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PRATICA SIMULADA I
CASO 8
Descrição
O Condomínio Spartacus, que fica localizado na rua Rubi, 300, no município de João Pessoa/PB, aprovou por meio de assembléia geral extraordinária a realização de obras de recuperação e manutenção do edifício; no curso da obra foi constatado o rompimento de tubulação de esgoto (barbará) da coluna do edifício, no apartamento logo abaixo da unidade 501, de propriedade de Felizberto. Diante destes fatos, o condomínio fez inúmeros contatos com Felizberto, seja por meio de notificações ou comunicação pessoal , contudo o condômino insiste em negar acesso ao apartamento, dificultando o trabalho de manutenção; a conduta prejudica os demais moradores e especialmente um idoso, e um deficiente que residem na unidade 401, colocando em risco a saúde e a segurança da coletividade. Em face da urgência do caso apresentado, redija, na qualidade de advogado (a) do Condomínio Spartacus, a petição inicial adequada ao caso, abordando todos os aspectos de direito material e processual pertinentes que possam evitar danos aos demais moradores do Condomínio.
PEÇA INICIAL
AO EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL PERTENCENTE À VARA Nº__DA COMARCA DE JOÃO PESSOA/PB
O Condomínio Spartacus, representado judicialmente pelo seu síndico regularmente eleito, conforme comprovação de assembleia acostada aos autos, situado na Rua Rubi, nº 300, no município de João Pessoa/PB, vem, mui respeitosamente, através de seu advogado devidamente qualificado em procuração mandamental específica juntada ao seguinte feito, PROPOR, PELO RITO COMUM, AÇÃO DE CONHECIMENTO, CUMULADO COM REQUERIMENTO DE FORMA ANTECEDENTE, A CONCESSÃO DE LIMINAR PARA TUTELA ANTECIPADA DE URGÊNCIA, EM FACE DE FELIZBERTO, condômino no edifício, brasileiro, residente na unidade 501 do referido prédio, que se situa no endereço supra aludido, os cadastros nos registros gerais de pessoas físicas é ignorado, PELOS SEGUINTES FATOS E FUNDAMENTOS JURÍDICOS QUE SE PASSA A EXPOR:
I. DAS PRELIMINARES
I.II. DA COMPETÊNCIA DO JUÍZO
É competente o presente foro para a propositura da ação em tela, tendo em vista as circunstâncias originárias da ação, sendo que o domicílio do réu no caso em tela é exatamente no foro de situação do imóvel, conforme disposição nítida na lei nº 9.099/95, em seu artigo 4º, que assim estabelece:
        Art. 4º É competente, para as causas previstas nesta Lei, o Juizado do foro:
        I - do domicílio do réu ou, a critério do autor, do local onde aquele exerça atividades profissionais ou econômicas ou mantenha estabelecimento, filial, agência, sucursal ou escritório;
        II - do lugar onde a obrigação deva ser satisfeita;
        III - do domicílio do autor ou do local do ato ou fato, nas ações para reparação de dano de qualquer natureza.
        Parágrafo único. Em qualquer hipótese, poderá a ação ser proposta no foro previsto no inciso I deste artigo. (Lei 9099/95)
I.III. DO PROCEDIMENTO DA TUTELA CAUTELAR ANTECEDENTE	
		Como bem está nítido no novo código de processo civil de 2015, nas ações de conhecimento, pode-se restringir as peças iniciais a tão somente o pedido de concessão antecipada de tutela. Devendo o autor, assim é bem esclarecedor o código, relatar a lide e os fundamentos de fatos e direitos que o caso reclama, e que visa proteger. Sendo, cabe mencionar, tudo sumariamente exposto, ou seja, de forma breve, de forma mais objetiva possível, com o fito de assegurar a transparência do perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo. Nesse mesmo sentido:
Art. 305.  A petição inicial da ação que visa à prestação de tutela cautelar em caráter antecedente indicará a lide e seu fundamento, a exposição sumária do direito que se objetiva assegurar e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo. (CPC/15)
	Pelo exposto, Excelência, percebe-se que assim se dará o seguimento desta peça inicial, sob os lídimos ditames estritos do código de processo civil pátrio.
