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RELATÓRIO 4- LQOII

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA
INSTITUTO FEDERAL DO NORTE DE MINAS GERAIS
CAMPUS SALINAS – MG
LABORATÓRIO DE QUÍMICA
ORGÂNICA II
PRÁTICA 4: DETERMINAÇÃO DE SACAROSE E ESTIMATIVA DE CO2 EM
REFRIGERANTES
Discentes: Eliesio Lucas Souza Santos
João Paulo Costa Ribeiro
Docente: Bruno Vilachã
Salinas-MG
Setembro/2022
1- RESUMO
O presente trabalho vem expor resultados da realização de uma aula
experimental, que contou com a utilização de refrigerantes de cola açucarados e
sua versão zero caloria, a fim de abordar o assunto “Determinação do teor de
sacarose e estimativa de CO2 em refrigerantes”. O experimento foi realizado por
discentes do Curso de Licenciatura em Química, no período noturno, no Instituto
Federal do Norte de Minas Gerais, localizado na cidade de Salinas/MG.
Partindo do princípio de que os refrigerantes açucarados - aqui considerado
normal- e a versão zero do mesmo refrigerante , foram aplicados, nessa prática,
experimentos com a utilização de um método simples de pesagem de ambos os
refrigerantes a fim de determinar a quantidade de sacarose e dióxido de carbono
(CO2) presente na versão normal a partir da pesagens de ambos que se diferem
em relação a massa da embalagem de cada conteúdo.
Os resultados obtidos, que foram alcançados com base na metodologia
adotada, mostraram a diferença entre uma quantidade significativa de sacarose e
CO2 que, por mais que sejam, fundamentais na fabricação dos refrigerantes,
podem trazer danos à saúde o alto consumo mesmo para pessoas que não tenham
restrições a esses tipos de produtos.
2- REFERENCIAL TEÓRICO
Estando presente na mesa das famílias, o consumo de alimentos que
possuem alto teor de açúcares crescem de forma exponencial a cada dia. Um dos
produtos que podem ser destacados são os refrigerantes. Tal gênero alimentício,
mudou drasticamente os hábitos alimentares da maioria das famílias, por possuir
um sabor agradável a maioria dos paladares que o consomem. Além disso, possui
um custo bem acessível (CAVAGIS et al, 2014)
Segundo Brasil (2015) a definição de refrigerantes é definida como um tipo
de bebida que não possui teor alcoólico, em sua composição, e é obtido em razão
da dissolução, por exemplo, de suco ou extrato vegetal de sua origem, em que se
adiciona a sacarose (açúcar utilizada para esses produtos) ou até mesmo
edulcorantes que são gaseificados em que se adiciona dióxido de carbono (CO2).
2
Os refrigerantes possuem em sua composição vários ingredientes. Silva e
Afonso (2009) trazem a seguinte composição para esse produto: Água, Carbonatos
e bicarbonatos, Sulfatos e cloretos, Cloro e fenóis, Metais, por exemplo, Ferro e
Cobre. Ademais, açúcar, concentrados, acidulantes, antioxidantes, conservantes,
edulcorantes e dióxido de carbono. Todos esses ingredientes possuem um papel
importante para a composição e fabricação do produto final.
O processo de fabricação dos refrigerantes a partir da utilização de tais
ingredientes, citados anteriormente, se dá segundo Silva e Afonso (2009) sem
qualquer contato manual e sob rigoroso controle de qualidade durante todas as
etapas. Para o processo de fabricação tem se diferentes etapas que são:
elaboração do xarope simples, obtenção do xarope composto a carbonatação e,
por fim, o envasamento (SILVA e AFONSO, 2009).
As etapas se dão da seguinte forma: para a elaboração do xarope simples
dissolve o açúcar em água quente a fim de diminuir o risco de contaminação
microbiana. Com isso, o xarope passa a ser tratado com carvão ativado, que a partir
de sua adsorção remove compostos responsáveis por paladares e odores estranhos
e reduz, também, a cor desse xarope. Ele é armazenado em tanques esterilizados a
vapor, e um filtro microbiológico evita a entrada de ar (RIBEIRO, 2019).
