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MM. JUÍZO DA … VARA CÍVEL DA COMARCA DE JOÃO PESSOA – PB CONDOMÍNIO SPARTACUS, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº, localizada à Rua Rubi, nº 300, João Pessoa – PB, neste ato representada pelo síndico nome, nacionalidade, estado civil, portador da Carteira de Identidade nº, expedido pelo, inscrito no CPF sob o nº, endereço eletrônico, residente e domiciliado à Rua, nº, bairro, João Pessoa - PB, por seu advogado abaixo assinado, com endereço profissional à Rua, nº, bairro, cidade/estado, para onde desde já requer que sejam remetidas futuras intimações para fins do artigo 77, inc. V do CPC, vem a este juízo, propor a presente AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER COM PEDIDO DE TUTELA DE URGÊNCIA pelo procedimento comum, em face de FELIZBERTO, nacionalidade, estado civil, profissão, portador da Carteira de Identidade nº, expedido pelo, inscrito no CPF sob o nº, endereço eletrônico, residente e domiciliado à Rua Rubi, nº 300, Apt 501 João Pessoa – PB, pelos fatos e fundamentos jurídicos que serão expostos a seguir: I – DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA Inicialmente, afirma nos termos da Lei nº 1.060/50 com as alterações da Lei 7.510/86 c/c art. 1072 do novo CPC, ser pessoa juridicamente pobre, sem condição de arcar com as custas judiciais e honorários advocatícios sem prejuízo do próprio sustento ou de sua família, motivo pelo qual faz jus a gratuidade de justiça e à assistência gratuita integral. II – DA AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO OU MEDIAÇÃO O Autor informa que não deseja a audiência de conciliação ou mediação, conforme o artigo 319 e 334 do CPC. III – DOS FATOS O Autor alega que que foi aprovadi por meio de assembléia geral extraordinária a realização de obras de recuperação e manutenção do edifício, para melhoria do bem estar e estadia dos moradores. Ocorre que no decorrer dessa obra foi constatado o rompimento de tubulação de esgoto (barbará) da coluna do edifício, que fica localizado logo abaixo da unidade 501, que vem a ser o apartamento de propriedade do Réu. Importante ressaltar, que foram feitas diversas tentativas de contatos com o Réu para que o Autor pudesse realizar o conserto da tubulação, tais como, notificalçoes e comunicação pessoal, contudo o condômino insiste em negar o acesso ao apartamento, e assim dificultando o trabalho de manutenção do edifício. E tal conduta acaba acarretando o prejuizo aos demais moradores, especialmente a um idoso e um deficiente que moram na unidade 401, logo em baixo da unidade no qual pecisa ser feito o reparo, colocando assim, em risco a saúde e segurança da coletividade. IV – DOS FUNDAMENTOS Diante dos fatos narrados, percebe-se as tentativas incensantes do Autor em fazer o reparo do esgoto que vem causando prejuizos nos moradores do Condomínio, por mero egoísmo do Réu em negar e dificultar assim nossa entrata em seu apartamento, apenas para realizar o reparo. Sendo assim, o Autor faz jus direito, conforme Artigo 1.348, incisos I, IV e V do CC, que tem o dever de cumpri a convenção, o regimento intero e as determinações da Assembléia como foi devidamente descrita nos fatos. Tendo tal situação extrapolado todos o limites, no qual o Autor já convocou a assembléia dos condôminos, está querendo cumprir com seu dever a convenção para zelar pela melhoria e bem estar dos condôminos, e contudo ainda sendo negado pelo Réu, que ora também será prejudicado por suas próprias ações. Noutro norte, o Réu está violando os seus deveres, conforme podemos analisar no Artigo 1.336, inciso IV do CC, no qual explicitamente deixa claro, que ao agir de maneira prejudicial ao sossego, salubridade e segurança dos possuidores, ou aos bons costumes, está assim deixando de cumprir seus