II. DOS FATOS
O presente caso versa sobre a aprovação de assembleia geral extraordinária no Condomínio Spartacus, já devidamente descrito em alhures a sua localização na cidade de João Pessoa/PB, para realização de obras de recuperação e manutenção.
Ocorre que no curso da obra fora constatado o rompimento de tubulação de esgoto (barbará) da coluna do edifício, no apartamento logo abaixo da unidade 501, de propriedade do senhor Felizberto.
Nesse diapasão, o condomínio fez inúmeros contatos com o Sr. Felizberto, por meio de notificações, comunicações pessoais, contudo o condômino insistiu em negar o acesso ao apartamento, de modo que obstou o trabalho de manutenção.
 Os efeitos da conduta estão resvalando nos demais moradores e especialmente em um idoso, e em um deficiente que residem na unidade 401, logo abaixo do apartamento em questão. Tal ocorrência vem trazendo um potencial risco a saúde e a segurança de todos os condôminos.
É a suma dos fatos, passa-se agora à exposição dos fundamentos do direito material.
III. DO MÉRITO
		III. I. DA CONCESSÃO PROVISÓRIA DA TUTELA ANTECIPADA DE URGÊNCIA
Excelência, no caso exposto, resta-se nítido o teor do gravame e do perigo em que os condôminos estão passando com a suspenção na manutenção do prédio. Visto trata-se de vazamento de esgoto, não por ser todo exclusivo o efeito do mau cheiro que exala por todo o edifício, mas por ser uma considerável infiltração na estrutura do edifício, podendo comprometer toda a segurança de quem ali mora.
Verifica-se, de plano, que a manutenção do prédio é dever de todos os condôminos, e que não se pode permitir que um só prejudique, e, em contínuo, ponha em risco de tal maneira toda uma coletividade. Assim é o sentido do artigo 1.336, IV do CC. Quando aduz sobre vedação de se utilizar o bem em prejudicial sossego, salubridade e segurança dos demais possuidores. Veja-se:
Art. 1.336. São deveres do condômino:
I - contribuir para as despesas do condomínio na proporção das suas frações ideais, salvo disposição em contrário na convenção;            (Redação dada pela Lei nº 10.931, de 2004)
II - Não realizar obras que comprometam a segurança da edificação;
III - não alterar a forma e a cor da fachada, das partes e esquadrias externas;
IV - Dar às suas partes a mesma destinação que tem a edificação, e não as utilizar de maneira prejudicial ao sossego, salubridade e segurança dos possuidores, ou aos bons costumes. (CC)
	Portanto, a vista do exposto, nota-se a premente necessidade de se estancar o vazamento, e ainda pela gravidade dos efeitos nocivos que tal ocorrência vem acarretando nos moradores, tendo inclusive um idoso e um portador de deficiência sendo diretamente afetados por morarem uma unidade abaixo do bem em questão.
	Deste modo, se faz necessário a concessão de forma antecedente da tutela judicial antecipada de urgência, para que se dê, agora de forma impositiva, o estabelecimento da obrigação de fazer para o Sr. Felizberto, ora réu, isto é, para que este permita a efetiva manutenção que o condomínio requer, e com isso sane as agruras que os moradores estão sofrendo.
Cumpre ainda reafirmar a nitidez da ameaça de dano insanável no imóvel, visto a infiltração que progressivamente está minando a estrutura de todo o prédio, assim dispõe o artigo 300 do CPC:
Art. 300.  A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo. (CPC)
IV. DOS PEDIDOS
	Por todo o exposto, juntamente com a efetiva condenação do réu, desde logo, o Autor requer:
A concessão antecipada da tutela cautelar de urgência, em forma de estabelecimento de obrigação de fazer ao réu, para que este permita que se adentre no seu apartamento afim de que se realize a premente manutenção e reparos nas colunas de esgoto que o edifício e o imóvel requerem;
Protestar em provar o alegado por todos os meios de provas
CASO 6
Descrição
(EXAME ? OAB ? SP ? 130º ? 2ª fase, ADAPTADO)
Samuel, por força de um contrato escrito, domiciliado em Campo Grande/MS, deveriarestituir o cavalo mangalarga chamado \u201cTufão\u201d, avaliado em R$ 10.000,00, para Bernardo, que mora na cidade de Dourados/MS, no dia 02 do mês de outubro/2016. Até o mês de janeiro de 2017, Samuel ainda não o havia restituído por pura desídia, quando uma forte chuva causou a morte do cavalo, o que foi inevitável devido à altura atingida pela água, bem como à sua força.