Após a obtenção do xarope simples, tem se a segunda etapa, começa a
preparação do xarope composto que consiste na adição dos demais ingredientes no
xarope simples. Essa etapa se estabelece em tanques de aço inoxidável, equipados
com agitador, de forma a garantir a perfeita homogeneização dos componentes e
evitar a admissão de ar. A adição dos ingredientes deve ocorrer de forma lenta e
cuidadosa e de acordo com a sequência estabelecida na formulação. O conservante
é o primeiro componente a ser adicionado. Em caso de adição após o acidulante,
forma-se uma floculação irreversível (RIBEIRO,2019; SILVA e AFONSO,2009).
Finalizadas as adições, mantém-se o agitador ligado por um período de 15
minutos. Logo após, é retirado uma amostra para as análises microbiológicas e
físico químicas, por exemplo, dosagens de açúcar. Somente após essas análises, o
xarope pode ser liberado para o envasamento (BARNABÉ e VENTURINI FILHO,
2010).
A terceira etapa, que consiste na mistura e carbonatação do xarope, já
diluído, passa pelo equipamento chamado de Carbo Cooler, no qual o CO2 é
adicionado ao refrigerante. Essa etapa é muito importante, pois é a carbonatação
3
que intensifica os aromas do refrigerante e gera a sensação de frescor, além de
garantir a aparência gaseificada da bebida (SILVA e AFONSO, 2009). Finalizada
essa etapa, segue com o procedimento do envasamento.
A etapa do envasamento procede com objetivo de embalar o produto final e
evitar que ocorram perdas de CO2. As embalagens mais utilizadas neste processo
são as latas de alumínio, as garrafas de vidro e as garrafas PET, com capacidades
entre 200 mL e 3L. As embalagens devem ser minuciosamente inspecionadas antes
de serem cheias. Aquelas que estiverem fora do padrão de qualidade para uso,
como garrafas trincadas, quebradas ou sujas, são retiradas. Após a seleção, as
garrafas são colocadas na esteira de transporte e entram nas lavadoras para que
então participem do envase. Posterior ao envasamento, as bebidas podem ser
comercializadas e apreciadas por seus consumidores (RIBEIRO, 2019).
A parte do consumo desse tipo de produto é a que mais agradam os
comércios, por faturarem com a venda recorrente de refrigerantes, quanto para o
consumidor que se deliciam com o sabor agradável dessa linha de produtos. Para
não termos maior crescimento de doenças que causam danos à saúde das
pessoas, Chaves et al (2018), destaca a importância do consumo controlado para
qualquer pessoa a fim de diminuir, por exemplo, a diabetes.
3- OBJETIVO
Determinar o teor de sacarose e dióxido de carbono em refrigerantes.
4- MATERIAIS E MÉTODOS
4.1 Materiais e reagentes
● 1 balança Eletrônica
● 2 Proveta de 100 mL;
● 1 béquer 600 mL;
● 1 bastão de vidro;
● 1 Coca-Cola 200 mL;
● 1 Coca-Cola zero 200 mL;
● 1 comprimido de mentos;
● 1 pinça.
4
4.2 Metodologia
Na primeira etapa do experimento, colocou-se 10 mL de cada um dos
refrigerantes em provetas de 100 mL distintas, em que, escreveu-se “N” para a
proveta que adicionou-se o refrigerante normal e “Z” para o refrigerante que não tem
adição da sacarose e pesou-se ambas em uma balança eletrônica anotando as
massas obtidas a fim de determinar a quantidade de sacarose presente.
Posteriormente, realizou-se uma segunda etapa em que consistiu na
pesagem de um sistema contendo 1 béquer, uma embalagem do refrigerante zero e
1 comprimido de mentos, anotando a massa obtida. Após pesagem desse sistema,
abriu-se a embalagem do refrigerante e despejou-se o líquido dentro do béquer.