deveres de condõmino. Logo, diante ao exposto não podemos considerar como mero aborrecimento, tendo em vista a gravidade da situação que vem se agravando a cada dia que passa sem efetuar o reparo. V – DA TUTELA DE URGÊNCIA Por se tratar de obrigação de fazer com pedido de tutela de urgência, faz se necessário o pedido de liminar de tutela de urgência, tendo em vista, que o Autor precisa entrar no apartamento do Réu para realizar o reparo, acarretando assim no prejuízo aos condônimos, que vem trazer riscos à saúde e bem estar aos moradores, principalmente ao condômino que redise no apartamento de baixo, tais como um idoso e um deficiente. In casu, a “relevância do fundamento da demanda”, como, também, a verossimilhança das alegações encomtram-se inequivocadamente comprovada com os documentos acostados a esta inicial. A atitude do Réu demonstra total descaso e falta humanidade, ora com ele próprio e com outrens, que vem a residir no mesmo condomínio. O perigo da demora em se aguardar o desfecho da presente ação contribui para o agravo da situação deplorável que já se encontra o esgoto e precisa de urgência ser reparado, tendo que vista que o vazamento está em uma das colunas do edifício, podendo assim ter dados irreparáveis. Assim, sendo o Autor, precisa realizar o raparo e cumprir com suas obrigações; não lhe restanto opção que não seja requerer uma liminar para obter antecipadamente a tutela de urgência. Desta forma, imperiosa a concessão da LIMINAR, nos moldes do art. 300 do CPC, pois há evidência da probabilidade do direito e o perigo do dano, senão vejamos: A evidência da probabilidade do direito, exsurge da prova inequívoca, in casu, da necessidade de realizar a manutenção já aprovada em assembléia pelos condôminos e da obrigação do RÉU em cumprir com seus deveres, não se obstendo de causar quaisquer atos que vem a ser prejudical a seguranças dos condôminos, como já demonstrado acima. Nesse trilhar, estão presentes os requisitos ensejadores da liminar, nos moldes do art. 300 do CPC. Esclarece José Moreira (Temas de Direito Processual, p. 24) no que pertine ao instituto da tutela antecipada: Se a Justiça civil tem aí um papel a desempenhar, ele será necessariamente o de prover no sentido de prevenir ofensas a tais interesses, ou pelo menos de fazê-las cessar o mais depressa possível e evitar-lhe a repetição; nunca o de simplesmente oferecer aos interessados o pífio consolo de uma indenização que de modo nenhum os compensaria adequadamente do prejuízo acaso sofrido, insuscetível de medir-se com o metro da pecúnia. V – DOS PEDIDOS Sendo assim, o AUTOR vem requerer ao D.Juízo: 1. que seja deferido o pedido de Gratuidade de Justiça pleiteada no preâmbulo desta exordial; 2. a concessão da tutela de urgência, determinando que seja consedida a obrigação de fazer para que o réu permita a entrada no apartamento 501, para ser realizada a devida manutenção no rompimento do esgoto na coluna do edifício, sob pena de multa diária no valor de R$ 200 (duzentos reais); 3. a citação do RÉU, tendo em vista a declaração do AUTOR em não querer optar pela realização de audiência de conciliação ou mediação; 4. a procedência do presente pedido convertendo a tutela de urgência requerida e derida acima em definitivo ao final da ação, para que seja determinado a senteça; 5. a condenação do Réu em custas processuais e honorários sucumbenciais. VI – DAS PROVAS Protesta, ainda, a produção de todas as provas em direito admitidas, na amplitude dos artigos 369 e seguintes do CPC, em especial a prova documental e o depoimento pessoal do Réu. VII – DO VALOR DA CAUSA Atribui-se a presente o valor de R$ 1.212,00 (hum mil duzentos e doze reais) Nestes Termos, Pede deferimento. Local, 21 de Setembro de 2022 ADVOGADO OAB/RJ Nº
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