Bernardo procura você, advogado, para ingressar com ação no Juizado Especial Cível, no intuito de defender os seus interesses. Desta forma, promova a medida judicial mais adequada, considerando o inadimplemento contratual, mora, e perdas e dados.
PEÇA INICIAL
AO EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO PERTENCENTE À VARA CÍVEL Nº__DA COMARCA DE DOURADOS-MS
	BERNARDO, brasileiro, residente e domiciliado na Rua Bauru, 371, Dourados/MS, inscrito no registro geral sob o correspondente número:______ e no cadastro nacional de pessoas físicas em Nº___________, vem, mui respeitosamente, através de seu advogado devidamente qualificado em procuração acostada aos autos, PROPOR, PELO RITO COMUM, AÇÃO INDENIZATÓRIA DE REPARAÇÃO DE PERDAS E DANOS, EM FACE DE SAMUEL, brasileiro, residente na Rua dos Diamantes, n° 123, Campo Grande/MS, cujo cadastro nos registros gerais de pessoas físicas é ignorado, PELOS SEGUINTES FATOS E FUNDAMENTOS JURÍDICOS QUE SE PASSA A EXPOR:
I. DAS PRELIMINARES
I.II. DA GRATUIDADE JUDICIÁRIA
Requer o Autor, sob o arrimo do que expressa a lei nº 1.060 de 1950, do artigo 98 e seguintes do CPC e do artigo 5º, LXXIV da CF, que lhe seja deferido os benefícios da justiça Gratuita, tendo em vista de que o mesmo não pode arcar com as custas processuais e com os honorários advocatícios sem o prejuízo do sustento próprio.
I.III. DA COMPETÊNCIA DO JUÍZO
É competente o presente foro para a propositura da ação em tela, uma vez que o objeto do caso tem como característica uma obrigação de comodato gratuito (art. 579 do CC), estabelecido em contrato escrito, donde se pode visualizar que o referido compromisso deveria ser satisfeito no domicílio do Autor, que, no entanto não foi cumprido em momento algum pelo Réu, incorrendo assim em estado de mora até o surgimento do caso fortuito em que ocasionou a perda do bem aqui aludido, causando efetivos danos ao Autor. Com isso, é expressão nítida no código de processo civil de 2015, no artigo 53, inciso IV, alínea \u201ca)\u201d a competência desta jurisdição para a apreciação da seguinte demanda. Nesses termos:
Art. 53.  É competente o foro: (...)
IV - do lugar do ato ou fato para a ação:
a) de reparação de dano; (CPC/2015)
II. DOS FATOS
O presente caso concreto versa sobre o estabelecimento do contrato de comodato escrito pelo Sr. Bernardo, ora Autor, em favor do Sr. Samuel, pertencente ao polo passivo desta ação, sendo o objeto da avença o cavalo de espécie manga-larga, o qual tinha por nome \u201cTufão\u201d, avaliado em R$ 10.000,00 (dez mil reais). O bem deveria ser restituído, conforme contrato, no dia 02 do mês de outubro de 2016. No entanto, até o mês de janeiro de 2017 não houvera a devolução por Samuel, ressaltando que fora constatado a desídia do mesmo para restituir o equino. A mora perdurou até a chegada de um forte temporal no local onde permanecia o animal, causando sua morte em decorrência da altura atingida pela água, bem como à sua força. Assim, se finda o relato dos fatos, passa-se agora à exposição dos fundamentos do direito material.
III. DO MÉRITO
		III. I. DA RESPONSABILIDADE ORIUNDA DA MORA
	Excelência, como será efetivamente demonstrado no feito, e por força da higidez das provas acostadas nos autos, o caso em tela é oriundo de um contrato escrito de comodato gratuito, sendo que o objeto do acordo firmado fora um equino de raça manga-larga, cujo nome o dono deu-lhe \u201cTufão\u201d, o animal era avaliado em expressiva quantia, cerca de dez mil reais, tinha utilidade para Autor na reprodução da linhagem, em exposições, bem como em turfes, ou seja, constata-se, de plano, a relevante importância do animal para o Sr. Bernardo.