Logo após, com o auxílio de uma pinça, pegou-se um comprimido de mentos e
acrescentou-se dentro do béquer.
Já com o sistema contendo o refrigerante e o mentos utilizou-se um bastão
de vidro e agitou-se o comprimido de mentos até se aproximar de sua dissolução
completa. Após esse procedimento, retirou-se a pequena porção de mentos
restante, pesou-se o béquer com o líquido anotando a massa obtida. O intuito é
determinar a quantidade de CO2 presente no refrigerante zero. A partir daí
realizou-se os cálculos e analisou-os embasados em dados literários.
Ao final do experimento, foram descartadas as soluções utilizadas. Logo
após, higienizou-se a bancadae as vidrarias organizando, assim, o espaço utilizado
para o pratica.
5- RESULTADOS E DISCUSSÃO
A partir da metodologia adotada foram obtidos os seguintes resultados,
baseados no método para determinação de teor de sacarose e CO2 em
refrigerantes:
Na primeira etapa a proveta contendo 10 mL do refrigerante normal teve
uma pesagem igual a 77,5886 g, enquanto a proveta contendo o refrigerante zero,
que não possui a adição de sacarose, teve a massa igual a 77,5092 g.
Com a obtenção desses dados é possível observar que houve diferença
entre as pesagens e a partir daí buscar entender o por que houve tal diferença entre
as pesagens. Para tal situação Cavagis et al (2014) mostra que para o refrigerante
5
zero, que possui menor massa, a não adição de açúcar o difere do refrigerante com
adição de açúcar em relação às massas obtidas.
Trazendo dados e fórmulas literárias para determinação do teor de sacarose
presente no refrigerante normal Cavagis et al (2014) mostra a densidade da
sacarose (1,59 g/mL) e da água carbonatada, ou seja o refrigerante zero, que é 0,98
g/mL. A partir daí começa a estabelecer os cálculos que serão utilizados para
analisar a quantidade de sacarose presente no refrigerante normal. A seguir serão
destacados os cálculos a serem realizados para obtenção desse valor de massa,
baseado em Cavagis et al (2014), conforme a equação 1:
𝑚 𝑛𝑜𝑟𝑚𝑎𝑙 − 𝑚 𝑧𝑒𝑟𝑜 = 𝑚 𝑠𝑎𝑐𝑎𝑟𝑜𝑠𝑒 − 𝑚 á𝑔𝑢𝑎 𝑐𝑎𝑟𝑏𝑜𝑛𝑎𝑡𝑎𝑑𝑎
(Equação 1)
A equação acima não irá demonstrar diretamente o valor da sacarose, visto
que no refrigerante zero, não se tem a presença de sacarose e sim de CO2. Com
isso, é possível de acordo o volume dos líquidos adaptar a equação acima com a
que será mostrada abaixo, equação 2:
𝑚 𝑛𝑜𝑟𝑚𝑎𝑙 − 𝑚 𝑧𝑒𝑟𝑜 = 𝑑 𝑠𝑎𝑐𝑎𝑟𝑜𝑠𝑒 𝑥 𝑉 𝑠𝑎𝑐𝑎𝑟𝑜𝑠𝑒 − 𝑑 á𝑔𝑢𝑎 𝑐𝑎𝑟𝑏𝑜𝑛𝑎𝑡𝑎𝑑𝑎 𝑥 𝑉 𝐻2𝑂 𝑐𝑎𝑟𝑏𝑜𝑛𝑜
(Equação 2)
Utilizando a equação 1 vista, abaixo será substituído os valores de acordo
com os obtidos em laboratório a fim de determinar, indiretamente, a massa de
sacarose no refrigerante normal:
= 0,0794 g77, 5886 𝑔 − 77, 5092 𝑔 
Com o resultado alcançado através da equação 1, ou seja, massa igual a
0,0794 gramas, se determina na equação 2 o volume final da massa da sacarose
contida no recipiente do refrigerante normal. Nesse processo considera-se o volume
