5. Disponível em: <http://eletro.g12.br/arquivos/materiais/eletronica5.pdf>. Acesso em: 25 out. 2018. [3] SOUZA, Fábio. Tópicos em Telefonia. IFSC. 2006. Disponível em: <http://www.sj.ifsc.edu.br/~fabiosouza/Tecnico/Subsequente/Topicos%20em%2 0Telefonia/Plano%20de%20Tarifacao.pdf>. Acesso em: 05 nov. 2018. [4] TUDE, Eduardo; SOUZA, José Luiz de. Tarifas. 2004. Teleco. Disponível em: <http://www.teleco.com.br/pdfs/tutorialtuso.pdf>. Acesso em: 06 nov. 2018. [5] MATOYAMA, Professor. Telfonia: SinalizaçãoTelefônica. Unicamp. 2004. Cap.7, p.169-184 Disponível em: <http://www.dt.fee.unicamp.br/~motoyama/ee981/apostilas/Capitulo7.pdf>. Acesso em: 02 nov. 2018.
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