Voltando ao teor da avença firmada, fora estabelecido que o equino deveria ser devolvido até o dia 02 de outubro de 2016, isto é, fora firmada uma obrigação positiva, no entanto, até a ocorrência do evento trágico, em que o animal veio a falecer, como já referido, até o mês de janeiro de 2017, o cavalo não foi devolvido por pura e repulsiva desídia do Sr. Samuel, ora Réu. Com isso, vislumbra-se uma inequívoca mora de mais de dois meses, fato notório e originário da culpabilidade na causa da morte do animal. Afasta-se, desde logo, qualquer argumento de ocorrência de caso fortuito, impassível de modificação se o equino estive sob qualquer outra guarda. O que se constata é o grave dano sofrido pelo Sr. Bernardo, que não mais contará com seu animal, quando perdera um bem de importe considerável por puro desleixo do Sr. Samuel.
Felizmente, o nosso código civil nos traz, de modo esclarecedor, a responsabilidade do devedor que se encontra em demora em sua obrigação. Nos termos dos artigos 394, 395, 397 e 399 do aludido regramento, aquele que estiver em atraso com a obrigação em que se estabeleceu, responde pelos prejuízos a que sua mora der causa, acrescidos de juros, correção monetários e honorários advocatícios. Dito isso, sem sombra para dúvidas, vê-se inequívoca a culpa do Réu no fato ocorrido. Se estivesse cumprida em tempo a devolução do animal, o evento fatal não se efetivaria. Tanto é que a chuva torrencial que se deu no lugar em que estava o cavalo, não ocorrera onde o Autor residia, afastando, assim, qualquer isenção na de culpabilidade, ou que o dano sobreviveria ainda que se fosse efetuada a devolução em tempo hábil. Nesse sentido:
Da Mora
Art. 394. Considera-se em mora o devedor que não efetuar o pagamento e o credor que não quiser recebê-lo no tempo, lugar e forma que a lei ou a convenção estabelecer.
Art. 395. Responde o devedor pelos prejuízos a que sua mora der causa, mais juros, atualização dos valores monetários segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, e honorários de advogado.
Art. 397. O inadimplemento da obrigação, positiva e líquida, no seu termo, constitui de pleno direito em mora o devedor. 
Art. 399. O devedor em mora responde pela impossibilidade da prestação, embora essa impossibilidade resulte de caso fortuito ou de força maior, se estes ocorrerem durante o atraso; salvo se provar isenção de culpa, ou que o dano sobreviria ainda quando a obrigação fosse oportunamente desempenhada. (Grifos nossos)
IV. DOS PEDIDOS
	Por todo o exposto, uma vez constatado a efetiva nulidade do negócio jurídico celebrado, o Autor, desde logo requer:
A reparação do dano sofrido acrescido de indenização por perdas e danos, juros e correção monetária em decorrência da mora do devedor, e honorário advocatícios, a qual se dará em 20% sobre o valor da causa, nos termos do que dispõe os artigos 394, 395, 397 e 399, todos do código civil pátrio;
Protestar em provar o alegado por todos os meios de provas em direito admitidos, estando já em poder do contrato de comodato firmado entre as partes, o qual facilmente se extrai a lesividade da mora em se deu o Réu;
Deixar expresso a possibilidade para audiência de mediação e conciliação;
Honorários advocatícios estabelecidos em 20% sobre o valor da causa.
O deferimento do pedido de justiça gratuita, visto que o mesmo é pobre na forma da lei.
	Dar-se-á o valor da causa em R$ 10.000,00 (dez mil reais).
	
Nestes termos, pede e espera deferimento.
Fortaleza-Ce, segunda-feira, 13 de abril de 2017.