da sacarose (Vsacarose) igual ao volume da água carbonatada (VH2O carbono)(CAVAGIS et
al, 2014). Os valores são mostrados abaixo:
0,98 g/mL x Vsacarose0, 0794 𝑔 = 1, 59 𝑔/𝑚𝐿 𝑥 𝑉𝑠𝑎𝑐𝑎𝑟𝑜𝑠𝑒 − 
0, 0794𝑔 = 0, 61 𝑔/𝑚𝐿 𝑥 𝑉𝑠𝑎𝑐𝑎𝑟𝑜𝑠𝑒
⇒ V sacarose = 0,13 mL𝑉𝑠𝑎𝑐𝑎𝑟𝑜𝑠𝑒 = 0, 0794 𝑔 / 0, 61 𝑔/𝑚𝐿
6
A partir do volume, ou seja, 0,13 mL obtido da sacarose e com sua densidade
já dada anteriormente, é possível estabelecer a massa obtida final da sacarose
conforme a relação da densidade, que segundo Ramalho (2007) se dá da seguinte
maneira:
𝑑 = 𝑚/𝑣
Logo, se encontra a massa da densidade para o recipiente de refrigerante
normal que foi encontrado no experimento, conforme mostrado abaixo:
1, 59 𝑔/𝑚𝐿 = 𝑚 / 0, 13 𝑚𝐿 ⇒ 𝑚 = 0, 2067 𝑔 
O resultado experimental alcançado demonstra que em um recipiente de 200
mL de refrigerante que é consumido em maior quantidade pelas pessoas contém a
quantidade equivalente a 0,2067 gramas. A partir da determinação desse valor é
importante alertar ao público consumidor que essa quantidade pode parecer pouco,
no entendimento de muitos, porém seu uso recorrente pode trazer problemas muitos
mais sérios. Em seu trabalho Toral et al (2021) aborda a obesidade, por exemplo,
que como pode ser visto no cotidiano, afeta, negativamente a saúde de uma
pessoa, pois através da obesidade, outros agravantes como, por exemplo, a diabete
vem a atrapalhar a qualidade de vida da pessoa, que passa a ter que controlar o
consumo de alimentos com altas cargas calóricas.
Na segunda etapa a massa obtida para o sistema (considerada massa
inicial), ainda com o líquido de refrigerante na embalagem, foi de 406,54, como
mostrado abaixo na figura 1:
Figura 1: Sistema béquer, refrigerante zero lacrado e mentos. Fonte:autor
7
Com a pesagem do sistema já estabelecida, foi dada a continuidade da
segunda etapa que culminou com a pesagem do sistema contendo os mesmos
elementos, ou seja, o refrigerante zero, o béquer e o mentos. Nesse momentos o
mentos já estava praticamente todo dissolvido no líquido. A partir daí obteve uma
pesagem de 405,67 gramas (considerada como massa final do sistema), conforme
mostrado abaixo na figura 2:
Figura 2: Sistema béquer, líquido já dentro do béquer e mentos dissolvido. Fonte: autor.
Logo se estabeleceu a quantidade de CO2 no refrigerante utilizado com base
na diferença das massas do sistema inicial através da equação 3 mostrada abaixo:
𝑚 𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎 𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 − 𝑚 𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎 𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 = 𝑚 𝑑𝑒 𝐶𝑂2 𝑛𝑜 𝑟𝑒𝑓𝑟𝑖𝑔𝑒𝑟𝑎𝑛𝑡𝑒
Equação 3
Portanto o resultado obtido para a equação estabelecida acima segue a
seguir:
406, 54 𝑔 − 405, 67 𝑔 = 0, 87 𝑔 𝑑𝑒 𝐶𝑂2
O resultado obtido nos mostra que a partir da inserção e dissolução do
mentos no sistema teve uma diminuição no peso final do sistema e que a diferença
observada equivale a massa de dióxido de carbono.