MAXSUEL GOMES
OAB/CE XX.XXX-X
CASO 6
Descrição
(EXAME ? OAB ? SP ? 130º ? 2ª fase, ADAPTADO)
Samuel, por força de um contrato escrito, domiciliado em Campo Grande/MS, deveria restituir o cavalo mangalarga chamado \u201cTufão\u201d, avaliado em R$ 10.000,00, para Bernardo, que mora na cidade de Dourados/MS, no dia 02 do mês de outubro/2016. Até o mês de janeiro de 2017, Samuel ainda não o havia restituído por pura desídia, quando uma forte chuva causou a morte do cavalo, o que foi inevitáveldevido à altura atingida pela água, bem como à sua força.
Bernardo procura você, advogado, para ingressar com ação no Juizado Especial Cível, no intuito de defender os seus interesses. Desta forma, promova a medida judicial mais adequada, considerando o inadimplemento contratual, mora, e perdas e dados.
PEÇA INICIAL
AO EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO PERTENCENTE À VARA CÍVEL Nº__DA COMARCA DE DOURADOS-MS
	BERNARDO, brasileiro, residente e domiciliado na Rua Bauru, 371, Dourados/MS, inscrito no registro geral sob o correspondente número:______ e no cadastro nacional de pessoas físicas em Nº___________, vem, mui respeitosamente, através de seu advogado devidamente qualificado em procuração acostada aos autos, PROPOR, PELO RITO COMUM, AÇÃO INDENIZATÓRIA DE REPARAÇÃO DE PERDAS E DANOS, EM FACE DE SAMUEL, brasileiro, residente na Rua dos Diamantes, n° 123, Campo Grande/MS, cujo cadastro nos registros gerais de pessoas físicas é ignorado, PELOS SEGUINTES FATOS E FUNDAMENTOS JURÍDICOS QUE SE PASSA A EXPOR:
I. DAS PRELIMINARES
I.II. DA GRATUIDADE JUDICIÁRIA
Requer o Autor, sob o arrimo do que expressa a lei nº 1.060 de 1950, do artigo 98 e seguintes do CPC e do artigo 5º, LXXIV da CF, que lhe seja deferido os benefícios da justiça Gratuita, tendo em vista de que o mesmo não pode arcar com as custas processuais e com os honorários advocatícios sem o prejuízo do sustento próprio.
I.III. DA COMPETÊNCIA DO JUÍZO
É competente o presente foro para a propositura da ação em tela, uma vez que o objeto do caso tem como característica uma obrigação de comodato gratuito (art. 579 do CC), estabelecido em contrato escrito, donde se pode visualizar que o referido compromisso deveria ser satisfeito no domicílio do Autor, que, no entanto não foi cumprido em momento algum pelo Réu, incorrendo assim em estado de mora até o surgimento do caso fortuito em que ocasionou a perda do bem aqui aludido, causando efetivos danos ao Autor. Com isso, é expressão nítida no código de processo civil de 2015, no artigo 53, inciso IV, alínea \u201ca)\u201d a competência desta jurisdição para a apreciação da seguinte demanda. Nesses termos:
Art. 53.  É competente o foro: (...)
IV - do lugar do ato ou fato para a ação:
a) de reparação de dano; (CPC/2015)
II. DOS FATOS
O presente caso concreto versa sobre o estabelecimento do contrato de comodato escrito pelo Sr. Bernardo, ora Autor, em favor do Sr. Samuel, pertencente ao polo passivo desta ação, sendo o objeto da avença o cavalo de espécie manga-larga, o qual tinha por nome \u201cTufão\u201d, avaliado em R$ 10.000,00 (dez mil reais). O bem deveria ser restituído, conforme contrato, no dia 02 do mês de outubro de 2016. No entanto, até o mês de janeiro de 2017 não houvera a devolução por Samuel, ressaltando que fora constatado a desídia do mesmo para restituir o equino. A mora perdurou até a chegada de um forte temporal no local onde permanecia o animal, causando sua morte em decorrência da altura atingida pela água, bem como à sua força. Assim, se finda o relato dos fatos, passa-se agora à exposição dos fundamentos do direito material.