Segundo Pires (2013) a bala de menta aparentemente é lisa mas em
imagens microscopia ela possui uma superfície rugosa e bem irregular que em
8
contato com o refrigerante causa sítios de nucleação de bolhas do gás carbônico
solubilizado no refrigerante, ocorrendo aí uma perturbação no equilíbrio químico
existente entre o líquido e o CO2, que por sua vez está no refrigerante em
concentrações muito maior que o seu limite de solubilidade pois o gás está reagindo
com a água.
CO2 (g) + 2H2 O(ℓ) ⇌ CO2 (aq) + 2H2 O(ℓ) ⇌ HCO3-(aq) + H3O+(aq)
Equação 4: fonte (PIRES, 2013)
Na equação 4 mostra um sistema no qual com a adição da bala ocorre uma
perturbação, que de acordo com o princípio de Le chatelier ao alterar um sistema
em equilíbrio ele buscará a anulação daquela perturbação, isso ocorre no
experimento pois com a perda do gás haverá uma formação de reagentes com isso
o sistema tenderá o equilíbrio para esquerda de acordo com a equação 4 (PIRES,
2013). Contudo a presença da bala age como um catalisador.
Outras variáveis afetam diretamente a solubilidade dos gases, no dióxido de
carbono não é diferente, pois ambos gases tendem a escapar da sua fase líquida se
não tiver força externa atuando sobre ele (PIRES, 2013). No caso do experimento
realizado, houve exatamente isso, pois contava com um sistema aberto fazendo,
então, que o CO2 escapasse da sua fase líquida.
A temperatura é, também, uma variável que atinge de forma direta a
velocidade de escape do gás, pois ao aumentar a temperatura aumentará o grau de
atividade das moléculas. Dessa forma, com uma temperatura mais elevada, maior
será a atividade das moléculas dos gases, consequentemente, maior será a força
sobre a fase líquida . Ademais, com mais energia térmica, a pressão parcial do gás
torna-se maior e a fase gasosa externa ao recipiente no qual não será
suficientemente capaz de mantê-lo dissolvido (PIRES,2013).
6- CONCLUSÃO
Ao final do experimento pôde-se chegar a uma conclusão satisfatória a
respeito da compreensão e observação dos processos de produção dos
refrigerantes em suas diferentes formas, ou seja, normais e zero, observação da
composição dos refrigerantes e a determinação do teor de sacarose e CO2 nos
refrigerantes, pois é importante saber a quantidade de açúcar presente em um
alimento a fim de controlar seu consumo, no caso da sacarose e para o CO2 é
9
importante conhecer seu teor nos refrigerantes, visto que o gás carbônico
proporciona “vida” à bebida, afeta seu sabor e confere uma sensação refrescante.
Portanto, tornou-se possível correlacionar a parte teórica com a parte prática
do conteúdo, gerando, assim, conhecimento significativo ao final do experimento.
7- REFERÊNCIAS
BARNABÉ,D.; VENTURINI FILHO, W. G. (Coord.). Refrigerantes. In: VENTURINI
FILHO, W. G. (Coord.). Bebidas não alcoólicas: Ciência e Tecnologia. São Paulo:
Blucher, 2010. v. 2. p. 177-197.
BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA. Decreto nº
8.592, de 16 de dezembro de 2015. Altera o Anexo ao Decreto nº 6.871, de 4 de
junho de 2009, que regulamenta a Lei nº 8.918, de 14 de julho de 1994, que dispõe
sobre a padronização, a classificação, o registro, a inspeção, a produção e a
fiscalização de bebidas. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 17 dez. 2015.
CAVAGIS, Alexandre DM; PEREIRA, Elisabete Alves; DE OLIVEIRA, Luciana
Camargo. Um Método Simples para Avaliar o Teor de Sacarose e CO, Química
Nova na Escola. São Paulo-SP, v.36, n.3, p241-245, 2014.