III. DO MÉRITO
		III. I. DA RESPONSABILIDADE ORIUNDA DA MORA
	Excelência, como será efetivamente demonstrado no feito, e por força da higidez das provas acostadas nos autos, o caso em tela é oriundo de um contrato escrito de comodato gratuito, sendo que o objeto do acordo firmado fora um equino de raça manga-larga, cujo nome o dono deu-lhe \u201cTufão\u201d, o animal era avaliado em expressiva quantia, cerca de dez mil reais, tinha utilidade para Autor na reprodução da linhagem, em exposições, bem como em turfes, ou seja, constata-se, de plano, a relevante importância do animal para o Sr. Bernardo.
Voltando ao teor da avença firmada, fora estabelecido que o equino deveria ser devolvido até o dia 02 de outubro de 2016, isto é, fora firmada uma obrigação positiva, no entanto, até a ocorrência do evento trágico, em que o animal veio a falecer, como já referido, até o mês de janeiro de 2017, o cavalo não foi devolvido por pura e repulsiva desídia do Sr. Samuel, ora Réu. Com isso, vislumbra-se uma inequívoca mora de mais de dois meses, fato notório e originário da culpabilidade na causa da morte do animal. Afasta-se, desde logo, qualquer argumento de ocorrência de caso fortuito, impassível de modificação se o equino estive sob qualquer outra guarda. O que se constata é o grave dano sofrido pelo Sr. Bernardo, que não mais contará com seu animal, quando perdera um bem de importe considerável por puro desleixo do Sr. Samuel.
Felizmente, o nosso código civil nos traz, de modo esclarecedor, a responsabilidade do devedor que se encontra em demora em sua obrigação. Nos termos dos artigos 394, 395, 397 e 399 do aludido regramento, aquele que estiver em atraso com a obrigação em que se estabeleceu, responde pelos prejuízos a que sua mora der causa, acrescidos de juros, correção monetários e honorários advocatícios. Dito isso, sem sombra para dúvidas, vê-se inequívoca a culpa do Réu no fato ocorrido. Se estivesse cumprida em tempo a devolução do animal, o evento fatal não se efetivaria. Tanto é que a chuva torrencial que se deu no lugar em que estava o cavalo, não ocorrera onde o Autor residia, afastando, assim, qualquer isenção na de culpabilidade, ou que o dano sobreviveria ainda que se fosse efetuada a devolução em tempo hábil. Nesse sentido:
Da Mora
Art. 394. Considera-se em mora o devedor que não efetuar o pagamento e o credor que não quiser recebê-lo no tempo, lugar e forma que a lei ou a convenção estabelecer.
Art. 395. Responde o devedor pelos prejuízos a que sua mora der causa, mais juros, atualização dos valores monetários segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, e honorários de advogado.
Art. 397. O inadimplemento da obrigação, positiva e líquida, no seu termo, constitui de pleno direito em mora o devedor. 
Art. 399. O devedor em mora responde pela impossibilidade da prestação, embora essa impossibilidade resulte de caso fortuito ou de força maior, se estes ocorrerem durante o atraso; salvo se provar isenção de culpa, ou que o dano sobreviria ainda quando a obrigação fosse oportunamente desempenhada. (Grifos nossos)
IV. DOS PEDIDOS
	Por todo o exposto, uma vez constatado a efetiva nulidade do negócio jurídico celebrado, o Autor, desde logo requer:
A reparação do dano sofrido acrescido de indenização por perdas e danos, juros e correção monetária em decorrência da mora do devedor, e honorário advocatícios, a qual se dará em 20% sobre o valor da causa, nos termos do que dispõe os artigos 394, 395, 397 e 399, todos do código civil pátrio;
Protestar em provar o alegado por todos os meios de provas em direito admitidos, estando já em poder do contrato de comodato firmado entre as partes, o qual facilmente se extrai a lesividade da mora em se deu o Réu;
Deixar expresso a possibilidade para audiência de mediação e conciliação;
Honorários advocatícios estabelecidos em 20% sobre o valor da causa.
O deferimento do pedido de justiça gratuita, visto que o mesmo é pobre na forma da lei.
	Dar-se-á o valor da causa em R$ 10.000,00 (dez mil reais).
	
Nestes termos, pede e espera deferimento.
Fortaleza-Ce, segunda-feira, 13 de abril de 2017.
MAXSUEL GOMES
OAB/CE XX.XXX-X
CASO 7
(36º Exame de Ordem \u2013 OAB/RJ \u2013 2ª Fase \u2013 Peça Profissional \u2013 Civil) \u2013 modificado.