CHAVES, Otaviana Cardoso et al. Consumo de refrigerantes e índice de massa
corporal em adolescentes brasileiros: Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar.
Revista Brasileira de Epidemiologia, v. 21, p. e180010, 2018.
DA SILVA LIMA, Ana Carla; AFONSO, Júlio Carlos. A Química do Refrigerante.
Química Nova na Escola. São Paulo-SP, v.31, n.3, 2009.
10
PIRES, Diego Arantes Teixeira; MACHADO, Patrícia Fernandes Lootens.
Refrigerante e bala de menta: explorando possibilidades. Química nova na escola, v.
35, n. 3, p. 166-173, 2013.
RAMALHO, Sónia Cristina do Nascimento. Desenvolvimento do sistema primário
para medição da densidade de líquidos. 2007. Tese de Doutorado. FCT-UNL.
Disponível em : <https://run.unl.pt/bitstream/10362/1157/1/ramalho_2007.pdf> .
Acesso em: 01/09/2022.
RIBEIRO, Rosicláudia Gonçalves. Avaliação físico-química, microbiológica e
sensorial de um refrigerante sabor uva com redução de açúcar desenvolvido por
uma indústria da cidade de Juazeiro do Norte-CE. 2019.
TORAL, Natacha et al. O uso de refrigerantes e a saúde humana. Resumo de
monografia [Internet].[citado 2011 Nov 20]. Disponível em:
<https://www.monografias.com/pt/trabalhos2/uso-refrigerantes-saude/uso-refrigerant
es-saude2.shtml> Acesso em 02/09/2022.
11
https://run.unl.pt/bitstream/10362/1157/1/ramalho_2007.pdf
https://www.monografias.com/pt/trabalhos2/uso-refrigerantes-saude/uso-refrigerantes-saude2.shtml
https://www.monografias.com/pt/trabalhos2/uso-refrigerantes-saude/uso-refrigerantes-saude2.shtml
RESPOSTAS
1)
A composição química dos refrigerantes é bastante ampla. Esse produto
apresenta, além do gás carbônico, as seguintes substâncias:
Água: É a substância em maior quantidade na fórmula do refrigerante, algo em
torno de 88%. Deve ter um elevado grau de pureza para ser utilizada;
Concentrados: São misturas de extratos, óleos e destilados de frutas ou vegetais.
É o famoso xarope do refrigerante;
Carbonatos (CO3) e bicarbonatos (HCO3): São substâncias que, ao entrarem em
contato com os ácidos presentes no refrigerante, regulam o seu pH, não
possibilitando a acidez extrema;
Sulfatos (SO4) e fenóis (C6H6O): Substâncias que têm o papel de ampliar o sabor
do refrigerante;
Açúcar (sacarose/C12H22O11): É o segundo componente em maior quantidade na
fórmula do refrigerante, cerca de 11%, e tem a função de adoçar e encorpar o
produto. Em refrigerantes dietéticos ou de baixa caloria, o açúcar é substituído pelos
edulcorantes, que adoçam e realçam o sabor, como a sacarina (C7H5NSO3) e o
aspartame (C14H18N2O5);
12
Acidulante: É uma substância que, além de realçar o sabor, atua diminuindo o pH
do refrigerante, tornando-o mais ácido e impedindo a proliferação de
micro-organismos. O ácido cítrico (C6H8O7) é um exemplo de acidulante. Nos
refrigerantes com sabor cola, o acidulante utilizado é o ácido fosfórico (H3PO4).
Antioxidante: É uma substância que impede que o gás oxigênio interaja com
substâncias presentes no refrigerante e prejudique o odor e o sabor. O ácido
ascórbico (vitamina C) é um antioxidante muito utilizado. A presença de luz e calor
favorece a oxidação de alguns componentes do refrigerante.
Conservante: Como existem bactérias e fungos que são resistentes à acidez do
refrigerante e que, quando presentes, podem alterar a cor, odor e aroma, são
utilizados alguns conservantes, como o benzoato de sódio (C7H5O2Na), para evitar a
proliferação de microorganismos ácido resistentes.