Marcos, brasileiro, pedreiro, casado, domiciliado na rua Bérgamo 123, apt. 205, na cidade de Araçatuba \u2013 SP, caminhava por uma rua de Recife \u2013 PE quando foi atingido por um aparelho de ar-condicionado manejado, de forma imprudente, por Roberto, comerciante e proprietário de uma padaria. Encaminhado a um hospital particular, Marcos faleceu após estar internado por um dia. Maria, esposa de Marcos, profundamente abalada pela perda trágica do seu esposo, deslocou-se até Recife \u2013 PE e transportou o corpo para Araçatuba \u2013 SP, local do sepultamento. O falecido não deixou filhos. Sabe-se, ainda, que Marcos tinha 50 anos de idade, era responsável peloseu sustento e de sua esposa e conseguia obter renda média mensal de um salário mínimo como pedreiro. Sabe-se, também, que os gastos hospitalares somaram R$ 3.000,00 e os gastos com transporte do corpo e funeral somaram R$3.000,00. No inquérito policial, após o laudo da perícia técnica apontar como causa da morte o traumatismo craniano decorrente da queda do aparelho de ar-condicionado, Paulo foi indiciado, sendo posteriormente denunciado e condenado em primeira instância como autor de homicídio culposo. A viúva procura você advogado para buscar em juízo o direito à indenização pelos danos decorrentes da morte de Marcos.
Em face da situação hipotética apresentada, redija, na qualidade de advogado (a) procurado (a) pela família de Marcos, a petição inicial da ação judicial adequada ao caso, abordando todos os aspectos de direito material e processual pertinente.
PEÇA INICIAL
AO EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO PERTENCENTE À VARA CÍVEL Nº__DA COMARCA DE ARAÇATUBA-SP
MARIA, viúva e representante legítima do Sr. Marcos, brasileira, residente e domiciliada na Rua Bérgamo, nº 123, apt. 205, na cidade de Araçatuba \u2013 SP, inscrita no registro geral sob o correspondente número:______ e no cadastro nacional de pessoas físicas sob o Nº___________, vem, mui respeitosamente, através de seu advogado devidamente qualificado em procuração acostada aos autos, PROPOR, PELO RITO COMUM, AÇÃO INDENIZATÓRIA DE REPARAÇÃO DE DANOS MORAIS E MATERIAIS, CUMULADO COM PENSÃO POR MORTE, EM FACE DE ROBERTO, comerciante, brasileiro, residente na Rua dos Diamantes, n° 123, Recife \u2013 PE, cujo cadastro nos registros gerais de pessoas físicas é ignorado, PELOS SEGUINTES FATOS E FUNDAMENTOS JURÍDICOS QUE SE PASSA A EXPOR:
I. DAS PRELIMINARES
I.II. DA GRATUIDADE JUDICIÁRIA
Requer a Autora, sob o arrimo do que expressa a lei nº 1.060 de 1950, do artigo 98 e seguintes do CPC e do artigo 5º, LXXIV da CF, que lhe seja deferido os benefícios da justiça Gratuita, tendo em vista de que a mesma não pode arcar com as custas processuais e com os honorários advocatícios sem o prejuízo do sustento próprio.
I.III. DA COMPETÊNCIA DO JUÍZO
É competente o presente foro para a propositura da ação em tela, tendo em vista as circunstâncias originárias da ação, o homicídio culposo já reconhecido por sentença judicial. A vista disso, e conforme expressão exposta no artigo 53 do nosso código de processo civil cabe ao autor a possibilidade de escolher propor a ação para reparação de dano tanto em seu domicílio quanto no local onde ocorrera o fato. Nesse sentido:
Art. 53.  É competente o foro: (...)
IV - do lugar do ato ou fato para a ação:
a) de reparação de dano;
V - de domicílio do autor ou do local do fato, para a ação de reparação de dano sofrido em razão de delito ou acidente de veículos, inclusive aeronaves. (CPC/2015)
II. DOS FATOS
O presente caso tem como tem como início o fato de que o Sr. Marcos, esposo da Senhora Maria, ora Autora, enquanto caminhava por uma Rua na cidade de Recife \u2013 PE, fora atingido por um aparelho de ar-condicionado que era manejado pelo Sr. Roberto, ora Réu, que é comerciante e proprietário de uma padaria localizada no local aludido. O Sr. Marcos, ainda vivo, mas gravemente ferido, fora encaminhado a um hospital particular. Contudo, em virtude da gravidade dos ferimentos, o mesmo veio a falecer após estar internado por um dia.
A senhora Maria, esposa de Marcos, profundamente abalada pela perda repentina e trágica do seu esposo, tivera que se deslocar até a cidade de Recife \u2013 PE para poder efetivar o translado do corpo de volta para casa, na cidade de Araçatuba \u2013 SP, onde ocorrera o sepultamento. O falecido não deixou filhos, sendo que o mesmo já possuía 50 anos de idade, era o único responsável pelo seu sustento e de sua esposa, com uma renda nunca superior a um salário mínimo, obtida através de muita valentia com serviços de pedreiro.
Todo o desenrolar do caso resultou em gastos hospitalares que somaram o total de R$ 3.000,00, junto com os gastos com transporte do corpo e funeral cujo valor consolidou-se em mais R$ 3.000,00. Cumpre relatar que no desfecho do inquérito policial que fora instaurado por ocasião do fato, o laudo da perícia técnica apontou como causa da morte o traumatismo craniano decorrente da queda do aparelho de ar-condicionado. O Senhor Paulo fora indiciado, sendo posteriormente denunciado e condenado em primeira instância como autor de homicídio culposo. É a suma dos fatos, passa-se agora à exposição dos fundamentos do direito material.
III. DO MÉRITO
		III. I. DA OBRIGAÇÃO DE INDENIZAR
Excelência, no caso exposto, há uma inequívoca responsabilidade do Sr. Paulo sobre o ocorrido, quando deixou de manejar com prudência seu aparelho de ar-condicionado. Sendo um objeto sabidamente pesado, que a depender da altura em que caia, pode de todo certo machucar gravemente a quem atingir. E este fora o evento trágico que ocorrera. Por exclusiva culpa do Réu, o referido objeto veio a despencar de uma altura considerável, atingindo em cheio o Sr. Marcos, que por um triste e infeliz acaso do destino vinha passando naquele exato momento. Aqui se demonstra o ato ilícito em que incorreu o réu, nos termos do artigo 186 do código civil brasileiro, valendo ainda ressaltar o teor das disposições nos artigos 927 e 938 do mesmo regramento, vejamos:
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.
Art. 938. Aquele que habitar prédio, ou parte dele, responde pelo dano proveniente das coisas que dele caírem ou forem lançadas em lugar indevido. (CC)
O fato é extremamente triste e toma contornos ainda mais lamentáveis quando a vítima, um senhor já de 50 anos, era o único provedor financeiro de sua companheira, a Sra. Maria. O parco dinheiro que conseguia, que jamais ultrapassava o valor de um salário mínimo, fruto de muito esforço de trabalhos como pedreiro, não trouxe qualquer luxo ou conforto na vida do casal. E naquele momento, depois de ter perdido tão repentinamente o seu marido, a Senhora Maria vira-se devedora de um valor de R$. 6.000,00, já se incluindo os gastos com funeral e translado do corpo.
Cabe lembrar que o episódio do caso em tela fora objeto de ação penal, quando se deu por sentença o reconhecimento da responsabilidade culposa do Réu no ocorrido, isto é, este fora condenado como autor de homicídio culposo. A vista disso, de modo feliz, o código civil traz os reflexos que a condenação penal tem em uma eventual indenização em ação civil reparatória. A disposição é expressa no artigo 948 do código civil brasileiro, ao nitidamente aduzir sobre o que consiste indenização. Veja-se:
Art. 948. No caso de homicídio, a indenização consiste, sem excluir outras reparações:
I - no pagamento das despesas com o tratamento da vítima, seu funeral e o luto da família;
II - na prestação de alimentos às pessoas a quem o morto os devia, levando-se em conta a duração provável da vida da vítima. (CC)
Deste modo, ínclito Julgador, nota-se que o caso é passível

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