2)
O processo de produção do refrigerante possui três principais etapas:
preparação do xarope simples, obtenção e diluição do xarope composto e
carbonatação e envasamento.
Para produzir um refrigerante de qualidade, os fabricantes devem garantir
que os materiais utilizados no processo passem por um tratamento rigoroso e
adequado, de modo a garantir a pureza do produto final. No preparo do xarope
simples, são utilizados água tratada e açúcar ou edulcorantes (nas versões diet e
light). Esta água deve conter padrões microbiológicos adequados, baixa alcalinidade
e controle efetivo de ferro, sulfatos, cloretos, cobre e manganês. Já o açúcar (ou o
edulcorante) participa da mistura por conferir a característica marcante dos
refrigerantes que é o seu sabor adocicado.
O xarope é cozido entre 82-100 °C para retirar impurezas que podem causar
problemas sensoriais no produto. Esta mistura é clarificada com carvão ativado em
pó e, em seguida, filtrada a fim de removê-lo. Após esta etapa, o xarope é resfriado
até 20 °C em um trocador de calor e armazenado em tanques de aço inoxidável.
Posteriormente, o xarope simples é agitado em um tanque, enquanto são
adicionados aditivos que conferem cor, sabor, odor e as propriedades químicas dos
13
refrigerantes. Os principais aditivos adicionados são sucos de frutas, extratos
vegetais, flavorizantes, estabilizantes, conservantes, corantes e antioxidantes.
Antes da etapa de carbonatação, o xarope composto é diluído com água
tratada. Em seguida, o xarope diluído é passado pelo equipamento de carbonatação
chamado de Carbo Cooler, no qual o CO2 é adicionado ao refrigerante. Essa etapa é
muito importante, pois é a carbonatação que intensifica os aromas do refrigerante e
gera a sensação de frescor, além de garantir a aparência gaseificada da bebida.
Logo após o processo de carbonatação é realizado o envase, que é a etapa
final da produção. O objetivo do envasamento é embalar o produto final e evitar que
ocorram perdas de CO2. As embalagens mais utilizadas neste processo são as latas
de alumínio, as garrafas de vidro e as garrafas PET, com capacidades entre 200 mL
e 3L. As embalagens devem ser minuciosamente inspecionadas antes de serem
cheias. Aquelas que estiverem fora do padrão de qualidade para uso, como garrafas
trincadas, quebradas ou sujas, são retiradas. Após a seleção, as garrafas são
colocadas na esteira de transporte e entram nas lavadoras para que então
participem do envase. Posterior ao envasamento, as bebidas podem ser
comercializadas e apreciadas por seus consumidores.
Durante a produção são realizados diversos controles que garantem a
qualidade do produto final. É realizado o controle de pH dos refrigerantes a partir da
adição de acidulantes. Esta bebida possui pH ácido, o que inibe a proliferação de
microrganismos deteriorantes. Outros aditivos incluídos nos refrigerantes são os
antioxidantes, prevenindo a ocorrência de processos oxidativos.
3)
A principal diferença entre esses três tipos de refrigerante é a quantidade de
açúcar e de calorias que eles contêm.
Refrigerante Diet
O refrigerante diet possui isenção total de açúcares. Dessa forma, ele serve
de consumo para diabéticos. Contudo, pode ter maior valor calórico do que o
produto original. Portanto, não é adequado para quem deseja perder peso.
14
Refrigerante Light
Ao contrário do refrigerante diet, o refrigerante light tem uma redução mínima
de 25% do nutriente na sua composição. Ou seja, ainda possui o elemento, mas em
menor quantidade. Por isso, o refrigerante light não é recomendado para diabéticos.
O refrigerante light é uma boa opção para quem quer ou precisa diminuir a
ingestão de açúcar. Entretanto, ele não é ideal para a perda de peso.
15

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